A TRAIÇÃO DO PRÍNCIPE



CAPÍTULO 47:

A TRAIÇÃO DO PRÍNCIPE


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Harry se levantou e encarou os três bruxos que estavam na Câmara da Morte, dois muito acima, nas portas, impedindo a saída e uma bem ao centro, a sua frente.

_Não há escapatória para você Potter - Umbridge falou sacudindo sua varinha violentamente. Quase sem reação Harry saltou para o lado e o raio que disparou pelo ar atingiu o véu mais atrás desaparecendo na escuridão.

Harry, surpreso pelo ataque se pôs de pé e outro raio passou próximo a sua orelha, houve um grande estouro na entrada da Câmara e a porta explodiu quando outros três bruxos adentraram brandindo feitiços.

_PEGUEM-OS! - Umbridge gritou furiosa, ela estaca bastante ferida - E MATE-OS!

Gina, naquele instante, disparou um raio que atingiu um dos Comensal e saltando por entre os degraus veio na direção de Umbridge. Harry, sem perder mais tempo, sacou sua varinha e brandiu:

_ESTUPEFAÇA!

_PROTEGO! - Umbridge berrou e o raio vermelho se dissipou imediatamente. - COMO SE ATREVE! LÓCUS CÁVERES!

_CRUCIO! - uma voz gritou mais acima e Harry saiu a correr quando o dragão feito pelo feitiço de Umbridge começou a persegui-lo, aquela era a terceira e mortal Azaração Mortal.

Juntamente com Gina, Hermione atingiu outro Comensal que lembrou muito a Bartô Crouch e então Rony, na porta de entrada da Câmara foi atingido por um raio caindo entre as pedras.

_VOCÊ NÃO VAI ESCAPAR POTTER! – Umbridge gritou mais atrás e Harry subiu os degraus em saltos desesperados, o dragão a qualquer momento o atingiria.

_HARRY, SE ABAIXA! – Gina gritou distante e ela brandiu sua varinha projetando algo que fez Harry ser jogado para trás, não conseguira desviar do jato que ela lançara e que efetivamente desviou a Azaração Mortal de Umbridge para ela mesma.

_VAMOS SAIR DAQUI! – Rony gritou logo após abater o outro Comensal com um feitiço que o fez cambalear e despencar pelos degraus.

Harry, ao lado de Gina saiu a correr rumo à porta de saída e quando se virou para ver o que aconteceria a Umbridge já sabia qual destino pertenceria a ela.

_Não foi culpa de ninguém – Hermione disse enquanto corriam para fora da Sala Circular – Ela queria te matar Harry!

Harry assim que alcançou o corredor de saída percebeu que os leões de fogo estavam petrificados por todos os lados, como se o feitiço que os desse vida tivesse sido congelado.

_Meu pai me ensinou como subornar armadilhas do Ministério de uma forma que poucos sabem – Rony falou mostrando a sua varinha, Hermione sorriu nesse momento.

_Nós estávamos voltando quando vimos Umbridge e os Comensais – Gina falou – Nós sabíamos que você iria retornar sozinho do véu, não poderíamos deixar você.

_Obrigado – Harry falou – Você foi fantástica! – e Gina o olhou ficando um pouco vermelha.

Eles chegaram bastante ofegantes as lareiras do Átrio e rapidamente adentraram a primeira que viram; Rodopiando por várias construções sombrias e abandonadas caíram próximos ao vilarejo de Hogsmeade e olharam ao redor, na busca ao castelo, com certeza as lareiras de Hogwarts estavam fechadas devido a guerra, ninguém podia fugir, ninguém podia chegar.

Um guincho surgiu próximo naquele instante e todos olharam para o alto quando o dragão que levara Harry ao Ministério surgiu voando velozmente.

_Eu não sei se é uma boa idéia – Hermione falou olhando de Harry para Rony com as sombrancelhas sobressaltadas – Sabe, ele é um Garibon.

_Ele me ajudou – Harry disse confiante – Eu salvei ele da morte, acho que ele é agradecido por isso.

