Remédios




Capítulo Dez
Remédios


Finalmente, Harry tinha descido daquela vassoura. Estava cansado, ofegante e suado. Não entendia como as pessoas conseguiam ficar suadas com Quadribol. Levantei e cruzei os braços. Parecia que ele não tinha me visto, passou por mim e foi até a caixa de bolas, guardando cada uma em seu lugar. Fingiu que eu nem estava lá, arrumou a caixa, pegou sua vassoura, montou nela e levou a caixa para uma tenta da Grifinória.

Respirei fundo, esperei Harry descer daquela vassoura para que possamos ir para o castelo logo, para finalmente, eu tomar um belo banho e cair na cama. Mas o teimoso deu algumas voltas no campo, parecia muito aborrecido, cheio de alguma coisa e tomara que não seja de mim, porque com humor que estou, se vier dar alguma lição de moral, mando ele para o outro mundo sem pensar duas vezes.

- Será que vou ter que esperar muito?! – Gritei cruzando os braços.

- Meu tempo de treino ainda não acabou. – Respondeu ainda voando.

- E você pretende ficar aí em cima até acabar? – Ele concordou com a cabeça fazendo manobras arriscadas com a vassoura. – Ótimo, boa noite pra você. – Irritada, comecei a andar para fora do campo, com certeza ele sentira-se um pouco culpado e ia atrás de mim. Mas não foi isso que aconteceu. Perto do caminho que tinha que pegar para o castelo, diminui a velocidade de meus passos. As olhadas para trás eram constantes. Cruzei os braços e respirei fundo, continuei andando ignorando os uivos de lobisomens e tudo mais.

Parecia que o caminho nunca chegava. Porque ainda sinto alguma coisa por Harry? Ele é um idiota, estúpido que não sabe dar valor a uma mulher. Hermione, acorde para a vida. A única mulher com que Harry deveria se importar era com sua namorada, mesmo que não valesse nem o ar que respira. Mas sou sua melhor amiga. Acho que depois do que ele descobriu, estou fora de sua lista de amizades. Lógico, como se tivesse uma lista muito extensa. Senão fosse por mim e Ron, ele estaria sozinho. Provavelmente, não. Mas não estou dando probabilidades a isso.

Passei por um caminho um pouco apertado, entre mato e mato. Por trás da casa de Hagrid, que pelo meu parecer, era o caminho mais rápido. Atrás de um grande arbusto, ouvi um barulho das folhas de mexendo. Fiquei paralisada no mesmo momento. Lentamente minha mão foi até meu bolso e peguei minha varinha. Meu coração ia pra fora da minha caixa torácica.

Continuei andando apreensiva, já que não tinha mais escutado esse barulho. Calma, Hermione, pode ter sido um coelhinho ou um lobisomem faminto! Com a minha respiração consideravelmente alterada, vi as luzes do castelo. Um grande alívio. Mas, mais uma vez, o maldito barulho para me incomodar, mas agora estava mais intenso e muito mais perto. Uma respiração grossa surgiu atrás de mim.

Sem nenhuma coisa em mente, me virei e gritei o primeiro feitiço de ataque que veio em minha cabeça, com os olhos bem fechados para não ver a aberração que seria.

- SUA LOUCA!! – Gritou uma voz conhecida. – O que é que você tem na cabeça?!! – Era Harry, levantando-se do chão, por ter se jogado com sua vassoura para não ficar alguns dias e algumas noites na enfermaria desacordado.

- Seu imbecil! O que você está fazendo aí?! – Irritada ao máximo. – Eu poderia ter te matado!

- Eu vim atrás de você. Você não deve ficar andando por aí. – Pegou em meu braço e me arrastou até a frente da casa de Hagrid, onde me soltei.

- Não preciso de nenhuma babá! – Voltando a cruzar os braços.

- Sabe que parece? – Ironizou, me provocando.

- Guarde suas irônicas para você. – Não esperei resposta, subi aquele morro em passos rápidos, mas como parecia que aquele moleque nasceu para encher meu saco, me seguiu até onde nossos caminhos se separariam. – Vai, tá esperando o quê? – Harry abriu um pequeno sorriso malicioso.

- Você gosta de mim, não é? – Perguntou cruzando os braços.

- Pelo amor... Está falando muita besteira atualmente, deve ser influencia de certas pessoas ruivas. – Disse as últimas palavras articuladamente, para que entenda muito bem a quem me refiro.

