TRÊS ALMAS, UM BRUXO



CAPÍTULO 1:

TRÊS ALMAS, UM BRUXO


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ALVO DUMBLEDORE É SEPULTADO, MUNDO DA MAGIA PERDE UM DOS MAIORES BRUXOS DA HISTÓRIA!

Definitivamente e felizmente existem bruxos, e devemos frisar que poucos, na história da magia, que são marcados por sonhos, lutas e feitos jamais copiáveis ou igualáveis, bruxos de habilidades tão próprias que sempre são marcáveis somente por sua presença, existem outros, no entanto, que são como qualquer outro, porém, que somente ao ensinar um bruxo à arte de amar já marca sua história.
Se podessemos definir um bruxo que marcou nossa história nos últimos anos com apenas uma palavra, não conseguiríamos, pois ele foi tudo citado acima. Morreu, aos oitenta e dois anos de idade, o diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e uma das maiores e respeitáveis presenças na história bruxa: Alvo Percival Vulfrico Brian Dumbledore.
Dumbledore nos deixou há poucos dias após cair, de uma altura equivalente a mais de quinze metros, da torre de Astronomia na escola que regia, Hogwarts.
O bruxo responsável pelo ataque que causou a queda foi o ex-professor de Poções da insituição, Severo Snape, agora, revelado e confirmado Comensal da Morte de Você-Sabe-Quem.
Com este ataque, lamentavelmente se confirma que estamos diante de uma das ações mais ousadas e brutais já tidas na nossa história e que com certeza nos trará uma nova realidade da situação em nosso mundo.
Dedicamos toda nossa luta, nosso amor e nossa esperança, há alguém que possa combater Você-Sabe-Quem em igual, depositamos nossas preces em alguém que tenha a força, a destreza, a paciência e a jovialidade de Alvo Dumbledore, alguém que possa fazer valer cada pedido feito todo dia por aqueles que esperão, que sonham em abrir este mesmo jornal e encontrar uma manchete aonde noticiamos a morte de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, dedicamos, acima de tudo, a nossa gratidão a quem foi brilhante, honesto e simples até seu final, dedicamos todos nossos sonhos à Alvo Dumbledore, o único bruxo que em nossas mentes poderia, ao longo dos tempos, ser como uma fênix, imortal.

Uma reportagem de Rita Skeeter para o Profeta Diário.


Existiam tantas lembranças, tanto sangue e tanta dor nas paredes do Largo Grimmauld número doze que todos os minutos passados ali lembravam há duas figuras que sempre traziam algo especial aos cômodos em que chegavam, Sirius Black e Alvo Dumbledore.

Diante de uma decisiva realidade, a de destruir os últimos Horcruxes, pedaços de alma aprisionados em objetos sagrados, para tornar Lorde Voldemort mortal, Harry Potter ao lado de Hermione Granger, Rony Weasley, Alastor Moody, Remo Lupin, Arthur Weasley e Ninphadora Tonks saiu na incansável busca com somente um desejo, o de lutar até seu limite para vingar mortes que sempre lhe feriam a mente e a aqueles que ainda poderiam ser perigosamente feridos.

Muita coisa havia acontecido depois do enterro de Dumbledore, mas Harry não se lembrava de praticamente nada, somente tomara conhecimento daonde fora parar dias depois de deixar Hogwarts, caminhando em meio há todos não sabendo ao menos porque tantos sabiam sobre as Horcruxes, sendo que não se lembrava de ter-lhes contado.

_Olhe! Dobby viu! Dobby, a coruja branca! - a vozinha fina de Dobby exclamava na cozinha do Largo Grimmauld, há poucos segundos havia passado, muito próximo, um borrão branco que voando velozmente pôde ser visto bicando aceleradamente uma das janelas.

A Sra.Weasley, a única pessoa no cômodo, que limpava, naquele momento, um velho armário de madeira com um pano que se movia perante a um feitiço simples, correu até a coruja, e desviando da figura de Monstro que resmungava algo praticamente inaudível abriu a janela deixando que a ave adentrasse o quente cômodo e pousasse sob a longa mesa que havia bem ao centro.

