A Mudança



12 - A Mudança

-Por que isso, Moody? – Perguntou Arthur, estranhando o acontecido, uma vez que ninguém havia pedido a caixa.

- Não sei, mas acho que é para tirarmos um dos pergaminhos com instruções. E assim o fez. – Enquanto estava puxando um dos pergaminhos, lembrou-se das palavras de Dumbledore no dia que ele explicou sobre a Caixa. O diretor havia deixado sem explicação um solto “Ou...”. Esta era a resposta. Fawkes tinha instruções paralelas.

Se Fawkes mandou a Caixa, é porque tinha instruções para assim fazer. A ave era fiel demais ao Professor morto. – Raciocinava Alastor Olho-Tonto Moody com o olho bom parado.

Tiveram que acordar todos que saíram da cama com cara de sono, perguntado por que tinham que se levantar de madrugada.

- Bem, vamos nos mudar, imediatamente. O perigo que estamos correndo aqui é grande demais para arriscarmos pôr tudo a perder. – Moody estava mais mal-humorado que normalmente.

- E para onde vamos? – Foi a pergunta que todos fizeram olhando para Moody.

Alastor passou o pergaminho para que todos lessem. Do contrário ninguém entraria na nova Sede.

- Não falem nada, apenas memorizem. Arrumem tudo. Vou abrir a lareira do outro lado. Seguiu as instruções que estavam em anexo à mensagem, mas não contou para ninguém.

- Harry não vai gostar disso. – Falou Gina.

- Situações inesperadas requerem atitudes imediatas. Não podemos ficar esperando Harry despertar.

E Gina continuou, ousada. - Posso saber como ele vai se não está acordado para ler as instruções?

- Eu o levarei, comigo ele entra, sou o Fiel do Segredo. – Respondeu um Alastor Olho-Tonto Moody exasperado pelo atrevimento da menina.

E assim começaram a arrumar tudo, num piscar de olhos estava tudo pronto. Tinham que sair da Mansão e não podiam voltar para A Toca. Organizaram tudo com a maior rapidez possível e a mudança era grande demais. Os garotos arrumaram as coisas de Harry também.

Carlinhos, Arthur e Gui foram à frente levando toda a bagagem, que não era pouca. Logo depois, todos começaram a aparecer na lareira de uma sala de estar ampla, confortável e muito agradável.

- Onde estamos, pai? – Perguntou Rony olhando em volta.

- Não tenho a mínima idéia.

Harry acordou no dia seguinte fraco e muito pálido. Estava um pouco confuso, não se lembrava de ter ido deitar. Gina estava sentada no chão, com a cabeça apoiada na cama e dormia a sono solto. Ele passou as mãos pelos cabelos dela, que acordou imediatamente esfregando os olhos.

- O que aconteceu, Gina? – perguntou calmo.

- Oi! Que bom que você acordou! Está se sentindo bem? Você desmaiou. Está desacordado desde ontem à tarde. Vou avisar a todos que você acordou. Fica aí.

Saiu correndo do quarto e entrou na cozinha.
- Harry acordou. – disse, sem fôlego.

Todos se dirigiram para ver como Harry estava. Madame Pomfrey foi mais rápida, já estava com ele fazendo um último exame e dando para que bebesse uma poção que só pela cor não devia ser nada, mas nada, saborosa.

O garoto engoliu com uma cara de poucos amigos, mas aos poucos uma corzinha começou a aparecer em seu rosto e ele começou a se sentir um pouco mais disposto. Dava sinais de que queria se levantar. O que, é claro, Papoula não deixou.

Do lado de fora do quarto, os integrantes da Ordem esperavam autorização da enfermeira para entrarem e conversarem com Harry.

Mas mais uma vez foram interrompidos. Molly, com uma bandeja imensa, com um bom prato de ensopado entrava no quarto e foi informando. – Conversa só depois de ele estar alimentado, certo, Papoula?