_Não penso que essas criaturas tenham esse tipo de sentimentos Harry – Hermione falou convicta e com a voz um pouco mais baixa.

_Hermione – Rony falou se aproximando e a olhando bem fundo nos olhos – Somos da Grifinória, nossa maior característica é a coragem, você está apenas raciocionando, deixe isso para os membros da Corvinal. – Hermione pareceu ofendida por um instante, mas não revidou. Rony a agarrara pelo braço e Harry fizera o mesmo com Gina, eles estavam correndo em meio a escuridão rumo ao dragão. Ele rugiu parecendo feliz de tê-los encontrado e então todos subiram em suas costas largas e então ele auçoou vôo com uma velocidade tão grande que era como se não houvesse nenhum peso sobre si.

Por um instante não se ouviu barulho algum de guerra, mas agora a Floresta Proibida estava ficando próxima e Harry podia ver que a cabana de Hagrid estava coberta por sombras negras, sombras que flutuavam rapidamente.

_O que é aquilo? – Harry perguntou mostrando as sombras distantes.

_É um encantamento que Dumbledore pôs na cabana – Hermione respondeu – Quando Hagrid foi se despedir de nós, vimos essas sombras nas paredes, acho que Dumbledore pôs para proteger o ovo, ele sabia que seria necessário depois, o feitiço deve estar protegendo a cabana ainda, por isso elas estão ainda, deve ser algo realmente poderoso.

Assim que o dragão atravessou os terrenos de Hogwarts, no qual os feitiços de proteção haviam sido quebrados com a chegada dos Comensais, ele foi perdendo altitude e rapidamente pousou na orla da Floresta Proibida.

Harry velozmente saltou das costas dele e saiu a correr em meio às lutas que agora se expandiam por todos os lados com vários pensamentos na cabeça. Precisava encontrar Voldemort para finalmente enfrentá-lo, precisava ver Hagrid, saber se todos estavam bem, ter plena certeza antes que desse o próximo e último passo.

Com sua varinha ao alto passou pelas irmãs Patil duelando ferozmente contra um Comensal alto e grande e então pulou os degraus do saguão de entrada até atingir o Salão Principal, a figura de Hagrid imediatamente veio a sua frente, lutando contra dois Comensais que rugiam seus feitiços com ferocidade.

_POTTER! – um Comensal gritou próximo ao fantasma do Barão Sangrento e então brandiu sua varinha com um movimento circular lançando um jato vermelho. Gina surgindo a cena produziu quase o mesmo movimento e então uma proteção foi criada para dissipar o raio, o que ocorreu com sucesso – WEASLEY! - o Comensal brandiu sua varinha novamente e antes que pudesse enunciar seu feitiço a varinha voou de sua mão. O Sr.Weasley chegara à luta. Gina, Rony, Hermione e Harry prosseguiram enquanto ele travava uma batalha contra o Comensal.

_Você tem que achar o Voldemort não é? – Rony perguntou enquanto corriam.

_É! – Harry disse em meio ao barulho de explosões.

_Harry! – uma voz gritou distante e Harry viu Neville lutando bravamente contra um Comensal muito alto.

Hermione imediatamente saiu correndo em direção a luta disparando um jato que obrigou o Comensal a desviar, perdendo sua mira. Neville lançou um jato vermelho que errou por pouco e então o Comensal voltou.

_PEGUEM-NO! – uma voz ordenou próxima e então Harry se virou, os Comensais Selwyn e Thorfinn Rowle vinham em sua direção, as varinhas ao alto.

Gina também elevou a sua e uma risada distante fez Harry se arrepiar por um instante, Belatriz Lestrange estava por perto. Desviando seu olhar dos dois Comensais correndo em sua direção viu um vulto branco voar bem alto e então Edwiges parecia querer lhe mostrar algo, como se tivesse o caminho certo a seguir.

_AVADA KEDAVRA! – uma voz gritou ao mesmo tempo que Edwiges mergulhou rpidamente na direção de Harry após avistá-lo.

