A Garota mais Feliz do Mundo



Capítulo Vinte e Nove
A Garota Mais Feliz do Mundo



Na hora do almoço, passei para fora do Salão Comunal após avisar Kim e Verônica que não daria para passar no dormitório feminino a noite, como tinha combinado. Tinha que fazer coisas mais 'produtivas', como ir atrás daquele Belby, pensar num plano pro idiota começar a comer na minha mão. Ele poderia ser de muito bom uso – ao contrário de como pensava – podia pegar o colar e ainda ficar mais amiga do McLaggen. Que maravilha. Serão só uns beijos, umas chantagens e um pé na bunda que começará a ver estrelas.

Não que eu esteja usando o pobre coitado para conseguir o que eu quero, não, lógico que não. Estou dando esperanças a um cara que um dia, deve ter sonhado comigo. Devia ser canonizada por tal feito. Serei eu uma pessoa totalmente irônica? Fica a cabo de vocês me julgarem.

Já tinha uma idéia de onde encontrá-lo; era um rato de biblioteca. Gostava de ficar lá como aquela antiga Hermione, que, devorava os livros e depois pegava as sobras para levar para seu ninho.

Foi uma questão de tempo para que eu achasse-o numa das estantes, colocando os livros em ordem alfabética. Acho que era membro do Grupo da Biblioteca que Madame Pince instituiu há um tempo para que os alunos que, gostam de passar seu tempo lá dentro, façam o trabalho que seria seu. Observei a minha volta; o corredor era um pouco apertado quando as cadeiras das mesas estariam sendo usadas. Como não era o caso, entrei sem olhá-lo. Fiquei de costas e procurei o elo fraco dos livros. Sempre tinha aquele que, se você tirasse sem jeito, cairiam todos os outros, te soterrando.

Com as pontas dos dedos, empurrava levemente cada um. Quando finalmente achei, abri um sorriso malicioso; Pensei no que estaria fazendo e nas possibilidades dele rir ao invés de me salvar, mas vamos a luta! O puxei com toda força e logo todos os livros começaram a despencar.

Ele, que estava de costas para mim, se virou rapidamente e sacou sua varinha dizendo um feitiço de escudo. Não tinha calculado que os grossos livros de cima também cairiam. Por pouco, não fico com um livro roxo. Pediu que eu saísse do corredor rapidamente, assim fiz e ele deixou que todos os livros caíssem no chão.

- Você está bem?! – Perguntou indo até mim e pegando nos meus dois ombros. Dei aquele ataque de voz que não saía e de coração desesperado. – Hermione?

- Foi horrível! – Lhe dei um abraço de desespero. Sabe aquela vozinha que sempre lhe enche as paciências? Então, estava lhe ouvido agora dizendo: Hermione, você não presta! Mas quem disse que eu perco meu tempo prestando atenção em vozes que surgem do nada e desaparecem do mesmo jeito? – Muito obrigada! Muito obrigada mesmo! – Ameacei chorar voltando a abraçá-lo com força.

- Não foi nada. Devia tomar mais cuidado, não é isso que você sempre me diz? – O olhei com os olhos lacrimejados me separando e enxugando as lágrimas imaginárias que surgiam no canto de cada olho.

- Muito obrigada mesmo. – Olhei para a pilha. – Acho que você vai precisar de ajuda, não é? – Coloquei uma mecha do meu cabelo para trás.

***


Aquelas horas foram como uma linha de aprendizagem. Descobri que ele não gosta muito de camarão, não passou duas vezes no teste de direção e que agora, pretende comer um sorvete. Ele conseguia ser previsível e chato. Mas como nem tudo na vida é um mar de flores e não é entregue de bandeja, tínhamos que correr atrás do que queríamos. Ao terminar de arrumar toda aquela bagunça, estávamos cansados e eu, particularmente, não queria mais dividir o mesmo espaço que aquele idiota.

Convidou-me para ir até a cozinha, para comermos alguma coisa assaltada dos elfos. Passeio hiper-divertido. Perto do nosso destino, ele tocou num assunto que me interessava: McLaggen. Lógico que esse cara tinha que tocar no seu nome, eram os melhores amigos possíveis, e isso, faz com que ele ganhe pontos comigo.

- Irá ter uma festa amanhã à noite, quer ir? – Festa? Uma festa e não me convidaram?! Não é possível, Hermione Granger sempre é convidada para as festas! Deve ser uma festa de depravados, só pode ser. – O Cormac que está organizando. – Abri um leve sorriso. Agora, era uma festa de depravados organizada pelo McLaggen...

- Mas Snape que está no comando de tudo, ele não irá ficar furioso?

- Bom, até aí, ele não precisa saber. – Não entendeu a minha pergunta, mas não ia insistir.

- Pode deixar, eu vou.

- Então, me encontre em frente o Salão Comunal, as nove, OK? – Paramos em frente as escadas. Vamos, Hermione, tem que terminar essas horas com um ponto a mais. Inclinei-me e lhe dei um beijo quente na bochecha, deixando o garoto com os olhos arregalados.

Subi as escadas num sorriso malicioso nos lábios, pensando que esse aí, já era.