- Dessas coisas você entende melhor que ninguém, Molly. – Respondeu a curandeira, sorrindo.

Harry comeu sob o olhar vigilante da Senhora Weasley.

- Não estou com fome, Senhora Weasley.

- Você vai comer, Harry. Vai sim! Nem que eu tenha que enfiar as colheradas goela abaixo. – Disse com o olhar muito sério em direção a Harry.

Sem outra alternativa, Harry a atendeu.

- Pronto, não agüento mais. – Ela não gostou, ele havia comido muito pouco, algumas colheradas apenas.

- Bom... Fazer o que, né? Podem entrar, agora ele está pronto para o interrogatório que vocês farão. – E saiu resmungando. – Ninguém deixa esse menino em paz!

- Onde estamos, não conheço esse quarto. Por que nos mudamos, Professor, estávamos em perigo?

- Não sei, Harry, mas é melhor obedecer às instruções de Dumbledore, do que questionarmos. Além do mais, a Caixa de Dumbledore apareceu do nada. Vamos ficar aqui por enquanto, a casa é grande e muito bem escondida, nem eu a conhecia. Acho que Dumbledore nunca trouxe ninguém aqui. – Disse, coçando a cabeça.

- É a casa do Professor Dumbledore?

- É sim. – E continuou. - Bem, bem. Você está disposto a conversar, Harry?

- Estou, mas queria sair da cama. Posso? – Perguntou, olhando para Madame Pomfrey.

- Não, você precisa se recuperar. – Respondeu a curandeira.

- Tá. – E sentou-se. – Mas queria na verdade sair do quarto. – Disse, inconformado.

- Bom Harry, então nos conte o que aconteceu.

- Mas eu é que quero saber! Não me lembro de nada, nem de como vesti o pijama!

- Você pegou o Medalhão e caiu desmaiado, só. – Disse Arthur.

Alastor rapidamente colocou Harry a par da situação. Contou para o Menino que sobreviveu que quando ele pegou o medalhão deu um grito apertando a cicatriz com a mão e caiu desmaiado no chão.

- A única coisa que me lembro é da dor alucinante que senti na cicatriz, mais nada.

- Harry, acredito que sua dor foi mais uma das inúmeras coincidências que acontecem com você e Voldemort, não tem nada com a Horcrux. Acho que é o verdadeiro medalhão de Salazar, que por algum motivo não foi destruído por Régulo, e nem temos como saber por que ele não o fez. Vamos ter que destruí-lo.

Carlinhos, Gui e Fleur entraram no quarto. Harry observou que estavam bastante machucados.

- Que aconteceu? A Toca...

- É... A Toca não existe mais. O Lord das Trevas mandou... – E contou a história para o amigo.

- Então foi por isso que estava me sentindo tão mal... – Falou para si mesmo, porém todos ouviram.

"Novamente senti os pensamentos de Voldemort". – Pensou Harry.

***

Voldemort estava furioso. Harry não estava mais n’A Toca, tinha desaparecido de novo. Revistaram todos os lugares possíveis, mas não obtinham resultado nenhum. Bellatriz arriscou-se a falar da Mansão dos Black, mas conseguiriam ter acesso a ela? Naquela noite havia tentado chamar Monstro pela lareira, mas não tinha resposta. Gritava de frustração.

- Mas ele não poderá ficar escondido muito tempo, uma hora ele terá que sair de onde está, então será a sua hora fatal.

- Vou te pegar, Harry Potter, não vai demorar muito. – Dizia o Lord das Trevas para si mesmo entre dentes.

Tinha colocado todos os Comensais na rua. Severo Snape, apesar de saber onde se localizava a sede não tinha como informar, ele não era o Fiel do Segredo, de nada adiantava ter esse conhecimento; e se tentasse entrar na mansão seria morto num piscar de olhos. Ficou pensativo ao lado de Draco.

***

Harry estava tentando absorver todas as informações que estava recebendo, quando inesperadamente aparece um pergaminho novo nas mãos de Harry. Todos se assustam quando ele mostrou a mão aberta com os olhos arregalados.

