Hogwarts



15 - Hogwarts

-Como é que é? Vocês tiveram Harry Potter ao alcance das mãos e o deixaram escapar? Que são vocês? Um bando de idiotas? Não conseguem pegar um garoto de 17 anos... Inadmissível uma vergonha dessas... Mas o que mais eu poderia esperar de vocês, não é mesmo?

Voldemort estava irado. Seus Comensais da Morte não tinham capacidade para pegar um garoto!

Os Comensais da Morte estavam postados num semicírculo em volta do trono onde Lord Voldemort sentava-se, de cabeças baixas. Todos sem exceção mostravam olhares de apreensão. O fato de não terem conseguido capturar o garoto lhes rendera a repreensão que estavam recebendo.

-Bellatriz atacou Harry Potter com o Avada Kedavra, Mestre. – Contou Rabicho olhando de rabo de olho para Bellatriz. – Eu sabia que o senhor não iria gostar. Mas como sou fiel ao senhor estou contando. – Disse, mostrando um sorriso malévolo.

-O quê? – Disse, voltando-se para Bellatriz, olhando-a diretamente nos olhos. Suas fendas no lugar de nariz dilatavam-se. – Já não lhe falei que quero Harry Potter inteiro para mim, Bellatriz?

-Perdão, Mestre. Ele me deixou nervosa. O menino é abusado... Ele me desafiou! Ele me...

-Não se justifique por um erro que cometeu em sã consciência, Bella. Você sabe que o quero inteiro! Ele é meu! Sua obrigação é essa, entendeu? Você no Ministério já me desobedeceu e sabe que eu detestei sua atitude. É a segunda vez que você me desobedece, Bella. A segunda vez! Não haverá a terceira. Entendeu? – Crucio!

Bellatriz caiu no chão se contorcendo de dor, era como se seu corpo estivesse sendo retalhado com facas em fogo e afiadas a sangue frio. Estava sendo castigada por que o traidor do rato a havia entregado para o Mestre. Pedro só pensava nele e em mais ninguém; desde que ele se saísse bem, o resto que se danasse. A conduta de Pedro era pautada numa única premissa – “Primeiro eu. Depois... Depois se der certo e se tiver tempo os outros”. Irada, pensava. “Você me paga, Rabicho!”. Estava revoltada demais.

-Sim, Mestre... Eu entendi. – Disse, ofegante, se recuperando do castigo impingido. – Perdão... Farei tudo certinho, sempre. Perdão, Mestre. Não errarei mais.

Lord das Trevas continuou. - Eles vão sair novamente. Harry Potter não pode ficar escondido para sempre. Então vigiem todos os lugares onde ele possa ir. AGORA, VÃO!. E não voltem sem respostas.

Os Comensais da Morte saíram ventando do quartel-general, se espalharam por todos os prováveis lugares onde o menino Potter poderia ir. Beco Diagonal, Hogwarts, Hogsmead...

Bellatriz não tinha condições de sair imediatamente Estava amuada num canto se corroendo de raiva; o suor escorria por seu rosto marcado pelo ressentimento do castigo recebido. Mas ela faria coisa melhor para o Mestre. “Só precisava ter um plano infalível, uma única oportunidade”. Pensava freneticamente olhando com olhos de pálpebras caídas para Pedro, que mostrava um sorriso perverso para ela. “Ainda eu sou a preferida, não esse miserável e imundo rato, você não tomará meu lugar”. “Rabicho já traiu para salvar a própria pele e com certeza fará novamente, ai eu...”.

Rabicho, transformado em rato, se mandou apressado para atender às ordens dadas.

***

No dia seguinte da batalha na antiga residência dos Potter os garotos saíram da cama se arrastando, apresentavam olheiras ao redor dos olhos. Um a um foram chegando à cozinha para o café da manhã apesar de já ser quase hora do almoço. Molly não tivera coragem de acordá-los mais cedo, deixou que cada um levantasse a hora que quisesse. Estavam realmente cansados demais para saírem. Durante o dia todo ficaram sentados na sala de estar, uns jogavam xadrez de bruxo, outros conversavam, ou ainda cochilavam nas confortáveis poltronas espalhadas pela sala se deliciando com a quantidade de doces que a senhora Weasley servia. Ela sempre inventava alguma coisa para alegrá-los.

