Capitulo 60




Lúcio Malfoy se recostou sobre o respaldo de seu acento em seu luxuoso escritório desfrutando de cada centímetro de tremenda opulência que o rodeava. Só ele sabia quanto lhe havia custado chegar até ali, mas tudo valia a pena, inclusive agachar a cabeça ante as ordens do estúpido de Arthur e suportar que tudo isso algum dia seria de Ginny, porém já as engenharia, ele sempre as engenhava. Se serviu de uma dose de whisky e o mediu em seus compridos e finos dedos. Já haviam passado 21 anos...
Recordava com perfeição como havia perdido todo seu dinheiro nas apostas de cavalos igual a James, os dois eram amigos só por interesse, pelo mesmo motivo estavam perto de Arthur. Ele sempre havia sido inteligente, e talentoso, eles dois só as sombras... A ele não lhe molestava jogar esse papel, porém James que ademais de ambicioso era um completo idiota sempre quis se destacar... Sua solução foi casar-se com Mabel que, dito seja de passo, era a melhor amiga de Arthur. Ao principio Lúcio se beneficiou do dinheiro de Mabel ainda que foi só por um tempo, depois ela começou a negar-lhe as coisas a James e cada vez foi mais difícil arrancar-lhe um centavo. Foi ali que com toda sua inteligência decidiu preparar ao estúpido de James para desfazer-se dela... NÃO NECESSITAS MATÁ-LA A SANGUE FRIO, EXISTEM OUTROS MÉTODOS MAIS SILENCIOSOS... COMO UM VENENO POR EXEMPLO... Desenhou um sorriso recordando o momento... James foi um brinquedo em suas mãos e logo Mabel já estava mal, porém a muito cachorra até morta era um fardo. Lhe havia deixado tudo a esse estúpido e não havia modo de convencer a James de que o matasse porque esse menino era sua adoração. Finalmente conseguiu que ele se enchesse de contas, mas James virou um brinquedo perigoso, queria resgatar sua empresa e guardar o dinheiro só para ele... Pobre doente, com essas palavras cavou sua própria tumba!!!... Desde aquele momento começou a afastar-se dele e a acercar-se a Arthur com a desculpa da menina que estava desamparada e de como lhe havia cobrado carinho... E em um ponto era certo, essa menina era a única lembrança de Alma, o grande amor de sua vida, a razão de sua cobiça inicial... Quando Alma morreu seu amor passou a ser o dinheiro, ao contrario do que havia passado com ela, prometeu a si mesmo não parar até consegui-lo.
Logo decidiu que sua própria esposa já podia passar melhor a vida, mas foi mais sutil com ela... Uma pequena caída pelas escadas... A qualquer um poderia acontecer. Agora era viúvo e estava triste e se refugiou em seu grande amigo e em sua pequena e adorável filha... E mais, pediu ter a honra de ser o padrinho da criança. Tudo era parte de seu futuro plano, a viagem também o foi. Se queria dinheiro havia um só meio para consegui-lo, inverter em Weasley S.A e esperar, porém ele não tinha dinheiro e tão pouco tempo pelo momento. James tinha que desaparecer. Esta vez nem se molestou em sujar as mãos, contratou um assassino de aluguel e logo buscou alguém que o ajudasse a perder o suficiente desse dinheiro como para transformá-lo em espelhismo. Depois se acercou a Arthur e lhe propôs a união e agora desfrutava das comodidades de sua aliança, mas já era o momento de mover-se novamente. Arthur estava virando um estorvo maior, era hora de que se fosse, Ginny seria completamente manipulável, ele sabia que ela o adorava, porém ainda restava outro obstáculo... Seu marido. Bom já pensaria que fazer com ele, depois de tudo Lúcio jogava ao xadrez, era sua fraqueza... Esse jogo inspirado na guerra ao qual cada ficha se move a seu tempo e o rei olha desde longe o desempenho dos peões... Esperaria um par de anos e terminaria o reinado de Arthur Weasley.
Sorriu com tanta complacência que o whisky deslizou de seus lábios produzindo uma imagem atroz. Felizmente se secou com seu terno italiano e se acercou da janela... Esperar e avançar... Que simples era o jogo... Que fácil era mover as peças...
Lúcio: Xeque.


 

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