_Gina! – chamou excitada - Venha, chegou uma carta!

Edwiges, ainda muito agitada, deixou que a Sra.Weasley retirasse a carta amarrada ao seu pé enquanto Gina, com um longo e bem arrumado rabo-de-cavalo, adentrava a cozinha na única esperança de sair dali com boas notícias, principalmente de Harry.

_Então – ela disse sorridente - O que diz? - Monstro mais ao lado, lentamente passou olhando para a carta como se a quisesse fazer queimar.
_Calma, ainda não abri.

A Sra.Weasley embora quisesse disfarçar a ansiedade, abriu o pergaminho com as mãos trêmulas. O pano enfeitiçado agora pulando para o armário seguinte.

_Não não – ela disse – Volte, ainda tem poeira naquele ali – e mostrou com a mão direita o armário que vinha limpando.

Se voltando a carta ansiosa, correu seus olhos a primeira linha dentre as poucas (o que há decepcionou) e leu alto para que Gina também ouvisse (o que fez Monstro correr do cômodo com as mãos ossudas tampando os ouvidos) Dobby ao lado, quieto.

Caro L.G
Quem escreve é o pai, envio está carta para avisar que estamos bem, ficaremos em um prédio perto do destino conhecido. Amanhã, partiremos para a caverna, sei que é muito perigoso, mas foi a única lembrança que tenho de algum lugar que P.V gostaria de ter visitado em suas dúvidas. Espero que todos estejam bem, penso que demoraremos a escrever novamente, estaremos cada vez mais atarefados e longe, mesmo assim sempre que pudermos escreveremos, Galeão pediu que mandasse um abraço a ela.
Me despedindo...
A.W


_Galeão? - Gina repetiu franzindo a testa, Dobby também - Definitivamente Harry não deve ter gostado...

_Os galeões perderam seu valor – Monstro surgindo murmurou para si, certamente estivera atrás da porta ouvindo a carta - Monstro sabe, galeões são feios, são sujos..

_Fique quieto! - a Sra.Weasley lhe repreendeu alegre, havia ficado feliz por saber que todos estavam bem. - Bom - disse enrolando o pergaminho e o guardando em um dos bolsos das vestes - Devemos nos contentar, também penso que cada vez menos teremos notícias deles, não vai ser por distância ou falta de tempo, mas sim por motivos que não gosto nem de pensar...

Gina desviou um olhar simpático à Dobby, o elfo tinha, fechado em uma das mãos, uma espécie de relógio pequeno dourado, que lembrava muito ao Vira-Tempo de Hermione.


_Vocês ficarão aqui - o Sr.Weasley disse naquela mesma noite, muito, mas muito distante do Largo Grimmauld, mostrando um pequeno quarto à Harry e Rony. Todos ficariam em um prédio chamado "Os Docentes", antiga pequena escola de magia que fora fechada logo após o primeiro dono falecer. - Durmam logo, partiremos assim que amanhecer.
_Certo - Rony disse desanimado, seus olhos correndo pelo quarto mal iluminado.

Harry, um pouco mais atrás, adentrando o cômodo olhou ao redor, era muito menor do que qualquer quarto da Toca, avançando sob os rangidos das tábuas partiu rumo a uma das duas camas, olhando para a parede ao lado como se ali fosse encontrar um quadro coberto por uma cortina se sentou desviando um olhar para a única janela, dali, a vista mostrava apenas uma montanha que ficava logo após o prédio, uma montanha com uma estátua no topo, uma estátua que em meio a luz do luar parecia um sombrio vulto.

_Essa caverna - Rony disse deitando em sua cama - Espero que não seja tudo isso que estão dizendo, parece tão - e franziu a testa preocupado - mortal.