-Moody, como vamos levar Harry para Hogwarts? Alguma idéia? – Perguntou Arthur, sentado na sala de estar com os amigos, depois de um dia exaustivo de trabalho que tivera no Ministério. A tarde outonal estava prazerosa, nem quente e nem fria demais. Molly servia a todos pedaços de pudim que havia feito durante a tarde.

-Professor, será que não tem nada naquela caixa de Dumbledore? – Perguntou Harry, sentado no chão junto com os amigos, mas atento à conversa dos dois líderes da Ordem.

-Pode até ter, Harry, mas acho que o melhor seria você aparatar ou então usar a chave do portal. Mas ainda acho que seria mais seguro você ir através da chave do portal. Não podemos nos esquecer que agora Voldemort já sabe que você foi a Godric Hollow. A essa hora ele já deve estar planejando armar alguma estratégia para te pegar. Lembre-se sempre, Harry, ele é astuto. Mas não vamos para Hogwarts esta semana. Tenho umas coisas importantes para resolver. Vamos só na semana que vem.

-Mas professor... Quero... – Começou Harry. Não conseguiu terminar a frase, Moody interrompeu na hora.

-Não, Harry. Tudo tem sua hora certa. Esta semana não dá e ponto final. Acho que vocês devem aproveitar essa semana para treinarem. Isso só fará bem. E descansem...

Moody pegou um pouco de pó de flu e jogou na lareira.

-Minerva. Vamos para Hogwarts semana que vem. – Informou Alastor pela lareira.

-Está certo, Alastor. Estaremos esperando.

-Vou junto. – Rony disse. Onde Harry for, vou também.

-Nós também. - Disseram Hermione e Gina juntas.

-Vocês estão com alguma falha na memória, ou problema de audição? Acho que isso já ficou resolvido, não? Vamos todos. – Arrematou Moody chateado por ter que reafirmar uma situação já definida.

Os garotos se entreolharam sem jeito. Perceberam que estavam sendo redundantes.

Iriam a Hogwarts na próxima segunda-feira. Ficou resolvido que Harry iria para Hogwarts pela chave do portal e os outros acompanhantes aparatando. Alguns deles aparatariam um pouco antes da hora marcada para verificarem a segurança do local, seriam eles: Arthur, Tonks, Neville e os gêmeos.

Até que segunda-feira chegasse, não se tinha muito que fazer. O jeito era matar o tempo, jogando ou treinando. A segunda hipótese era a mais escolhida pelos garotos.

Harry se dedicava de perto para ajudar Neville. Ele estava nessa briga agora, e era melhor que aprendesse direito a atacar e se defender. Harry atacava o amigo sem dó, forçando-o a se defender de verdade. A cada ataque Harry explicava o que acontecia e qual era a melhor maneira de se defender. Mas mesmo com todas as explicações, invariavelmente Neville algumas vezes era jogado longe, caindo estatelado no chão.

-Neville. Presta atenção na sua mão. Estique seu braço e aponte o dedo indicador para mim. Isso, assim... Agora observe, vou chegar perto de você. Veja onde seu dedo encosta em mim. Percebeu... Essa é a pontaria. Pois então, a varinha é o prolongamento do seu braço e dedo. Deu pra entender? – Ensinava Harry de maneira prática.

-Eu entendi, Harry. Eu quero aprender mais e melhorar; eu vou aprender, acredite! – Prometeu Neville.

Apesar do pouco tempo de treino e do que Neville já aprendera junto com o grupo da AD, a melhora que apresentava ainda era pouca, principalmente no ato de atacar. Já com relação à defesa, mostrava mais reflexos em se desviar dos feitiços e aprendeu a cair sem se machucar tanto. Mas a pontaria não estava lá essas coisas, mesmo depois de todas as explicações. Ainda tinha muito mais a melhorar. Tinham que dar um jeito nisso. “Vou conversar com Lupin sobre essa porcaria de pontaria” “Se ele melhorar a bendita pontaria ficará tudo bem”. – Anotou mentalmente Harry.

Arranhões, hematomas, cortes eram observados nos finais dos treinos. Molly sempre prestativa cuidava dos garotos com sua caixinha de primeiros socorros bruxos no final da tarde.

Hermione e Gina, apesar de treinarem bastante, às vezes evaporavam da vista de todos. Elas estavam cheias de segredinhos e não contavam para ninguém, até que numa tarde, depois de um treino exaustivo, Hermione chamou Harry para uma conversa.
Ela foi direto ao assunto...

-Harry. Precisamos conversar agora.

