Postado em 24/02/2022
Na biblioteca
Draco, Hermione, Harry e Snape continuam traçando estratégias, eles precisam conseguir mais provas de tudo o que aquela mulher fez e no topo das prioridades está manter a criança em segurança e descobrir se Mel está sob império ou qual feitiço foi usado e para isso eles precisam arrumar um jeito para levá-la ao St Mungus, o que vai ser bem complicado já que ela se recusa a se separar da criança, o que por sua vez dificulta também conseguir uma amostra para testes de paternidade.
Neste momento um grito irrompe do lado de fora. Hermione sente o seu sangue gelar, ela reconheceria o grito de uma de suas meninas a quilômetros. É Lizzie quem gritou e Hermione sabe que Lizzie nunca faz isso, a não ser que alguma coisa a tenha enfurecido. Não... Esse não é o grito de fúria da sua primogênita, é o grito de pânico!
- Aconteceu alguma coisa! – ela diz se levantando num pulo, em segundos ela e Draco estão indo em direção aos quartos seguidos por Snape e Harry
Eles veem Lizzie na porta do quarto que foi reservado para o bebê, a menina está pálida e o quarto está vazio – o que aconteceu? – Draco pergunta enquanto faz a filha se sentar e conjura um copo com água para ela – está a Annie?
- Ela sumiu – Lizzie balbucia – aquela moça levou o bebê embora e quando ela ia aparatar, a Annie segurou o braço dela e foi junto – ela completa sem lutar contra as lágrimas que descem – ela saiu do quarto e eu vim atrás, quando eu cheguei, ela estava sumindo, eu não consegui fazer nada, desculpa...
- Não foi sua culpa, Lizzie – Hermione diz abraçando a filha, buscando uma calma que ela está longe de sentir. A sua mente afiada e perspicaz faz uma rápida conexão, provavelmente a Mel sob a maldição impérios se sentiu ameaçada e decidiu fugir com a criança e a sua mais nova em um rompante percebeu o que ia acontecer se atirou em direção a ela e foi aparatada conjuntamente.
A morena chama um elfo que aparata no quarto com um pop – fique com a Lizzie o tempo todo, não deixe ninguém chegar perto dela, cuide da Elly também – ela acrescenta rapidamente, então olha para a menina – nós vamos trazer a Annie de volta, eu prometo. Enquanto isso você deve ficar com a Ginpsy o tempo todo, tudo bem? – ela vê a menina assentir com a cabeça
- Mione – Harry diz – se você e o Draco não se importarem, eu sugiro levar a Lizzie pra minha casa, acho que ela ficaria mais segura lá. Eu sei que a sua casa é protegida, mas aquela mulher já veio aqui antes, ninguém sabe o que ela fez.
- Bem pensado, Potter – Snape diz tentando manter a sua racionalidade e dizer para si mesmo que a pequena dama vai ficar bem, ele olha para a filha mais velha do seu pupilo – a senhorita vai ser corajosa, agora nós vamos buscar a sua irmã e como a sua mãe disse tudo vai ficar bem
Harry pega a pequena e se prepara para levá-la a sua casa e voltar rapidamente, não há tempo a perder se eles quiserem mesmo cumprir a promessa feita a Lizzie...
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Quase ao mesmo tempo
Mel chega meio tonta na casa, ela não pensou muito e ela não sabe o que a sua patroa vai achar da sua atitude, mas as suas ordens para proteger a criança foram muito claras e quando ela ouviu que o senhor Malfoy estava procurando uma forma de mantê-lo, a única coisa que ela podia fazer era ir embora o mais rápido possível antes que fosse tarde demais.
A sua patroa parece ser uma mulher bem rígida quanto a isso, mas Mel tem certeza que depois que ela se explicar ela vai ver que Mel tomou a atitude certa.
Sim, Mel sabe que vai conseguir explicar a sua partida prematura da casa do senhor Malfoy, agora explicar a garotinha que se agarrou a ela quando ela aparatou, bem, isso vai realmente ser mais difícil...
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De volta à mansão Malfoy
Hermione respira fundo enquanto diz para si mesma que tudo vai ficar bem, agora é hora de ser o mais racional possível e não pensar que essa mulher é capaz de tudo incluindo machucar a sua filha.
Conforme disse, Harry voltou o mais rápido possível trazendo Gina com ele – espero que não se importem – ele diz – achei que uma ajuda seria bem vinda caso a gente precise vasculhar alguns locais.