Harry assentiu com a cabeça disfarçadamente e também deitou em sua cama, olhando para cima pode ver apenas o teto do quarto, todo feito de madeira, uma madeira velha e úmida

“Você vai descobrir que há muito mais em você mesmo do que pensa” - uma voz veio a sua mente, a voz de Dumbledore, sem nem ao menos saber o porque, estava recordando o momento que ouvira, sempre que se via sem pensamentos as falas do diretor vinham correndo em sua mente, como se possuísse um Lembrol acoplado ao cérebro, um Lembrol que ficava ativo todos os segundos todos os dias.
“Eu confio em Severo Snape.”

_Do que adiantava confiar, ele te matou não foi? - Harry disse de supetão.
_Q-quê? – Rony indagou sonolento.

_Não, nada – Harry falou, mesmo com o passar dos dias parecia que a morte de Dumbledore nunca lhe atingiria, vivera tantos anos sob a certeza de sempre tê-lo ao seu lado que mudar essa certeza, muda-la depois de tanto tempo não parecia fácil.

Sob o cair de uma chuva fraca e tímida, aonde Harry se apanhou olhando para o teto após uma hora, a imagem da queda de Dumbledore correu por sua mente como se pudesse encontrar uma saída a não ser a morte, a imagem do diretor delirando na caverna, tudo parecia fazer algum sentido, o mesmo sentido que nada valia quando o encontrara morto nos terrenos da escola.

“Dumbledore não pode ter se enganado” - uma voz dizia em sua mente – “Ele não teria se enganado com Snape por tantos anos, por dezesseis anos, teria descoberto”.

“Dumbledore sempre via o melhor das pessoas” - outra voz lhe disse – “Isso não o fez ver o que realmente Snape era, foi enganado”.

Confuso sob o que realmente devia pensar sobre Snape e tendo quase certeza de que ele traira Dumbledore se levantou, não conseguiria dormir, olhando novamente para a chuva e vendo que Rony já dormia profundamente foi rumo à porta. Tendo cuidado para que ela não rangisse saiu, não sabia exatamente aonde ir, todos deveriam estar dormindo nos quartos ao lado, se alguém perguntasse diria que estava indo a cozinha beber água.

Sem nem ao menos conhecer o prédio e caminhando apenas sob a luz dos castiçais nas paredes seguiu, seguiu em meio ao silêncio, decidira que realmente iria a cozinha beber água, depois voltaria, tentaria dormir.

Prosseguindo pelo corredor aonde ao final haveria uma escada para o primeiro andar, uma luz que jazia de uma porta pouca aberta lhe chamou a atenção, andando em passos lentos e silenciosos se aproximou, duas pessoas conversavam no cômodo adentro.

Parando mais ao lado ouviu apenas uma das vozes dizer:

_É muito arriscado, Rony, Hermione, não sei se deveriam ir conosco, não são tão necessários.

_Não se preocupe Arthur, eles sabem se virar, Potter não é o mesmo sem eles.

_Como?

_Granger e Weasley são como partes da alma de Potter, sem um pedaço da alma, as outras não são tão poderosas.

_Eu sei que Harry precisa de Rony e Hermione, mas estamos arriscando a vida dos dois, dos três, porém, no entanto, Harry é essencial...
_É bom que ouça mesmo Potter...

Harry sobressaltou as sombrancelhas ao mesmo tempo que a porta do cômodo se abriu e seus olhos pousaram sob a figura do Sr.Weasley e Moody, ambos sentados em sofás, uma lareira mais ao fundo crepitando em chamas.

_Harry! - o Sr.Weasley disse surpreso - Você deveria estar dormindo, teremos um dia exaustivo amanhã.

_Essa caverna - Harry disse adentrando o cômodo - Ela, bom, ela é tão perigosa assim, quero dizer, a ponto de Rony e Hermione poderem morrer nela?

_Muito - o Sr.Weasley disse em um tom baixo de voz - Harry - ele se levantou - Você deve voltar ao quarto, você deve descansar.
_Eu não quero que eles se arrisquem.

_Potter - Moody murmurou fechando a porta com um rápido movimento de sua varinha - Eles têm de ir.