***


Passada as horas de oferecimento a um cara sem noção, subi para meu quarto e lá, fiquei até a hora do jantar. Não tinha ido as aulas vespertinas e tinha um bom motivo para isso.

Sentada numa das poltronas, passando os olhos em uma revista de moda trouxa, ouvi batidas em minha janela. Era uma coruja. Rapidamente, me levantei e peguei a carta que trazia. Estava sem biscoitos, então peguei um grão da razão de bichento e dei em seu bico.

Ao abrir a carta, já sabia que não ia me impressionar. Era de Tonks em nome de todos da ordem.

Querida Hermione,

Tudo bem aí em Hogwarts? Aqui na Ordem anda tudo ótimo. Então, ainda estamos esperando um parecer seu, querida. Tempo é dinheiro, não se esqueça disso. Moody está mandando perguntar quando irá ver que isso é uma coisa muito séria e que você já deveria ter tomado vergonha na cara e executado a missão. É, ele anda com um mau humor insuportável. Eu já mandei uma carta a Harry e a Ron dizendo para virem aqui nas férias de Natal e eles adoraram a idéia. Agora, só falta você!

De seus amigos, Tonks, Moody e Lupin.

P.S: Mande resposta por essa coruja, já que as outras estão sendo fiscalizadas pelo Ministério.


Fechei a carta soltando todo o ar que prendia. Parecia que estava sendo prensada contra a parede a todo custo para que aceite logo essa coisa idiota de roubar esse colar. Mas o fato, era que já estava trabalhando para que isso aconteça.

Caros Tonks, Moody e Lupin,

Em Hogwarts, pior não poderia estar. Snape está no comando de tudo. E sabe, estou cansada de ficar sendo pressionada por vocês. Isso não é uma coisa que se dá para decidir da noite para o dia. E Moody, não reclame dizendo que já se passaram dois meses. Fazer esse trabalho é uma coisa difícil, não se esqueçam que está no escritório de Dumbledore! Mas, já que não consigo mais dormir sem ter a sua voz, Tonks, na minha cabeça dizendo para aceitar, eu já estou tomando providências. É uma questão de tempo, mas não sei se irá dar certo. E eu irei aí nas férias de Natal, pode deixar.

Quando tiver mais noticias, eu mando outra carta.

Carinhosamente, Hermione Granger.


Dobrei e coloquei ao pé da coruja. Dei mais um grão da razão do meu gato e a espantei para que fosse logo. Fechei a janela pelo forte vento, olhei no relógio e já vi que era hora do jantar. Coloquei minha jaqueta mais grossa e saí do quarto.

***


Mais uma vez, não tinha ido as minhas aulas vespertinas. Ia dar uma desculpa qualquer, não sabia qual, mas ia. Fiquei trancafiada em meu quarto com Deena, Verônica e Kim. estávamos colocando o papo em dia, vendo revistas e para nossa surpresa, Kim também tinha trazido uma nova tinha para cabelo.

Ela mudava para a cor que você desejava, basta pensar e depois de segundos, lá estava a cor. Fiquei curiosa e resolvi passar numa das mechas do meu cabelo. Esperei os devidos vinte e cinco minutos e depois lavei. Deena também tinha passado numa mecha loira, apenas para experimentar como eu.

Sequei com minha varinha e parei em frente o espelho.

- É só pensar? – Perguntei a Kim, olhando seu reflexo no espelho.

- É, pensa aí. – Aguardavam ansiosas, eu tive que ser a cobaia. Mirei meu olhar no chão e pensei numa cor bem incomum. – Nossa, tá azul! – Mirei meu olhar para a mecha e lá estava, um azul forte e uniforme. Passei a mão lentamente e abri um leve sorriso no rosto.

- Adorei. – Soltei lentamente. Deena também gostou do seu resultado cor de rosa. – Onde vocês compraram?

- Lá na Zonko's. – Respondeu pegando o vidro e jogando em minhas mãos. "Tinta para Cabelos Multicolours. Pense e arrase."

- Vou comprar alguns vidros esse final de semana. – Pensei na cor do meu cabelo e logo a mecha se camuflou com as outras. – Por enquanto, deixe-a assim, pra não parecer que eu sou uma idiota com uma mecha azul no meio do resto do cabelo castanho. – Riram.

- Souberam da nova? – Todas nós paramos o que estávamos fazendo e prestamos atenção em Verônica. – Draco Malfoy não está mais com a Luna. – Todas soltaram um "não acredito" e tudo mais de meninas abaladas com as fofocas diárias. Eu apenas abri um pequeno sorriso malicioso e fiquei com os olhos presos no vidro do produto que ainda tinha em mãos. – A loira tá abalada.

- Mas ela gostava mesmo dele? – Essas palavras entravam na minha cabeça como uma música calma, tocada numa flauta que poderia me fazer adormecer com os sonhos desejados pela humanidade.

- Hermione, que sorriso é esse? – Perguntou Kim no seu jeito nada chamativo. Mudei minha expressão no mesmo momento e a olhei com dúvida.

- Que sorriso? – Ela ergueu uma de suas sobrancelhas.

- Esse sorrisinho aí que você tinha. – Trocou olhares com Verônica que parecia que tinha notado também. – Ficou feliz por quê? Será por causa de Draco Malfoy? – Especulações eram o que não faltava.

