ASAFUGAZ E OS GIGANTES

CAPÍTULO 42:

ASAFUGAZ E OS GIGANTES



_Eles chegaram! – Rony exclamou apavorado, suas mãos trêmulas.
_Hagrid – Hermione suspirou e então ela, Harry e Rony se voltaram para a lua mais ao alto, ele retornara.
_CRUCIO! – um Comensal bradou distante e derepente tudo que se viu foi agitação entre jatos lançados pelos Professores e pelos Comensais, os alunos agora se movimentando dentro do castelo.
_HARRY, VAMOS – Hermione disse sacando sua varinha - TEMOS QUE PROTEGER OS INGREDIENTES DA POÇÃO! – Harry se virou bruscamente para a cena que ocorria diante de seus olhos e então saiu a correr para a entrada do castelo no mesmo instante que os Comensais avançavam em meio a feitiços.
_PEGUEM-O! – um mais alto gritou quando viu Rony passando próximo e então um jato coriscou o ar o atingindo no ombro.
_HARRY! – Hermione gritou – RONY FOI ATINGIDO! – Harry se virou no mesmo instante que Rony era acertado por outro jato e caia abatido.
_EXPELLIARMUS! – bradou com um movimento simples, seu raio disparou pelos terrenos e apenas foi desviado pelo Comensal com facilidade.
_HARRY VÁ! – Tolkien gritou – EU CUIDAREI DE RONY! – Harry se virando trocou um rápido olhar com o Professor e sendo puxado por Hermione saíram a correr rumo à entrada do castelo.
_PARA SUAS SALAS COMUNAIS IMEDIATAMENTE! – uma voz dizia por todo o castelo, os alunos correndo por todos os lados se apressavam rumo as suas salas comunais – SR.FILCH FECHE TODAS AS ENTRADAS E SAIDAS, MONITORE E MONITORES-CHEFES AJUDEM-NO! – Harry disparou pela primeira escadaria que viu enquanto os jatos do lado de fora estouravam por todos os lados, o céu coberto por guinchos vindo de criaturas desviando dos Dementadores. Muito distante, um exército guiado por um pássaro gigante, lentamente se aproximava.
_CRUCIO! – uma voz bradou e então Harry foi derrubado quando um corpo colidiu com o seu. Hermione imediatamente avançou a frente deles.
_CROVOTUS! – um Comensal disparou.
_PROTEGO! – ela enunciou, Harry e o corpo que o derrubara mais ao lado.
O escudo de Hermione provocou um longo barulho gélido e então estorou lançando uma camada de fumaça.
_VAMOS! – ela disse puxando Harry. – VENHA VOCÊ TAMBÉM! – disse pro corpo que agora ela reconhecera ser Zacharias Smith, membro da AD.
A altura que todas as entradas e saídas estavam sendo fechadas, os alunos pelos corredores já estavam desaparecendo, isolando-se em suas Salas Comunais.
_Por aqui... – Harry falou virando para um corredor que daria a escadaria principal.
_Está frio aqui – Zacharias falou puxando sua varinha e então derepente parou. Hermione e Harry continuando a correr.
_O QUE FOI?! – Harry gritou.
_DEMENTADORES! - e então Harry se virou, toda a área da escadaria estava coberta por Dementadores, coberta por gelo. Com sua varinha ao alto, um grupo de Dementadores se virou para eles e mergulhando velozmente vieram em sua direção.
_SE PREPAREM! – uma outra voz falou próxima e então um grupo de monitores-chefes saltou a sua frente.
_NÃO! – Hermione gritou mas fora tarde, o primeiro Dementador do grupo que se aproximava havia atacado um dos monitores-chefes e o levado para as profundezas que a área das escadarias estava agora.
_PARA LÁ! – um dos Monitores gritou e no mesmo instante Harry saltou quando outro Dementador passou voando por ele o tentando levar.
Ainda se levantando sentiu seu braço ser puxado novamente por Hermione e então saíram a correr desenfreados pelos únicos caminhos que ainda não estavam cobertos pelos Dementadores.
_EXPELLIARMUS! – uma voz conhecida enunciou e uma varinha voou longe passando por cima da cabeça de Harry, Hermione e Zacharias, os Monitores haviam tomado caminhos diferentes, haviam desaparecido.
