Jogada de Mestre



Capítulo Trinta de Três
Jogada de Mestre


Aquele começo de plano, aquele armário mal cheiroso e mais a ida e vinda de Hogsmeade, me rendeu outro banho. Tinha que estar perfeita, tinha que fazer o papel da inocente que só quer ter um pouco mais de prazer num lugar estritamente proibido. E olha que nem preciso fazer muito esforço.

O plano é esse: ... Espera, não tem graça contar tudo agora. Vamos fazer assim: deixar tudo fluir como um rio, tudo ao seu momento.



People can take everything away from you
As pessoas podem tirar tudo de você

But they can never take away your truth.
Mas elas nunca poderão levar embora a sua verdade.

But the question is
Mas a questão é

Can you handle mine?
Você agüenta conhecer a minha?



Estava em dúvida entre a saia com zíper e a saia de botões. Botões, demora mais. Vou lá saber se ele é um tarado, tipo o Draco, e já quer chegar nos finalmente? A saia caia até o meio da coxa; Coloquei uma das minhas sandália mais altas, uma vermelha. Sim, estava frio mais era para um encontro 'causal', vamos dizer que logo, logo esquentará. Saia preta pedia uma blusa vermelha.

Vermelho a cor do pecado. Pecado com o Belby? Faz-me rir. Sou mais pecado com Draco, Harry, McLaggen... Coloquei meus brincos de argola, nada nos pulsos, nada no pescoço apenas o anel de Draco – aquilo já era parte do meu ser – reluzindo a luz. Passei um creme por todo o corpo, um desodorante corporal. Tinha que matar logo de vista. Perfume, poção para dos cabelos e uma maquiagem leve. Logo sairia, que eu sei.

Duas e cinco, já estava me atrasando. Coloquei minha jaqueta preta e desci as escadas. Não queria ser vista por ninguém conhecido. A cada passo, aquela sensação que irá dar certo me corroia. Apertei as mãos e deixei ser levada. Alunos do primeiro ano quase me atropelaram.

Na porta do Salão Comunal, lá estava Belby parado, encostado a uma das estatuas com as mãos no bolso.

Ele não era de todo mau, apenas era um pouco esquisito, apenas isso. Ao me aproximar, parou de olhar o que estava lhe distraído e abriu um sorriso malicioso olhando por todo meu corpo. Cumprimentou-me com um beijo ardente nos lábios.

- Onde irá pagar sua dívida? – Perguntou no meu ouvido.

Droga, não tinha pensado nisso. Meu quarto estava fedendo a um perfume enjoativo e ainda estava uma bagunça.

- Não sei, aonde você quer?

- Tem o banheiro dos monitores. – Uma imaginação um tanto quanto fértil.

- Ah, ótimo. – O que vier, é lucro.

Andamos quase sem palavras. Sabíamos que ninguém apareceria ali. A porta se fechou, a banheira estava vazia e limpa. Trancou a porta e quase não esperou eu dizer algo, me pegou de jeito, me jogou na parede e só falto me chamar de lagartixa.

- Prefere-

- Cala a boca. – Fui clara, lhe dando um beijo tão profundo que foi difícil identificar quem era quem.


They say I'm crazy
Eles dizem que eu sou louca

I really don't care
Eu não me importo mesmo

That's my prerogative
Essa é a minha prerrogativa

They say I'm nasty
Eles dizem que eu sou indecente

But I don't give a damn
Mas eu não dou a mínima

Getting boys is how I live
Pegar garotos é o meu meio de vida

Some ask me questions
Alguns me perguntam coisas

Why am I so real?
Porque eu sou tão verdadeira?

But they don't understand me
Mas eles não me entendem

I really don't know the deal about my sister
Eu realmente não entendo qual é a da minha irmã

Trying hard to make it right
Se esforçando para fazer tudo certo

Not long ago before I won this fight!
Um pouco de eu ganhar essa luta!



Não podia sentir calor porque estava fazendo aquilo forçada. Se ele abrisse os olhos veria minha cara de nojo perante tudo aquilo. Eu disse: ele é um tarado feito o Draco, só que pior. Draco respeitava a saia (eu nunca peguei ele de saia, mas tudo bem) esse aí não, ele já passou a mão na minha coxa e começou a erguê-la. O que a gente faz por um misero colar, não é?