Gina tentou inutilmente puxar Harry para fora da Maldição e então elevou sua varinha, Edwiges estava em perigo.

_SAIA DAÍ! – gritou elevando sua varinha e com um belo mergulho final ela piou alegre por ver seu dono de novo e entrou a sua frente para protegê-lo da Maldição, caindo morta no chão com um leve baque. Harry assistiu aquela cena em choque e procurando quem lançara a Maldição viu a varinha de Amico Carrow apontada para si.

_PARECE QUE ELES NÃO SE IMPORTAM DE MATÁ-LO! – Hermione gritou após, juntamente com Neville abater o Comensal.

_TERÃO QUE PASSAR POR MIM ANTES! – Gina gritou parecendo disposta e então Harry viu a figura da Sra.Weasley, ainda muito machucada devido a Varíola de Dragão que contraira lutando contra um Comensal de cabelos curtos e expressão maníaca. Gina e Rony imediatamente saíram a correr rumo a ela para ajudá-la, Percy também lutava agora, ao lado de seu pai.

_Alecto Carrow – Hermione falou quando viu o Comensal com quem a Sra.Weasley vinha lutando – Um dos piores! Parece que Laverne de Wenlock e Ludo Bagman estão afastando os Dementadores do Castelo.

_TENHO QUE ENCONTRAR VOLDEMORT! – Harry disse e então saiu a correr entre as lutas na busca a encontrar o bruxo responsável por tudo aquilo. Seguindo por um corredor que levava a Sala Comunal da Corvinal avistou pelas janelas um Lince voar velozmente pelo ar e então a figura de Quim Shacklebolt ao lado de Moran, Mullet e Troy, artilheiros do Time Nacional da Irlanda surgiu lutando bravamente contra os Dementadores, eles deveriam ser afastados para longe dos terrenos de uma vez por todas.
Percebendo que perdera Hermione em meio à confusão prosseguiu pelos corredores seguintes encontrando Aberforth e Madame Rosmerta lutando contra um Comensal que parecia muito aturdido, pois lançava azarações para todos os lados.

_HARRY! – uma voz gritou muito próxima a Torre da Corvinal e então Xenófilo Lovegood, o pai de Luna veio correndo até ele, parecia muito ferido e a varinha em sua mão tremia tanto que ele parecia estar sendo eletrocutado. – AONDE ESTÁ LUNA? – ele perguntou se aproximando ainda mais.

_Ela não veio – Harry respondeu com pressa, o Sr.Lovegood o olhando com surpresa agora.

_Como assim não veio?

_Ela teve que ficar no véu, ela preferiu isso, quis ficar com a mãe, ajudou à todos nós a ter uma chance de vencer Voldemort e ela espera que o senhor entenda e vá para atrás do véu também... – Xenófilo o encarou chocado – Desculpe, mas tenho que continuar. - Harry o olhou por mais um breve instante e então saiu a correr pelos corredores, aonde agora, os Patronos estavam voando pela noite escura combatendo os Dementadores.

Seguindo por corredores aonde as molduras estavam vazias e os castiçais apagados virou no caminho que o levaria para os campos atrás da escola e então algo lhe prendeu o pé, como se tivesse sido pego por algum feitiço invisível. Caindo abruptamente no chão viu passos por todos os lados e vários Comensais resmungaram coisas quando jatos rápidos e ferozes os atingiram.

_AJUDE O HARRY! – uma voz urgente disse em meio à luta e então Harry olhou para cima, Catherine Leblanc estava correndo em sua direção, poucos metros atrás John O’Donnell e Anne Karkonicova lutando sem trégua contra os Comensais.

Harry ouviu Catherine brandindo alguns feitiços rápidos e então Harry sentiu seus pés serem soltos, se virando para os Comensais que o haviam atacado elevou sua varinha e se pôs de pé.