- Oh, por favor, não digam besteiras! – Soltei jogando o vidro na sua mão novamente e parando na frente de minha cômoda, arrumando algumas coisas que estava lá em cima. – Eu? Gostando de Draco Malfoy? – Dei uma risada vendo o poder sombrio de um sorriso.

- É você que está dizendo.

- Nem tocamos nesse assunto de gostar ou não gostar. – Brincou Deena.

Engoli seco limpando a garganta logo depois. Você consegue se ferrar sem a ajuda de ninguém! Quantas pessoas têm essa capacidade?!

- Mas eu sei que pensaram. Eu sempre odiei Draco Malfoy! Não é agora que eu irei-

- Você está toda mudada, Hermione, arrancando suspiros dos garotos mais bonitos de Hogwarts, por que Draco Malfoy não olharia com outros olhos para você? – Ri incrédula.

- Eu tenho repulsa a qualquer coisa ligada a ele, como eu sei que ele tem de mim. Então, parem de falar essas coisas! – Soltei quase em desespero.

- Vamos deixar claro que quem começou tudo aqui, foi você. – Ainda não sei porque eu fico escutando essas três. – Mas, fala sério, você pegaria o Malfoy? – Estava com medo da resposta que eu mesma ia dar.

Olhei dos lados, mordi o lábio inferior e logo caí em mim que estava se tratando do Malfoy, e não do Draco.

- Lógico que não. Só de pensar em ter alguma coisa, algum dia, com ele, me dá náuseas. – Ótimo, bela resposta.

- Ai se eu tivesse um Draco Malfoy na minha cama, eu nem sei o que eu faria... – Riram. Eu apenas fingi achar engraçado rolando os olhos.

- Sabem o que dizem dessas caras que pagam de mau? – Comentou Verônica. – Que quando estão num relacionamento sério, são os mais românticos. – Riram mais uma vez.

Um flash de todas as cenas minhas com o Draco, passou na minha cabeça como um mero trailer. Desde me chamando de linda, até dizendo que me ama. É, ponto pra Nica, estava completamente certa.

- Eu estou estranhando, Mione. – De novo, o disco virou para o meu lado. – Quase dois meses sem ninguém? – Riram.

- Muito engraçado, Kim. – Rolei os olhos mais uma vez. – Tô muito bem assim.

- Livre, leve e solta?

- Livre, leve, solta e feliz.

***


As sete da noite, corri para o jantar. Não comia, engolia toda a comida possível. Tinha ainda que me arrumar pra aquela 'festinha', mesmo que eu ainda ache que seja uma reuniãozinha idiota. Quase oito horas, ignorei os pedidos para ir ao dormitório com as meninas, não dizendo o meu real motivo de furar com elas.

Subi as escadas correndo, entrei no quarto e me tranquei. Abri a porta do meu guarda roupa e arranquei todas, com cabide e tudo, de lá de dentro. Joguei em cima da cama e fui provando uma por uma. O melhor de tudo, era que eu não sabia se era uma coisa normal onde pudesse ir de jeans, ou era uma coisa onde exigia salto alto. Vamos no chute: salto alto.

Eram quase nove horas quando escolhi a roupa. Me maquiei em três minutos, tomei a poção exata para que meu cabelo ficasse arrumado e coloquei minha roupa. Escolhi o modelo: agüente se puder. Uma saia preta curta e rodada, uma blusinha branca com mangas até o pulso e outra preta, sem alça, por cima. A sandália mais alta que tinha e os brincos de argola que eram de lei. Peguei minha pequena bolsinha e desci as escadas rapidamente quase caindo do salto.

Eram nove e quinze quando cheguei a frente do Salão Comunal. Podia ver que Belby já estava lá, tinha outro rapaz com ele que só fui ver que era o McLaggen quando cheguei perto. Ao me ver, o loiro cutucou o moreno que estava com o queixo caído e uma expressão boba.

- Olá, garotos. – Soltei me aproximando.

- Her-hermione, você veio. – Disse Belby.

- Bem que você disse que ela viria, Marcus. Está muito bonita, Hermione.

- Oh, obrigada. – Agora, me segurem que o chão será pouco. – Onde será?

- Na Sala Precisa. – Dei algumas piscadas mas logo sorri.

Fomos em leves conversas. Percebi que Marcus estava com os olhos mirados em mim, mas eu só dava atenção a McLaggen que contava suas histórias mirabolantes de fazer qualquer um dormir. Mas, eram histórias de Cormac McLaggen, o cara mais lindo de toda Hogwarts. Faltava apenas ele para eu chegar no apogeu.

Agora, tinha a praga do Belby. Calma, Hermione. É pelo colar, pense que é pelo colar, depois que você o tiver em suas mãos, dá um pé, um até logo e seja mais feliz ainda nos braços de McLaggen. Mas até lá...

Não dava para escutar um ruído fora do normal. Pelo que eles disseram, a música tava rolando lá dentro na maior altura, só se usaram os famosos feitiços de abafadores de som, comuns nessas festas proibidas. Ao entrar na Sala Precisa, parecia estar envolvida numa bolha. Conforme fui andando, comecei a ouvir o som. Quando saí, vi mesmo que estava muito alto. E o medo daquela bolha estourar e o som ecoar por toda Hogwarts? Era imenso, mas, estava ali para curtir.