Estava me sentindo uma depravada, mas era isso, ou era Inquisição, processo e quem sabe Azkaban. Papai e Mamãe devem estar rindo de mim nesse momento, se perguntando como uma menina consegue se ferrar tanto na vida.

Deixando de lado minha tragédia não anunciada, passei uma das mãos pelos seus cabelos curtos e um pouco crespos e logo desceu pelo meu pescoço e beijando meu colo.

Era muito mais esperto do que eu pensava. Conseguiu tirar minha jaqueta sem eu perceber. Passava a mão pelos meus braços, sentia o cheiro da minha pele. Tirou sua jaqueta e a jogou longe. A mesma coisa de sempre. Prensou-me contra a parede quase me levantando. Parece que gostou da minha coxa, não tirava a mão dela, era incrível!

Havia um banco, um banco fraco de madeira perto das paredes desenhadas. Aquela sereia dos vitrais deve estar pensando que sou uma depravada de primeira categoria. Quando a vi, estava se escondendo de vergonha. O arrastei para o banco. Deitei minhas costas nele e o puxei para cima de mim. Não era o que eu estava pensando. Desceu a alça da minha blusa e voltou a pegar na minha nuca e aprofundar aquele beijo. De lá, o rolei para o chão.

De repente lá vinham aqueles pensamentos novamente. À medida que aquele cara conhecia meu corpo com suas mãos, pensamentos de leve arrependimento estavam soando numa melodia sarcástica em meus ouvidos. Vamos ignorá-las, Hermione, vamos fazer o certo, se é que isto que estou fazendo, era o certo. Às vezes, fico me lembrando como era delicioso ser a outra Hermione.


Everybody's talking all this stuff about me
Todo mundo está falando todas essas coisas sobre mim

Why don't they just let me live? (everybody)
Porque eles não me deixam simplesmente viver?(diga-me por que)

I don't need permission
Eu não preciso de permissão

Make my own decisions (oh)
Eu tomo minhas próprias decisões (oh)

That's my prerogative
Essa é a minha prerrogativa

It's my prerogative (it's my prerogative)
Essa é a minha prerrogativa

It's the way that I wanna live (it's my prerogative)
É como eu quero viver (é o meu direito)

They can't tell me what to do.
Eles não podem me dizer o que fazer.



Passei pelos corredores naqueles meus passos rápidos, Ron tinha acabado de me deixar sozinha. Tinha ido a mais um treino de Quadribol. Mesmo sob recomendações minhas para parar de se preocupar com uma matéria tão vaga que não lhe ajudará em nada mentalmente, seguiu o caminho para o campo com sua vassoura em mãos.

Meus cabelos estavam presos para disfarçar o volume que, naquele dia, resolveu caprichar. Minhas unhas compridas sem nenhum tipo de camada de outra cor, rangiam na capa velha do meu livro que prensava contra o peito. Orelhas livres de qualquer coisa assim como os pulsos e dos dedos. Um colar medíocre por debaixo da minha camisa com a gola e gravata fechadas até em cima.

- Mione! – Era Harry, tinha acabado de se aproximar de mim colocando sua mochila nas costas. – Como foi seu dia?

- Oh, eu tive uma prova de Aritmancia Avançada, simplesmente perfeito! – Sorri largamente para aquele garoto.

- E pelo jeito, a minha Mione não irá me decepcionar, não é? Irá tentar tirar a melhor nota novamente? – Passou uma das mãos pelo meu ombro.

- Não sei. – Ri baixo.

- Modesta... – Sussurrou rindo comigo.

Tínhamos essa certa ligação sabe, tínhamos uma idéia parcialmente formada sobre todas as coisas que tinham entre a gente. Uma delas, era Gina. Ele tinha acabado de terminar com a ruiva. Estávamos nos nossos últimos dias de aula e estavam sendo os mais difíceis para todos.

- Está melhor? – Uma preocupação recíproca.

- É... – Respondeu fracamente.

- Não está. – Conseguia reconhecer de longe. – Dá pra ver, eu te conheço, Harry. Eu sei quando está triste, quando está mau, quando quer matar alguém! Seis anos de amizade significam muito. – Soltou-se do meu ombro e colocou uma mão no bolso da calça. – Gina?