-Mas agora? Não pode ser depois? Quero tomar um banho. Tô cansado à beça.

Hermione não deu nem bola para o que o amigo falou. Foi como se ele tivesse falado para a parede. Puxou-o pela mão em direção à sala de estar.

-Senta aí, Harry. – Disse, empurrando-o para uma poltrona confortável.

-Valeu, Hermione! – Agradeceu, caindo sentado de qualquer jeito com o empurrão que recebeu da amiga. Mas ela não estava nem um pouco preocupada com a atitude que tivera.

-Olha... As Horcruxes podem estar num desses lugares: A casa de Riddle em Little Hangleton; Borgin e Burkes; o Orfanato onde Tom foi criado em Londres. Mas tem um problema.

-Qual?

-Só sabemos que Tom Riddle comprou o diário numa loja na rua Vauxhall em Londres, não sabemos onde fica o orfanato.

-Bom... Vamos até essa rua e procuramos, é o único jeito. – Falou Rony. – A gente pergunta na redondeza.

-É. Parece lógico. – Confirmou Gina.

-Hermione. Porquê esses lugares.

-Não vai ficar bravo, tá?

-Tá... Não vou ficar bravo. Fala logo.

-Pois é... estive vendo novamente suas lembranças na penseira para tentar descobrir onde procurar as Horcruxes, e esses são os lugares mais prováveis. Analisei o padrão das atitudes de Tom. Veja bem... – Ela juntou as duas mãos na frente do rosto. - Ele colocou uma Horcrux na caverna onde ele levou dois coleginhas de orfanato, alguma coisa aconteceu lá, mas ninguém sabe o que foi. Então, a partir daí cheguei a esses lugares. – Disse, esfregando a mão na testa, numa clara atitude de concentração. – Em cada um desses lugares, coisas significativas aconteceram com ele. Entendeu?

-Tá bom. Entendi. Então vamos ter que nos organizar para visitar esses lugares, é isso?

-É. – Confirmou, já pensando em como ir a esses lugares sem levantar suspeitas.

-Bom, então poderíamos começar pela loja Borgin & Burkes. Acho que fica mais perto, e é onde ele trabalhou durante algum tempo logo depois de sair da escola. Assim ganhamos tempo. Que você acha? – Perguntou Harry, olhando para a amiga.

-Como você sabe que fica mais perto?

-Sei lá. Eu pelo menos imagino.

-Acho que tá legal. – Disse Rony, que prestara atenção na conversa. – Mas acho também que devemos contar a todos hoje à noite.

Naquela noite, Harry e os amigos expuseram as conclusões a que haviam chegado para os integrantes da Ordem, que tinham passado pela Sede a fim de saber se estava tudo preparado para irem a Hogwarts no dia seguinte.

10 de setembro

A segunda-feira amanheceu clara e fria. A chegada a Hogsmeade foi sem transtornos. Quando entraram em Hogwarts todos estavam anormalmente quietos, concentrados com certeza no que eles estavam prestes a fazer. Olhavam para os lados procurando alguma coisa de anormal, porém estava tudo dentro da normalidade, a população do povoado andava pra lá e pra cá pelas ruas de maneira habitual, as lojas estavam com as portas abertas, os pubs recebiam os fregueses costumeiros.

Harry já estava na sala do Professor Dumbledore. Tinha chegado pela chave do Portal, sendo recebido pela professora Minerva e por Hagrid. O amigo, quando viu o garoto deu uns tapões nos ombros de Harry que quase o deixaram desmoronado no chão. Sutileza e delicadeza certamente não faziam parte do comportamento do meio gigante. O garoto disfarçadamente massageou os ombros, escondido de Hagrid, com um sorriso para professora McGonagall. A professora retribuiu, entendendo o significado do sorriso. “Qualquer dia ele me desmonta”. Pensou.

-Por onde começamos, Harry? – Perguntou Jorge, tão logo se encontraram.

-Pela sala dos Troféus. É lá que está o prêmio que Tom Riddle ganhou por serviços prestados a Hogwarts.

-Serviços prestados? Sei! Aquilo foi uma mentira deslavada em que ele envolveu Hagrid, isso sim. – Disse Minerva, revoltada em se lembrar de como Tom havia prejudicado a vida de Hagrid entregando-o para o diretor Armando Dippet com uma história pela qual na verdade ele era o responsável absoluto. Em conseqüência desse ato, Hagrid foi expulso da escola e ainda teve a varinha quebrada.