_NEVILLE, PARVATI E PADMA – Hermione falou e então Harry se virou, os três estavam encurralados por um grupo de Dementadores, Neville tentara os afastar com Expelliarmuas, mas a única coisa que conseguira fora atirar sua própria varinha longe.
_EXPECTO PATRONUM! – Hermione enunciou e uma lontra saltou de sua varinha alta e forte, atacando dois Dementadores que se afastaram imediatamente. Parvati, Padma e Neville rapidamente fugiram e enquanto a lontra de Hermione ainda se mantinha viva saíram a correr rumo à torre de Grifinória. Eles deveriam apanhar os ingredientes da poção guardados dentro da esfera que Harry apanhara no porão da Borgin e Burkes, Voldemort os queria, os Comensais os queriam aquela noite.
Assim que Harry se virou no corredor seguinte rumo a última escada que levaria ao terceiro andar, uma explosão de ventania o atingiu e todos foram atirados longe.
Harry se virou no mesmo instante que viu uma luta rápida e voraz dominar todo aquele corredor, Anna Abott, Ernesto McMillan, Catherine Leblanc e John O’Donnell travavam firmemente uma batalha.
_MATE-OS! – um Comensal gritava enquanto brandia sua varinha com velocidade.
_CROVOTUS! – John O’Donnell disparou e o seu jato saiu tão veloz que ao atingir o Comensal na face o fez tombar por metros até cair pelas escadarias adormecido.
_AVADA KEDAVRA! – um outro Comensal bastante alto vociferou e todos pularam para os lados quando o jato verde atravessou o corredor e estorou uma janela se dissipando depois.
Em um movimento estranho, que lembrou a alguma coisa maligna, Ernesto sem enunciar nenhum feitiço fez um movimento circular com sua varinha e então o rosto do Comensal que lançara a Maldição comensal a se encher de cortes. Catherine se virou para ele assustada.
_Harry? – Anna falou quando os dois últimos Comensais haviam sido petrificados.
_Temos que continuar! – Harry disse apressado se levantando – Venham com nós, precisamos estar unidos! – e todos saíram a correr.
_Aonde estamos indo? – Catherine perguntou ofegante, seus cabelos castanhos ondulados balançando com a forte ventania que vinha da janela estourada.
_SALA COMUNAL DA GRIFINÓRIA! – Harry falou – OS COMENSAIS QUEREM ALGO QUE ESTÁ LÁ!
_WEASLEY, CUIDADO! – a voz de Dino Thomas gritou distante e Gina se abaixou quando um raio quase lhe atingiu a cabeça, explodindo uma estátua logo às suas costas.
_CROVOTUS! – L.P Chasez chegou à cena e parecendo agitado atingiu o Comensal que tentara atacar à Gina.
_ESTAMOS QUASE LÁ! – Harry falou, Gina, Dino e L.P se unindo ao grupo agora.
Harry, a frente de todos apanhou a escada que levava ao quinto andar e virando para o corredor que finalmente os levaria ao quadro da Mulher Gorda, um grito soou logo atrás, vindo de Gina.
_CUIDADO! – Hermione gritou e então um jato verde coriscou o ar, Harry sentiu um puxão o jogar para o lado quando velozmente o raio atingiu L.P no peito e Ana Abott gritou, o Campeão apenas teve seus olhos ofuscados e quando tombou para o lado todos o encararam paralisados com a cena.
_Está morto – Richard disse com uma voz fraca e fria.
_MATE TODOS , MENOS O POTTER! – uma voz bradou e então Harry elevou sua varinha, todos ficando ao seu redor agora. Pelo corredor, vinha um grupo de Comensais realmente pavoroso, dispostos a lutar.
_O que está... – e Harry viu a figura de Rony se aproximar, parecendo bastante zonzo.
-ACABEM COM ISSO! – um Comensal ordenou e todos brandiram suas varinhas, Harry sabia que se conseguisse atravessar chegaria a Sala Comunal, sabia que salvaria a esfera de cair nas mãos de Voldemort.
_Vamos ter que lutar! – John O’Donnell disse bem ao lado de Harry.
_Isso é uma reunião da AD ou o quê? – Rony falou abobado, era notável que ele ainda não vira o que estava acontecendo.