- É, tá difícil. Eu a magoei profundamente, Hermione, eu não devia ter terminado.

- Você acha que fez a coisa certa? Você mesmo me disse que vocês não estavam mais dando certo, que só brigavam e tal... – Parei a sua frente. – Eu sei que eu nem deveria estar me metendo nisso, mas dê tempo ao tempo. – Passou novamente o braço em volta do meu ombro e abriu um sorriso.

- O que seria da minha vida sem Hermione Granger?! – Gritou para que todos ouvissem, beijou o topo de minha cabeça e sorriu.


Don't get me wrong!
Não me leve a mau!

I'm really not souped.
Eu não estou falando besteira.

Ego trips is not my thing
Narcisismo não é a minha praça

All these strange relationships really gets me down
Todos esses relacionamentos estranhos realmente me deixam pra baixo

I see nothing wrong spreadin' myself around!
Eu não vejo nada de errado em me esparramar por ai!



Nossa, eu incentivei o Harry a voltar com a cenoura. Eu fiz com que ele desse 'tempo ao tempo'. Idiota, não consegue fazer nada direito mesmo. Porque essa reformulação do passado reviveu das minhas memórias, só Deus sabe.

Voltando ao caso atual, Marcus acabara de tirar sua camiseta. Vamos Hermione, você tem que tocá-lo dali. Você tem que sugerir. Observei seu corpo, não era um magricela mas não era um atlético. Era 'normal', um pouco sem sal, mas normal. Passei a mão pelo seu peito enquanto beijava sua boca e lhe deixava uma marca no seu pescoço.

- Sabe – Comecei a dizer enquanto ele virava seu corpo sobre o meu. – eu sempre tive uma fantasia. – As palavras soaram com a obscenidade que merecia.

- Qual? – Perguntou num sussurro abafado no meu pescoço.

- Da gente – Ele mirou seu olhar no meu enquanto levantava minha blusa delicadamente. – Bom, na Sala de Dumbledore. – Seu olhar mudou de calmo para um pouco atordoado e completamente confuso. Deve me achar maior doida que já teve a oportunidade de pegar. – Juro pra você. E sabe também... – Com a ponta do dedo, desenhei seus músculos numa expressão cansada e inocente. – tava esperando o cara certo para isso.

- E eu sou o cara certo? – Virei meu corpo contra o seu.

- Como adivinhou?! – Brinquei rindo e mordendo seu lábio. – Você tem a senha, não tem? – Levantou-se me empurrando levemente. Sentou-se no chão, tinha que convencê-lo. Acabou ficando de costas para mim. Engatinhei e coloquei as duas mãos em seus ombros, ficando ao pé de seu ouvido. – Por favor... – Soltei num sussurro provocante.

- É muito perigoso.

- E no banheiro dos monitores não? – Ri, me levantando e arrumando minha roupa. – Você que sabe, ou lá, - Abaixei e peguei em seu queixo - ou nem pensar. – Andei em passos lentos até minha jaqueta que estava jogada ao chão. Era tudo ou nada, era agora ou nunca.


Everybody's talking all this stuff about me
Todo mundo está falando todas essas coisas sobre mim

Why don't they just let me live? (everybody)
Porque eles não me deixam simplesmente viver?(diga-me por que)

I don't need permission
Eu não preciso de permissão

Make my own decisions (oh)
Eu tomo minhas próprias decisões (oh)

That's my prerogative
Essa é a minha prerrogativa

It's my prerogative (it's my prerogative)
Essa é a minha prerrogativa

It's the way that I wanna live (it's my prerogative)
É como eu quero viver (é o meu direito)

They can't tell me what to do.
Eles não podem me dizer o que fazer.



Não esperei uma resposta imediata. Eu estava bancando a louca sexual. Coloquei minha jaqueta e arrumei meu cabelo na frente daquele espelho. Marcus ainda estava sentado no chão, com seus olhos mirados no mesmo com uma expressão assustada e ao mesmo tempo pensativa. Pensando em como irá se ferrar se resolver dar esse gostinho a mim.

Levantou-se e pegou sua camiseta e sua jaqueta. Pegou-me pela cintura e abriu um pequeno sorriso malicioso.