- Ótimo – Draco diz – não temos tempo a perder, eu vou ao escritório pegar o endereço da casa da Elly na cidade em que ela vivia com a sobrinha, a Mel disse que ela estava lá
- Ela deve ter protegido a casa – Harry pondera – não quero ser pessimista, mas seria o que eu faria principalmente agora.
- Os presentes se emudecem por um momento até que Hermione sorri – a Elly está aqui conosco e ela é a dona da casa. Nós podemos levá-la, ela está lúcida e compreende o que a gente fala embora não consiga se comunicar ainda, eu tenho certeza que ela vai querer ajudar.
- Ótimo! – Harry diz – vamos logo com isso, precisamos pegar a Annie e deter essa mulher...
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Nas empresas Malfoy
Blaise mostra o local para Athena. Eles se encontram para almoçar de vez em quando e ele a convidou para conhecer seu local de trabalho. Embora não possa dizer que eles estão em qualquer tipo de relacionamento, a companhia da moça lhe faz bem e quem sabe em algum momento ele possa dar um próximo passo. Blaise aprendeu com a sua experiência anterior a não esperar demais e embora ele goste da moça, pra ele está tudo bem do jeito em que está.
- Então é aqui que você trabalha – Athena diz com um sorriso tímido. Ela relutou muito em aceitar o convite para conhecer o local de trabalho do seu novo amigo. Embora eles sempre se encontrem para um almoço ocasional, na visão da professora isso seria inadequado já que é a empresa do pai de uma das suas alunas, mas Blaise sempre a consegue convencer – confesso que esperava algo diferente, mas não sei direito o que.
- Te decepcionei? – Blaise fala meio temeroso, é importante pra ele não decepcionar a moça.
- Ah não – Athena sorri – de modo algum. Eu não disse que não gostava, só que era diferente.
- Como assim, diferente? – Blaise indaga curioso, mas antes que Athena possa responder eles veem Draco surgir como um furacão, dá pra ver em seu semblante que algo aconteceu.
- Algum problema? – Blaise diz ao ver a forma que o amigo entrou.
- Eu preciso de tudo o que você tiver sobre a Elly ou a sobrinha dela. Qualquer endereço aqui ou em outra cidade e preciso disso pra ontem!
- O que aconteceu? – Blaise diz ao ver que Draco está mais assoberbado do que de costume.
- Eu não posso explicar agora, só faz o que eu estou pedindo, por favor – Draco diz e vê o amigo assentir com a cabeça ao mesmo tempo em que outra voz diz:
- É ela, não é? – então Draco vê a senhorita Binns – ela fez alguma coisa?
- É uma história meio complicada – Draco diz – mas de alguma forma, nós achamos que a Annie está com ela.
- A Annie? – Athena fala mais alto do que gostaria ao mesmo tempo em que Blaise pega todos os endereços conhecidos das duas secretárias.
- Eu não tenho tempo pra explicar agora – Draco diz – nós precisamos ver se ela está em algum desses endereços, assim que tivermos notícias eu prometo avisar
- Senhor Malfoy! – Athena diz antes que ele se retire – eu conheço aquela mulher, se ela estava em um local que vocês podem encontrar, ela já deve ter pensado em ir pra outro lugar – ela respira fundo – eu posso ajudar, eu acho que eu sei pra onde ela irá se ela não estiver onde vocês acham que ela está.
Draco olha para a moça, o que ela diz tem sentido – tudo bem, pra onde você acha que ela pode ir?
- Não adianta só eu dizer – ela argumenta – ela tem acesso à casa que eu morava, mas a casa é protegida. Por favor, me leve com o senhor, eu posso entrar e liberar as proteções se for necessário.
- Ela tem razão, Draco – Blaise diz – se ela diz que pode ajudar
- Tudo bem – Draco concorda – precisamos nos apressar, a senhorita se sente confortável em aparatar comigo? Acho que vai ser mais rápido assim
Athena assente com a cabeça enquanto se volta pra Blaise e diz – conversamos depois
Então ela se dirige ao senhor Malfoy que a segura enquanto aparata com ela para a sua casa...