_Porque? - Harry retorquiu - Só eu tenho a obrigação de ir, o senhor disse Sr.Weasley...

_Você interpretou errado Harry - o Sr.Weasley o interrompeu.

_Vocês podem voltar se quiser, eu posso seguir sozinho, eu não sei como todos sabem das Horcruxes, só eu, Rony e Hermione sabíamos no cemitério e agora tudo isso, Voldemort quer me matar não é, só eu preciso seguir, só eu posso, eu não preciso de ninguém!

_Não seja arrogante! - Moody falou, agora em um tom baixo - Você não é quase nada sem nós nesse momento. Granger e Weasley terão sempre de ir com você...

_Mas não para se sacrificarem!

_Você se sacrifica há dezessete anos! - Moody o cortou.

_Mas sou eu quem tem uma cicatriz na testa, sou eu quem teve os pais mortos, sou eu quem as pessoas pensam que sou louco por falar que Voldemort voltou!

_Tem uma explicação lógica - o Sr.Weasley disse em um tom um pouco mais elevado do que pretendera, embora tentasse assegurar sua paciência. - Dumbledore disse que uma das maiores armas que nós, o lado dos bons, pode usar contra Você-Sabe-Quem é a amizade, você é muito maior, muito mais forte contra ele quando tem amigos, pessoas que lhe confiam, pessoas que lhe guardam esperança.

_Você-Sabe-Quem não tem amigos - Moody disse ríspido - Não tem ninguém que lhe guarda alguma esperança, não tem sonhos verdadeiros, não tem ninguém que o confia, ninguém que o ama.

_Temos - o Sr.Weasley falou - Coisas que as trevas jamais terão, a amizade é uma delas.

_Mas nenhuma amizade vai me fazer vencer Voldemort!

_Você já teve provas sulficientes! - Moody repeliu.

_Quais?! - Harry retorquiu.

_Você só chegou ao espelho de Ojesed no seu primeiro ano porque Hermione e Rony estavam lá com você. Na Câmara, Hermione preparou a poção Polisuco para que descobrisse quem era o herdeiro, Rony foi com você até boa parte da mesma. Rony foi mordido aquele dia, ele não tinha obrigação de ir com você até o Salgueiro Lutador. Hermione lhe ajudou nas pistas para o Tribruxo...

_O mesmo Torneio que me levou de volta à Voldemort, que quase me matou, que matou ao Diggory!

_Ela não sabia - o Sr.Weasley disse - Jamais teria te ajudado se soubesse!
_Todos os seus amigos foram com você até o Departamento de Mistério - Moody falou - Lutaram, lutaram ao seu lado, até o fim...

_Foram por que quiseram!

O Sr.Weasley pareceu incomodado por um momento.

_Eles nunca disseram que não iriam não foi?

Harry se manteve calado, o Sr.Weasley estava certo, podia notar que o bruxo vinha se surpreendendo negativamente com sua frieza.

_Você sempre esteve com seus amigos quando precisou - ele prosseguiu - Você sempre contou com o apoio deles, sem eles você dificilmente teria chegado a maioria dos lugares que chegou.

_Mas eu poderia...

_Certamente - o Sr.Weasley o cortou com a voz fria - Mas eles são tão essenciais para que você consiga sobreviver como qualquer um, cada um de vocês precisa um do outro, vocês são como três almas, um bruxo, um único.

_E se na hora, e se na hora de lutar com Você-Sabe-Quem, e se eles não estiverem lá, e se eles não estiverem comigo?

_Então Harry - Harry pode reparar que os olhos do Sr.Weasley brilharam como as chamas na lareira - Pode ter certeza de que eles morreram para que você chegasse aonde estivesse.

Harry respirou fundo, não imaginaria ter de lutar sem Rony e Hermione.

_Eu não quero que eles morram na caverna.

_Eles não morrerão - Moody disse não em tom de consolo.