_Rony, saia daqui, você não está bem – Hermione disse – PROTEGO! – ela esganiçou quando um raio veio em sua direção, mas não fora rápida ao bastante, sendo atingida no peito.
Rony diante daquela cena se virou e seus olhos saltaram quando viu o grupo enorme de Comensais se aproximando.
_CROVOTUS! – um Comensal bradou contra Harry.
_EFFIGY! – Harry disparou contra, os dois raios atravessaram o corredor explodindo em pequenos jatos por todos os lados.
_ESTUPEFAÇA! - outro Comensal disparou contra Catherine.
_ACTION PERINA! – Ana chegava à luta ao lado de Ernesto.
_EXPELLIARMUS! – Richard foi atingido por um Comensal feroz.
_FILIPENDO! – Gina disparou errando por pouco.
_CRUCIO! – Neville foi protegido por um escudo feito por John.
_CRUCIO! – outro Comensal enunciou e Harry apenas brandiu sua varinha velozmente:
_PROTEGO! – o seu escudo produziu uma nota grave que assustou à todos, o Comensal possivelmente usara algo mais feroz que a Maldição Cruciatus, utilizando um Feitiço Trocadilho.
_CROVOTUS! – Hermione enunciou porém errou por uma grande distância.
_ESTUPEFAÇA! – Harry gritou atingindo um Comensal bem na face.
_ACTION PELLIARMUS! – um Comensal gritou acertando Neville.
_Harry – Hermione falou em meio à luta – Nós vamos abrir um espaço, você aproveita – Harry acenou positivamente com a cabeça.
_AGORA! – John gritou e todos que ainda estavam de pé na luta brandiram duas varinhas lançando línguas de fogo que cercaram os Comensais.
_VAI! – Hermione gritou e Harry saiu a correr por um pequeno espaço. Sabendo que a luta deveria acabar a qualquer momento e sentindo seu peito arfar, correu como poucas vezes correra na vida.
Alcançando a Sala Comunal da Grifinória, avançou pela escadaria saltando o maior número de degraus que conseguia, correu para o dormitório masculino e indo em direção a sua cama se abaixou. Puxando, com velocidade, uma mala cheia de roupas, procurou algo que estivesse oculto por um pano e imediatamente achou, pequena e quente, a esfera com os ingredientes da Poção da Doce Alma.
Por um instante encarou aquela esfera vermelha com grande alívio, ninguém a encontrara, estava à salva.
_Agora me dê... – uma voz disse mais atrás e então Harry viu a sombra ao seu lado. Se virando, ergueu sua cabeça ao mesmo tempo que brandiu sua varinha:
_ESTUPEFAÇA! – o jato vermelho foi desviado pelo bruxo que chegara fazendo-o disparar diretamente para a janela ao lado da cama de Harry que estourou, a ventania e o frio da noite invadindo o dormitório.
_Me dê antes que eu faça algo que não quero... – o bruxo disse friamente e Harry se levantou encarando o bruxo que chegara. – Nada do que fizer vai me impedir... – e naquele momento viu que por todos os lados haviam chegando Comensais, estava encurralado.
_Porque querem isso? – perguntou seco.
_Não lhe interessa – um Comensal falou e então puxou seu capuz, revelando a face morta e cadavérica de Rodolfo Lestrange.
_Você não tem para onde ir – uma Comensal falou em uma voz forte e alta – Não têm amigos, não têm seu querido Dumbledore, não têm ninguém...
_Como assim não tenho Dumbleodre? – e o coração de Harry acelerou.
_Ele está morto – Rabicho, o bruxo que chegara antes falou. – Ele sempre te contou tudo não foi, porque não fez dessa vez? – e alguns risos correram pelo dormitório.
Harry acabara de avistar, nesse segundo, que a sua única saída estava ali, não podia entregar a esfera, não podia, se algum dia quisesse se livrar do sangue vampiro que ainda corria em suas veias, precisaria daquela poção, ela era a sua salvação, a sua vida.
_AGORA NOS DÊ POTTER! – Rabicho falou esganiçado – NÃO TEMOS TEMPO A PERDER, O LEVAREMOS AO LORDE ESSA NOITE MESMO...
_VOCÊS NUNCA VÃO ME PEGAR! – Harry gritou e então pulou daonde estava para a janela que ficava ao lado de sua cama, percebendo que o que fizera fora nada mais além do que desafiar a morte, sabia e confiava que Dumbledore não estava morto, fora tudo mentira.
