postado em 23/02/21



E assim o tempo passa e por mais difíceis que as coisas sejam o amor sempre é mais forte e Hermione e Draco estão mais juntos que nunca. Não vou dizer que tudo é um mar de rosas, mas eles estão trabalhando nisso.



Jezebel Summer nunca mais foi vista. Todas as buscas pela moça se mostraram infrutíferas, Harry colocou alguns homens para irem a sua cidade natal tentar descobrir um pouco mais sobre ela e ficou sabendo que a reputação dela não era, digamos, das mais recomendáveis, mas tirando isso nenhuma pista que pudesse levar a seu paradeiro. Harry fez o que pôde para tentar encontrar e descobrir o que a mulher pretendia, mas infelizmente as suas mãos não estão tão livres como ele gostaria uma vez que o que aconteceu com Draco Malfoy não é um assunto da alçada do departamento de aurores. Ele até sugeriu que Draco entrasse com uma queixa formal, mas o loiro não quis, pois ele temeu que isso trouxesse uma repercussão que ele e Hermione não gostariam, afinal eles estão trabalhando em conjunto para solidificar o seu casamento e passar por esta situação com o menor número de problemas possíveis.



É claro que não é fácil. Muitas vezes Hermione fica insegura, o que deixa Draco bastante preocupado e muitas vezes o loiro se pega pensando se poderia ter feito alguma coisa para evitar o que aconteceu e como um homem experiente como ele foi pego em um feitiço por uma mocinha que a seu ver é pouco mais que uma criança. O loiro se sente mal também por Blaise, era evidente que seu amigo estava interessado na nova secretária e embora Blaise não tenha tocado mais no assunto é palpável a sua decepção.



O loiro está fazendo o possível para manter a normalidade tanto em sua casa quanto nas empresas, mas às vezes as coisas fogem um pouco do controle já que mais uma vez Draco está sem uma secretária e verdade seja dita independente dos motivos a moça estava fazendo um trabalho muito bom.



Por falar em secretária a boa senhora que ocupava o posto continua se recuperando no hospital St Mungus para acidentes mágicos, Hermione está satisfeita com o seu progresso físico embora a mulher ainda não manifeste nenhum sinal de sanidade, é como se ela estivesse lá, mas ao mesmo tempo não estivesse e isso trás outro problema para a medibruxa. Hermione sabe que ela já está forte o suficiente para continuar a sua recuperação em casa já que não há nada que o hospital possa fazer, mas ao mesmo tempo ela sabe que Elly não tem ninguém para ajudá-la nesta fase que ninguém pode prever quanto tempo durará se é que ela irá passar um dia.



E Hermione mais do que nunca se vê com uma ferrenha determinação, a mesma determinação que possuía ao estudar para os seus exames. A morena está mais determinada do que nunca a descobrir o que Jezz queria com o seu marido, além do óbvio, é claro. Hermione conhece uma pessoa apaixonada quando vê uma e ela pode apostar a sua varinha que não se trata de amor ou nada do tipo, o que a intriga ainda mais. O que será que ela queria? Ou ainda quer, ela não pode deixar de pensar com uma pontinha de medo em seu íntimo.



E é por isso que a morena se esforça para descobrir tudo o que ela pode sobre a sobrinha de Elly. Ela conta sempre com Harry Potter que usa o seu tempo livre para ajudar e também com Severo Snape que com o seu jeito taciturno já se colocou à disposição. Hermione não sabe bem porque, mas algo lhe diz que a sua caçula tem muito a ver com a ajuda de seu ex-professor de poções, o que na verdade não a espanta, ela já conhece o efeito que Annie tem sobre as pessoas, a sua pequena é sempre capaz de tirar o melhor delas.



Apesar dos esforços conjuntos ninguém consegue descobrir nada e de uma forma ou de outra a vida vai aos poucos tomando seu curso. Harry, no entanto, se mostra tão determinado quanto a sua amiga Hermione, a sua intuição somada aos anos de trabalho como auror lhe dizem que essa história ainda não terminou, seja o que for que esta mulher queria. A seu ver ela se arriscou bastante para não ir até o fim.