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Em outro local
Jezz olha para a sua babá, o bebê e uma garotinha loira que ela logo reconhece como uma das meninas Malfoy. Ela está tentando entender o que está acontecendo, Jezz tem certeza absoluta que nenhuma das suas ordens incluía trazer uma garotinha quando ela retornasse. Aliás, o que a sua babá está fazendo aqui? Era pra eles voltarem apenas em dois dias. Alguma coisa deve ter acontecido, mas nada justificaria trazer essa criança.
Pense, Jezz, pense. Ela diz consigo mesma. Ela sabe que não pode tomar nenhuma atitude precipitada, isso colocaria tudo a perder. Então ela diz aparentando uma calma que não está nem de longe sentindo – você poderia, por favor, me explicar o que aconteceu?
- Eu apenas cumpri a sua ordem – Mel começa a se justificar – a senhora havia dito que se eu achasse que a criança estava ameaçada, eu deveria vir e eu ouvi alguém dizer que eles precisavam mantê-lo na casa, então eu fiz o que a senhora ordenou.
Jezz respira fundo várias vezes para buscar calma, mas está difícil – até essa parte tudo bem, mas creio que temos mais um problema – ela diz olhando para a menina que fita a tudo sem entender direito o que se passou.
- Eu quero ir pra casa – Annie diz calmamente – por favor, a senhora poderia me levar?
- Daqui a pouco, meu bem Jezz diz docemente fazendo o que ela faz de melhor, fingir – primeiro eu preciso descobrir o que aconteceu, você sabe me dizer por que está aqui?
- Eu não sei direito – A menina fala depois de pensar um momento – eu queria ver o bebê e quando eu vi senti um puxão no umbigo e nós aparatamos. Agora eu quero ir pra casa, por favor, a mamãe e o papai vão ficar preocupados – Annie diz usando a sua melhor expressão doce.
- Daqui a pouco, eu já disse – Jezz fala rispidamente – primeiro eu preciso resolver umas coisinhas, eu vou conversar com a Julie aqui e você fica quietinha.
- Eu posso ficar com o bebê? – Annie pergunta – eu tomo conta dele, eu prometo.
- Que seja – Jezz diz, ela olha para a jornalista – você vem comigo agora!
Mel sente seu estômago se contorcer. Por que ela está obedecendo tudo o que essa mulher fala? Não era isso o que ela devia fazer e por que ela trouxe o bebê de volta?
Ela pensa em pegar as duas crianças e aparatar novamente para a casa do senhor Malfoy, mas uma dor imensa a faz desistir e ela sai do quarto deixando Annie sozinha com o bebê...
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Na mansão Malfoy
Hermione vê Draco voltar e percebe que ele não está sozinho, com ele está a professora da Annie. Ela se pergunta o que a moça está fazendo aqui, mas Hermione sabe que agora não é hora para pedir explicações, se Draco a trouxe deve haver um motivo.
- Trouxe os endereços? – ela pergunta e vê o marido assentir com a cabeça.
- Todos os que haviam sido dados na empresa – ele diz – eu encontrei a senhorita Binns com o Blaise e ela fez uma observação interessante – ele olha para a moça incentivando-a a falar.
- A Jezz é ardilosa e inteligente, ela deve saber que se a Annie foi parar lá seja por qualquer motivo, ela não vai poder ficar porque vocês vão dar um jeito de localizá-la, então eu acho que ela vai buscar um lugar mais seguro até decidir o que fazer.
- Você acha que ela é capaz de fazer mal a uma criança? – Gina não se contém e faz a pergunta que está na mente de todos.
- Se ela é capaz? Sim, ela é – Athena fala com a propriedade de quem já viu o pior daquela mulher – mas eu acho que ela não vai fazer, pelo menos por enquanto. Ela sabe que se fizer isso vai ser quase impossível conseguir levar o plano dela adiante, seja lá qual for esse plano. Mesmo assim não podemos perder tempo, se ela se desesperar essa mulher é capaz de tudo. O senhor disse que ela está na casa da sua antiga secretária, então há essa hora ela já deve estar pensando em sair de lá e eu tenho quase certeza que ela vai para a casa que era do meu pai pensando que vocês não têm como saber onde ela está e caso descobrissem, as proteções não iriam deixar ninguém entrar.
Harry olha para a moça enquanto a sua mente trabalha furiosamente, mesmo não sendo uma missão oficial, ele é o chefe dos aurores e deve utilizar a sua experiência no assunto:
- Não temos muito tempo a perder, então ouçam com atenção – ele olha para Snape que como agente duplo por anos certamente poderá contribuir – eu tenho algumas sugestões de como iremos agir, o tempo é curto então eu serei breve.
