Cap postado em 27/03/2022



Ao mesmo tempo



Jezz respira fundo para conter o pânico e a fúria, ela não poderia nunca imaginar que o seu plano perfeito iria degringolar dessa forma, se ela sequer imaginasse nunca teria pedido para essa babá maluca ir com o garoto para a casa do senhor Malfoy, se ela imaginasse, ela nunca permitiria que o menino fosse, aliás, nem teria colocado essa mulher na sua casa. Não, isso ela teria. Ela pensa lembrando o quanto o menino chorava e de como a sua babá conseguiu acalmá-lo.



Ela está vendo tudo dar errado e neste momento ela não sabe como consertar. Jezz pensa se deveria simplesmente devolver a menina e explicar o que aconteceu, mas ela se lembra do que a sua babá disse, que eles estariam pensando em uma forma de pegar o bebê. Isso não estava nos seus planos! Qualquer bruxo casado iria fazer o possível para manter a sua boca calada e não deixar ninguém saber de uma criança fora do casamento, isso era o que ela estava pensando quando tramou tudo. Na sua cabeça Draco nunca iria se arriscar a destruir seu casamento e ela teria todo o dinheiro que quisesse para manter o menino longe. Como ela poderia adivinhar que ele iria querer a criança?



Pense Jezz, pense. Ela fala consigo mesma. De jeito nenhum ela vai desistir, não depois de tudo o que fez. Agora ela precisa amenizar os danos para não colocar tudo a perder, mais importante do que decidir o que fazer com a menina, ela precisa pensar no que fazer em relação ao bebê, já que o senhor Malfoy estava tentando arrumar um jeito de ficar com o menino. Se é isso o que ele quer, talvez o melhor seja tentar conseguir a maior quantidade de galeões possíveis e fazer algum tipo de negociação, ela pensa e sorri. Se ele quer tanto o menino e se a sua esposa não liga pra o filho de outra mulher quem sabe ela consiga tirar uma boa grana e assim ficar se livrar dos problemas de criar uma criança. Talvez não seja tão ruim assim...



Ela só tem que arrumar um jeito de explicar a garotinha ter ido parar na sua casa e ela ter simplesmente ter fugido sem levá-la de volta imediatamente. Mas isso não vai ser um problema muito grande. Ela pode muito bem culpar a babá. Isso mesmo, Jezz. Agora você vai respirar fundo e planejar tudo. Você vai dizer que aquela garota estúpida confundiu as suas ordens e que ela achou que o bebê estava em perigo e como você disse pra ela cuidar dele, ela se apavorou e resolveu tirá-lo de lá, mas que ela vai ser devidamente demitida por isso. E quanto à garotinha o melhor é contar a verdade mesmo, dizer que ela se agarrou no momento que eles iam embora e a babá acabou aparatando com ela por engano.



É isso mesmo que eu vou fazer. Ela continua falando para si mesma. E o melhor de tudo é que eu não vou estar mentindo porque foi exatamente o que aconteceu, essa incompetente realmente se apavorou e fugiu sem saber direito o que estava acontecendo. Ela continua a sua reflexão, eu não posso culpá-la por isso, eu deveria ter sido mais precisa quanto às instruções, mas desta vez eu não tive culpa mesmo, foi tudo uma confusão dela. Eu posso chamar o senhor Malfoy e explicar o que aconteceu e dizer que achei melhor não aparatar com a menina porque ela ficou muito nervosa com o que aconteceu.



Já que ele está tão interessado no bebê, eu vou ouvir o que ele tem a dizer, isso não pode ser tão ruim assim, talvez seja a melhor solução. Ela pensa com seus botões, eu vou deixar essa incompetente aqui por garantia e vou levar a pirralha comigo, devolvê-la e iremos conversar. Talvez isso seja mesmo o melhor...



E seria isso o que ela iria fazer se um barulho não chamasse a sua atenção.



XXXXX



Enquanto isso



Mel tenta se concentrar e ignorar a dor de estar desobedecendo as suas ordens, ela olha para a garotinha que a fita assustada.



- O que está acontecendo? – Annie indaga – você não vai me levar pra casa?



