Capitulo 35



Ginny não pode dormir, se limitou por tanto a escutar como a chuva caía enquanto seu coração atravessava uma porta negra e se acercava perigosamente a Harry.

Ginny: Há Harry... Como te ocorrer dormir lá fora tonto? Que é o que me queres provar?...

Se assomou pela janela e se concentrou em ver a chuva cair. Não o podia crer, estava ali, tão perto de Harry e sem poder ir-se... A chuva não parecia ter fim e Ginny se perguntava quanto duraria sem sair correndo para ver Harry. A havia machucado... A havia transformado... E ela acima de tudo o queria ver! Sim, definitivamente estava mais louca que uma cabra, mas enquanto a noite caía seu desejo de vê-lo crescia mais e mais. A reticência que sentia ao principio foi minguando... Se encaminhou a porta e girou a maçaneta. Não sabia que demônios estava fazendo nesse corredor, caminhando com sigilo, buscando a esse homem... Se deteve frente a sua porta com uma tremenda excitação, até lhe custava respirar, certo magnetismo no ar que de seguro emanava dele. 10 minutos frente a essa porta sem tomar uma decisão... Que estava fazendo? Tão pouca era sua força de vontade que não agüentava uma noite sem vê-lo?... Mas precisamente era nas noites quando mais estranhava a Harry, ao fim e ao cabo ela era sua mulher e o necessitava... Em todos os sentidos. Respirou profundamente e voltou ao seu quarto, acostou-se na cama. Essa seria uma longa noite.

Harry mirava o quadro de seu pior inimigo e buscava um pouco de claridade em tudo. Para variar outra noite sem dormir. Quando ela não estava não dormia e agora que a tinha tão perto se consumia em desejos de tê-la, de beijá-la, de fazer-lhe o amor e não deixá-la parti. Ademais havia se feito várias perguntas que lhe incendiavam a mente... Onde havia estado? Havia estado com Valentino? Que classe de relação tinha com ele?... Os ciúmes o desquitavam essa noite. Necessitava respostas, mas as necessitava já, porém com que direito?... Já era demasiado que ela estivesse ali em sua casa ainda que fosse por pura e exclusivamente buscando o divórcio.

Harry: ...Ginny...

Se levantou da cama e foi ao outro quarto. Abriu a porta e a encontrou adormecida. Se agachou junto a cama e se dedicou a contemplar essa imagem. Sentia um enorme desejo de trancá-la ai, guardá-la para vê-la sempre, ainda que só estivesse dormindo o momento era precioso. Se acercou mais e pode sentir sua respiração... Se concentrou em sua boca... Essa boca que o desquitava e estava tão perto... Mas não, ele não faria nada que ela não quisesse... Lhe deu um beijo na testa e saiu até seu quarto. Bom, pelo menos agora que a havia visto poderia ter forças suficientes para afrontar o que viria na manhã seguinte. Se assomou uma última vez a janela e pela primeira vez rezou...

Harry: Deus, sei que não temos falado faz muito tempo, porém me falhaste e muito, e logo tu quiseste arrumar as coisas mandando-me um anjo e eu não o soube ver... Perdoa-me Deus, castiga-me se é preciso, porém não a tires de mim, não me deixes sem ela porque me mato, deixa-me fazê-la feliz... Quero... Uma segunda oportunidade, dá-me por favor e ajuda-me sim? Ajuda-me a apagar todo esse ódio... Faz-me voltar a crer em ti novamente...

Harry adormeceu com este último pensamento.

Na manhã seguinte ele comprovou que Deus ainda se lembrava dele... Seguia chovendo fortemente, os caminhos estavam pior que nunca e as comunicações haviam se cortado completamente. Com um cara de felicidade absoluta (muito diferente das do resto que estavam tomando café) Harry se sentou.

Harry: Bom dia, não faz um belíssimo dia?

Ginny: És idiota ou o que? Não te das conta de que esta chovendo?

Harry: Não... Esta chovendo? Isso quer dizer que vais ter que ficar mais um tempo aqui.

Ginny: Ai! Me chocas... Conceição vem comigo a tomar café na cozinha (se levanta e vai com Conceição).

Marcelo: Creio que, este assunto do divórcio, vai ser melhor dilatá-lo um pouco (mira Harry) estou te dando uma oportunidade... Não a desperdice.

Harry (surpreendido): Não o farei, obrigado.

Marcelo: Não me agradeça, não é por você, é por ela.



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