_Não se vocês forem três almas em apenas um bruxo, se conseguirem isso, vocês serão maiores do que qualquer criatura que tiverem de destruir.

_Você precisa entender Harry - o Sr.Weasley disse em tom paternal - Que poucas diferenças entre você e Você-Sabe-Quem serão cruciais, fiquei decepcionado ao ver você falar tão friamente de seus amigos, eles serão a chave para você matar V-V-Voldemort, não os subestime, não deixe seu orgulho ser maior.

_Isso é o que Voldemort faz - Moody disse frio e direto.
Harry assentiu com a cabeça, o modo como Moody falara fora bastante impactante e jamais ouvira o Sr.Weasley dizer o nome de Voldemort, parecia quase arrependido agora.

_Você realmente deve ir Harry - o Sr.Weasley disse e dessa vez Harry não pode recuar, jamais tivera a chance de recuar.

O caminho de volta ao quarto pareceu muito menor do que o que percorrera na ida, diversos momentos com Rony e Hermione lhe correram pela mente, mais uma vez estava diante de uma realidade que vinha lhe perturbando, a de sempre ficar pensando em coisas já acontecidas, como se as jamais pudesse sentir novamente.

Sob uma chuva que ao longo da noite se fortaleceu, o sono cresceu em seu peito sendo muito bem vindo.

_Precisamos definitivamente separá-lo do restante, eles dificultarão no início, mas penso que nem ao menos suspeitam aonde estamos...

_Lorde... - uma bruxa encapuzada disse muito abaixo, sua face metalizada oculta nas sombras.

Voldemort se virou para a multidão mais abaixo, estava em um penhasco, muito, mas muito abaixo um exército encapuzado, todos de pé, parados, silenciosos. As montanhas rochosas perdidas em meio à escuridão, inúmeras tochas presas em grandes madeiras altas, madeiras que formavam uma espécie de caminho de luz ligando a uma entrada na caverna.

_Como separaremos Potter do restante?

_Boa pergunta Ilhabela...

Houve uma onda de cochichos que correu pelos milhões de comensais. Voldemort descendo as rochas disparou uma faísca vermelha que pareceu uma cobra perigosa e todos se calaram no mesmo instante.

Em meio ao caminho de fogo, prosseguiu, o silêncio dominante, observava, com expressão severa as escuridões nos capuzes, as vezes parava encarando-os como se julgasse quem matar.

_Todos sabemos que Greyback não é uma caverna muito receptiva, estou certo de que Potter gostaria de sair dali o mais rápido possível, bom, quem não gostaria?

Houve de imediato uma onda de aceitação.

_Daremos esse presente a Potter, o tiraremos da caverna o mais rápido que conseguirmos, assim que o tirarmos, o prenderemos matando-o em seguida, depois, aos poucos iremos matando todos, todos que se aliaram a aquele grupo nas buscas as minhas peças. Pouco tempo após teremos de ser mais astutos, no tempo certo agiremos...

Voldemort rodou sua capa e no mesmo instante uma cobra de fogo se formou a sua frente.

_Com Potter morto, nada nos impedira, nada fará com que não possamos terminar o que começamos há dezesseis anos, nos resta somente um passo... – a cobra de fogo guinchou rapidamente - É só matarmos Potter e o restante nos vira de prêmio...

A cobra explodiu em grandes raios de fogo que voaram pelos ares como fogos de artifício.

_Não se esqueçam! - Voldemort elevou sua mão imponente - Amanhã, boa parte de nós partirá para os arredores da caverna de Greyback. Quem for me acompanhar será avisado, avisado pela marca, fiquem atentos.


_HARRY! HARRY! - a voz de Rony berrou pulando de sua cama. Harry de imediato se levantou, estava completamente suado, sua cicatriz ardia vorazmente, parecia estar se aprofundando, cravando no crânio, queimando sua testa, era uma dor que corria por toda a cabeça, como se o marcasse em brasa. - O QUE FOI? O QUE ACONTECEU?