- Eu acho que a casa está protegida contra aparatação – ela diz respirando fundo. A dor é quase insuportável, ela sabe que precisa obedecer para a dor parar, mas outro lado dela sabe que precisa proteger estas crianças. Ela vê que a loirinha está cada vez mais assustada – eu vou dar um jeito nisso, não se preocupe – ela segura a menina pelos ombros – você vai ser boazinha e ficar com o bebê, não deixa ele chorar, tudo bem? – ela vê Annie assentir com a cabeça – a gente vai conseguir sair, tudo vai dar certo, eu prometo.



- Eu não quero ficar sozinha – Annie diz – por favor, não me deixa sozinha.



- Você é uma garotinha corajosa – Mel diz – eu vou tentar descobrir o que está acontecendo, vou tentar descobrir onde a gente está e porque eu não estou conseguindo aparatar, tudo bem? – ela vê Annie assentir com a cabeça, mas na hora que ela tenta sair contrariando as ordens a dor fica mais insuportável ainda. A jornalista se encosta na parede e desce lentamente até o chão.



A senhorita está bem? – Annie pergunta assustada – você está doente?



- Eu estou bem – Mel diz meio ofegante – só está doendo um pouco, mas não se preocupe eu vou conseguir. Tudo vai dar certo, a gente vai sair daqui.



Annie não fala nada, mas no momento parece que as coisas não estão dando tão certo assim.



Mel respira fundo tentando controlar a dor de desobedecer uma império, ela precisa de um momento para pensar com mais clareza e, além disso, a menina está muito apavorada para que ela saia assim, e depois a sua ordem foi não deixar a menina sair e ficar ao lado dela. Isso não deve ser tão ruim, não vai prejudicar ninguém, não é mesmo? Sim, ela precisa obedecer e é isso que ela vai fazer.



Não! Isso está errado. Ela luta consigo mesma. Eu preciso levar a menina pra casa, eu tenho que arrumar um jeito de sair daqui. Mel sabe que precisa fazer alguma coisa, mas ela está fraca demais pra lutar. Então um lampejo de uma conversa que ela teve não tem muito tempo, mas que pra ela parece ter sido um passado distante vem a sua mente e ela sente uma centelha de esperança. Ela já sabe o que fazer...



XXXXX



Em outro local da casa



Jezz ouve novamente o barulho, por um momento ela pensa que pode ser um dos elfos da casa, mas Jezz sabe que eles não aparecem a não ser que sejam chamados e na maioria das vezes cumprem as suas ordens de má vontade. Sim, ela sabe que precisa tomar cuidado com eles, Jezz conhece sobre elfos domésticos o suficiente para saber que embora eles sejam obrigados a servi-la, não há nenhuma lealdade no que eles fazem. Se ao menos eu tivesse conseguido me livrar dela também isso mudaria. Ela pensa um pouco temerosa para logo se acalmar. Aquela ratinha medrosa não vai ter coragem de sair do seu esconderijo nunca. Ela pensa com um sorriso. E mesmo que tenha eu posso fazer a viúva inconsolável muito bem, ela não tem nenhum tipo de prova, eu sei disso.



Mas uma figura interrompe seus pensamentos, exatamente a figura que ela nunca imaginou encontrar, e ela não parece nem um pouquinho uma ratinha medrosa quando diz:



- Olá Jezz, quanto tempo. Ou eu deveria dizer minha querida madrasta...



XXXXX



Ao mesmo tempo



Draco, Snape e Hermione percorrem a casa com cuidado. O que eles vão fazer é arriscado, mas não há nenhuma outra ideia e eles não podem se arriscar a deixar que essa mulher saia desta casa, não há como saber pra onde ela irá caso isso aconteça, então o que eles podem fazer é seguir cuidadosamente o plano elaborado e a parte deles do plano no momento é achar Annie e mantê-la segura.



Eles seguem as orientações de Athena, a moça cresceu naquela casa e conhece cada recanto somado ao fato de que ela conhece bem o modo como Jezz pensa e isso vai dar uma vantagem. Quem sabe assim ela possa ser desmascarada e pagar por tudo o que fez.