- Será que um dia Harry Potter entrará na lista de "conquistas" de Hermione Granger? – Agora, também tinha um sorriso no rosto, idêntico ao dele.

- Lógico, amor. – Passei a ponta dos dedos por debaixo do seu queixo. – Sempre será o primeiro.

- Posso levar isso pro lado irônico?

- Leve para o lado que você quiser. – Fechei meu sorriso levemente, respirei fundo e comecei a andar.

- A propósito, você não está bravo comigo? – Virei-me.

- Você tem que se acertar com Ron, não comigo. Eu sei muito bem lidar com você. – Não disse mais nada, apenas voltou a andar rapidamente para seu caminho. Fiquei muda, não esperava uma resposta como essa e nessa entonação de voz.

Parecemos duas crianças, essa é a mais pura verdade.

***

Ótimo, mais um período perdido. Acordei já eram mais de oito horas da manhã. Estava explodindo de dor de cabeça, nem sei como consegui dormir tão bem a noite inteira. Não quis me levantar da cama para as três primeiras aulas. Estava até pensando em ir até Madame Pomfrey para ela me dar alguma coisa que passasse logo essa insuportável dor que estava me deixando maluca.

Era hora do almoço e Kim apareceu no meu quarto para saber o porque de eu não ir as aulas matinais.

- Estou morrendo de dor de cabeça. – A resposta era clara e rápida.

- Como foi lá ontem? Parece que não foi nada bom, ele ainda está na enfermaria. – Disse tristemente.

- Tirando isso, até que foi bom. Bom, acho que estamos namorando e também o Harry... – Vi seus olhos ficarem enormes, sua boca ficar completamente aperta e um sorriso largo surgir.

- Não acredito! – Soltou colocando as duas mãos a boca.

- Pode acreditar. – Disse deitando novamente.

- Você... está namorando... Miguel Córner? – Disse fracamente, com os olhos brilhando.

- Algum problema? – Garota estranha.

- ... Nenhum, é que é – Respirou profundamente - FANTÁSTICO!

- Que bom que você acha isso, mas voltando o que eu estava falando. Miguel se acidentou e eu tive que ficar no campo com Harry até o seu treino acabar, vê se pode?! – Kim estava ainda muito surpresa. – Você não escutou nada do que eu disse, não é?

- Eu tenho que... que contar para as meninas! – Pegou sua bolsa e seus livros e saiu correndo do quarto sem deixar eu falar. Daqui a pouco, todas estariam aqui, fazendo milhares de perguntas. Tudo que eu pedi aos céus...

Bom, como eu disse, não tive um momento para repousar. Isso apenas piorou minha dor de cabeça, não indo ao resto das aulas do dia inteiro. Era de noite, e ainda as vozes daquelas meninas entravam na minha cabeça e faziam um grande estrago em todos meus sentidos. Sim, agora eu ia até Madame Pomfrey. Peguei meu sobretudo, colocando sobre meu pijama e sai do quarto rapidamente, massageando as laterais de minha cabeça.

Aproveitaria e dava uma olhada em Miguel, por que não? Em passos rápidos e ignorando qualquer zelador idiota que aparecesse. Eram nove da noite. Madame Pomfrey ainda estaria cuidando dos seus pacientes. Entrei na enfermaria e a única cama ocupada, era a de Miguel, estava lendo um pequeno livro, com seu braço enfaixado numa tipóia e sem sua camisa, apenas com uma faixa enrolada na altura das costelas mais atingidas. Não pude deixar de suspirar com tal visão.

- Olá, Miguel. – Ele fechou seu livro e abriu um largo sorriso.

- Mione, eu pensei que você não vinha. – Aproximei-me e lhe deu um beijo em seus lábios. – Está aqui pra me ver?

- Para falar a verdade, estou aqui porque preciso de algum remédio para minha cabeça que não para de doer. – Concordou com a cabeça no mesmo sorriso. – Mas é claro que eu tinha que te ver, não vim antes por causa disso, pensei que passava...

Interrompeu-me pegando em minha nuca e me beijando ardentemente. Eu nem sabia onde colocar minhas mãos porque tinha medo de machucá-lo ainda mais. E o medo de cair em cima de seu braço também era outra preocupação. Apenas colocou uma mão em sua nuca e a outra em seu ombro, quase subindo em cima daquela maca.

