Estremece e Faz Efeito II



Capítulo Vinte e Cinco
Estremece e Faz Efeito II


Tinha alguns casais dançando e parecia que alguns velhinhos estavam se sentindo com vinte anos de idade. Mas quem disse que eu estava preocupada com isso?! Quero só ver quais serão as atitudes de Tonks. Já espero pelo pior, não posso negar, mas algo me diz que isso é apenas o começo.

Fui até a mesa que estávamos, David estava sozinho lá, bebendo um copo daquela bebida maravilhosa e olhando todos. Ao me ver, abriu um sorriso e se levantou, impedindo que eu voltasse a sentar.

- Vamos dançar um pouco, milady. – Pegou na minha mão e me arrastou para o meio. Dançávamos juntos, coloquei as mãos no seu pescoço e ele segurou na minha cintura. – O que aquela mulher queria com você?

- Nada de mais. É uma amiga que queria matar as saudades. – Menti e ele acreditou. Dançamos mais uma pouco, até Tony vier ao nosso encontro e pedir que fossemos um pouco num canto que tinha indicado.

- Ela tá assim depois que bebeu aquele negocio roxo. – Explicou Tony já preocupado.

Parvati estava encostada numa das pilastras, pálida e suando frio. O olhos abertos mas não enxergava um palmo a sua frente. Olhei para os lados para certificar que ninguém estava por perto.

- Que negócio roxo, Tony? – Perguntei pegando na mão de Parvati e chamando pelo seu nome para ver se reagia.

- Eu sei lá! A gente tinha ido dançar, aí voltamos e ela bebeu o copo que estava bebendo antes, deu dois minutos pra ela ficar assim. – Ficou ao meu lado. David olhava para ver se nenhum dos professores se aproximava.

- Nunca devem beber o mesmo copo de antes. Vocês têm o que na cabeça?! – Quase gritei.

- Não é a hora exata pra ficar jogando na cara, Hermione! – Também se irritou.

- Parvati, como você está? – Estava ainda mais pálida.

- Eu não sei... – Soltou levemente, escorregando até o chão e se sentando.

- Parvati! Parvati! – Dei leves tapinhas no seu rosto. – Vamos ter que chamar algum professor, acho que ela foi envenenada. – Vi os olhos de pânico de Tony.

- Cacete, eu não sou bom pra isso. – Começou a ficar pálido como ela, mas não era sob efeito de poções de envenenamento, e sim, de medo de que alguma coisa acontecesse com todos eles.

- Chama a McGonagall! – Ainda ficara parado um piuco longe. – Antonio! – Concordou correndo até a mesa dos professores. Continuei a chamar pela moça mas estava começando a ficar ainda pior.

Em dois minutos, McGonagall e Hagrid se aproximam.

- O que aconteceu com ela?

- Eu não sei, professora, acho que foi envenenada. – Disse rapidamente me afastando dali.

- Oh, não. Vocês viram quem foi?

- Não, professora. – Disse Tony.

- Não se preocupem. – Hagrid e pegou no colo. – Iremos de pó de flu até o Hospital St. Mungus, avisem o professor Snape e mande que vá agora para o hospital. – Foram até a mais escondida lareira. Hagrid teve que se encolher muito para caber ali dentro. - Não saiam da festa de jeito nenhum. – Sumiram num fogo verde.

Antonio estava um pouco mais calmo mas agora, seu nervosismo foi trocado por raiva.

- Não acredito que ela pôde fazer isso... – Soltou lentamente, mirei estranhando Tony e depois virei para David.

- Amor, pode ir lá falar com o professor Snape? – Concordou me dando um leve beijo e seguindo rapidamente para o meio do salão e sumindo na multidão. – 'Ce tá falando de quem?

- Hermione, morre aqui, por favor, morre aqui. – Concordei. – A Jane, ela tinha me chamado para ir com ela, mas eu já tinha alguém em mente, mas tipo, não era a Parvati e eu nem disse a ela quem seria.

Pisquei algumas vezes, olhei para os lados, associei as informações e passei uma das mãos na testa e a outra foi na minha cintura.

- Aquela desgraçada não pode ter feito isso! – Soltei quase num berro.