No entanto agora não é o momento de pensar no problema de Hermione. Harry e seus homens foram chamados para investigar um acidente, uma explosão de grandes proporções que acometeu uma residência bruxa no sul da Inglaterra. O fato da explosão não haver sido explicada levantou a hipótese de ser algo referente a bruxos das trevas e mesmo havendo muito tempo desde a queda de Voldemort, sempre que acontece algo que eles não conseguem explicar esta hipótese é vinculada.



E é por isso que neste exato momento Harry Potter se encontra em frente a um amontoado de cinzas que em algum momento havia sido uma casa em uma cidadezinha interiorana, ele suspira ao ver o estrago – algum sobrevivente? – ele pergunta ao chefe da polícia trouxa local a quem ele se apresentou como um oficial da polícia londrina – alguém sabe dizer o que aconteceu?



- Nenhum sobrevivente – o homem responde e dá pra ver em seu semblante que ele parece bastante abalado. Harry não se espanta, em uma cidade tão pequena em que todos se conhecem de uma forma ou de outra provavelmente esta família era conhecida dele – o senhor Milles trabalhava fora da cidade não sei dizer ao certo em que e a sua esposa, Emma, era dona de casa – ele respira profundamente como se tentasse manter a compostura – tinham dois filhos, uma menina de quatro anos e um menino, um bebê que devia ter uns dois ou três meses – ele faz uma pausa e Harry percebe que isso está sendo difícil – não conseguimos recuperar muita coisa dos corpos, a nossa cidade vai demorar pra se recuperar deste acidente terrível.



Harry olha para a casa destruída, ele não pode dizer com certeza, mas isso não parece mesmo ser um acidente – alguém tentou apagar o fogo? – ele pergunta já com uma teoria na cabeça.



- Não deu tempo – o policial nega com a cabeça – foi tudo muito rápido. Os Milles deviam guardar algum tipo de material inflamável na casa, antes que qualquer dos vizinhos pudesse chamar os bombeiros ou fazer alguma coisa pra ajudar a casa já havia sido consumida, eu nunca vi algo assim – ele olha para Harry – foi alguma coisa a mais, não foi? – ele questiona – o que mais traria alguém de Londres pra uma cidadezinha perdida no meio do nada?



Sim, aconteceu alguma coisa, Harry pensa com seus botões, mas nada que ele possa falar para um trouxa nestas circunstâncias. Ele olha para o homem, é evidente que ele está preocupado com a possibilidade de vir a acontecer novamente. Então ele diz:



- Só o que podemos dizer no momento é que iremos investigar e dar todo o suporte para a polícia local e esperamos que vocês colaborem da melhor forma possível – ele vê o homem assentir com a cabeça – e se vocês puderem dar mais informações sobre a família, eu agradeceria.



- Na verdade não sabemos muita coisa sobre eles – o policial fala meio intrigado – eles se mudaram há pouco tempo e não conversavam muito com os vizinhos, quer dizer – ele se corrige meio culpado de estar falando dos mortos – eles conversavam, cumprimentavam, essas coisas de vizinhos, mas não chegavam a ter intimidade com ninguém



- Entendo – Harry assente com a cabeça. Na verdade ele entende perfeitamente, isso acontece sempre quando bruxos resolvem viver em locais trouxas, mas Harry sabe que raramente um bruxo resolve morar em um local trouxa sem nenhum motivo e talvez seja isso que os tenha levado a esse terrível destino – mas talvez tenha alguém com que eles convivam



- Na verdade a mãe do senhor Milles vive em uma casa de repouso aqui perto, a senhora Milles comentou que mesmo sendo longe do trabalho do marido eles escolheram viver aqui pra ficar mais perto dela – ele olha para Harry – eram boas pessoas, mesmo que fossem reservados, eles não mereciam o que aconteceu.



Com certeza não mereciam, Harry pensa com seus botões. Seu conhecimento do mundo trouxa mesmo sendo vasto não lhe dá nenhuma pista do que poderia causar um acidente destas proporções, mas seu conhecimento do mundo bruxo lhe dá uma pista, algo que lhe embrulha o estômago: fogo maldito. A pergunta agora é, por quê?



Harry vai fazer todas as investigações de praxe, mas alguma coisa em sua intuição lhe diz que esta história ainda vai durar um bom tempo e ele raramente se engana quanto a isso...