- Não me deve explicações, Mione. – Separou-se roçando meus lábios nos meus, dei-lhe mais um beijo apaixonante e depois me separei, recuperando o fôlego.

- Ainda estou morrendo de dor de cabeça. – Ele riu. – Onde está a enfermeira?

- Ela foi levar alguns remédios para algum professor aí... Enquanto ela não volta – Me pegou pela mão, colocando uma mão na minha cintura e me dando outro beijo. – vamos aproveitar! – Disse entre os lábios, ainda me beijando.

Ah, sim. Ignore o fato de estarmos precisando seriamente de um médico e vamos dar alguns amassos em plena ala hospitalar, em cama desconfortáveis de repouso. Sem perceber, toquei em seu braço machucado, ele separou-se soltando um gemido.

- Me desculpe! Me desculpe! – Pedi mais algumas vezes.

- Tudo bem, Mione, não foi nada. – Simpático como sempre. Pegou em minha nuca e me beijou mais uma vez. Acho que se estivesse em perfeito estado, com certeza não ficaria apenas nos beijos, muito menos nesses amassos de segunda categoria, com certeza.

- Tá, agora me solta, eu tenho que ir atrás de um remédio. – Me soltei bruscamente, um pouco tonta. Fui até um armário de comprimidos da enfermeira, estava escuro de mais para ler os rótulos. Quase ficando cega, achei algo que dizia que era para dor, abri e tomei uns cinco de uma vez só, para que logo a dor passasse.

- Não era melhor você esperar a...

- Não, minha dor de cabeça não espera. – Fui até ele e lhe dei mais um daqueles beijos. Agora, estava quase subindo em cima dele. Tinha mesmo que aproveitar, sozinhos num lugar onde tinha camas apenas para eles, não dividiriam tão cedo. Uma briga incessante de línguas e dentes, saliva e lábios. A respiração era quase esquecida. – Vamos... fazer assim... – Estava ofegante, ainda lhe dando beijos. – Eu preciso descansar agora, quando você melhorar desse braço, vamos até meu quarto, ok? – Você não pode ter dito isso, Hermione Granger! Senti como se minha cabeça além de doer, começasse a perder os sentidos mais simples como olfato e o tato.

- Está falando sério? – Parando no mesmo momento. Meu Merlin, o que estou fazendo?!

- É, ok? – Estava vermelha como um pimentão, lhe dei um beijo rápido e sai da enfermaria sem esperar alguma manifestação de garoto muito interessado nessas coisas. Oh, Deus, se eu for pega fazendo qualquer coisa do gênero é expulsão na hora! Nem pense, nem pense, Hermione.

Estava me sentindo um pouco tonta, um pouco embriagada e enjoada. Sei que subi as escadas cambaleando. Só podia ser um efeito colateral daquele maldito remédio. Abri a porta do quarto que julgava ser o meu, estava escuro a não ser por uma luz não identificada vindo do lado da cama, supostamente colocada num lugar tão estratégico que deu tempo de arrancar os sapatos, o sobretudo e abrir alguns botões da minha blusa. Com tudo jogado ao chão, deitei na cama de uma maneira extremamente confortável.

Senti um aroma tão esquisito, um perfume, uma colônia masculina, até pensei que seria o perfume de Miguel na minha pele e na minha roupa. Não queria abrir os olhos, estavam pesados de mais para qualquer movimento. Senti minha mão no alto, estava em cima de alguma coisa que se mexia. Subi a mão e senti um queixo, depois uma boca, acho que furei o olho da criatura. Não estava em mim. Não conseguia me mexer, estava paralisada.

- Se você queria dormir comigo, não era só me avisar? – Disse uma voz rouca e masculina. Senti meus dedos se mexerem com o movimento de sua boca. Agora, também não escutava muito bem.

- Esse não é meu... – tentei me sentar, mas não consegui, fui ajudada por Malfoy. – quarto?

- O que te deram? – Perguntou se levantando da cama. – Esse é meu quarto. – Cruzou os braços.

- Que bom pra você. – Deitei e agarrei o travesseiro que tinha uma amora incomum. Logo depois, abri um longo bocejo e fechei os olhos completamente.

- Ah, não! Nem pensar! Não é porque você tá bêbada que vai dormir na minha cama! – Tentou me levantar.

- Eu não tô bêbada! – Quase gritei tentando me levantar.