- Granger, eu quero saber quem fez isso, e se tentar me esconder, usarei a Poção da Verdade em cada um de vocês. – Ameaçou Snape se aproximando de nós junto com David.

- Não sabemos, professor, é verdade. – Disse Antonio tomando minha frente. – McGonagall pediu que o senhor fosse com urgência. – Respirou fundo e foi até uma das lareiras; Sumiu na mesma chama verde.

- Só tem um jeito de descobrir. – Mirei meu olhar em cima daquela mesa onde todos estavam e comecei a andar na direção deles, seguida por David e Antonio.

Estava a dois metros de distancia da mesa, abri minha boca para dizer tudo aquilo que estava engasado, pegar aquela bolsinha de liquidação daquela idiota e tirar o frasco de lá de dentro, arrumando o maior barraco, digno de primeira página de Profeta Diário, mas, para meu desespero, Deena pegou em meu braço e me arrastou para longe da mesa, de Antonio e de David. Disse algo "já a trago de volta!" e voltou a me arrastar para mais um canto daquela sala.

– Deena, não dá para te ouvir agora, é sério. – Ameacei ir mas ela me prendeu.

- O Ron disse que – ficou vermelha como um pimentão, estava respirando mais rápido e constantemente. – Oh, que horror! – Colocou as duas mãos no rosto.

- O que o Ron te disse? – Perguntei sem paciência.

- Que seria legal eu conhecer o quarto dele. – Soltou com os olhos cheio de lágrimas. Eu já sabia no que daria.

- O Ron nunca- – Mirei na mesa e vi aquele ruivo, aparentemente inocente e muito respeitoso, bebendo e rindo com seus amigos. – Acho que ele não queria insinuar nada, Deena. Pode ficar despreocupada.

- Eu estou numa pilha de nervos, Hermione! Naquela mesa só tem pirado! – Apontou para lá e cruzou os braços. – Um mais pervertido do que o outro. – Prendi meu riso colocando uma mão no rosto.

- Deena, relaxa. O Ron só tem olhos para uma menina. – Mirei meu olhar na mesa onde estava o casal nada a ver: Draco e Luna.

- Olhos tudo bem, mas eu sei que não consegue controlar aquilo que tem no meio das pernas. – Ri, não pude me controlar. – Não é nada engraçado.

- Ah por favor! Fala que não é, no mínimo, cômico?! – Ri mais uma vez.

- OK, Hermione. – Soltou o ar que prendia um tom de reprovação e cruzou os braços. – Eu vou voltar ao covil de cobras enquanto ainda não for picada por uma. – Sorriu sarcasticamente e saiu dos meus olhares.

Encostei as costas naquelas pilastras. Cruzei os braços e percorri meu olhar por toda o salão. Pisquei e olhei para meu lado esquerdo. Moody estava parado perto da mesa de bebidas, disfarçando discaradamente. Mirou seu olhar em mim e apontou para a bebida. Afastou-se de lá e logo entendi a mensagem.

Fui até a mesa, sorrindo para algumas pessoas que me cumprimentaram e parei a frente daquele pote que Moody tinha apontado. A discrição do líquido começou a ficar confusa e logo, as letras mudaram de lugar e formaram a frase Departamento de Mistérios agora. Quando pisquei novamente, não havia mais nada ali. Olhei dos lados, David tinha acenado para mim mas fingi que não tinha lhe visto.

Andei, entremeio a multidão e fui, rapidamente, aos elevadores. Apertava o botão constantemente, olhando para os lados pensando o que um professor ia fazer se me pegasse dentro de um dos elevadores. A porta se abriu e eu, erguendo meu vestido, me pus para dentro.

- Para que andar, Senhorita? – Uma voz feminina surgiu de dentro do elevador.

- Nono, por favor. – Subiu um dos andares e logo chegou.

- Nono andar, Departamento de Mistérios. – A porta na minha frente se abriu. Um cheiro de mofo insuportável invadiu minhas narinas e me fez soltar uma careta. Erguei meu vestido novamente e sai do elevador.

Apenas algumas luzes em cima das dezenas de mesas estavam acesas. Típica cena de filmezinho de terror, me peguei pensando, passando as pontas dos dedos nas paredes nuas daquele lugar assombroso, principalmente a noite.