Caminhando pelos corredores, agora sem a habitual iluminação dos archotes, Professora McGonagall levou todos até a sala dos Troféus. Empurrou os pesados portões e apontou para um armário, encostado numa das paredes, onde estava guardado o prêmio que Tom havia ganhado. Não era um troféu, era um Escudo.

Harry se aproximou do armário com passos pensados. Tentou abri-lo com a chave que havia na porta, ela girou em falso. Forçou... Nada. Usou o Alorromora... Nada. Fez de tudo para abrir o armário, mas não conseguiu. Pediu ajuda para Moody.

O professor usou o Alorromora de uma forma mais incisiva, mas tudo que conseguiu foi quebrar os vidros que, encantados, se reparavam. Alastor tentou novamente e a mesma cena se repetiu. Quando mais rápido o Alorromora era lançado, mais rápidos os vidros voltavam para o lugar.

-Pára, professor. Tem alguma coisa errada.

-Claro que tem! Não consigo abrir a porcaria do armário! – Retrucou o professor apontando o para os vidros do armário, que estavam novamente intactos no lugar original.

-Não é isso. É que quando fomos em busca do medalhão, para chegarmos até ele tivemos que pagar um tributo. Naquele dia pagamos com sangue, entendeu? Acho que vou ter que pagar novamente com sangue para esse sanguinário do Voldemort.

-Não. – Gritou Gina. – Correndo para abraçar o namorado.

Harry segurou-a pelos dois braços longe de si. Aquele não era o momento para cenas ou chiliques, era um momento de muita concentração.

-Pára, Gina! Deixe-me fazer o que é necessário. – Senhora Weasley, fique com ela, por favor. Molly puxou a filha para seu lado, segurando-a para que não se aproximasse de Harry.

-Preciso de uma faca. – Disse Harry.

Minerva mais que depressa conjurou uma adaga de prata e entregou a ele.

Harry pegou a adaga e fez um pequeno corte na palma da mão esquerda e a esticou para que o sangue apenas pingasse em cima do armário. Depois de alguns pingos, Harry enxugou a mão, mas não aconteceu nada com o armário.

Uma profunda ruga apareceu na testa do menino que sobreviveu. Qual seria o procedimento correto para se conseguir pegar o Escudo, já que sangue não resolveu?

Ninguém falava nada, se atinham a ficar olhando para ver qual seria o próximo passo de Harry.

Sob o olhar atento de todos, Harry passou a mão em toda a extensão do móvel. Na parte de trás do armário ele sentiu uma pequenina protuberância. Desencostou o móvel da parede e examinou atento a pequena elevação. No cantinho inferior, muito bem escondido ele viu um mini símbolo de um basílisco enrolado em si mesmo.

-É isso. – Disse a si mesmo.

-É o quê, Harry? Perguntou Rony, falando baixo, chegando mais perto do amigo.

-Lembra-se do que aconteceu no banheiro da Murta? Naquela torneira que tinha o basilisco em alto relevo? Então... Acho que é a mesma coisa. Chega pra lá, Rony. – O garoto estava muito concentrado.

Estendeu a mão em direção ao Escudo e em língua de cobra disse umas palavras. Todos o olharam, abismados. A não ser Rony, ninguém nunca o tinha visto falar aquela língua que nada mais era que um sibilar de “Ss” misturados com “Rr”. Lentamente as portas do armário se abriram com um rangido.

Harry ficou parado uns minutos olhando para o Escudo. Estaria enfeitiçado? Era uma das Horcruxes? O que aconteceria se ele pegasse o objeto? Sentiu receio. Porém alguma coisa tinha que ser feita e ficar ali parado não resolveria nada. Apesar do que estava sentindo colocou a mão dentro do armário e fechou os dedos em volta do Escuro. Quando o tocou sentiu um arrepio percorrer seu corpo, mas nada aconteceu com ele.

-Bom, agora acho que devemos ir para uma das masmorras e destruir o Escudo e o Medalhão. – Disse Harry, preocupado e ansioso para terminar logo com aquele encargo que lhe fora imposto, quando ele não tinha nem dois anos de idade; só por que ele era Harry Potter, o menino escolhido por Lord Vodemort, o Menino que Sobreviveu ao Avada Kedavra.

-E você tem alguma idéia de como destruir isso? – Perguntou Arthur, apontando para o Escudo que Harry tinha nas mãos.