- É lá que você quer? – Abri um pequeno sorriso malicioso concordando com a cabeça. – Lá que irá ser. – Colou seus lábios no meu e se dirigiu a porta colocando suas peças de roupa. Esperei ele sair para dar um pulo de felicidade e fazer uma dancinha escrota de vitória.

- Quem é a melhor? Quem é a melhor? Hermione é a melhor! Sim, sim! – Cantarolava em passos de dança até a porta. – Oh yeah... – Dei um pulo e saí do banheiro com um sorriso largo no rosto.

***


Estava grudada em seu braço. Sabíamos que não haveria ninguém nos corredores. Nem trocamos nenhuma palavra mas aquele garoto já se demonstrava empolgado. Estão vendo? Eu não sou a única louca nessa história. Tonks, você está me devendo essa. Chegamos à torre de Dumbledore. Paramos na frente e trocamos olhares suspeitos.

- Hermione, eu acho melhor-

- Não irá amarelar aqui, não é? – Disse rapidamente. Marcus voltou a olhar a Estátua da Fênix e limpou a garganta antes de dizer:

- Maçãs Açucaradas. – Senha tão original. A torre começou a se mexer. Estava completamente pasma, tinha chegado até ali. Tinha conseguido o mais difícil. Aquela nostalgia tinha voltado, agora apenas subir as escadas, abrir a porta e pegar o colar.

Espera, tinha que primeiro me livrar da peste. Já tinha tudo pensado, podem fizer tranqüilos. Acho que junto com essa nova Hermione, veio um manual de como pensar em planos tão fabulosos.

Subimos as escadas, fingia estava apenas um pouco feliz, mas estava realmente doida da vida de feliz. Queria sair correndo, pulando nos pescoços das pessoas. Paramos em frente à porta, engoli seco quando encostou a maçaneta e a girou lentamente. Parecia que as engrenagens se mexiam como as batidas mais rápidas do meu coração.

Ao abrir a porta em um leve rangido chato, um cheiro de guardado invadiu meu nariz e me fez soltar uma careta. Só tinha ficado fechado por alguns dias e já estava com um cheiro horrível, mas com o passar dos segundos, já fui me acostumando. Estava iluminada pelas vidraças coloridas, nem precisava das velas, mas com um bater de palmas de Marcus, todas se acenderam.

Abri um pequeno sorriso quando encontrei meu objetivo, ali na mesa de Dumbledore. Marcus limpou uma das mesas que continha pergaminhos e me arrastou para lá. Inclinou-se sobre mim me dando mais beijos apaixonados.


Why can't I live my life without all of the things
Porque eu não posso viver minha vida sem todas as coisas

that people say? Oooh...
que as pessoas falam? Oooh...



Agora, tinha que aproveitar. Ficamos dez minutos nos beijos, amassos, passadas de mão. Minha jaqueta e minhas sandálias já tinham voado assim como a sua jaqueta e sua camiseta.

Era engraçado como ele tinha medo de encostar em qualquer coisa naquela sala. O que um garoto não faz por sexo, não é mesmo?! Meus pensamentos riram quando terminou de beijar meu pescoço. Passou a mão pela minha saia e começou a abrir os botões. É agora. É agora, Hermione.

- Espera. – Pedi rapidamente, pegando em sua mão. – Accio Varinha. – Atraí minha varinha da minha jaqueta para minha mão, apontei para seu peito e abri um pequeno sorriso.

- Que brincadeira é es- - O interrompi sussurrando Estupore. O garoto foi lançado ao chão. Fechei o botão da minha saia que tinha aberto e peguei minha sandálias, sentei na mesa e comecei a colocá-las.

- Homens, todos iguais! – Dei uma risada gostosa. – Você foi fácil, fácil de mais. – Desci da mesa e andei colocando pé frente pé até ele, me abaixei ao seu lado e passei a ponta dos dedos pelo seu rosto, pescoço e parei ao chegar na calça. – Depois eu vejo o que eu faço com você.

Andei do mesmo jeito até a mesa de Dumbledore. Quando tive o colar ao meu poder, abri um largo sorriso. O beijei e o corri pegar minha jaqueta. A coloquei enfiando o colar num dos seus bolsos, abaixei novamente ao seu lado e o peguei pela gola. Disse Enervate e acordou assustado, passando a mão no peito que doía.