Meus pés já se movimentavam com a música. Um eletrônico, numa batida só. Reconheci algumas pessoas ali, como Justino Finch-Fletchley e Laura Madley, Lilá Brown se esfregando em Ernesto – deve ter superado toda aquela história com Fibby - Natália McDonald, Neville e sua namorada – acreditem se quiser - Romilda Vane, aquela nojentinha. Reconheci mais uma penca de pessoas. Devia ter umas cento e cinqüenta pessoas naquela sala. Para uma festa que nem foi muito comentada, até que estava cheia.

Ao longe, vi um casalzinho se juntando em um só. A garota sentada no colo do seu namorado, com as mãos no seu cabelo, e ele com uma das mãos na sua perna e a outra nas suas costas. Olhei o salão de novo e tive a mera impressão de ter reconhecido aquele cabelo enferrujado. Ah, delícia. Era Harry quase comendo a Gina, no sentindo literal da palavra.

Andei pela sala seguida por Marcus. McLaggen tinha ido num grupinho de amigos, pegando um copo de cerveja amanteigada. Dei algumas paradas, e olhei para trás, continuando a andar, para ver se ele se tocava e parava de me seguir.

- Por que está me seguindo? – Perguntei me virando.

- Não estou te seguindo, estou indo até meus amigos. – Virei-me e lá estavam os seus amigos, acenando para ele. Queria enfiar a minha cara no primeiro buraco que visse. Disfarcei sorrindo e indo até a mesa de bebidas. Servi-me de cerveja amanteigada, já que, nada de bebida mais forte e desceu como se fosse água.

- Princess! – Ouvi aquela voz conhecida. Virei-me limpando a boca depois de quase colocar tudo pelo nariz.

- Tony...! – Disse no mesmo ânimo, que depois foi minguando até eu virar os olhos. – Cara, aonde a gente veio parar?

- Sei lá, mas não agüentava mais ficar dentro dos dormitórios. – Serviu-se também de cerveja amanteigada. – Quem te chamou?

- O Belby.

- O cara das frases macabras? – Disse num tom engraçado.

- É. – Mirei meu olhar nele que estava se divertindo com seus amigos. - Estranho, eu ainda não recebi nenhuma esses dias.

- Deve ser porque, todo homem na sua presença, fica totalmente sem palavras. – Disse inocentemente.

- Tony, vai pro inferno...? – Brinquei.

- Foi um elogio, sabia?

- Sabia. – Tirei o copo da mão dele e o arrastei para a 'pista de dança'.

- Princesa, eu odeio dançar... – Soltou cansado, não querendo. Como criança não querendo comer legumes.

- Ah, Tony, é bom você começar a se mexer!

Eu comecei a dançar na batida da música. Erguia os braços, descia com as mãos fechadas. Mexia a cabeça de um lado para o outro, dava pulos, rebolava e tudo mais. Tony entrava no ritmo aos poucos, dançando como todo menino desengonçado e forçado a dançar, dança.

- Vamos! Mexa-se! – Gritei indo ao seu encontro. A música tinha virado um black pra lá de ótimo pra se dançar. Passei a mão pelos seus ombros, desci pela sua cintura e peguei em suas mãos.





In the day, In the night.
No dia, na noite.

Say it right, Say it all.
Diga certo, diga tudo.

You either got it or you dont.
Você tem ou não.

You either stand or you fall.
Você fica de pé ou você cai.

When your will is broken,
Quando sua vontade esta quebrada,

When you slip from your hand,
Quando você escorrega da sua mão,

When theres no time for joking,
Quando não há tempo para piadas,

Theres a hope in the path.
Há uma esperança no caminho.



Sentia como se apenas eu estava naquele salão. Tinha alguma coisa a mais naquela cerveja amanteigada, só pode ser. Passava as mãos nos cabelos e descia por todo meu corpo, a música conseguia me deixar totalmente longe de mim, ou como mamãe dizia: totalmente em alfa.

Fechei os olhos e deixei a música levar.


Oh, you dont need nothing at all with me.
Oh, você não precisa de nada comigo.

No, you don't need nothing at all with me.
Não, você não precisa de nada comigo.

Boy, you got what it takes to set me free.
Garoto, você tem o necessário para me libertar.

Oh, you could mean everything to me.
Oh, você poderia significar tudo para mim.



Abri os olhos lentamente e vi que Antonio me olhava num leve sorriso no rosto dançando de um jeito dele. As luzes apagadas estavam me deixando ainda mais fora de mim. Apenas algumas tochas estavam acesas nos cantos das paredes, perfeito pra essas festas proibidas.

Meu corpo dançava até o chão. Digo meu corpo, porque eu não comandava mais isso. Ia como bem entendesse. Tony se aproximou e ficou com seu rosto perto do meu ouvido, fazendo eu me acalmar um pouco.

- A Princesa tá se libertando do castelo de cristal? – Eu ri. Meu Deus, eu estava rindo de tudo.

- A Princesa se libertou faz tempo! – Gritei no seu ouvido por causa da música.


I can say that I'm not.
Eu posso dizer que eu não sou.