- Ah, não? Então, por que nem tá conseguindo ficar sentada? – Ironizou.

- Deve ter sido os... os – Bocejei – Remédios.

- Quanto você tomou? Ou melhor, o que você tomou? – Balancei a cabeça de um lado para o outro.

- Uns... quarto, cinco. Nem li o ... frasco...– Bocejei mais uma vez.

- Muito esperta. Eu vou te levar para o teu quarto, não quero ser expulso por ter drogado uma garota e a trazido para meu quarto em plena dez da noite! – Me pegou no colo, mas protestei para que me deixasse dormir ali, sinceramente, não estava em mim.

- Me deixar dormir aqui, Draquinho! Por favor... - Implorei ridiculamente.

- Granger, você está drogada! Você tem que ir para sua cama. – Me debati e fomos juntos ao chão. – Granger, isso dá uma bela expulsão!

- Eu não estou ligando para isso... – Me arrastei e fiquei deitada em seu peito.

- Pois eu estou! Cai fora, Granger! – Pediu sem tocar em mim. Eu não disse nada porque não estava em condições. – Granger...

- Malfoy – Ergui minha cabeça para ele. – Vamos para a cama? Tá – bocejei – duro aqui... – Ele deu uma gostosa risada.

- Como eu queria uma filmadora! Hermione Granger implorando para irmos para a cama! Como esse mundo é engraçado! – Sentou-se depois de rir mais um pouco e me pegou no colo. Me deitou, me cobriu e pegou um travesseiro e coberta para dormir em outro lugar.

- Não! – Disse tentando me levanta. – Não me deixa sozinha... – Malfoy tinha uma expressão completamente confusa. Olhou para os lados e eu comecei a chorar. O que aqueles remédios tinham feito comigo?! – Draco... – Soluçava feito uma criança. – Não me deixa... – Caiu nos ombros, lentamente, deixou o que tinha pegado no canto da cama e ajoelhou sobre ela, pegando em minha cabeça e me dando um abraço cuidadoso. Eu segurei nas suas costas com força, chorava e chorava.

- Pode ficar calma, eu vou – ficou mudo, fechou os olhos e encostou sua cabeça na minha. – ficar com você essa noite.

O sol entrava tão forte pela janela que eu já pensava que era meio dia. Abri os olhos lentamente, senti meu corpo envolvido em algo. Parecia que tinha sido torturada por alguma maldição, estava com dores pelo corpo e um pouco de dor de cabeça. Estava confortável. Mexi minha perna e senti outra perna que não era minha. Fechei minha mão e peguei num tecido que não conhecia. Senti um aroma masculino. Um leve sorriso se estampou em meus lábios. Estava com os pés descobertos, um friozinho chato. Mexi a ponta dos dedos e respirei fundo.

Minha perna estava no meio das dele. Meu corpo parcialmente em cima do dele. Uma de minhas mãos entrelaçadas com a dele. Estava com ele, naquela cama. Estaria tudo perfeito se aquele, não fosse Draco Malfoy. Ergui minha cabeça de seu ombro no mesmo momento. Sentei na cama, fechei alguns botões da minha blusa e me virei para ele. Coloquei as duas mãos no rosto e tentei lembrar alguma coisa de ontem. Nada vinha em sua cabeça. Ah, sim. Remédios, malditos ou santos remédios. Acordei levemente Draco.

- Me deixa dormir, mãe... – Soltou Draco virando do outro lado.

- Não sou sua mãe, idiota. – Respondi aborrecida. Ele ergueu sua cabeça e sorriu ao ver que estava acordada.

- Acordou? – Sentou na cama, espreguiçou-se. Espera, ele não estava sem camisa. Pelo amor de Deus, esteja de calça. – O que deu em você para querer loucamente dormir comigo?

- Eu não quis loucamente dormir com você. – Indaguei certa do que dizia.

- Você chorou, implorou para que ficasse perto de você, quase brigou comigo logo depois. – Levantou-se. Ah, estava de calça.

- Tudo que eu disse, tudo que eu fiz foi culpa dos efeitos dos remédios.

- Que você foi uma loucura você ter tomado.

- Mas estou bem, ok? – Sentei com as pernas para fora da cama. Draco lavou o rosto e pegou uma camiseta. Peguei meu sobretudo e o coloquei, observando ele de longe. – Acho que eu vou para o meu quarto.– Me levantei, mas senti como se o chão faltasse, apenas fiquei segurada. – O-obrigada.... – Soltei colocando uma das mãos na testa.