Tudo terá que ser seguido nos mínimos detalhes, por sorte Harry é bom no que faz, até mesmo Snape tem que admitir isso. Não que ele vá falar e aumentar o ego do menino que sobreviveu, é claro, mas o morcegão das masmorras tem que admitir que eles têm uma chance, como ele repassa o que houve a pouco mais de uma hora...



XXXXX



Voltando um pouquinho no tempo



O grupo está na mansão Malfoy ouvindo atentamente Harry Potter que rapidamente elaborou uma estratégia para ação, não há muito tempo para discutir então o grupo vai seguir o que ele sugeriu. Até mesmo o mestre de poções não fez crítica alguma, o que surpreendeu Harry internamente



- Então está decidido – ele finaliza – Draco, Hermione e Snape vão para a casa da senhora Summer enquanto eu, Gina e a senhorita Binns aqui vamos para a sua antiga casa, assim a gente cobre as duas possibilidades.



- Chegando lá, eu libero as proteções pra vocês – Athena completa – não se preocupem, os elfos são fieis a mim e farão o que eu pedir. Se ela estiver lá eles não contarão a ela, a não ser que ela pergunte por mim o que provavelmente ela não fará



- Se vocês não enviarem notícias em cinco minutos, nós saberemos que ela ainda está na casa da Elly e iremos ao seu encontro – Harry completa – vamos lá, não há tempo a perder!



E com estas palavras todos seguem o que foi planejado...



XXXXX



De volta ao momento atual



Jezz olha para a jovem na sua frente. A sua amiga da escola ou a sua enteada, dependendo do ponto da vista. A moça tão insegura e manipulável não parece mais a mesma que fugiu sem que ela pudesse impedir e que ela achou que nunca mais veria.



- Ora, ora... – Jezz diz sem perder a sua atitude altiva apesar da surpresa – quem diria que eu a veria aqui depois de sumir misteriosamente, eu fiquei preocupada com você, afinal você estava tão doente, eu tive medo de perder você também depois do que aconteceu ao seu pai. Eu não suportaria perder a minha amiga...



- Não seja hipócrita! – Athena diz. É como se depois de todos estes anos o medo tivesse dado lugar apenas a raiva e a determinação de fazer justiça por seu pai e por todos aqueles que essa mulher horrível prejudicou – eu não sei o que e nem como, mas eu sei Jezz, eu sei que você fez algo a meu pai, algo que o matou.



- Como você pode pensar algo assim? – Jezz diz usando a sua melhor face de alguém que está sendo injustiçada – eu amava seu pai e amava você também. Você era a minha melhor amiga, você ainda é a minha melhor amiga e eu fiquei desolada quando você fugiu. Eu sempre venho aqui esperando que você apareça.



- Você é uma pessoa horrível, Jezz – Athena fala calmamente, embora o seu coração esteja descompassado – você se acha uma ótima atriz, mas você não é, eu vi nos seus olhos no dia que meu pai foi enterrado, eu vi como você me olhou, por isso eu fugi. Eu sei que eu seria a próxima, pena que o que você tem de maldade você não tem de inteligência e pelo jeito você está mais uma vez metendo os pés pelas mãos.



- Eu nunca faria mal a você – Jezz diz mantendo a compostura por um momento, então ela a encara e diz – e mesmo que eu tivesse feito algo, você nunca conseguiria provar nada sobre isso ou você já teria feito. Você acha que me conhece, mas eu também conheço você, você fugiu, deixou tudo que tinha. Se você tivesse como provar que eu fiz alguma coisa você não teria feito isso.



Athena respira fundo. Ela já esperava algo assim, a professora conhece a sua ex amiga muito bem pra saber que ela deixaria cair a máscara se tivesse certeza que ninguém mais poderia testemunhar. Athena sabe que ela não perderia a chance de intimidá-la e amedrontá-la, mas o que Jezz não sabe é que ela não é mais aquela menininha recém saída da escola, aquela jovem que não tem a quem recorrer



- Eu posso não ter provas do que você fez, mas eu te conheço, eu sei que você ficou frustrada e furiosa quando viu que meu pai não tinha tanto dinheiro assim. Você não fez a sua lição de casa direito quando foi pesquisar a minha família. Eu sei disso muito bem e eu sei também que você não aprendeu a sua lição.