- Professor Moody? – Sempre tive essa mania, mesmo depois de saber que, no quarto ano, não era ele que lecionava as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas. Aquele preto deixava tudo numa penumbra fria. – Professor? Tonks? – Nenhum tipo de ruído. – Gente, que brincadeira de mau gosto é essa? – Perguntei em passos lentos, observando tudo. Apenas o barulho do meu salto batendo contra o chão, marcado de cinco em cinco segundos. – Tonks?! Professor Lupin?! Professor Moody?? – Caí nos ombros; incrível como era enganada por esses caras. Virei-me e levei um grande susto com a cara desfigurada aquele professor maldito. Dei um berro e depois coloquei as duas mãos na boca para abafar, mas já tinha sido tarde de mais. – Pro-professor, eu-

- Quase você me mata de susto, Granger. – Começou a mancar até uma das mesas que estava acesa. Logo, Tonks e Lupin surgiram já tagarelando pelos cotovelos. – Pensei que demoraria mais para entender meu recado.

- Se enganou, professor. – Minha pulsação ainda estava fora do normal.

- Esta gostando da festa? – Perguntou se sentando numa das cadeiras com dificuldade.

- Para falar a verdade-

- É, tá chata mesmo. – Com sua varinha, atraiu outra cadeira para que eu me sentasse a sua frente,d o outro lado da mesa. – Festinha mais sem sal...

- Você reclama de tudo, Moody. – Soltou Tonks se aproximando e sentando na beirada da mesa. Lupin ficou em pe, ao seu lado, com os braços cruzados.

- Eu não reclamo de tudo, até ela falou que tá uma merda completa.

- Eu-eu não disse-

- Alastor, não coloque palavras na boca da menina. – Disse Lupin em minha defesa.

- Mas eu aposto mil galeões que pensou. – Bocejou. – Bom, quero ser direto. Tonks me disse que você perdeu o pingente.

- Eu não perdi, ele sumiu da minha caixinha preta! – Respondi rapidamente.

- Hermione, mesmo estando num mundo mágico, coisas que somem e aparecem em outros lugares não são tão comuns assim. – Disse o ruivo.

- Mas eu-

- Certo. Não quero saber como você perdeu, o importante é que era para ser um negócio entre a gente e estou sabendo que todos os professores de Hogwarts, estão sabendo. – Encolhi os ombros e olhei para a mesa. – Eu quero que você recupere esse colar, o quanto antes. – Olhei incrédula para os três.

- Vocês querem que eu faça o que?! No meio da noite, assalte o escritório de Dumbledore?! – Perguntei como se fosse uma coisa totalmente banal.

- Se for preciso, sim. – Disse Tonks segura.

Meu queixo caiu. Espera um minuto, será que só eu reparei que estão falando de roubo?!

- Isso não tem absolutamente nada a ver comigo. – Me levantei e dei as costas para eles.

- Não quer saber a causa da morte de seus pais? – Perguntou Moody dando um bom motivo para que não saísse dali. – Pegue o pingente, antes que descubram que você está envolvida nisso.

- Mas se descobrirem, estarei mais encrencada ainda. – Ainda não tinha me virado.- Por que não contam de uma vez por todas a Dumbledore? – Quase gritei, me virando para eles.

- Quanto menos pessoas souberem, melhor. – Disse Lupin respirando fundo.

- Eu acho isso uma loucura. – Voltei a andar resmungando. – Vocês são todos loucos! – Soltei indo até o elevador. Tonks tinha me seguido e pegou em meu ombro.

- Hermione, você não vê a gravidade disso. – Apertei o botão constantes vezes.

- Lógico que vejo! Eu posso ver pega por roubo! Isso é pior do que ser pega com um artefato das artes das trevas numa escola. – A porta se abriu, parei de frente para Tonks com os braços cruzando. – Nem pensar, se quiserem, façam o serviço sujo vocês. – A porta se fechou.

Pedi que voltasse para a festa, quando coloquei meu pé para fora. Esbarrei em Hagrid, aquela pequena pessoa. Estava segurando dois grandes copos de alguma bebida e quase fiz derrubar no seu jeitoso terno.