Caindo pela torre de Grifinória aonde os Comensais tentavam atirar jatos desesperados, sentiu os Dementadores começarem a lhe rodear e então um guincho rompeu o silêncio da guerra.
Harry olhou para o que dominava o céu aquela noite, a lua, e então uma figura veio por ela rumo a lhe salvar.
‘’Asafugaz’’ – pensou e então o grande e belo hipogrifo mergulhou pelos Dementadores e em uma manobra incrível o apanhou.
Bicuço bateu suas asas por entre os Dementadores e sobrevoando todos foi voando em direção a cabana de Hagrid, pelos campos do castelo agora adentrava todo o grupo de aurores do Minstério, alguns Comensais tentando sair dos terrenos do castelo para aparatar enquanto os Professores duelavam com outros.
Bicuço voou até a parte detrás da cabana de Hagrid e logo Canino veio correndo, latindo.
_Obrigado – Harry falou à Bicuço e então antes de entrar na cabana parou para ver uma cena que fez seu coração acelerar por completo. Pelas montanhas próximas ao castelo, gigantes e criaturas chegavam finalmente à guerra. Do outro lado, guiados por criaturas de fogo, as criaturas de Voldemort.
Hagrid conseguira, ele convencera os gigantes a vir para o lado de Dumbledore.
Por todos os lados agora as criaturas vinham para lutar, a guerra realmente começaria quando os dois lados se encontrassem.
Harry adentrou correndo a cabana e imediatamente encontrou o ovo roxo que Hagrid deixara antes da sua viagem com um pedaço de pergaminho próximo.
Procurando aproveitar a luz de uma vela próxima, desenrolou o pergaminho e o leu ansioso.

‘’Leve o ovo, a moto já está enfeitiçada para andar sozinha, basta montar, vá para longe, Dumbledore o encontrara no momento certo’’

Harry se virou para o ovo, era realmente grande.
‘’Mas onde está a moto?’’ – pensou consigo e como em resposta Bicucço soltou um guincho. Harry apanhou o ovo, guardou o pergaminho em um dos bolsos da veste e saiu, batendo a porta às suas costas.
_Aonde ela está Bicuço? – perguntou e o hipogrifo mostrou um vulto escondido em meio a orla da Floresta Proibida. – Cuide bem do Hagrid – disse e a ave soltou um pequeno guincho, ela parecia agitada.
Harry saiu a correr rumo ao vulto, vendo que estava coberta por uma capa negra, puxou-a para si e a colocou, sabia que aquilo o tornaria mais difícil de ser reconhecido.
Montando na moto que um dia pertencera à Sirius, agitou sua varinha, segurou o ovo com segurança e procurando se manter com a maior firmeza possível sentiu a moto começar a tremer até com um movimento brusco ela sair correndo por entre as árvores, manobrando sozinha.
Após ganhar um bom espaço do castelo, ela começou a ganhar altura até atingir a copa das árvores e a luz do luar ir ganhando espaço.
Pouco tempo depois Harry já sobrevoava lugares que jamais vira na vida, em uma altura assustadora. O ovo em seus braços agora se sacudindo a toda hora.
Após passar por vilarejos bastante escuros e começar a sentir um frio que parecia estar se intensificando, a moto começou a descer velozmente e com um baque pousou no chão parando logo em seguida.
Assim que desceu da moto percebeu que estava em um lugar muito escuro, aonde havia rochas altas e cinzentas por todos os lados e aonde a sombra da lua parecia aos pedaços pelo chão.
_Me entregue o ovo – uma voz misteriosamente falou em meio a escuridão se aproximando.
Harry apanhou sua varinha imediatamente.
_Quem é você?!
_Dumbledore lhe trouxe aqui rapaz – o bruxo disse se revelando, um bruxo velho e sujo, com uma espécie de turbante na cabeça, os dedos longos e finos – Ele quer que eu traga a vida a criatura que está dentro desse ovo.
_E o que há aqui dentro?
_Um dragão muito raro, o único de sua espécie...
_E o que tem ele? – Harry perguntou sentindo agora algo em sua capa balançar.
_O que importa nele é o sangue, eu vou trazer ele a vida e matá-lo...