- Não sei do que você está falando – Jezz diz usando a sua melhor cara de paisagem, há algo muito diferente na mulher na sua frente e para Jezz isso definitivamente não é bom – você deveria cuidar da sua vida. É essa casa que você quer? Pois bem, eu deixo a casa pra você, eu não preciso dela mesmo.



- Acontece – Athena diz tentando controlar o tremor em sua voz. Ela aperta as mãos até as juntas ficarem brancas, seu coração está descompassado, mas não é medo, Athena não teme mais esta mulher. O que ela sente agora é raiva, raiva por tudo o que ela a fez passar, raiva pelo que ela está fazendo com a família da sua aluna, raiva por todos aqueles que ela prejudicou – acontece – ela diz olhando a mulher na sua frente nos olhos – que essa casa é minha por direito. Eu não estava pronta pra lutar por isso antes, mas agora eu estou. Essa casa está na família do meu pai há gerações. Quem você acha que ganhará se formos aos tribunais?



Jezz olha para a mulher na sua frente, ela aperta a varinha na sua mão e respira fundo enquanto luta para ser racional. Ela não pode se precipitar agora, de jeito nenhum ela vai arriscar o seu melhor golpe por causa de uma casa caindo aos pedaços – como eu disse, isso aqui não me importa mais, você quer essa casa? Pois então fique com tudo, eu só vou pegar as minhas coisas...



- Não tão cedo – Athena diz, ela sabe que é arriscado, mas é algo necessário – primeiro nós precisamos conversar. Você tem noção do que está fazendo? Quantas vidas você pretende arruinar? Você matou meu pai, você quase me matou, você quase matou a sua própria tia. Quantas pessoas mais você vai prejudicar? O que você vai fazer com a família do senhor Malfoy? Você não tem o mínimo escrúpulo? Tudo isso por causa de dinheiro?



- Como você pode dizer que eu fiz mal a alguém? – Jezz diz personificando a inocência – se eu gosto de dinheiro? É verdade, eu gosto muito, mas quem não gosta hoje em dia? Ninguém pode me culpar por isso, eu nunca fiz nada que pudesse prejudicar alguém. Você é só uma menininha com ciúmes da madrasta e eu não sei o que você sabe sobre a minha tia, mas eu posso dizer que ela apenas sofreu um acidente infeliz e quanto ao senhor Malfoy eu fui apenas a pobre secretária seduzida pelo patrão charmoso e mal intencionado, ninguém pode dizer nada mais do que isso.



- Tem certeza, Jezz? Tem certeza que ninguém mais pode? – Athena diz levantando o queixo para aparentar segurança. É agora ou nunca, ela precisa ser forte e arrancar dessa mulher horrorosa alguma coisa – então eu devo dizer que talvez eu tenha vindo aqui algumas vezes antes sem que você soubesse e talvez eu tenha encontrado alguma coisa.



- Você... Você... – Jezz vocifera – você não se atreveria! – ela diz levantando a varinha – você não seria tão...



- Tão o que? – Athena diz – por que eu não poderia entrar na minha própria casa? Por que eu não poderia querer mostrar ao mundo a farsa que você é?



- Você não vai me impedir! – Jezz grita transtornada – eu quase acabei com você uma vez, eu faço isso novamente com prazer – ela completa levantando a varinha e apontando para a professora.



Athena olha para a mulher na sua frente que segura a varinha de modo ameaçador, ela não tem a mínima dúvida que Jezz será capaz de matá-la sem pestanejar, mas estranhamente ela não está com medo, a sua única preocupação e fazer com que Jezz fale o máximo possível, fazer com que ela se incrimine e fale coisas que possam ser usadas para fazer com que ela pague por tudo que fez.



- Então é assim que vai acabar? – a professora diz – você vai me matar simplesmente ou você vai me obliviar? – Athena diz e vê que as veias do pescoço da sua inimiga quase saltam – você vai fazer isso sem perguntar o que eu sei ou o que eu falei por aí? Você é mais idiota do que eu pensei. Você acha realmente que o senhor Malfoy vai simplesmente cair na sua história sem investigar tudo? Você não vai sair dessa!