I can loss and fall.
Eu posso perder e cair.

I can say that I dont.
Eu posse dizer que eu não.

Love to lie, in the dark...
Amo mentir, no escuro...

I can say, that I dont
Eu posso dizer, que eu não faço

Nor do I hide in light,
Nem que eu me escondo na luz,

And my love what I feel.
E meu amor o que eu sinto.

I can show you tonight, tonight.
Eu posso te mostrar essa noite, essa noite.



Era eu e a música. Parecia que eu tinha tomado todas, mas só tinha tomado meio copo de cerveja amanteigada. Esse era o problema: qualquer merda que eu, supostamente, posso fazer, alegava alcoolismo e pronto. Mas nem meia caneca foi, então, é outra coisa.

- Cadê aquela Hermione que não dançaria essas músicas nem ferrando?! – Perguntou ainda no meu ouvido.

- MORREU! – Gritei para que todos ouvissem, num sorriso largo no rosto e olhos fechados.

- E está feliz assim? – Tentava me segurar no chão, pegando numa das minhas mãos e na minha cintura.

- 'Ce ainda pergunta?! – Olhei em seus olhos e peguei em seu rosto. Grudei seus lábios nos meus, num beijo de dois segundos e voltei a dançar. Não, eu não estava em mim.

Agora, estava vendo as coisas um pouco distorcidas, isso, quando eu conseguia ficar com os olhos abertos.


Oh, you dont need nothing at all with me.
Oh, você não precisa de nada comigo.

No, you don't need nothing at all with me.
Não, você não precisa de nada comigo.

Boy, you got what it takes to set me free.
Garoto, você tem o necessário para me libertar.

Oh you could mean everything to me.
Oh você poderia significar tudo para mim.



Os movimentos se tornaram um pouco mais lentos, exatamente no ritmo da música. Na minha lucidez, vi que não era a única assim. Tinha mais algumas pessoas tão loucas como eu. Tony pedia para eu parar, mas não ouvia. Tentava me segurar, mas não parava. Tentava chegar mais perto de mim, mas me afastava. Apenas queria dançar.


From my hands i can give you, something that i made.
Das minhas mãos eu posso te dar, algo que eu fiz.

From my mouth i can sing you another bridge that i made.
Da minha boca eu posso cantar outra ponte que eu fiz.

From my body i can show you a place God knows. (Only god knows)
Do meu corpo eu posso te mostrar um lugar que Deus conhece. (apenas Deus conhece)

You should know space is holy, do you really wanna, God?
Você deveria saber espaço é sagrado, você realmente quer, Deus?



- Hermione, você não tá em si... – Pediu, conseguindo fazer com que eu parece um pouco.

- Relaxa, amor... – Passei a mão por debaixo do seu queixo e voltei a dançar dando as costas para ele.

Senti alguma coisa pegar no meu braço e me arrastar dali. Era o Tony todo nervosinho. Sentou-me numa das cadeiras mesmo com meus protestos e alguns xingamentos.

- Meu, 'ce tá doidona! – Soltou pegando uma cadeira e também se sentando a minha frente. – Mione, olha pra mim, Mione!

- Hm? Ah, Paixão! Deixa a Hermione dançar! – Tentei me levantar, mas ele segurou firme naquela cadeira.

- Nem pensar, princesa. 'Ce vai ficar aí até melhorar. – Cruzei os braços e mirei meu olhar para o outro lado, e quem eu começo a reparar? Nas enguias desgraçadas que ainda não tinham se soltado.

Estavam me dando nojo. Para falar a verdade, uma incrível vontade de vomitar. Parecia que minha visão focalizou apenas naquelas bocas e aquela saliva sendo compartilhada. Sério, estava com uma ânsia sem tamanho.

- Oh, não. – Soltou Tony.

- O quê? – Perguntei me virando para ele, tentando não pensar naqueles idiotas e toda sua saliva.

- Acho que eu sei porque você tá assim. – Apontou para dois garotos, eu ainda não conseguia enxergar muito bem, mas tentava focalizar o máximo. – Eles estão usando Pó de Dragão.

- E o que tem Pó de Dragão? – Tony parecia furioso.

- Desgraçados, se querem se drogar, vão se drogar longe das bebidas! – Gritou, mas eles, lógico, não escutaram. – Parece que não estão vendo que estão fazendo mal a todos que bebem daquele jarro? – Aquele jarro que eu tinha pegado a minha cerveja.

- Mas o que tem esse maldito Pó? Que eu saiba é só pra ativar a memória.

- Misturado com algum tipo de bebida se torna um estimulante que faz com que você fique acesa durante doze horas. Tá sendo usado nas raves bruxas lá na Irlanda e parece que chegou até aqui.

- E... isso faz mal? – Ele mirou seu olhar em mim, e rolou os olhos.

- Imagina, você tá ótima..!

- Só sei que eu quero é dançar! – O peguei novamente e o arrastei pra pista de dança.

- Ah, Meu Merlin... – Soltou aborrecido.

A festa foi incrivelmente ótima. Dancei todas as músicas imagináveis. Tony me deixou dançando sozinha por um bom tempo, já que ele, não agüentava como eu agüentava. Era eu e mais umas cinco pessoas assim. A festa estava quase no fim, quando, enquanto eu dançava, esbarrei no casal suga-suga.