E dizendo isso ele começa a passar a sua estratégia para os demais...
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Ao mesmo tempo
Annie está sozinha com o bebê, ele está inquieto no berço e a menina não sabe se deve ou não segurá-lo. Ela está um pouquinho assustada e uma parte dela sabe que não deveria ter feito o que fez, mas na hora que ela viu que o bebê seria levado, ela não pensou muito só o que ela sabia é que ela não poderia deixá-lo ir.
- Oi bebê – ela diz acariciando a cabecinha dele – a mamãe me disse que você ainda não tem um nome, você é muito fofinho pra não ter um nome. Eu prometo que quando a gente sair daqui, eu vou pensar num nome bem legal pra você, o que você acha?
- Eu sei que você está com medo – a pequena continua acariciando a cabecinha do bebê – mas eu juro que nada vai acontecer com você, você vai comigo pra casa em breve. A nossa casa é muito legal, a mamãe é medibruxa, ela é a melhor e eu tenho certeza que ela vai ser a sua mamãe também
- O papai é um cara e tanto – Annie continua enquanto olha nos olhinhos azuis do menino – você vai gostar dele e ele vai gostar de ter um menino. Às vezes ele fica meio sozinho com tantas meninas em casa e você vai fazer companhia pra ele. O que você acha? E tem a Lizzie também, ela está com medo que você destrua a nossa família, mas eu sei que você não vai fazer isso...
Ela olha nos olhos do garotinho. Annie pode sentir a solidão e o medo do menino, ela respira fundo para manter a calma, a menina sabe que se chorar agora vai assustá-lo ainda mais e ela não quer isso, então ela respira fundo e continua a conversar.
- Eu sei que você está com medo, eu sei que você se sente sozinho, mas não fica assustado não. Eu estou aqui com você e eu vou te proteger, eu prometo.
Neste momento a porta se abre e Mel entra, ela pega o bebê enquanto a menina diz – pra onde você vai levar o bebê?
- Não se preocupe – Mel fala enquanto Jezz entra também e diz:
- É, não se preocupe. Todos nós vamos dar uma voltinha...
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Um pouco antes
Mel olha a mulher na sua frente, ela pode perceber que ela está furiosa e só não explodiu antes por causa da loirinha. Agora, no entanto, é evidente que ela vai dar vazão a toda a sua fúria.
- Muito bem – Jezz começa – quais eram as suas ordens?
Mel respira fundo. Um lado dela diz que ela não deve nenhuma obediência a essa mulher, mas outro lado diz que ela precisa fazer o que ela quer se não quiser sofrer, então a jornalista diz – era proteger o bebê e sair se sentisse algum tipo de ameaça – ela baixa os olhos – foi o que eu fiz, eles disseram que queriam ficar com o bebê, isso é uma ameaça e eu tirei o bebê de lá.
E a menina? – Jezz pergunta respirando fundo
- Ela entrou de repente. Não sei se foi de propósito, mas quando eu vi, ela estava agarrada a mim. Eu não tinha como parar sem correr o risco de um estrunchamento, acho que ela só queria ver o bebê ou talvez tenha notado que eu ia embora e tentou impedir, não posso dizer com certeza. Se a senhora permitir, eu a levo de volta e explico o que aconteceu, tudo vai ficar bem.
- Você acha mesmo que você vai levar essa pirralha, e pedir desculpas e tudo vai ficar assim? – ela diz exasperada – é claro que não! A gente vai precisar dar um jeito nela.
- O que a senhora pensa em fazer? – Mel pergunta assustada, ela sabe que deve cumprir as ordens, mas ela não sabe se conseguiria fazer mal a uma menininha.
- Ainda não sei – Jezz fala pensativa – mas precisamos sair daqui. Se uma coruja me encontrou, o senhor Malfoy me encontrará também. Vamos pegar as duas crianças e ir pra outro lugar, assim eu posso pensar com calma.
- Não sei se devemos fazer isso – Mel diz meio confusa, ela sente que isso é algo errado – eu não sei se posso...
Jezz respira fundo – lá vamos nós outra vez... – ela pega a varinha e mais uma vez lança a maldição império na jornalista – você vai pegar o bebê e a menina e nós vamos aparatar pra outro lugar, entendeu? – ela vê a mulher na sua frente assentir com a cabeça – agora vamos com isso, antes que alguém apareça!