- Você não tem mesmo como provar nada! – Jezz diz – o senhor Malfoy tem que sustentar o filho dele! O garoto é a cara dele, você quer prova maior do que essa?



Athena respira fundo. É agora ou nunca – Jezz... Jezz... – ela diz calmamente – você deveria ser mais inteligente que isso. O senhor Malfoy é um homem rico e poderoso e o mais importante, ele não é burro, ele conhece muita coisa e ele tem amigos. Não vai ser difícil ele saber se ele é ou não pai dessa criança – ela vê que a mulher na sua frente empalidece. Athena sabe que agora é a hora – o que você fez?



- Eu... Eu não fiz nada – Jezz diz meio vacilante e Athena vê que realmente tem alguma coisa por trás – e esse bebê é dele, ele pode fazer o que ele quiser, esse bebê é filho dele!



- Você tem certeza? – Athena diz cada vez mais certa que a mulher na sua frente fez algo – e por que não há nenhuma evidência no St Mungos que você teve um bebê? E por que você esteve procurando empregos como babá alguns meses atrás?



Jezz olha para Athena sem acreditar, a sua boca se abre e fecha enquanto a sua mão aperta a sua varinha. Ela não vai perder a sua grande chance assim, ela vai fazer o que tem que ser feito, o que ela deveria ter feito anos atrás. Ela levanta a varinha e aponta para a sua ex enteada, mas antes que diga alguma coisa uma voz se faz ouvir:



- Senhorita Summer! Não faça nada que possa se arrepender



Jezz olha para o homem que surge na sua frente acompanhado de uma mulher ruiva. Ele aponta uma varinha em sua direção, talvez ela esteja muito encrencada, mas talvez haja uma chance.



E antes que Harry ou Gina possa fazer mais alguma coisa, ela aparata levando Athena com ela...



XXXXX



Enquanto isso



Snape, Draco e Hermione continuam procurando Annie. Eles precisam tomar cuidado para não encontrar Jezz ou pior, para que ela não saiba que eles estão na casa e fuja mais uma vez. A casa é muito grande, então eles podem estar em qualquer lugar.



- Nós não vamos chegar a lugar algum dessa forma – Hermione fala desanimada – vamos acabar sendo descobertos antes de conseguir encontrá-los. Se ao menos a gente tivesse pensado em colocar alguma espécie de feitiço localizador nas meninas



Então um calor vindo do seu bolso interrompe a sua fala. Há uma chance afinal...



Hermione sente o galeão queimar em suas vestes. Ela sabe que Mel de alguma forma conseguiu alguma lucidez para fazer isso. Eles seguem o sinal até um quarto isolado do outro lado da casa. A porta está fechada e eles não sabem direito quem está lá, eles empunham as varinhas enquanto Hermione lança um alorromora e vê a porta se abrir



Ela entra cuidadosamente com Draco logo atrás, Hermione vê Annie o bebê e Mel que olham assustados para Jezz que neste momento está com Athena sob a mira da sua varinha. Hermione nota que os olhos da jornalista se encontram mais vidrados mostrando que provavelmente ela deve ter recebido mais uma maldição impérios.



- Não se aproxime! – Jezz diz ao ver Hermione e Draco. A sua situação está cada vez pior, mas ela não vai ser presa essa é a sua única certeza. Ela olha para Mel e ordena – coloque a sua varinha no pescoço da pirralha agora e segure o bebê. Nós vamos sair daqui e ninguém vai fazer nada pra impedir, não se vocês quiserem ver as crianças novamente.



- Jezz – Hermione diz tentando aparentar uma calma que ela definitivamente não está sentindo. Ela não desvia o olhar, então ela não pode olhar para Draco, mas a respiração pesada do marido lhe diz que ele está tão tenso quanto ela – nós não queremos fazer nada com você, a gente só quer que você não machuque ninguém. Você pode ir embora, ninguém vai fazer nada pra impedir.



- É bom que vocês não façam mesmo! Eu posso muito bem acertar alguém antes que vocês me peguem – Jezz diz de forma ameaçadora – agora eu vou sair daqui – ela olha para Mel – faça o que eu disse, segure o bebê e pegue a pirralhinha!