XXXXX



Na casa dos Malfoy



Hermione olha para o marido que agora dorme tranquilamente. Ele passou boa parte da noite acordado e desta vez não foi por causa do que aconteceu na África do Sul, a morena sabe que o que tirou o sono do seu amado foi uma coruja que chegou no dia anterior, uma coruja que deixou a sua primogênita exultante, mas que ela sabe que cravou um punhal no coração dramático do seu marido. A coruja que trouxe a carta que vai levar a sua menininha para Hogwarts.



Não que Hermione não esteja com o coração apertado. Quando a carta chegou, ela procurou Sandy, que ela sabe que deve estar sentindo a mesma coisa e as duas compartilharam uma garrafa de vinho enquanto choravam a eminência de ter seus primogênitos longe, mesmo sabendo que os pequenos estavam exultantes.



Mas neste momento ela tem que ser o lado racional, Hermione sabe que Draco tem uma ligação toda especial com a sua primogênita e ficar longe dela vai partir o seu coração, mesmo que ele saiba que a sua filha espera este momento com ansiedade.



- Bom dia – ela diz ao ver seu marido abrindo os olhos – acho que não preciso perguntar como você dormiu – ela sorri – você sabia que esse dia iria chegar



- Sim, eu sabia – ele diz com um suspiro – mas isso não torna mais fácil. É a minha garotinha sendo cada vez menos a minha garotinha



- Agora eu sei como meus pais se sentiram – Hermione filosofa – vocês ainda sabiam o que esperar, mas eu imagino como deve ter sido difícil pra eles permitir que eu fosse para uma escola da qual eles nunca ouviram falar, não sei se eu teria esta coragem... - ela parece pensar por um momento -Não! Eu teria sim, não quero nem pensar se meus pais não tivessem permitido - ela sorri pensando em como ficou exultante ao receber a sua carta e como a sua filha mais velha também ficou animada



- Eu não sei ainda como ela não está aqui perguntando quando vamos comprar a sua varinha – Draco sorri, a sua primogênita sempre foi fascinada por ter a sua varinha e finalmente o momento chegou – podemos ir no final da semana – Draco olha para a esposa – assim você se organiza no hospital, tenho certeza que você quer estar com ela neste momento também.



- Sim, é claro – Hermione sorri, então ela suspira e encara o marido – e depois que ela for para a escola, a gente precisa sentar e conversar sobre a Annie, não podemos simplesmente fechar os olhos...



- Ainda é cedo – Draco interrompe – ela ainda tem tempo pra manifestar magia – o loiro sabe que está colocando panos quentes na situação, mas ele também sabe que não ir pra Hogwarts vai partir o coração da sua caçulinha.



- A gente não pode adiar isso muito mais, Draco – Hermione argumenta – a Lizzie manifestou magia antes dos dois anos.



- Eu sei – Draco diz enquanto se senta e coloca a cabeça entre as mãos – não estou dizendo que não vamos conversar, só que não vamos conversar agora, não com tudo que está acontecendo. Eu só preciso de um tempo, depois que resolvermos a questão da África do Sul, a gente senta e vê o que vamos fazer, tudo bem?



- Tudo bem – Hermione respira fundo – mas já faz quase um ano que tudo aconteceu e ainda não temos nenhuma pista. Você... Nós – ela se corrige – precisamos começar a cogitar a hipótese de que essa mulher não vai mais aparecer e que talvez a gente nunca saiba os seus motivos.



- Você está dizendo que devemos desistir? – Draco olha incrédulo para a esposa. Isso realmente não é do feitio dela, deixar essa história sem conclusão não parece algo que Hermione faria.



- Não, Draco – ela suspira – não estou dizendo que devemos desistir, eu não conseguiria, você me conhece. Só estou dizendo que essa mulher não pode continuar ocupando tanto espaço em nossas vidas. A impressão que eu tenho é que tudo mais ficou suspenso até que ela apareça e a gente descubra o que ela queria, isso não está me fazendo bem e não está fazendo bem pra você também. Se a gente quiser realmente superar isso vamos ter que deixar essa história de lado de vez em quando. Não estou dizendo pra esquecer, apenas agir como se ela não fosse a parte mais importante da nossa vida. A Lizzie está indo pra escola, a Annie ainda não manifestou magia – ela respira fundo – e eu tenho outra a discutir com você – ela vê que o marido a fita com curiosidade – é sobre a Elly, a sua recuperação física já foi concluída e o hospital está me pressionando para dar alta ou transferi-la para a sessão dos pacientes com doenças mentais irrecuperáveis.