Everybody's talking all this stuff about me
Todo mundo está falando todas essas coisas sobre mim

Why don't they just let me live? (everybody)
Porque eles não me deixam simplesmente viver?(diga-me por que)

I don't need permission
Eu não preciso de permissão

Make my own decisions (oh)
Eu tomo minhas próprias decisões (oh)

That's my prerogative
Essa é a minha prerrogativa

It's my prerogative (it's my prerogative)
Essa é a minha prerrogativa

It's the way that I wanna live (it's my prerogative)
É como eu quero viver (é o meu direito)

They can't tell me what to do.
Eles não podem me dizer o que fazer.



- Não se aproxima de mim. – Quase gritou se afastando brutalmente de mim.

- Você pensa que eu irei fazer alguma coisa com você? Eu só precisava da senha de Dumbledore, só isso. – Levantou-se e afastou-se de mim rapidamente, esbarrando nas coisas. – De vagar! O escritório não é seu! – Ri cruzando os braços ainda segurando minha varinha numa das mãos.

- O que você queria com isso?

- Vou falar a verdade: eu precisava pegar uma coisa, se eu não o pegasse, eu estaria completamente ferrada! E quando eu disse ferrada, é ferrada mesmo! – Ri. Olhava-me em pânico, tentando ir até a porta. Atrai suas roupas e as joguei para que pudesse se vestir. – Vamos logo sair daqui, então, se vista. – Começou a se vestir me olhando com ódio, remorso e se sentindo um idiota.

- E você acha que eu não irei contar nada a Dumbledore? – Aproximei-me rapidamente, não deixando ele agir.

- Não irei dar esse gostinho – Fui até seu ouvido – a você. Obliviate! – Novamente, caiu desmaiado no chão. Dei mais uma risada, estava satisfeita comigo mesma. Abaixe-me e bati em seu rosto para que acordasse. - Acorda, Marcus. – Escondi minha varinha no cós da saia e o sacudi. – Acorde! – Chamei mais uma vez.

- Hmm? ... Onde eu estou? – Perguntou ainda meio sonolento.

- Sabe quem eu sou? – Focalizou minha imagem e corou bruscamente.

- Hermione, o que aconteceu? O que estou fazendo aqui? – Olhou dos lados. – Esse é o escritório de Dumbledore! – Levantou-se com minha ajuda.

- Você veio trazer uns pergaminhos que Snape pediu, eu vim lhe acompanhar e você acabou desmaiando, do nada! – Passou uma das mãos nos olhos.

- Não lembro de absolutamente nada. – Focalizou o olhar no chão e tentou buscar suas respostas, abri um leve sorriso malicioso e o ajudei ir até a porta.

- Vamos, acho melhor você descansar.

Fiz com que sua memória fosse alterada desde que acordou. Então, não lembra de absolutamente nada que aconteceu entre nós, de tudo que lhe contei e de tudo que eu fiz. Lógico, deve estar com uma dor no peito totalmente inexplicável, mas tudo bem.

Tinha o colar ao meu poder.

***


Marcus tinha feito muitas perguntas como que dia era hoje, o que estava fazendo antes de levar os pergaminhos e ainda se lamentava de ter perdido toda a memória. Eu desconversava, falando que era apenas o tempo dele descansar que tudo poderia ficar claro novamente. Nos separamos nas escadas principais, dei um adeus e subi as escadas para ir logo a meu quarto.

Entrei e tranquei a porta atrás de mim. Deslizei até o chão num sorriso largo no rosto, estava tão feliz que deixei uma lágrima escorrer. Peguei o colar de dentro do meu bolso e o olhei. Refletiu a luz que vinha de fora. Tinha um convite estampado na sua pedra, um convite para que eu torne usá-lo.

Eu nunca estive tão bem como quando eu usei esse maldito. Mas David pagou com sua vida. Não, é totalmente inconseqüente o uso desse colar. Alguém mais poderia pagar por um capricho meu. Não, não. Tire os olhos dele, Hermione. Não conseguia. Fui até minha caixinha preta, tinha lançado um feitiço onde ninguém, além de mim, poderia abrir. Nada entra, nada sai.