_VÁ HARRY! NÓS CUIDAMOS AQUI! – Anne pediu disparando raios e então Harry continuou pelos corredores soturnos passando, finalmente, pela porta que dava aos terrenos detrás do castelo e saltou para fora, ali a guerra estava mais feroz que nunca, pois os Dementadores estavam entre os lutadores. Disparando pelos corredores e avistando os gêmeos Weasley lutando próximos tropeçou em algo que não avistara até então e olhando para baixo viu o corpo de Sir Helvetius, o diretor de Agatston, com uma grande poça de sangue saindo da sua cabeça, estava morto.

_FOI ATACADO POR UM LOBISOMEM! – Andrômeda Tonks disse enquanto se aproximava rapidamente – Ele estava aqui até agora pouco – ela disse com os olhos negros brilhando tanto quanto os de Sirius costumavam brilhar – Ele parecia furioso, tenha cuidado. – Harry a olhou por um instante e então imaginou que Voldemort devia estar tentando o encontrar ou Dumbledore o achara primeiro.

Olhando ao redor e vendo Connoly e Ryan, batedores do também Time Nacional da Irlanda lutando contra Dolohov e Traver, dois Comensais que haviam surgido naquele instante deu às costas à luta e saiu correndo pela porta do outro lado do corredor que chegara a pouco, a que levava a área da cozinha e a Sala Comunal da Lufa-Lufa. Prosseguindo por aqueles corredores que pareciam muito mais escuros pelos quais encontrara os Comensais saltou pelas escadarias e passando por túneis que pareciam barris de pedra saltou por mais e mais degraus até perceber que jamais estivera ali. Seguindo pelos longos túneis até perceber que nunca havia uma saída encontrou uma estátua de Javali e então soube que era o fim, o caminho estava fechado. Encarando a estátua cansado se afastou quando o Javali brilhou e uma voz alta e rouca disse: “Destino de Hoje: Quinto andar, zona oeste”. Tocando a estátua Harry sentiu seu corpo ser puxado e caiu em um dos últimos corredores do castelo, muito próximo ao gabinete de Dumbledore, aonde os Dementadores pareciam avançar pelas janelas como haviam feito uma vez aquele ano.

Harry escutou um grito próximo e então em um corredor aonde as lutas estavam acontecendo de forma brutal algo prateado passou pelo ar e viu a mão de Rabicho partir na direção de alguém, naquele mesmo corredor, não muito distante avistou Monsieur Delacour, pai de Fleur, ao lado do não mais dominado pelos Comensais Stanislau Shunpike lutando contra Rodolfo Lestrange e seu irmão Rabastan e muito próximo, contendo os Dementadores, Amos Diggory e Aiden Lynch, apanhador do Time Nacional da Irlanda.

Percebendo que a figura de Rabicho significava que Voldemort poderia estar por perto Harry saiu a correr rumo a aquele corredor e viu que Lupin estava sendo atacado, sendo atacado por Rabicho; Ele perdera sua varinha e estava sendo enforcado pela mão prateada que emanava um brilho estranho, como se sombras branco-péroladas estivessem rindo do enforcamento.

Harry, com o coração acelerado, brandiu sua varinha na direção de Rabicho e gritou:

_CRUCIO! – Rabicho tremulou um pouco porém sua mão continuou pressionando o pescoço de Lupin. Harry então notou que sua Maldição fora quase desviada por um feitiço de Mulciber, outro Comensal que chegara a cena. Naquele momento Lupin tentou se separar gritantemente da mão prateada de Rabicho e sufocando Harry saiu a correr lançando jatos que eram desviados por Mulciber. Pode ver alguém chegar ao corredor naquele instante e para seu alívio viu Tonks rumando para salvar Lupin. Todos os outros combatentes estavam ocupados ao extremo tentando abater os Comensais, nenhum conseguiria ter ajudado.

Tonks brandiu sua varinha e correndo o mais rápido que conseguia pelo corredor viu a figura de Lupin e então o coração de Harry acelerou ainda mais, ela encarou Rabicho com um ódio que pensou jamais ter visto no rosto dela.