- Oh, não acredito que já vão embooraa!! – Estava feliz, falando numa voz não pertencente a minha. – 'Ces nem dançaram ainda!

- Ela esta bêbada, vamos embora, Harry. – Disse Gina tentando arrastar ele dali, mas ele ficou estático.

- Eu tenho que falar com o Antonio, vai indo na frente. – Abri um pequeno sorriso e continuei dançando. Gina saiu da sala da cor do seu cabelo. Harry andou até Antonio que eu já tinha idéia de qual seria o assunto.

- 'Pera aí! Se for pra falar de miiim, pelo menos espera eu chegar, né Haaarry?! Poxa...– Me coloquei no meio dos dois. – Odeio quando você faz issooo, ignora que eu tô na sua freeeente... – Estava inclinada sobre ele, sendo segurava por Tony e passando meus dedos em seu rosto. – Não fez a barbaaa, que coisa mais feia, senhor Harry Potteeer! – Estava numa voz debochada.

- É, acho que é mesmo o Pó de Dragão.

- Dragão: Mostro fabuloso, representado, em geral, com cauda de serpente, garras e assas...

- Está vendo? Eu tive que agüentar cada palavra que eu dizia, com uma tradução literal... - Comentou Tony me tirando das garras de Harry.

- Tony! Larga de ser egoístaaa! Me divide também com o Haaarry! – Tentei me soltar dele a todo custo.

- Hermione, pára. – Pedia Tony firmemente.

- Parar: cessar-se de falar e mover-se; não continuar. – Palavras soltas, vinha a definição de dicionário na minha cabeça e antes que eu pudesse não falar, já tinha falado.

- Quanto tempo ela vai demora pra voltar ao normal? – Perguntou Harry assustado.

- Umas doze horas. – Tony tentava me segurar, mas eu só pensava em dançar.

- Hora: a 24º parte do dia natural, ou do tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em seu próprio eixo...

Harry me olhava assustado, num meio sorriso falso nos lábios, e Tony não me agüentava mais. Dava para saber pelos palavrões que soltava quando eu me desprendia de suas mãos e ia dançar novamente.

- Olhaa aqui, Paixão, se você não me dividii com o Haaary, eu vou brigar muuuito feio com você! – Parecia que o salto da minha sandália estava quebrando, não conseguia mais ficar em pé.

- Cara, me ajuda. – Pediu Tony em desespero.

- Ajuda: Ato ou efeito de ajudar ao próximo...

No final de cada explicação, me dava um ataque de riso incontrolável. Essa última, me rendeu até um tombo que também ri.

- E o McLaggen não fez nada para parar esses idiotas?! – Perguntou Harry.

- Nada. – Harry me ajudou a ficar em pé e eu me agarrei a sua cintura. Ele soltou o ar que prendia e fez alguns gestos que indicou a Tony ajudar ele a se soltar de mim.

- Ele não viu que a festa inteira tava ingerindo Pó de Dragão?

- Ele quer que todo mundo vá pro inferno, isso sim. – Conseguiu me tirar de perto de Harry.

- Inferno: lugar subterrâneo onde-

- DÁ PRA PARAR COM ISSO, HERMIONE?! – Acabou gritando.

- Gritou comigo... – Comecei a soluçar e depois, pus as mãos no rosto e agi feito uma criança. – SEU IDIOTA! – Gritei ainda com as mãos no rosto.

- Mione, - Colocou a mão no meu ombro mas eu me esquivei. – me desculpa, eu não queria, Prince-

- SAI DE PERTO DE MIM! – Harry rolou os olhos, pegou a varinha e quase encostou no meu peito. O olhei como se não entendesse, olhei para a varinha e logo me senti sendo jogada no chão com toda a força. As últimas coisas que vi foram a cabeça de Tony surgir na frente do teto longe... Longe de mais...

***


Minha cabeça estava estourando. Fechei a mão e peguei um tecido macio, tão macio e quente que nem queria mais abrir os olhos. Mas tinha a necessidade de saber onde estava. Que pequeno inferno eu sofri. Lembrava de quase tudo, as últimas coisas antes desse apagão, que ficaram um pouco turvas. Mexi a perna e senti meus pés amortecidos, levei a mão ao rosto e, com as mãos nos olhos, os abri lentamente. O quarto estava claro, claro de mais. Doía apenas de pensar no sol que poderia estar lá fora.

Sentei na cama e cocei os olhos. Reconheci minhas cortinas, meu guarda-roupa, minhas coisas. Ainda estava com a roupa de ontem.

- Que horas são...? – Perguntei a mim mesma pegando meu despertador derrubando uma série de coisas da minha cabeceira de cama. Era quase meio dia. O joguei no chão e voltei a deitar de uma forma confortável agarrando o meu travesseiro. Arregalei os olhos e voltei a sentar na cama, vi alguém nas minhas poltronas. Era Harry, dormia feito um bebê. Inclinei a cabeça num pequeno sorriso. – Deve estar quebrado, será dormiu a noite inteira nessas poltronas duras? – Perguntei a mim mesma novamente.