A porta do quarto aonde estavam se abriu com violência e a figura de Tonks, do Sr.Weasley e de Moody adentraram velozmente, Hermione e Lupin mais atrás, ambos apressados.

_VOLDEMORT! - Harry disparou muito mais alto do que pretendera.

_ACALME-SE! - o Sr.Weasley falou - Os outros quartos podem ouvir.

_O que houve? - Lupin agitado perguntou - O que aconteceu, Harry, o que está havendo?

_Acalme-se você também Remo - Moody disse – Logo saberemos!

_Eu sonhei! - Harry disse, o coração acelerado - Eu sonhei com Voldemort...
Os olhos do Sr.Weasley se fecharam por um instante antes de fitarem os de Harry.

_Ele estava em um penhasco, depois desceu, havia um exército...
Lupin parecia extremamente preocupado.

_Eles eram muitos, fizeram uma armadilha... eles sabem, eles sabem que vamos para a caverna de Greyback, eles vão até lá!

Tonks se mostrou chocada.

_Mas como ficaram sabendo? - Hermione impressionada perguntou.

_Eu não sei, ele não falou.

Harry passou sua mão pela cicatriz, ardia muito, a dor não vinha amenizando.

_Está doendo? - Moody perguntou, seu olho elétrico girando como se vigiasse a possível chegada ou espionada de alguém.

_Está.

_Vai passar Harry - Tonks disse calma.

_Depois descobrimos como eles ficaram sabendo - o Sr.Weasley falou apressado - Primeiro, vamos embora agora mesmo, Você-Sabe-Quem irá sair somente pela manhã, já teremos atravessado a caverna quando ele estiver chegando, se vistam e preparem suas varinhas, partiremos em dez minutos.

Harry acenou positivamente com a cabeça, a cicatriz ardendo cada vez mais, como se Voldemort estivesse no quarto ao lado.


_Obrigado por tudo Madame Gornibeck - Lupin se despediu assim que passaram pela câmara de entrada. O Sr.Weasley exigira que Harry, Rony e Hermione usassem capas para despistar suspeitas. Qualquer Comensal poderia estar de vigia, três adolescentes andando pelas montanhas a aquela hora da noite chamaria, e muito, a atenção de qualquer um. Mal seriam vistos usando as capas.

O vilarejo mais próximo, Buckberrie, completamente perdido na escuridão, apenas alguns poucos flashes dourados jazidos.

_Por aqui - o Sr.Weasley disse apanhando um beco entre dois prédios altos. - Caminharemos até aquela estátua.

Harry em meio a escuridão olhou mais acima, olhou também ao redor porém nada viu, estava realmente muito escuro.

_O que há naquela estátua? - Tonks perguntou em voz baixa. Harry pode reparar que a mão direita da bruxa estava no mesmo bolso da varinha, pronta a agir caso algo acontecesse, os cabelos dela, antes um rosa-choque, agora meio escurecidos.

_A estátua é uma espécie de portal até a caverna, poucos sabem disso, mas é uma das poucas entradas para Greyback, muitos pensam que é uma estátua que representa a cidade, nada mais.

Harry mais ao lado seguiu em silêncio, sua cicatriz ardendo intensamente. Olhando para os lados seus olhos pousaram na expressão de Hermione, a garota caminhava triste pelos negros campos, a lua pálida e fria mais acima, no infinito céu. Rony, por sua vez, fitando os gramados como se jamais os fosse ver novamente.

_Vocês devem se preparar, a partir de agora, tudo poderá acontecer. Fiquem atentos, sempre com varinhas em mãos e observando qualquer movimento próximo, infelizmente essa caverna é muito pior do que vocês algum dia poderiam imaginar.




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Comentários (2)

  • William Drake

    É continuação do sexto livro, Enigma do Príncipe, ela não tem nenhuma ligação com as minhas outras fics. Muito obrigado!!

    2011-03-19
  • hermione22

    essa fic é continuação de outra ou do sexto livro do hp? pois ano quero começar a ler meio perdida

    2011-03-19
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