Capitulo 59



Abriu a porta do escritório e ficou quieto enquanto Arthur dava a volta em sua cadeira e o mirava com cara ameaçante.
Arthur: Viesse sozinho? Isso quer dizer que tens problemas com Ginny, mas olha-te nada mais como estas vestido! Olha Mauricio, eu te confiei o único valioso que tinha e vais me render contas se não a cuidas.
Harry (com cara de ódio contido): Tu que tens que dar contas a mim.
Arthur: De que estas falando? Olha não sei o que fizesse a minha filha, mas agora mesmo vai e pede perdão de joelhos, ela é demais para ti, devia ver isso faz muito tempo, como pude te entregar algo tão apreciado?
Harry: Por interesse... Acaso não fazes tudo movido pelo interesse? Inclusive matarias pelo interesse.
Arthur o mirou assustado e se pôs de pé.
Arthur: Que classe de homem és??? Deixa-me ver minha filha!!!
Harry: Por que? Se não a fosse visitar nunca... Estavas muito ocupado fazendo negócios ou não?
Arthur: Olha estúpido que lhe fizesse a minha filha? (levantou o dedo em sinal ameaçante enfurecendo a Harry).
Harry: Te importa?... Se fosse capaz de desfazer-te de teu melhor amigo... James...
Arthur (gritando): QUE ESTAS DIZENDO??? TU NÃO SABES NADA DE JAMES GAROTO, NÃO SABES COMO FORAM AS COISAS ASSIM QUE DEIXA DE FALAR BESTEIRA E LEVA-ME ATÉ MINHA FILHA!!!
Harry: Pois saiba que eu sei tudo... EU SOU HARRY POTTER O FILHO DO HOMEM QUE MATAS-TE MALDITO!!!
O rosto de Arthur passou do medo ao horror, logo a desesperação e finalmente uma ira assassina se apoderou dele.
Arthur: DE QUE DEMÔNIOS ESTAS FALANDO??? TU ÉS UM MALDITO MENTIROSO E TE EXIJO QUE AGORA MESMO ME LEVES ATÉ MINHA FILHA OU NÃO VAIS ACABAR, ASSIM QUE ÉS O FILHO DE JAMES EH? POIS ÉS O MESMO LIXO QUE ELE.
Estas palavras se cravaram como punhais no peito de Harry. Com furia esculpiu sua resposta.
Harry: TU ÉS UM CACHORRO ASSASSINO, TU MATAS-TE MEU PAI!
Arthur: CRES QUE ALGUÉM MATOU TEU PAI??? TEU PAI ERA UM CRÁPULA QUE SE MATOU SÓ POR SUAS DUVIDAS, ELE MUITO ESTAFADOR ARRUINOU A TUA MÃE E PRETENDIA FAZER O MESMO COMIGO, PORÉM CLARO... A VIDA É JUSTA E SE ENCARREGOU DELE!!!
Harry não se conteve mais e se jogou sobre Arthur com uma fúria assassina, apesar da diferença de idade Arthur era um homem forte e odiava a Harry porque pensava que lhe havia feito algo a sua filha assim que de entrada lhe deu um golpe que lhe sacou completamente o ar, Harry rapidamente respondeu com um golpe que lhe fez sangrar a boca e em pouco tempo os dois estavam no chão em seu estado mais selvagem, eram dois animais descarregando sua fúria... Que pouco ficava do brilhante homem de negócios e do cauteloso e maquiavélico vingador, agora a ira os cegava... Não souberam quanto tempo passou até que por fim puderam parar porque não agüentavam mais... Harry tinha ambos olhos roxos e seu lábio partido ao meio cheio de sangue... Arthur tinha um forte golpe no tórax e também sangrava, de fato sangrava tanto que não se sabia onde começava o sangue...
Arthur: ...Diz-me... (arqueou)... Que lhe fizeste a minha filha?...
Harry: Ela esta bem... Já não esta comigo... Me deixou... Se foi... E eu... A amo...
Arthur o mirou sem acreditar, porém pode ver todo seu amor nos olhos de Harry, esse mesmo amor que ele sentia por Alma, esse amor que lhe havia sido arrancado tão injustamente e por isso nunca soube bem como seguir, e ali a tinha a Ginny tão pequenina e sem sua mãe, e cada vez que a via sorrir era Alma a que estava sorrindo... Ao principio não pode suportar essa semelhança e assim se trancou em sua empresa buscando criar um futuro para sua filha... Com o passar do tempo foi pior, enquanto Ginny se fazia mulher, mais se parecia a sua mãe e ainda as lembranças o atormentavam... Nunca pode ser um pai para essa criatura que estava necessitada de amor e por isso quando lhe disse que estava apaixonada lhe jogou nos braços desse homem desejando que fosse feliz, agora enquanto grossas lágrimas de sangue saiam é que havia se dado conta de sua estupidez.
Arthur: Por que crês que eu matei o teu pai?
Harry: Tu lançasse sua coleção, seu dinheiro, o que roubou de minha mãe... Uma parte se inverteu aqui...
Arthur: Eu lancei essa coleção porque o havia prometido a alguém, em quanto ao dinheiro eu nessa época não tinha mais, porém não toquei em um só centavo de teu pai, o que me ajudou foi Lúcio, ele entrou em minha empresa e juntos lançamos essa coleção... Como o havia prometido a Mabel...
Harry (o mirou profundamente nos olhos): A minha mãe?
Arthur (parou e lhe estendeu a mão a Harry): Sim, a tua mãe, a minha amiga de infância... Ela se matava por ti, mas no fundo sabia que James não era um bom homem, ele a levou a estar doente... Ele com sua falta de cuidado, com sua falta de amor... Ela não queria deixar-lhe nem um centavo porque sabia que o gastaria todo, sabia que de nenhum modo salvaria a empresa e a todas as pessoas que trabalhavam nela, em seu leito de morte me fez prometer que eu lançaria essa coleção...
Harry: Porém tu não salvaste a empresa!!!
Arthur: Não podia fazê-lo, a empresa estava muito endividada, não poderia fazer-lhe frente ao acionistas se a salvava ademais não tinha o menor prestigio... Pelo menos fiquei com os antigos empregados e lancei a coleção... E quando me perguntaram porque em todas as revistas eu respondi que foi em honra a minha melhor “amiga”, mas alguém entendeu que disse “amigo” e assim o escreveram, eu nunca fui amigo de teu pai realmente, ele era obscuro e ambicioso e eu sabia o muito que machucava a Mabel e a ti mesmo Harry.
Harry: Então... (deixou cair uma lágrima) Tudo foi uma maldita equivocação... A perdi por um equivoco... Perdi a felicidade por um equivoco...
Arthur: Não entendo muito bem o que dizes, mas... Contas com minha ajuda garoto, já vejo que tu não tem nada que ver com teu pai, o que sim me estranha é isso que dissesse e de que o dinheiro dele voltou a empresa.
Harry: Isso é um fato, ademais de Lúcio, quem inverteu contigo essa vez?
Arthur: ...essa coleção era muito arriscada... Ninguém mais inverteu comigo, só Lúcio... Só ele.

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