- Você não está bem. – Me sentou na cama.

- Estou ótima, é só tomar uma poção revigorante que fico ótima. – Sorri, ele estava sentado ao meu lado. Lentamente, meu sorriso se fechou. Acariciou meu rosto levemente, não era mais aquele animal e sim um outro cara que eu nem sabia que morava dentro daquele loiro de farmácia. Passou a mão por trás da minha nuca e me deu um beijo. Cadê aqueles beijos desesperados e quentes, senhor Malfoy?! Era um dos melhores beijos que já tive a oportunidade de ter. Me separei um pouco confusa e fui até a porta.

– E vai embora assim? Sem se despedir? – Agora sim. Tinha fechado a porta com uma das mãos e a outra tinha me pressionado contra a mesma. Colou seu corpo no meu. - Até parece que irei deixar você se livrar assim tão fácil de mim. – Bom, me beijou. Tão ardente e tão quente quanto as outras vezes. Pulei em seu pescoço e entrelacei minhas pernas em sua cintura, Draco segurava em minhas pernas e me beijava ardentemente. Lentamente fomos até a cama, deitei em cima dele, dando-lhe os beijos mais desejados da minha vida.

Rapidamente, ele tirou meu sobretudo ficando em cima de mim. Pode deixar, não aconteceu nada de mais. Parei antes que ele tentasse colocar a mão por debaixo da minha blusa. Dei um beijo terno em seus lábios e subi em cima dele.

- Por que você faz isso comigo? – Perguntei roçando meu nariz no dele.

- Por que eu te amo? – As palavras mais temidas que eu queria escutar de sua boca.

- Você não pode me amar, sempre me odiou. – Nos encaramos, ele segurava nas minhas costas e na minha coxa. Eu em seu pescoço e em seu peito. Respirei fundo como ele.

- Eu nem sempre te odiei. – Lhe dei um beijo carinhoso e me levantei, pegando meu sobretudo.

- Eu não acredito. – Disse num pequeno sorriso.

- Tá, não irei fazer você acreditar a força. Acredite se você achar mais conveniente, mas não irá mais dormir na minha cama, por mais confortável e por mais macia que seja. – Eu ri.

- Ok, Malfoy. Até mais tarde.

- Até de noite?

- Não, até mais tarde. - Sai fechando a porta lentamente. Rezei para não ter ninguém naquela masmorra. Rapidamente, fui até meu quarto, entrei e deslizei até o chão, encostada na porta. Deixando uma lágrima cair de meus olhos. Ignorante, besta, burra, idiota! Como você irá olhar na cara dele?! Você dormiu no mesmo quarto que ele, na mesma cama! Não era para isso acontecer! E ainda, levei tudo com um sorriso nos lábios! Como dormir no mesmo quarto com um cara é uma coisa completamente ética quando está namorando um outro cara, se é que estamos namorando.

Draco não pode me amar. Ele disse isso da boca para fora, ele é Draco Malfoy, nunca amará Hermione Granger. E também, não estou ligando para isso. Pelo menos uma vez na vida, Hermione, faça alguma coisa que irá se orgulhar amanhã. Não namore um, se apaixone por outro e ainda fica dormindo com um cara que não tem nada a ver com sua vida. Decida-se, pelo amor de Deus.

Resolvi não ir para aula hoje também. Se alguém perguntasse, alegaria dor de cabeça novamente. Não estava com a mínima vontade de aprender nada, e também, não estava psicologicamente preparada para agüentar qualquer professor.

O dia não passava, que inferno! Se saísse desse quarto para dar uma volta, com certeza iam me colocar dentro de uma sala de aula. Nem passou pela minha cabeça ler um livro que tanto gostava. Era difícil de acreditar. Será que Miguel está melhor? Será que precisa de alguma coisa? Não banque a preocupada agora, Hermione, ele tem Madame Pomfrey pra o que der e vier. Mas teria que vê-lo um dia desses, e por que não agora? Eram duas da tarde, todos estariam em aula, e era melhor ir antes da ultima sineta tocar.