Mel olha para Hermione e para Jezz. Ela sabe que não deve fazer isso, mas ao mesmo tempo ela também sabe que precisa obedecer.



Hermione olha para a jornalista, é claro que ela está sob a impérios, mas Hermione não sabe direito como agir. Ela não sabe até que ponto a jornalista sabe quem é. O fato dela ter conseguido reunir forças para acionar o galeão não significa necessariamente que ela está lutando no momento ou se sucumbiu a maldição



- Mel – Hermione diz pacientemente. Ela sabe que agora ela precisa manter a calma e tentar fazer com que Mel resista – você lembra quem eu sou? Você sabe que trabalhamos no hospital e que você é jornalista. Você não é uma babá, você sabe disso, não é mesmo?



- Eu sei – ela diz de modo trêmulo – mas eu preciso ficar com as crianças, eu não posso desobedecer. Dói... – ela completa enquanto seus olhos se enchem de lágrimas. A varinha treme em suas mãos vacilantes enquanto seu olhar dança entre Jezz e Hermione



- Eu sei que dói – Hermione diz enquanto vai se aproximando lentamente – mas eu também sei que você é uma pessoa forte. Você se ofereceu pra ajudar, lembra? E você ajudou muito, você protegeu as crianças. Mas agora você não precisa fazer mais fazer isso, nós vamos cuidar bem deles.



- Você precisa me obedecer! – Jezz grita furiosamente – você vai pegar o bebê e a pirralha agora!



Mel olha para Hermione e Draco, ela sabe que eles não vão fazer mal às crianças, mas ao mesmo tempo ela precisa obedecer – eu preciso fazer o que ela manda – a jornalista diz enquanto segura a sua varinha com as mãos trêmulas.



- Isso – Jezz diz enquanto encara o casal – faça o que eu mando agora! – ela fala para Mel e em seguida olha para Draco – você vai ter notícias minhas e vai ter a sua filha em breve se fizer tudo o que eu mandar



- Eu quero o garoto também – Draco diz – você não precisa levar ninguém, eu pago o que for preciso. É dinheiro que você quer? Eu tenho, eu posso enviar pra onde você quiser, você só precisa soltá-los



- Você sabe que o garoto é seu filho, não sabe? – Jezz diz e Hermione pode ver que ela está perdendo o controle e isso não é bom, é só o que ela pensa



- Você disse que era – Draco fala e neste momento ele deseja com todas as forças que isso seja verdade. Ele não quer nem pensar no que vai ser desta criança se ele não for seu filho – eu dou o dinheiro agora se você quiser e você vai embora, o que você acha?



- Eu não sou idiota! – Jezz grita, ela joga Athena para longe e antes que alguém possa fazer algo ela segura Annie que emite um gritinho. Hermione sente seu estômago gelar – eu sei que você está me enganando, mas eu sei que você vai pensar duas vezes em tentar algo agora que eu estou com a pirralha – ela olha para Mel mais uma vez – pegue a criança! Nós vamos aparatar agora!



- Mel, por favor – Hermione diz – solte a sua varinha. Você não é obrigada a fazer o que ela manda, solte a minha filha, eu juro que você vai ficar bem



- Se você fizer isso eu vou acabar com a menina – Jezz diz – se a impérios não adianta, quem sabe isso seja incentivo suficiente pra você – ela olha para a jornalista de modo duro – agora você vem comigo!



Mel olha par Hermione que simplesmente assente com a cabeça. Não há muito que fazer após as palavras de Jezz. Uma lágrima desce em sua face enquanto ela segura no braço da mulher e eles se preparam para aparatar...





NOTA DA AUTORA



Mais um capítulo postado! Mais um capítulo que eu termino em um ponto crucial... Sim eu tenho medo das azarações mas eu acredito fortemente que ninguém vai pegar muito pesado afinal autora muito machucada não consegue postar (corre pras colinas...)



Falando sério agora, o final se aproxima e pelos meus cálculos devem ser uns dois ou três capítulos e finalmente eu vou colocar a palavrinha fim. Espero que tenham gostado e muito obrigada mesmo a todo mundo que continua por aqui mesmo após todos estes anos.



Bjos e até o próximo e deixem uma palavrinha pra me fazer feliz!


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