_Porque? – Harry disse franzindo a testa. – Se é o único da espécie...
_São criaturas muito selvagens, não podem existir no nosso mundo, todos da espécie foram mortos porque invadiam vilarejos e matavam à todos brutalmente, jamais foram controlados por alguém.
_E porque você quer o sangue dele?
_Porque é um dos doze usos do sangue de dragão existentes no mundo da magia, o que traz invunerabilidade a certas doenças, maldições e feitiços, geralmente outros dragões precisariam de mais substâncias para se criar uma poção com essas características, mas esse dragão é o único no qual já vem com o sangue pronto.
_E o que vamos fazer quando já tivermos o sangue?
_Você vai beber – o bruxo disse sem importância apanhando sua varinha.
_O quê?! – Harry disparou elevando sua varinha.
_Você precisara beber esse sangue caso queira usar isso que está em seu bolso – Harry parou por um instante – Você não têm manifestado o sangue de vampiro que está dentro de você porque nada o tem feito fazer isso, mas quando colocar esse Medalhão tudo dentro do seu corpo será atiçado e você fará e sentira coisas que desconhece, além de que o Medalhão envenena a alma, uma vez que você tiver tomado o sangue desse dragão, você saberá controlar os seus sentimentos e isso não o pertubara.
Harry levou sua mão ao que estava pesando na capa e apanhando um saquinho vinho, o abriu, o Medalhão que Hermione o devolvera há pouco tempo caiu em suas mãos, brilhante.
_Me entregue o ovo, não temos tempo a perder – Harry encarou o bruxo.
_Se estiver mentindo para mim eu o atacarei – o bruxo se manteve em silêncio por um instante.
_Me entregue o ovo – Harry em passos lentos entregou o ovo.
Se afastando ansioso, o bruxo brandiu sua varinha e dela uma fina cobra de fogo surgiu. Se enrolando no ovo que agora sacudia, ela guinchou e com um golpe quebrou a casca, fazendo um líquido negro escorrer por todo o chão. Houve, por um instante, um rugido forte e a cobra foi engolida por um criatura pequena e horrível, completamente negra, com olhos vermelhos.
O bruxo, no instante seguinte, parecendo preocupado, sacou uma faca de um dos seus bolsos e a cravou na pele negra do dragão, rasgando-o com fúria. A criatura rangindo de forma estranha, era pavoroso.
Tirando um frasco pequeno de um dos bolos frentais, o bruxo deixou o sangue esverdeado da criatura cair dentro e olhando tudo com o que parecia ser prazer, retirou a faca e elevou o frasco coberto pelo sangue até o alto.
_EPISKEY! – Harry enunciou e o corte feito pelo bruxo nas costas da criatura se curou.
O bruxo olhou para Harry no mesmo segundo com os olhos saltados quando a criatura abriu suas asas e ainda pequena guinchou fortemente saindo voando.
_O QUE VOCÊ FEZ?! – o bruxo vociferou.
_Eu não queria que ele morresse! – Harry disse.
_ESSA COISA VAI MATAR TUDO QUE VER PELA FRENTE!
_Me dê esse negócio logo! – Harry gritou. O bruxo passou o frasco no mesmo instante que correu para fora da área das rochas e brandindo sua varinha lançou cordas tentando amarrar o dragão.
Harry olhou para o sangue esverdeado e confiando que tudo fora verdade o virou em sua boca, sentindo o líquido escorrer por toda sua garganta, sentiu algo como uma fúria dominar seu peito e jogou o frasco longe, o estourando na rocha mais próxima.
Harry, no momento seguinte, sentiu-se fraco e então sua vista embaçou, abrindo o saquinho, deixou o Medalhão cair em suas mãos e imediatamente o colocou, não sabia exatamente o que estava fazendo, somente sabia que algo dentro de si o estava forçando a fazer isso.
Se levantando novamente olhou para o céu, o dragão negro já estava distante, quando sacudiu sua varinha e a apontou para a moto. Começando a tremular, subiu nela e deixou ser levado novamente, não havia nada mais para ser feito ali.
Sobrevoando locais escuros e frios, sua capa, longa e negra, presa às costas, balançando com o vento. Não sabia para onde estava indo, sabia apenas que a moto fora enfeitiçada para seguir os caminhos certos e naquele momento, toda sua confiança estava nela.