Coloquei qualquer roupa e em passos rápidos fui até a enfermaria, no caminho, encontrei McGonagall, pensei em correr a ouvir um sermão, mas ao contrário do que pensei, ela foi muito simpática e acreditou na minha desculpa da tremenda dor de cabeça. Disse que não podia mais faltar às aulas e eu lhe assegurei que amanhã voltaria, forçada, mas teria que voltar. Entrei na enfermaria e Miguel estava adormecido, com um livro sobre seu peito. Estávamos a sós novamente. Num sorriso malicioso nos lábios, me sentei ao seu lado, tirei aquele livro de cima de seu peito e o coloquei em cima da outra cama. Estava ainda sem sua camisa, mas estava sem aquela faixa em volta do tórax. Com a ponta do dedo, desdizei rapidamente de seus lábios até sua calça, mordi o lábio inferior pensando que aquele corpo só podia ser esculpido pelos deuses.

Ah, meu Deus! O que eu estava fazendo! Levantei-me colocando as duas mãos na cabeça, me sentindo frustrada por tudo. O que foi isso Hermione?! Imagine só se ele acordasse! Irá pensar que sou uma tarada de primeiro nível. Por favor, se contenha. Mirei meu olhar nele novamente, ainda dormia como uma pedra, graça aos céus. Bom, vamos logo acordá-lo, antes que Madame Pomfrey chegue e me expulse daqui.

- Hermione... Peguei no sono, - Bocejou - herbologia é muito chato. – Me deu um beijo nos lábios pegando em meu braço e me trazendo para perto. – Não foi para a aula?

- Não, eu ainda estou com um pouco de dor de cabeça.

- Você deveria falar com Madame Pomfrey. – Voltei a me sentar ao seu lado.

- Pra que? Pra preocupá-la com uma besteira dessa? Lógico que não, está até melhor. – Sorri falsamente, como conseguir encará-lo sem pensar no maldito do Malfoy?! – E quando poderá sair daqui?

- Hoje à noite. – Sorriu aliviado. – Não agüento mais. – Consenti com a cabeça séria. – Aconteceu alguma coisa?

- Não, não aconteceu nada, por que há de acontecer? – Tentei sorrir em vão.

- Está muito séria e pensativa, e olha que nem precisei de muito tempo para perceber isso. – Num sorriso maroto.

- Preocupações idiotas. – Idiotas que nem em deixa dormir direito.

- E quais seriam? – Não respondi de imediato, respirei fundo e me levantei.

- Algumas aí, eu tenho que ir antes que a enfermeira chegue. – Sai sem me despedir como deveria ser de Miguel.

Tanto fiz para tê-lo, tanto machuquei aos outros para tê-lo e agora parece que quero distância.




*
Juuoh: Oláa pessoas! XDD Siiim, autora-fênix, revivendo das cinzas! Pode ter demorado, mas táa aí! Cap 10 muuito beem postado! A partir deesse cap, tenho quee dizeer que essa fic naao foi pensada sozinha. Tive praticamentee um braaço praa me ajudaa a digitar essa fic. Nah Aponi: esse filhotee que me ajudou pra caraal**! Se naao fosse por ela, naao tinha saido do cap 11! A partir do cap 10, essa fic é dee: Juuoh e Naah. =DD

Naah: "ui ui uii...
quanta responsabilidade meu Deus...
Quando a filhote aqui me pediu uma ajuda pra fic dela porque ela tava sem idéias.. eu falei a primeira coisa que me veio a cabeça para ajudá-la.. aih eu pensei "grende idéia que vc deu Nathalia.. parabéns " mas num eh q ela gosto da idéia!? Filhote maluca essa. Aih milhares de anos depois chega essa ser falando q eu vou ter uma fic em conjunto com ela.. Aih eu vou e falo "OMG por uma ideiazinha maluca!?" Ai meu Deuus... ainda to maluca akii.. e simmm. eu ainda quero matá-la por me botar em pressãoo assim do nada...!
Maaaas eu superoo..!
Oque mais falar!? nada neeh!? tah bom jaah!!
hummmm. aproveitem e comentem!?
bjoooooO pessoaaas!




Uii uii. Podee dexaa que agora, vaai ficaa ainda meelhoor. =DD


Queem quer cap 11?? Comeentem e mereçam. (y*

Muuuito obragadaa por todos os comentáarios! Desculpaa naao poder respondeer a todos, maas eu juro que no prox eu respondo! =DD continuem comentando, agora, fazendo DUAS autoras felizes! Huhu.

Beeijos a todos!

;**

Juuoh e Naah. =DD



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