_AVADA KE... – ela começou mas então algo a puxou para trás e ela caiu com um forte tombo, Harry, em meio ao desespero ainda correndo para tentar ajudar Lupin. Tonks olhou para trás e caída encarou Mulciber a sua frente, furiosa lhe desferiu um chute na altura da boca fazendo-o afastar imediatamente e então ficou de pé. Agitando sua varinha um jato verde disparou dela atingindo Mulciber bem no peito, com uma forte pressão ele tombou para trás e caiu com os olhos opacos, o rosto coberto de sangue.

Tonks então se voltou para Rabicho, mas o que era pior já acontecera, Lupin se fora, Rabicho o havia enforcado até a morte, não havia mais volta.
Harry sentiu as forças das suas pernas sumirem com a cena em que estava diante e saltando pelos degraus para chegar finalmente ao corredor viu Tonks correr até Rabicho e agitando violentamente a varinha vociferou:
_AVADA KEDAVRA! – Harry viu o jato correr até Rabicho e então pulou ao lado dele o puxando para fora da Maldição.

_O QUE ESTÁ FAZENDO?! – Tonks gritou apontando a sua varinha para o peito de Harry o encarando com fúria, ela parecia fora de si.

_VAMOS PRECISAR DELE! – Harry gritou – ELE ME DEVE UM FAVOR, EU PRECISO QUE ELE ME LEVE ATÉ VOLDEMORT! – Tonks o olhou furiosa e então disparou cordas da sua varinha que prenderam Rabicho com força. Ela correu até Lupin e o abraçou, o corpo morto, ela estava chorando agora.

_EU VOU MATÁ-LO! – ela gritou elevando novamente a varinha para Rabicho e então Harry olhou para Lupin com pesar, precisava tirar Rabicho dali antes que Tonks perdesse o controle definitivamente.

_VAMOS! – Harry gritou empurrando Rabicho para fora do corredor e o pressionando contra a parede elevou sua varinha até o peito, ele estava rindo agora.

_ME SALVOU DE NOVO POTTER, VOCÊ É TÃO TOLO QUANTO SEU PAI ERA.

_CRUCIO! – Harry berrou e então Rabicho tremeu até cair no chão cabisbaixo. – LEVANTE! – Harry o forçou o encarando com extremo ódio – EU SEI QUE VOCÊ MATOU LUPIN ÀS ORDENS DE VOLDEMORT – e então estava tão perto de Rabicho que podia sentir o fedor dos cabelos dele inundando as suas narinas – MAS AGORA A ORDEM É MINHA RATO, VOCÊ VAI ME LEVAR ATÉ VOLDEMORT! – Rabicho o encarou sem nenhum receio – SE NÃO FIZER ISSO VOU LHE JOGAR DA PRIMEIRA JANELA QUE VIR E DEIXAR QUE OS DEMENTADORES CUIDEM DE VOCÊ! – e Rabicho estremeceu – ELES ESTÃO FAMINTOS! – Rabicho começou a andar lentamente – RÁPIDO! – Harry gritou e então elevou sua varinha até ela quase perfurar a nuca de Rabicho.

_HARRY! – a voz de Rony o chamou e ele vinha se aproximando juntamente com Neville, Gina e Hermione – O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – perguntou olhando para Rabicho todo amarrado.

_ELE MATOU O LUPIN! – Harry disse e essas palavras saíram da sua boca com grande esforço. Hermione e Gina soltaram gritinhos e Rony encarou Rabicho com uma expressão que parecia misturar nojo e desprezo.

_VAMOS MATÁ-LO! – gritou apontando a sua varinha para a testa de Rabicho.

_ELE VAI ME LEVAR ATÉ VOLDEMORT! – Harry disse enquanto o barulho de explosões vinha se aproximando.

Harry então percebeu que mais Comensais estavam vindo pelo mesmo caminho daonde Rony e os outros haviam chegado. Os grandes Crabble e Goyle seguidos de Nott, Avery, Yaxley e Rookwood.

_CONTINUE HARRY, VAMOS TENTAR PARÁ-LOS! – Neville disse e ele estava muito machucado.