Eu não posso fazer isso. Mel diz para si mesma. Ela tenta lidar com a dor que agora está cada vez mais forte, então ela pega a menina e o bebê enquanto se esforça para dizer – desculpe
Mel segura no braço de Jezz e os quatro aparatam para um local desconhecido pra ela.
Poucos minutos após isso acontecer Draco e Elly aparatam na casa, o loiro abre a porta para os demais enquanto diz:
´- Parece estar vazia – ele diz enquanto empunha a varinha – em todo caso vamos checar
Eles verificam todos os cômodos da casa confirmando o que o loiro disse, agora é torcer para que a senhorita Binns tenha acertado na sua teoria...
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Ao mesmo tempo
Jezz aparata na casa que pertencia ao seu finado marido, o golpe mais mal dado que uma vez ela pensou em fazer. Quem poderia imaginar que apesar daquela casa imensa, o velho era um duro? Ela pensa com seus botões. Ainda bem que não durou muito, eu morreria se tivesse que ficar casada por mais tempo
- Onde estamos?
Ela ouve a voz infantil perguntar. Jezz respira fundo para não dar uma resposta na pirralhinha. A menina não pode se assustar, pelo menos não enquanto ela não decidir o seu próximo passo.
- Estamos em uma casa onde você vai ficar por um tempinho, eu tenho umas coisas pra resolver e depois vou levar você para a sua casa – Jezz diz torcendo para que isso acalme a garotinha por enquanto, a última coisa que ela precisa é que a menina comece a chorar. Já não bastava o bebê chorando na sua cabeça, uma menininha seria demais pra ela
- Eu posso ficar com o bebê? – ela diz meio assustada. Annie sabe que tem algo bem errado e algo dentro dela diz que ela precisa manter a calma ou algo ruim pode acontecer.
- Tudo bem – Jezz diz e olha para a jornalista – fique com eles. Não deixe que a menina saia, eu volto depois – ela completa antes de se retirar.
Mel olha para as crianças, é a chance que ela tem para sair com elas, mas só de pensar em desobedecer, as dores começam.
Annie olha pra ela usando seu melhor olhar suplicante. Ela está assustada ainda mais agora que elas foram pra outro lugar e pelo que a menina percebeu isso aconteceu às pressas – por favor – ela diz com os olhos cheios de lágrimas – eu quero ir pra casa, eu não sabia que você estava aparatando, eu só queria ver o bebê. Eu quero a mamãe e o papai...
- Não fique assim querida – Mel diz tentando ignorar a dor – você vai ver a mamãe e o papai em breve. Nada vai acontecer com você, eu prometo
- Então me leva pra casa – Annie diz – o bebê está com medo, essa moça é má. Ela vai fazer algo ruim, eu sei disso.
Mel não sabe o que fazer. Ela sabe que a menina tem razão e ela sabe que deveria sair com as duas crianças, mas a simples intenção de desobedecer dói de forma incontrolável mesmo que uma parte dela diga que ela precisa resistir.
As lágrimas da pequena doem nela mais do que o pensamento de não seguir as ordens neste momento e reunindo toda a sua força ela vai tentar. Mel segura a cabeça enquanto respira fundo pra ignorar a voz que diz que ela não pode deixar a garota sair. Ela pega o bebê e diz para a menina:
- Segure se em mim. Eu vou levar você pra casa.
Mas alguma coisa falha neste momento e ela percebe horrorizada que não consegue aparatar...
NOTA DA AUTORA
Mais um capítulo pra você, caminhando pra reta final e chegando cada vez mais perto! Espero que ninguém tenha enfartado e espero também que ninguém esteja pensando em me azarar por causa do final e caso alguém esteja pensando, autora machucada demora mais pra conseguir atualizar (corre pras colinas...)
Desculpem a demora, as aulas recomeçaram e agora estamos 100% presenciais e turmas superlotadas, a impressão que dá é que a pandemia acabou por aqui e eu digo que não acabou (peguei pela segunda vez, mesmo com todos os cuidados, ainda bem que foi bem leve, graças a vacina). Mas o fato é que agora com as coisas voltando ao normal (mais ou menos) meu tempo como era de se esperar está mais escasso.
Muito obrigada a todo mundo que está lendo e acompanhando durante todos estes anos. Acho que vão ser mais uns três capítulo e finalmente colocarei o ponto final. Bjs e até o próximo
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