Assim que tinha que ser guardado. Quando o deixei lá dentro, fechei e faíscas saíram quando o feitiço se completou. Ótimo, não ia sair dali. Juntei as mãos entrelaçando os dedos e colocando em baixo do queixo. Alguns minutos de apreciação, alguns minutos de lamentações e promessas de nunca mais tocar no distinto.

Passei uma das mãos na nuca em sinal de cansaço. Tinha que tirar esse 'cheiro de Belby' do meu corpo, da minha pele. Aquela colônia masculina de quinta categoria impregnou por toda minha roupa que quase fico sem ela.

Acabei de notar meu poder sobre os homens, consigo deixá-los loucos a ponto de fazer loucuras como essa aí. Tinha esse poder sobre aqueles que não me interessavam. Agora, sobre Harry, era bem diferente.

***


Eram quase sete da noite quando saí do quarto. Tinha me cabelo preso, numa roupa de domingo e uma carta em mãos. Bocejava incontáveis vezes, era difícil não demonstrar meu sono excessivo. Todos já tinham retornado ao castelo.

Evitei parar quando meu nome era chamado, evitei ser reconhecida por alguém – meio difícil, mas tudo bem. Passei para fora do castelo, andei pelo jardim. O por do sol se acentuava lentamente, o lago estava tingido de roxo, o céu tingido de laranja e o sol minguando. Era lindo. Passei pela ponte e desci até o Corujal. As escadas foram um obstáculo, estava com preguiça de subi-las.

Ao entrar, selecionei uma das corujas de Hogwarts – que falta fazia uma coruja – e parei perto dela. Abri a carta e a reli para ver se nenhum absurdo foi deixado para trás.

Querida Tonks,

Como está? Agora, estou realmente melhor. Temos que marcar um dia para nos encontrar, o que acha? Seria maravilhoso já que eu fiz aquilo que vocês pediram. Quase me custou a vida, mas eu consegui. Desculpe a ironia e o sarcasmo, mas é que agora, eu posso esfregar na cara de vocês, não é belo essa minha condição? Então, quando me farão uma visita surpresa? Ah, não se esqueçam que a Serpente já sabe quem não tomou a poção.

Carinhosamente, Hermione Granger.

PS: Espero uma resposta.


Voltei a fechar a carta e a colocar no envelope.

- Leve isso para o Largo Grimmauld, número 12 em Londres, depressa. – Coloquei nos pés da coruja e ela voou, cortando o céu. Respirei um pouco mais aliviada, arrumei a gola da minha jaqueta e segurei com os polegares no cós da minha calça.

Desci as escadas e acabei encontrando com McLaggen. Tinha uma carta em mãos e um sorriso no rosto. Fiquei totalmente corada quando ele me cumprimentou com o beijo na bochecha. Seguiu seu caminho, mas ouvi meu nome.

- Você estava com o Marcus antes dele desmaiar, não é? – Concordei. – Tem certeza que não aconteceu naca com ele de grave? Tipo, o cara perdeu a memória de todo o dia por causa de um desmaio mais estranho ainda... – É, fazia sentido.

- Ele só desmaiou. – Olhou dos lados e concordou com a cabeça.

- E vocês estão – Limpou a garganta. – juntos? – Percebi que sua voz tinha mudado nessa palavra. Mesmo não querendo admitir claramente, estava com um ponto (por mais minúsculo que seja) de ciúmes.

- Não. – Abri um leve sorriso. – Por que quer saber? – Cruzei os braços.

- Hã- - Gaguejou algumas vezes que me tirou algumas risadas. – Você fica ainda mais linda quando está alegre. – Podia fazer com aquele outono virasse verão num piscar de olhos. – Será que podemos – Olhou a carta, os dedos e depois eu novamente. – sair um dia desses? Sabe, como amigos. – Aprendi, com o tempo, que não devemos aceitar de cara um convite de um homem, temos que deixá-los sofrer com a dúvida, temos que apreciarmos sua curiosidade masculina. – Sexta, quem sabe.

- Vou pensar no seu caso.

- Pense com carinho. – Sorri e assim retribuiu. Virei-me num leve sorriso malicioso no rosto e desci as escadas rapidamente.



ó videozinho pruces (:


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.