Levantei-me e senti pisar em cacos de vidro de tanta dor que sentia na sola do meu pé. Prometi a mim mesma dá um fim naquela maldita sandália. Caminhei até ele com dificuldade e quase acabei caindo sobre si. Acordou assustado e deu de cara comigo segurando nos dois braços da poltrona, a dois centímetros do seu rosto.

– Juro que dessa fez, não foi proposital. – Me levantei novamente. Passou a mão por debaixo dos óculos e se levantou tentando desamassar a camiseta.





You are fine,
Você é legal,

You are sweet,
Você é gentil,

But I'm still a bit naive with my heart.
Mas eu ainda sou um pouco ingênua com meu coração.

When you're close, I don't breathe,
Quando você está próximo, eu não respiro,

I can't find the words to speak,
Eu não consigo encontrar palavras para falar,

I feel sparks
Eu sinto faíscas

But I don't wanna be into you,
Mas eu não quero ficar a fim de você,

If you are not looking for true love, oh oh...
Se você não está procurando amor verdadeiro, oh oh...

No I don't wanna start seeing you.
Não, eu não quero começar a te ver.

If I can't be your only one,
Se eu não puder ser a única,

So tell me when it's not alright.
Então me diga quando isso não está bem.



- Acho que já está melhor. – Disse passando as mãos nos cabelos, deixando-os melhor do que antes. – Nossa, meio dia, eu tenho que ir. – Foi até a porta.

- Pra falar a verdade, Harry, eu estou- – Ameacei desmaiar e ele me segurou. – Não, pode ir, eu ficarei ótima! Vou tomar um banho e descan- – Ameacei novamente.

- Hermione, você não está nada bem. – Me pegou no colo e eu segurei no seu pescoço. Tinha os olhos fechados e continha um sorriso malicioso nos lábios. – Quer que eu chame a Madame Pomfrey? – Me deitou na cama.

- Não! – Quase gritei. Madame Pomfrey pra estragar minha farsa, não. – Acho que só um pouquinho mais... – Harry tinha sentado ao meu lado, eu engatinhei e acabei deitando a cabeça no seu colo. – Fica só um pouquinho comigo, OK? – Soltou o ar aborrecido. – Ah, Harry. Eu sei que você faz tudo que eu peço. – Fiquei num leve sorriso, fechando os olhos lentamente e fingindo estar só o pó.

- Hermione, eu tenho que fazer muitas coisas ainda. Sabia que hoje é sexta? – Abri os olhos. – Perdemos aula e se eu bem conheço aquele idiota do Snape, ele vai querer nos caçar como um cão. – Me levantei do seu colo e coloquei uma mão na testa.

- Hoje sai os resultado das provas! – Saltei da cama rapidamente.

- Agora, você tá boa, não é? – Perguntou rindo. Tirei minha blusa preta e logo depois minha camisa branca, ficando apenas de sutiã. Nem estava ligando para aquele idiota ali, me olhando com uma das sobrancelhas erguidas, pronto a explodir em hormônios. – Você tem um banheiro onde você pode muito bem se trocar.

- Não enche! – Soltei rapidamente tirando minha saia, Harry ainda me olhava incrédulo. Coloquei meu uniforme rapidamente, - Sabe, eu tenho mesmo que saber a minha nota porque aí eu saio das aulas vespertinas! Mas se depender do Snape, - Parei a sua frente com a camisa aberta penteando o cabelo – fecha pra mim? – Obedeceu. – Se eu consegui uma nota razoável, eu posso esfregar na cara da McGonagall! Bom, como ela tá longe daqui, pode ser na do Snape mesmo, mas – Harry tinha parado no botão perto do meu sutiã, ergueu seu olhar para mim e se inclinou levemente. Parei de pentear o cabelo e abaixei minhas mãos pegando nas suas que estavam no meu terceiro botão. Comecei a ensiná-lo a abri-los, delicadamente.


When it's not ok,
Quando não estiver ok,

Will you try to make me feel better?
Você vai tentar me fazer me sentir melhor?

Will you say alright? (say alright)
Você vai dizer tudo bem? (dizer tudo bem)

Will you say ok? (Say ok)
Você vai dizer ok? (dizer ok)

Will you stick with me through whatever?
Você vai ficar comigo aconteça o que acontecer?

Or run away?
Ou fugir?

(Say that it's gonna be alright. That it's gonna be ok)
(Diga que ficará tudo bem. Que ficará ok)

Say Ok.
Diga Ok.



Harry me acompanhava com os olhos fixos em mim. Correspondia aos meus movimentos se inclinando ainda mais sobre mim. Meu olhar migrava de sua boca para seus olhos, boca e olhos, olhos e boca.

Acabou de abrir o último e pegou na minha nuca e o beijo que tanto sonhei na minha vida. Dane-se que ele estava com um pequeno mau-hálito de tanto dormir, mas quem estava ligando? O meu hálito era de cerveja amanteigada! Comecei a entrelaçar meus dedos nos seus cabelos, indo pra suas costas. Harry tirou minha camisa lentamente e pegou na minha cintura. Oh, meu Deus. Harry Potter, depois desses três anos de sonhos, está me beijando e arrancando a minha roupa.