- O que fazia nos elevadores, Hermione? – Perguntou. Olhei para a porta se fechando, gaguejei e sorri falsamente.

- Eu juro que pensei que o banheiro ficava por lá. E Parvati?

- Oh, McGonagall está com ela no hospital. – Disse desanimado. – Você tem certeza de que não sabe quem fez isso?

Mesmo Hagrid sendo um amigo, ele é, primeiramente, professor e um dos braços de Dumbledore, então, é melhor ele não ficar sabendo desses mínimos detalhes.

- Não, Hagrid. Por que dois copos? – Perguntei cruzando os braços e abrindo um sorriso malicioso.

- Você viu quem veio? – Estava com os olhos brilhando. Com a cabeça, apontou para um lado da festa e rapidamente vi quem era Madame Máxime, em todo seu tamanho exagerado.

- Oh, sim. Vai lá. – Dei dois tapinhas nas suas costas e fui até a mesa onde estavam apenas David e Antonio. Pensei nas mais diversas desculpas. Sentei-me dando um beijo em David e pegando sua mão.

- Onde estava? – Perguntou o obvio.

- Estava – Olhei para os lados. – eu ia ao banheiro e fui parada por uma louca que dizia que me conhecia de não sei aonde e me chamou para trabalhar com ela, mas ela disse que era – Engoli. – no mercado negro.

- Ah, sim.

- Notícias da Parvati? – Perguntei a Antonio.

- Estava com McGonagall, mas nenhuma notícia que valha apena. – Abaixou, apoiando-se nos joelhos.

- David? David Scott? – Uma velha senhora dos cabelos grisalhos perguntou, dando duas batidas com seu leque no ombro dele.

- Sim, sou eu.

- Oh, vamos conversar! Nós tivemos muitas recomendações sobre você! – A velha e mais dois homens de meia idade, arrancaram David das minhas unhas. Foram para o meio do Salão. Tony pulou as cadeiras se sentou ao meu lado.

- Cara, se isso for culpa da Jane, tá fudida na minha mão, só isso que eu falo. Quem ela pensa que é?! Isso poderia matá-la! – Cruzou os braços, estava tão aborrecido quanto eu. Mas meus motivos não eram apenas focados nisso, aquela conversa com aqueles três me deixou completamente desconcertada.

- Não vamos julgá-la sem termos provas. Pode ter sido ela como qualquer outra pessoa nesse salão inteiro.

- Ah, qual é, Hermione?! Tá defendendo a vagaba agora? – Perguntou incrédulo.

- Não, não! Eu não tô defendendo ninguém. Eu apenas não quero bater com a cara na porta de novo.

- De novo? – Perguntou automaticamente.

- É força de expressão. – Menti.

Um momento em silêncio observando tudo.

- 'Ce perdeu.

- O quê? – Perguntei logo.

- O Malfoy pego a Lovegood de jeito! – Riu. Meu queixo caiu, fiquei totalmente pasma.

- Não, 'pera. – Soltei esticando as mãos e rindo. – O Malfoy? A Luna? – Ri.

- Cara, foi a pegação mais linda que eu presenciei. – Parecia se fazer de bobo. – Tipo, tava os dois lá dançando, tinha muita gente dançando, cara. Aí, ele pegou, chegou chegando e deu aquele beijo. Ah, sei lá se foi um beijo ou uma sucção de almas pela boca, mas foi lindo.

- E o Ron com tudo isso?

- Eu só vi o Weasley pegando a sua amiga Deena e saindo dos olhos de todo mundo. – Percorri com meu olhar pro todo o salão e não encontrei nenhum dos casais pivôs da história.

- Meu Merlin, alguém me amassa que eu tô passada. – Rimos. – Tomara que num desses amassos que, provavelmente, algum deles estão, não se encontrem e saia uma briga daquelas.

- Nem fala. – Disse soltando o ar que prendia e bebendo mais do seu copo. – O seu rolo com o David é sério?

- Lógico que não. – Ri, Antonio não achou muita graça, apenas sorriu e olhou para os próprios dedos. – Não fomos feitos um pro outro, sabe?

