Capitulo 50



Valentino seguiu em silencia a Ginny até a ponta do povoado. Ele estava confundido pensando o pior, que poderia querer-lhe dizer?... Ginny buscava valor para o que era inevitável, porém doloroso: como amigo não havia conhecido ninguém assim... Esse homem faria feliz a qualquer mulher e sua sanidade se sentia completamente alagada por que queria a ela, ademais de tudo era uma companhia estupenda que a fazia sentir especial todo o tempo, estar com ele era como um passeio pelas nuvens ainda que não o amasse. Ainda não o mirava nos olhos, porém de repente sentiu suas mãos rodeando-a pela cintura e não foi precisamente rejeição o que sentiu. Desesperada tratou de separar-se sem machucá-lo, ainda o queria muito ainda que fosse como amigo. Nunca em sua vida alguém a entenderia assim como ele e nesse preciso momento ele parecia estar entendendo tudo.
Valentino: Assim que?... Te ganhou o coração? (sua voz demonstrava que estava chorando, Ginny se virou em seco e o mirou nos olhos, sempre tão lindos, tão profundos, seus olhos eram o mar e por isso a tranqüilizavam).
Ginny: De verdade tentei combatê-lo (derramou uma lágrima) Mas Harry quase morreu e eu senti que iria morrer com ele...
Valentino (endureceu a voz): Ele não te merece.
Ginny: Talvez isso seja certo...
Valentino (seco): Não podes te arruinar por ele, não vai mudar querida, é uma besta e não vai mudar e tu és muito tonta se o crês, e que se quase morre? É isso o que queres? Porque se é isso o que tu gosta (seu tom provocou um desprezo absoluto em Ginny, como a podia considerar essa classe de mulher?) Eu poderia tentar matar-me por ti, e mais, creio que sem ti irei morrer assim que, para que esperar?.
Valentino saiu correndo sem direção escutando os gritos de Ginny as suas costas. Não entendia como ela podia ser tão tonta, tão cega e ele no meio de tudo atado ao seu amor por ela, ele que tão em segredo a havia amado e esperado e agora se encontrava com isso... O que viu nesse momento o deixou sem palavras... Ele mesmo covarde... A mesma tipa espantosa... Ginny o alcançou e caiu ao chão pela dor que sentiu, não esperava ver de novo essa mulher, que acaso a seguia vendo? Não era que havia ido ao hospital?... Sentiu uma dor no ventre e imediatamente decidiu acalmar-se por seu filho, Valentino a mirou e se agachou para abraçá-la. Calmamente foi se pondo de pé e acercando-se com cuidado enquanto ele a segurava... De pouco começaram a escutar uns gritos violentos...
Harry: Não comece de volta!!! Não vou estar contigo!!!
Paula: Não quero que estejas comigo quero que estejas com TEU FILHO se é necessário irei te obrigar!!!
Harry: Eu vou me fazer responsável desse bebê, mas...
Ginny se acercou destroçada enquanto Valentino a segurava com firmeza. Enquanto milhares de lágrimas caíam violentamente uma fúria assassina se apoderou dela. Um filho... Um filho... Outro filho... És um maldito!!!
Ginny (gritando): MAS QUE??? NÃO ME DIGAS QUE ACASO NÃO QUERES QUE EU CONHEÇA TEU FILHINHO!!!?
Harry e Paula viraram a tempo para ver esses olhos cheios de ódio. Ela mostrou um sorriso, Harry não raciocinou...
Harry (se jogou ao chão e agarrou as pernas de Ginny): ...não, por favor não...
Ginny lhe deu uma patada e se soltou. Seus olhos cheios de ódio se posaram sobre essa mulher desprezível e ao vê-la sorrir sentiu um desejo imenso de enforcá-la.
Valentino: Vem querida... Melhor vamos...
Harry (raciocinando): TU QUE DEMÔNIOS FAZES AQUI??? GINNY TE EXIJO UMA EXPLICAÇÃO!!!
Valentino: QUEM ACHAS QUE ÉS PARA PEDIR EXPLICAÇÕES??? ESTAS AQUI COM ESSA CACHORRA DIZENDO-TE QUE ESTA GRÁVIDA E TU O SABIAS E VENS A PERGUNTAR-LHE A GINNY POR MIM, ÉS UM NOJO, ÉS UM FILHO DA PUTA!!!
Valentino não se conteve e se agarrou a golpes com Harry. Enquanto tanto Ginny estava cegada por seu próprio ódio, não via a esses dois homens golpeando-se... Já era tempo de sair dali, se encaminhou até outro lado e se foi enquanto Paula sorria e Valentino intercambiava golpes com Harry. Caminhava calma enquanto chorava de raiva, de indignação, de dor?... Não importava, já nada importava, só esse filho que era seu, de ninguém mais, somente seu...
Valentino e Harry seguiam golpeando-se quando o grito de Paula os interromepu.
Paula: JÁ SE FOI!!!
Harry: Que?? (essa distração lhe valeu uma patada de Valentino nas partes baixas que provocou que se tirara ao piso de dor).
Valentino: Para que um cachorro como tu não tenha mais filhos!!!
Saiu correndo na mesma direção que Ginny havia saído. Paula se agachou e mirou a Harry com certa pena, esse homem lhe gostava e talvez em algum nível quase subconsciente sentia carinho por ele, era ele o pai de seu filho depois de tudo, um filho que começava a querer.
Paula: O sinto Harry... De verdade o sinto...
Harry: Não importa o que tu sintas, não importa o que eu sinta... Desde hoje estou morto o ouves? Sem ela estou morto...

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