Separou de mim e tirou sua camiseta e os óculos, revelou aqueles músculos que nunca me cansaria de ver. Da calça, pegou sua varinha e trancou a porta, arrastou a cômoda para frente dela ainda com os lábios grudados em mim. Eu me considero a garota mais feliz do mundo. Senão estivesse grudada em Harry Potter, sairia gritando para todos ouvirem.

Lentamente, me deitou na cama. Ele conseguiu me pegar num momento de fragilidade, preocupada com provas. Conseguiu me pegar enquanto estava pensando em outra coisa a não ser em cabelos, roupas, garotos e namorados. Gostava de jogar sujo. Conseguia me beijar tão delicadamente, ao mesmo tempo, despertando toda a minha fome de prazer.

Era inconseqüente o que Harry Potter fazia comigo. E esse tempo todo, ele gastando esses beijos no prego enferrujado de Gina Weasley. Passou a mão na minha coxa e depois subiu até meu queixo. Paramos um momento e nos encaramos. Um com os olhos grudados no outro, ele segurando meu queixo delicadamente e eu entrelaçando meus dedos em seu cabelo vorazmente.

- Droga... – Soltou fechando os olhos lentamente.

- O que foi? A gente foi muito-

- Droga! Droga! Droga! – Levantou-se de cima de mim, colocou as duas mãos no rosto, depois forçou contra os olhos repetindo mais uma vez, num grito.

- Harry, o que aconteceu?! – Perguntei ainda na cama, apoiada nos cotovelos.

- A gente nunca deveria- – Andou pelo quarto de um lado par ao outro, desesperado. – Eu nunca deveria- - parou mais uma vez, colocando uma mão na cintura e a outra no rosto. – Como a gente pôde ter feito uma coisa dessas?! – Eu tombei a cabeça para cima.

- Por favor, Harry. Somos bem grandinhos e a mamãe não mandou que fizéssemos nada, fizemos por livre e espontânea vontade. E aliás, foram só alguns beijos, não chegamos nos finalmente, ainda. – Ri.

- Se você não tivesse arrancado a roupa na minha frente talvez a gente nunca-


When you call I don't know if I should pick up the
Quando você liga, não sei se devo atender o

phone every time.
telefone toda vez.

I'm not like all my friends who keep calling up the boys, I'm so shy.
Eu não sou igual a todas as minhas amigas que ficam ligando para os garotos, eu sou tão tímida.

But I don't wanna be into you,
Mas eu não quero ficar a fim de você,

If you don't treat me the right way
Se você não me tratar do jeito certo

See I can only start seeing you,
Veja, eu posso começar a te encontrar,

If you can make my heart feel safe (feel safe)
Se você puder fazer meu coração se sentir seguro (sentir seguro)



- Se eu não arrancasse, você arrancava. Você pensa que eu não sei disso? – Peguei minha camisa e voltei a colocá-la. – Você parou porque lembrou da Gina. – Levantei-me e olhei no fundo dos seus olhos. – Eu tenha inveja dela. – Peguei minha saia em cima da cadeira e a coloquei. – Eu tenho inveja de Gina Weasley! – Quase gritei, meus olhos estavam lacrimejados e eu não queria chorar.– Tenho inveja te ter um namorado tão- – Deixei uma lágrima cair. – Nem é porque eu sou loucamente apaixonada por você, mas eu tenho inveja dela porque até na cama com a melhor amiga, você consegue lembrar dela. Sempre pensando, em primeiro lugar, na Gina. – Peguei meu sobretudo. – Sabe, quem me dera ter pelo menos a metade do homem que você é pra – fechei os olhos. – pra mim.

- Hermione, eu não-

- Relaxa. Não foi uma experiência que irá deixar traumas, igual aquela lá no meu quarto, nas férias. – Dei dois tapinhas em seu ombro, pegando minha meia calça do outro lado do quarto e a colocando sentada numa das cadeiras. – Olha, Harry, se você quiser sair daqui e encarar como se nada disso tivesse acontecido, pra mim tudo bem. Eu já consegui o que eu queria nesses três anos: um beijo de Harry Potter. Um beijo. – Harry me olhava com os olhos que eu desconhecia. Passei por ele, e senti meu braço ser puxado, eu sabia que ia fazer isso.

- Eu não vou esquecer disso.

- É, eu também achei que seria meio difícil. – Soltei uma risada.

- Eu não acho graça. – Fechei meu sorriso divertido e o encarei um pouco assustada. – Sabe o que eu acho?

- Tô até vendo: que você virou uma criança mimada e tudo mais... Que papo mais manjado, Harry, por favor! Vamos mudar o discurso, OK? – Ri mais uma vez.

- Não, eu acho que a gente nunca devia ter parado. – Me surpreendeu com mais um beijo.


When it's not ok,
Quando não estiver ok,

Will you try to make me feel better?
Você vai tentar me fazer me sentir melhor?

Will you say alright? (say alright)
Você vai dizer tudo bem? (dizer tudo bem)

Will you say ok? (Say ok)
Você vai dizer ok? (dizer ok)

Will you stick with me through whatever?
Você vai ficar comigo aconteça o que acontecer?

Or run away?
Ou fugir?

(Say that it's gonna be alright. That it's gonna be ok)
(Diga que ficará tudo bem. Que ficará ok)

Say Ok.
Diga Ok.



Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.