Lupin se adiantou e pegou o pergaminho.

Dizia simplesmente:

“Sempre siga sua intuição. Ela te levará ao lugar certo”

Não tinha assinatura, indicação, nada. O bilhete apareceu do nada.
Alastor tentou todos os chamamentos que Flitwick ensinara para ver se estava enfeitiçado, mas aparentemente estava tão limpo quanto o anterior.

- É, Harry, parece que você tem um amigo muito discreto. E de uma maneira ou de outra consegue te observar. – E isso me preocupa. – Comentou Alastor.
- Você conhece a letra?

- Não. Nunca vi essa letra.

- Harry, você precisa praticar oclumência todas as noites sem falta. Agora mais do que nunca, você não pode ficar com a mente aberta. – Voltou a insistir Lupin, preocupado com a situação.

- Mas Remo, eu tenho praticado todas as noites. Eu nunca mais sonhei com Voldemort. – Falou sem muito ânimo. – E continuou. – Sabe, professor... é muito provável que Voldemort não saiba que já foram destruídas duas das Horcruxes. Professor Dumbledore disse que isso pode acontecer por ele estar muito inundado de maldade.

- Harry, que mais você e Dumbledore conversaram sobre o Tom?

- Ahhh! Foi tudo aquilo que vocês viram na minha penseira. Mais nada.

***

- Bellatriz. – Quero que você tente entrar na casa de sua família e verifique se o garoto não está por lá. Dê um jeito, se arrebente se necessário, mas entre na casa. Vá agora, Bella, seja discreta. – Disse Voldemort.

- Sim, mestre. Darei um jeito de entrar na casa. Monstro com certeza me ajudará.

- Achando Harry Potter, traga-o para mim, inteiro, entendeu? – Falou frisando a palavra “inteiro”.

- Sim. – Disse, saindo em seguida.

Bellatriz se esgoelava na lareira chamando por Monstro. Mas não tinha resposta. Com a varinha em punho e fazendo um esforço sobre-humano conseguiu entrar na Mansão dos Black. Recebeu a queimadura de dois feitiços, um no braço, outro nas costas.

- Que silêncio. – falou alto. E continuou entrando na casa, parando em cada porta para tentar ouvir algum barulho. Passou pelo corredor e tentou ver o quadro da tia. Não conseguiu arrastar a cortina nem um centímetro. O silêncio era absoluto.

Continuou andando pela casa. Entrou no quarto de Sirius, da tia... Da janela da cozinha olhou para o quintal, viu um pequeno monte de terra amontoado perto do muro. Foi até lá conferir para ver o que era. Com um movimento da varinha removeu a terra e olhou curiosa dentro do buraco. Lá estava um corpo extremamente pequeno envolto numa colcha de retalhos.

- Monstro! É por isso que esse besta inútil não me atendia. Está morto!

Sem se incomodar em cobrir novamente o corpo do elfo, largando aberta a pequena cova, entrou novamente na casa pela cozinha.

- Eles estiveram aqui, sim!
Tentou aparatar, mas não conseguiu. Então voltou para a lareira indo direto para junto do Lord das Trevas para reportar o que tinha descoberto.

- Mestre, eles estiveram na mansão por um tempo, mas saíram, deixaram tudo muito desarrumado para trás. E Monstro não me atendia por que está morto.

- Como saíram, Bella?

- Não sei, Mestre. Não têm rastros.

_______________

Bom... Conforme o prometido o cap. 12 está ai.
Agradeço aos amiguinhos que dixaram o recadinho: Daniel M. dos Santos, Viviane, Schei@,Remulu, Edualrdo Alberto, Paulo Cézar, Miss Sweet, Israel G3, Mima E. Adorei! Continuem comentando, ok?
Espero logo-logo publicar o cap - 13.
Conto com o comentário de todos.
[]s+{}

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