-Tenho. Acho que podemos tentar com a Espada de Gryffindor. – Respondeu, sem olhar para ninguém.

-Hã... Com... Com a Espada de Gryffindor? Por quê com ela? – Perguntou Minerva, com os olhos arregalados.

-Porque acho que é o objeto mais seguro, professora. Lembra-se de que matei o basílisco com ela?

-É, lembro... Tá... Tá certo. Então vamos buscá-la, mas não estou gostando disso. Escute bem, senhor Potter. Eu a quero de volta e inteira. Entendeu?

-Tá, professora. Entendi. – Apesar de ter respondido positivamente, achava que a Espada não seria poupada.

Subiram todos em direção à Diretoria. Entrando na sala, Harry foi direto para perto do quadro do Professor Dumbledore, ele continuava dormindo. “Tenho tantas coisas para falar com o Senhor, professor”. – Disse em pensamento.

-Onde Harry for, eu vou com ele. – Rony falou, determinado. – Mas antes quero comer alguma coisa. Estou com fome.

-Quando você não está com fome, Rony? – Brincou Gina com o irmão.

Houve uma concordância geral, afinal já era quase hora do almoço e tinham apenas tomado café da manhã, muito cedo. Os elfos domésticos providenciaram felizes, depois de meses sem fazer nada, uma quantidade considerável de bolos, chás, sucos, sanduíches e bombas de chocolate. O que fez a alegria de Rony, já que ele era um esfomeado nato.

-Vamos. – Pediu Harry, com pressa.

-Sim, estamos prontos.

McGonagall tirou a espada da redoma de vidro onde normalmente ficava guardada e a entregou a Harry, que a recebeu com reverência.

-Eu quero ir junto. – Pediram Gina e Hermione.

-Não, vocês vão esperar aqui mesmo, junto com Tonks. Nós não vamos demorar. – Respondeu Lupin.

Desceram para uma das masmorras desocupadas.

-O que você vai destruir primeiro? O Escudo ou o Medalhão? – Perguntou Lupin, enquanto percorriam um caminho não muito usado.

-Acho que o Medalhão. Esse eu tenho certeza que é uma Horcrux, já o Escudo não.

A masmorra estava absolutamente gelada. Pelo aspecto aparentava estar em desuso por um longo período de tempo. Era praticamente vazia, com exceção de uma mesa quadrada e marrom, encostada num canto perto da parede. Harry arrastou a mesa para o cento do ambiente, colocando o medalhão bem no meio.

Ele pegou a espada, levantou-a acima da cabeça e desceu com uma força que não sabia possuir. No momento em que a espada arrebentou o Medalhão escutou-se um som altíssimo, estranho... aterrorizante... como se alguém em grande horror gritasse. Pedaços do Medalhão misturados com fragmentos de madeira da mesa foram espalhados pela sala. A Horcrux estava irremediavelmente destruída. A Espada de Godric Gryffindor voou das mãos de Harry, ficou caída no chão, porém intacta.

Depois de alguns segundos, tudo ficou embaçado. Uma fumaça esverdeada de cheiro horrível inundou o ambiente, saindo dos pedaços que restaram do Medalhão. Os membros da Ordem conjuraram proteção para a boca e nariz enquanto coçavam os olhos. A fumaça continuou a invadir a sala numa enorme espiral, depois se concentrou no chão, em volta de Harry, lentamente foi subindo, envolvendo-o dos pés à cabeça. Por um momento, os amigos pensaram que o garoto havia desaparecido. Mas ele estava ali mesmo, espantado com o que estava acontecendo, olhando para baixo vendo a fumaça rodeá-lo. De repente tudo clareou, a fumaça havia sumido.

-Pronto. – Disse Moody, com a voz abafada por causa da proteção que estava usando, uma tarefa a menos, vamos destruir o Escudo e ir embora.

-REMO... REMO!!! – Gritou Harry, em pânico. - Não estou vendo nada! ESTOU CEGO!

***

08/07/2006.

Tai o cap. 15...Espero que gostem. O cap. 16 vai demorar um pouco mais; é que a minha revisora vai sair de férias, ai já viu né? Editar o cap, sem correção acho que não dá muito certo.

Obrigadinha a Patilion,Tulio Henrique, Rafudex, Eline Garcia, Adi Potter, Bruno Rosario, Elizabeth Régis, *_Ellen_*, Danielle, Aluado e a todos os anonimos. Vcs são uns amorecos.

[]s+{}s

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