Passando por um longo e gélido tempo aonde não reconheceu nenhum dos lugares pelo que passava, Harry sentiu, a uma altura da viagem, que estava perdendo altura e foi quando passou ao lado de uma grande montanha que notou que estava voltando à Hogwarts, as torres do castelo cada vez mais próximas.
Agora, perdendo altura com uma velocidade assustadora, a moto foi caindo até seguir em direção a uma ponte escura, distante da luta.
Olhando ao redor para ver se alguém podia o avistar ali e temendo que a proteção imposta em volta do castelo o impedisse de adentrar, apenas fechou seus olhos por um instante e deixou que seguisse, sabia que qualquer feitiço em volta do castelo teria sido quebrado senão os Dementadores e os pássaros negros não teriam conseguido adentrar.
Pousando, finalmente na ponte escura, saltou da moto e rapidamente sentiu um frio percorrer todo seu corpo, o lugar ali parecia estranhamente gelado.
Ouvindo passos por todos os lados agora, olhou ao redor e seu estômago revirou ao ver que estava completamente cercado por criaturas de fogo e Comensais.
Elevando sua varinha, soube que nada que fizesse ali o salvaria, a não ser que desafiasse mais uma vez a morte aquela noite. Procurando alguma saída que o pudesse tirar dali, olhou para frente e apenas teve certeza de que teria de fazer isso.
_PEGUEM-O! – um dos Comensais gritou e jatos dispararam por todos os lados, Harry apenas segurou sua varinha ainda mais firme e saltou da ponte, alguns Comensais procuraram desviar o sentido de seus feitiços, enquanto outros apenas encararam a cena completamente aturdidos, as criaturas rugindo ferozmente.
Harry caindo por todos aqueles metros sentiu-se como em um jogo de quadribol no qual acabara de se arriscar para uma manobra que o levasse a vitória. Foi nesse instante que sua mente se iluminou e a idéia de acionar sua vassoura surgiu. Sendo surpreendido por um novo guincho sentiu algo passar próximo a si e então um vulto vermelho o capturou, sobrevoando velozmente toda a escuridão.
Sentindo a ventania bater em seu rosto, olhou para cima e viu que quem o apanhara fora Fawkes e ela seguia decidida e veloz rumo a Floresta Proibida.
_Dumbledore está vivo não é? – Harry perguntou e em resposta Fawkes apenas piou. Dando, no instante seguinte, um mergulho, passou próxima a torre de Astronomia e ao local aonde Dumbledore caira da torre aquela noite, ela largou Harry. Dois vultos imediatamente surgiram da escuridão, um deles partindo para um abraço.
_Harry, você está bem?! – a voz de Hermione falou quando ela o abraçou, o seu Medalhão pendurado ao peito.
_Estou bem e vocês? - Rony lentamente assentiu com a cabeça, o seu Medalhão também ao peito, Hermione apenas sorriu.
_Dumbledore está a nossa espera – ela disse – Partiremos para o Cemitério agora.
_Rabicho disse que ele havia morrido – Harry falou.
_Que nada! – Rony disse simples – Ele foi na frente para quebrar uns feitiços que existem no lago dos Irmãos de Uma Mão Só.
_E só estamos nós? – Harry disse começando a andar rumo a Floresta Probida, Fawkes indo mais a frente.
_Não – Hermione respondeu – Em uma guerra como essa, nós nunca estaremos sozinhos – e ela deu uma piscadela que deixou Rony vermelho.


PS: Primeiro de tudo, eu queria dizer que amo o nome desse capítulo, é um dos nomes de capítulo que mais gosto até hoje, adorei tê-lo criado.
Sobre esse capítulo, eu escrevi ele de forma bem rápida e gostei muito dele, gostei mesmo.
Sobre o Cap.43, vocês ficarão surpresos com as coisas que serão reveladas durante o caminho de ida para o cemitério, coisas incríveis serão reveladas, detalhes que já foram deixados em pedaços da fic, vocês vão adorar.
Eu gostaria de pedir que vocês comentassem, pois a fic está muito parada e prometo que vou tentar trazer o próximo capítulo o mais rápido possível, obrigado infinitamente por tudo.
Se preparem para as lutas também, vamos ter encontros fora de série aqui, então vamos ler galera, obrigado de novo.

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