Harry olhou para Rabicho e então o forçou a seguir pelos corredores o mais rápido que pode até chegarem a uma bela porta de madeira com duas estátuas paradas em cada lado. Harry olhou ao redor e percebeu que já estivera ali, deviam ter chegado a sala dos Professores.

_O que desejam? – a estátua da direita perguntou e então a da esquerda gritou, parecendo revoltada.

_PODEM ENTRAR, ESTAMOS EM UMA GUERRA, DUMBLEDORE DISSE QUE DEVÍAMOS APOIAR POTTER! – Harry encarou a estátua em agradecimento e então abriu a porta, Rabicho adentrou e havia uma espécie de estátua com a forma de duas cobras enroladas com um pequeno portal ao centro.

_Está aí – Rabicho falou com a voz ríspida – O Lorde das Trevas está aí.

_O que é isso? – Harry perguntou em meio ao silêncio da sala.

_Uma chave de portal – Rabicho respondeu olhando para a estátua com receio, ele parecia evitar sequer chegar perto.

Harry olhou para as duas cobras por um instante e então percebeu que havia gravuras nelas, todas muito pequenas e finas.

_Essa chave leva para onde? - perguntou e então Rabicho extremeceu, Harry apontou sua varinha para a testa dele, não havia tempo para ser perdido – Dobby, Monstro. – chamou e com dois estralos os dois elfos caíram na sala surpresos por terem sido convocados.

_Senhor... – Monstro falou com uma voz fraca, o seu nariz trombudo sujo de poeira.

Harry os olhou por um instante e então vozes surgiram do outro lado da porta.

_Silencio! – enunciou o mais baixo que pode e Rabicho perdeu sua voz. Procurando um lugar para escondê-lo abriu a porta do armário aonde os professores normalmente colocavam suas roupas e o empurrou para dentro. - Minha capa – falou voltando-se para Dobby – Ela está na Torre da Grifinória, preciso que a pegue para mim – Dobby acenou positivamente com a cabeça e desapareceu. – Monstro – ele se virou para o elfo e ele fez uma reverência rápida – Mantenha Rabicho preso no armário o tempo todo, não deixe que ele escape ou fale absolutamente nada.

_Sim senhor – Monstro falou desanimado e então entrou no armário juntamente com Rabicho e fechou as portas com um uma forte luz esverdeada que disparou de uma das suas mãos.

As estátuas vinham segurando os bruxos que haviam chegado do lado de fora, não poderia ser Voldemort ou já teria as explodido há muito tempo. Poderia ser os Comensais, Rony, Hermione, Neville e Gina deviam ter perdido, será que estavam bem, será que teria havido mais perdas como a de Lupin e Edwiges.

Houve um estralo próximo e Dobby correu com a capa da Invisibilidade em suas mãos cheias de pequenas cicatrizes.

_Obrigado – Harry disse enquanto pegava a capa – Agora vá por favor, não deixe ninguém o ver, procure Rony e Hermione e diga aonde estou – Dobby sorriu e então Harry jogou a capa sob seu corpo quando a porta abriu e a figura de Snape seguido por Moody surgiu, o primeiro trazendo uma grande caixa.

_Temos de fazer isso logo Severo – Moody resmungou e então eles pararam por um instante quando avistaram a chave de portal com as cobras, as mesmas cobras que agora estavam guinchando ameaçadoramente.
Snape pressionou o seu pulso com o símbolo da Marca Negra e então colocou a caixa sob a mesa, o mais longe possível da chave.

_Dumbledore tem que saber sobre isso – Moody falou e então o seu olho azul elétrico girou na órbita quando Dobby surgiu novamente na sala. – Você era o que estava mais perto – ele disse apressado. Dobby somente o olhando – Diga ao Prof.Dumbledore que venha até aqui, achamos a chave do portal que ele tem procurado há anos. – Dobby assentiu com a cabeça e com um estralo desapareceu novamente.

_Agora – Snape falou retirando vários frascos com líquidos escuros e os colocando sob a mesa.