- Então faça isso – Draco diz encarando a esposa – o que foi? Você acha que ela não vai ter o tratamento adequado lá?



- Eu sei que ela vai – Hermione suspira desanimada – mas essa ala não fica sob a minha supervisão, então eu não estaria tão próxima, e depois sempre existe a possibilidade da sobrinha aparecer... Tá vendo, Draco, essa mulher está interferindo nas nossas vidas mais do que eu estou disposta a aceitar. A Elly é uma pessoa super doce, eu não vou permitir que nada aconteça com ela. E se foi a Jezz quem causou o acidente pra ter acesso a nossa família? Ou vai dizer que essa hipótese não passou pela sua cabeça?



- Passou – o loiro admite com um suspiro – mas ao mesmo tempo eu também penso que ela pode ter simplesmente se aproveitado do acidente. Sinceramente eu não sei, mas eu entendo a sua preocupação, não dá pra garantir que a Elly ainda não corra perigo.



- E pelo que eu sei não há um jeito de que o Harry consiga proteção pra ela depois que o ministério considerou o que aconteceu apenas um acidente – Hermione diz – eu tive uma ideia, mas preciso ver o que você e as meninas acham



- Você está pensando em trazê-la pra cá? – o loiro pergunta meio embasbacado, Hermione nunca fez nada parecido mesmo sendo a pessoa altruísta que é.



- Se não tiver problema – a morena confirma – é só que aqui eu posso dar mais assistência e tem os elfos pra ajudar e bem, ela ficaria segura. Se estiver tudo bem pra você e para as meninas...



- Claro – Draco sorri – se a Elly precisa de assistência e se você acha que aqui é melhor do que na ala para pacientes com doenças mentais irrecuperáveis, por mim tudo bem



- Eu não tenho certeza se o caso dela é realmente irrecuperável – Hermione suspira – sim, eu sei que já tem mais de um ano e até agora nada, mas eu sou uma otimista, pode me julgar por isso.



- Eu nunca julgaria você por isso – Draco diz enquanto abraça a esposa e a beija carinhosamente – você é incrível, eu te amo, sabia? E sempre vou te amar aconteça o que acontecer



- Eu sabia – a morena diz sorrindo – mas eu gosto de ouvir



- E eu gosto de falar – Draco diz enquanto se levanta para mais um dia comum na casa da família Malfoy...





NOTA DA AUTORA



Mais um capítulo pra vocês, como eu falei no capítulo anterior temos agora um salto e teremos alguns acontecimentos que só irão fazer sentido após alguns capítulos e em breve teremos revelações bombásticas. Não sei se será no próximo mas será em breve. Aguardem...



Talvez o próximo capítulo demore um pouco mais porque ao que tudo indica no mês que vem as aulas voltam de forma presencial e com isso meu tempo vai diminuir. Eu espero que isso não aconteça e se acontecer não será nem de longe as demoras que estavam acontecendo quando eu estava com quatro fics, mas já quero deixar avisado que pode acontecer.



Bjos e até o próximo e quem puder deixar uma palavrinha me deixará muito feliz. Aliás estou com fic nova é uma Harry/Gina com uma pegadinha de suspense. Quem puder passar lá e deixar uma palavrinha vai me deixar muito feliz. Lembrado que só estou postando no fanfiction por causa dos problemas que tive e tenho aqui no site


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Comentários (1)

  • Irloureiro

    AAAmei o capitulo e ansiosa pelo próximo... Já com mil teorias por aqui: esta praga da Jezz ainda vai me aparecer com o bebê do acidente mágico dizendo q é filho do Draco... tudo qdo a Lizzie tá em Hogwarts... mas a Annie vai mostrar a magia dela salvando o casório dos pais!!!

    2021-02-24
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