- Imagino. – Soltou para si mesmo, mas eu ouvi.

- E você e a Parvati? Aconteceu alguma coisa antes desse súbito envenenamento? – Ele riu.

- Me desculpe, querida, mas eu sou um homem de uma mulher só. – Riu sarcasticamente.

- Ah é? E quem seria essa mulher, querido?

- Eu sou homem, mas não sou burro. – Não interpretei aquela resposta. Por alguns minutos, o assunto faltou. David retornou a mesa num sorriso um pouco bobo. Provavelmente, aquela seria a noite de muitos ali.

Meu olhar – não sei o que chamou minha atenção – mirou-se para um canto do salão, onde vi Draco e Luna surgindo, de mãos dadas. O loiro parecia um pouco aborrecido e a loira um pouco boba de mais. Aquele mesmo bichinho, habitante do meu estômago que revive quando vejo essas cenas, só faltou pular para fora através da minha boca. Essa coisinha tinha um nome que não queria batizá-la assim: ciúme. Só de pensar na depravação que deve ter acontecido atrás de alguma estátua, me revirava o estômago.

Para falar a verdade, qualquer outra pessoa ao invés de mim, grudada em Draco Malfoy era motivo para xingamentos, enjôos e juras de morte. Parecia que estavam se dirigindo na nossa direção. Num ato desesperado, peguei no queixo de David e lhe dei um profundo beijo. Consegui ver que, tanto Draco como Antonio, estavam com seus queixos caídos e meneavam a cabeça. Passou e sentou-se a sua mesa, atrás de nós.

Separei-me mirando um olhar calculista sobre eles. Soltei o ar que prendia e disse que ia pegar alguma bebida para mim. Servi-me com aquele Néctar com Licor, era fabuloso. Enchi um dos copos e virei garganta a baixo. Deixei o copo ali respirei fundo novamente. Peguei o caminho para a mesa e esbarrei em – só posso ter chupado limão quando acordei – em Harry.

- Me desculpe. – Disse rapidamente, colocando uma das mechas do meu cabelo atrás da orelha.

- Viu a Gina por aí? – Perguntou para meu espanto. Disfarçadamente, olhei por cima do seu ombro e vi que ela realmente não estava sentada na mesa.

- E por que queria saber da existência dela? – Ri. – Deve estar dando em cima de algum velho pra conseguir seu amado emprego de sucesso, ou pior, para conseguir um marido rico. – Ri mais uma vez. Harry meneou com a cabeça e foi até a mesa, pegou um dos copos e serviu com alguma bebida.

- Às vezes, me pergunto porque eu ainda insisto em perguntar as coisas para você. – Disse olhando para o copo.

- Vamos fazer assim: se você encontrar a Gina e ela estiver mesmo conversando com o velho jogando todo seu charme em cima dele, você terá que agüentar minhas provocações sem essas piadinhas de mau gosto, mas se ela estiver fazendo qualquer outra coisa, eu paro de te encher. – Ergui as duas mãos num sorriso malicioso.

- Não vou entrar nos seus joguinhos, Hermione. – Virou-se para mim.

- Não é um joguinho, Harry. – Abri um largo sorriso.

- Esquece que eu te perguntei alguma coisa, OK? – Passou por mim colidindo com meu ombro. Fiquei com os braços cruzados. Ergui uma das sobrancelhas e como se fosse até brincadeira, vi Gina conversando com um velho senhor barrigudo que só vendo. Dei uma leve risada e chamei pelo nome de Harry. Fui até ele e apontei levemente.

- Eu adoro estar certa. – Ri. Vi que o semblante de Harry tinha mudado completamente de cor. Apertou aquele copo que pensei que ia quebrá-lo. – Vai lá. Vai deixar se esfregar nele até engravidar de uma vez só?

Harry saiu de perto de mim e foi na direção de Gina. Chegou delicadamente, disse alguma coisa ao bom senhor – queria fazer um altar de adoração a aquele velho – e arrancou Gina dali. Harry estava realmente muito nervoso com aquele prego enferrujado. Passaram por mim quase discutindo; Ficava ainda mais lindo ciumento, me peguei pensando enquanto voltava a minha mesa.

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