_Estiveram guardadas desde que você as mandou – Harry aos poucos se aproximou da mesa tentanto não fazer o menor ruído e então percebeu que enfim o aliado de Snape era Moody, fora ele quem recebera os frascos de Poção Polisuco uma vez. – Tolkien me entregou assim que chegaram.

_Temos que finalizar – Snape disse – O Lorde das Trevas já deve ter usado a chave do portal mas nada o impede de voltar, temos que fazer antes que ele volte – Harry encarou Snape e percebeu que ele parecia amedrontado, mais do que jamais aparentara, a Marca Negra em seu braço parecia se mover mais rápido que nunca e as cobras na chave do portal estavam ficando tão agitadas quanto.

Moody levitou três dos seis frascos que existiam e os encarou.

_Dumbledore superou qualquer limite da magia ao imaginar esse plano, foi além do que jam... – a voz de Moody morreu. Snape o desviou um olhar rápido e então os três frascos que estavam sendo levitados no ar despencaram até o chão, quebrando e fazendo todo o líquido esparramar pelo chão.

_Mas o que pensa que está fazendo! – Snape exclamou e então Harry viu que o olho elétrico de Moody estava girando descontroladamente, ele estava ficando vermelho, como se estivesse sendo esmagado contra uma parede.

Snape se virou para o que estava às suas costas e Harry fez o mesmo.
Parado, alto e pálido, com os olhos vermelhos e pupilas em fenda, a expressão furiosa e com a varinha negra elevada ao alto, estava Voldemort produzindo um feitiço que vinha fazendo Moody ficar sem qualquer reação.
Snape sacou sua varinha e fez uma reverência.

_Meu Lorde – disse evitando olhar para o bruxo que estava à sua frente, Voldemort o encarou e abaixou sua varinha, Moody soltou um guincho e caiu desmaiado no chão.

_Você me traiu Severo – Voldemort disse com a voz fria elevando sua varinha diretamente para Snape – Você esteve planejando acabar com o que eu tenho feito todos esses anos, planejando acabar com tudo que eu construi está noite, não serei misericordioso dessa vez...

_Não meu Lorde - Snape disse com a voz trêmula – Eu jamais, eu os estava enganando, eu jamais o trai.

_Já basta! – Voldemort ordenou e Snape tremeu, a cabeça abaixada encarando o chão, a varinha em uma das mãos trêmulas, Harry sabia que a única esperança de Snape escapar de Voldemort estava a caminho, mas talvez não rápido o sulficiente. – Eu não admito traidores – Voldemort falou avançando alguns poucos passos e então sacudiu sua varinha, Snape tentou desviar da Maldição com um pulo na direção aonde Harry estava mas fora tarde demais, o raio verde o atingiu fazendo-o cair morto bem em cima de seu ombro. Harry sentiu a sua capa de Invisibilidade cair para o lado e então Voldemort se virou para ele surpreso.

Harry o encarou e então Voldemort olhou para a cicatriz em sua testa, ele sorriu brevemente ao vê-la ainda ali e então sacudiu sua varinha sem dizer uma única palavra. Harry viu uma explosão verde atravessar a sala na sua direção e então algo o agarrou bruscamente e o puxou para longe.
Não viu nada do que aconteceu no momento seguinte, apenas que várias capas estavam rodando e então a figura de Dumbledore estava a sua frente, o protegendo.

_Não há mais nada a ser admitido Tom Riddle – ele disse em voz baixa embora suas palavras saíssem fortes e severas. Houve um estrondo no momento seguinte e Harry pensou, por um instante, que havia caído dentro de uma explosão de raios quando algo o segurou pelas costas e então estava fora da sala dos professores, Dobby ao seu lado, ofegante e machucado.

_O que aconteceu?! – perguntou ao elfo mas ele apenas o olhou, em suas mãos estava a chave de portal com as duas cobras vivas guinchando palavras em língua de cobra. Harry sabia apenas uma coisa, a ainda existência da cicatriz em sua testa deixara Voldemort feliz e isso era, definitivamente, o maior problema de todos.

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