Capitulo 43



Toda sua vida passou diante de seus olhos. Aqueles sete anos felizes com seu pai, sua trágica morte, os horríveis dias de orfanato alimentando esse gigantesco ódio, logo veio o dia em que começou a faculdade e se fez rico da noite pro dia e depois... O dia que a conheceu... O casamento, estava preciosa... A primeira vez que fizeram o amor, quase o sentia, porém agora recordava algo feio, algo que não queria recordar, o acidente e ela chorando... Ginny... Ginny foi o nome que exalou no que pensou ser seu último suspiro. Depois disso a primeira sensação que teve foi a de uma mão apertando firmemente a sua, segundo sentiu como uma luz desagradável lhe incomodava os olhos obrigando-o a abrir-los de par em par. Outra vez o hospital... Bom depois de tudo não havia morrido, pelo menos todavia não. De novo caiu em uma imensa escuridão.

Dormiu, dormiu muito ainda que não soube como transcorria o tempo fora desse profundo sonho. Talvez houvesse dormido para sempre, mas uma nova luz e um movimento rápido o despertaram. Uma voz longe o chamava...

Doutor: Senhor Potter (o olhou surpreso) Bem vindo de volta...

Harry tentou contestar, mas não pode articular palavra, desesperado levou uma das mãos a boca, também lhe custava muito mover as mãos.

Doutor: Não se preocupe, dormisse por 2 dias, mas os medicamentos são o que o tem assim, descuide, por fortuna o maior dano que sofreu foi essa severa contusão não cabeça, mas já esta fora de perigo, tivesse muita sorte, se não o houvessem encontrado o senhor já haveria passado dessa vida pra melhor.

Harry escutou isso sem entender bem o que lhe diziam. Se limitou a fechas os olhos buscando imagens para ordenar. Um rosto, um nome surgiu de suas recordações.

Harry (esforçando-se): ...Ginny...

Doutor: Ela esta bem, descanse.

Com a tranqüilidade de saber que seu anjo estava bem Harry não fez mais perguntas e se entregou ao sono. Seu corpo ainda não lhe respondia e sua cabeça lhe doía muito assim que preferiu esse estado inconsciente e indolor. Não lhe importava nada mais, ela estava bem.

Na manhã seguinte abriu os olhos e comprovou que havia recuperado os movimentos, tentou falar e se tranqüilizou ao ouvir o som de sua voz. Como todavia estava dolorido quando quis se levantar da cama se deu conta que ademais da cabeça devia ter várias machucados pelo corpo. Queria chamar alguém, porém nesse hospital de povoado não havia nenhum botão para apertar. Como não tinha outra opção e sabendo que ali todos lhe conheciam principalmente o caráter explosivo, então começou a gritar como um louco.

Harry: OLA!!! QUERO QUE VENHA ALGUÉM! DOUTOR, ENFERMEIRA, ALGUÉM VENHA!!!

Por sorte o médico entrou com um sorriso, conhecia de sobra a Harry e ademais estava feliz de vê-lo tão reposto.

Doutor: Ola Harry, me alegra ver-te bem, tens fome?

Harry: Bastante, ouça ou o sonhei ou você me disse que Ginny estava bem?

Doutor: Efetivamente ela esta vem, já lhe deram alta.

Harry (alarmado): Alta??? Bateu ou lhe passou algo?

Doutor: Não, mas quando te trouxeram ela e outro senhor, ela se encontrava muito perturbada e quando abriste os olhos pela primeira vez ela desmaiou e a mantiveram em observação.

Harry: Mas esta bem? Que tem?

Doutor: Não sei porque eu não a atendi, mas lhe deram alta a pouco tempo assim que suponho que foi algo da situação, acredite-me, ver o estado em que se encontrava quando ela te achou deve ter sido uma impressão muito forte.

Harry: Como??? Ela me encontrou?

Doutor: Bom, pelo menos ela te trouxe aqui e estava realmente preocupada Harry, de verdade essa mulher te quer muito.

Harry (ilusionado): Sim? Onde esta?

Doutor: A queres ver? Agora mesmo vou por ela (sai).

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