A CARTA DOS LOVEGOOD



CAPÍTULO 44:

A CARTA DOS LOVEGOOD


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Harry naquele instante se levantou e ouviu apenas uma voz gritar não muito distante:

_SIGA A FAWKES HARRY, ELA O LEVARA AO CAMINHO CERTO! – Harry olhou para suas mãos e então viu que Fawkes já não estava mais nelas. Ouvindo um pio alto viu uma ave sobrevoar o salão principal e em um mergulho entrar em um corredor, Harry, naquele momento, pode ver a figura de Rony e Hermione apanhando o caminho que levava aos últimos corredores, aonde ficava o gabinete de Dumbledore, eles pareciam apressados e estavam sendo seguidos por dois Comensais altos, Slughorn indo mais atrás para protegê-los.

Saindo do caminho das lutas, Harry adentrou o corredor em que Fawkes, há pouco, havia entrado e então a avistou, o esperando no topo de uma estátua com o corpo quase destruído. Alçando vôo, ambos foram seguindo caminho pelos corredores lotados de bruxos desesperados com as lutas, Harry podia ver o olhar de medo no rosto de cada aluno ali, reconhecera vários membros da A.D pelos corredores, sempre lutando bravamente e resistindo a cada feitiço lançado. Passados poucos minutos, quando o caminho começou a se tornar mais vazio, Harry percebeu que Fawkes vinha o levando para um lugar que nunca estivera, uma sequência de corredores soturnos e negros que pareciam inifnitamente piores e mais sombrios do que as masmorras.

_AONDE ESTAMOS INDO FAWKES? – perguntou mas a ave apenas virou no próximo corredor e então Harry fez o mesmo, no segundo que fez isso sentiu o apoio abaixo dos seus pés afrouxarem e então caiu, estava caindo em um buraco, sentindo seus joelhos baterem em algo percebeu que havia chegado ao chão. Mas percebeu também que havia um grande erro nisso tudo, como Fawkes, que acabara de renascer no cemitério e estava pequena e frágil há poucos instantes já estava grande e bela novamente.

Como sabia que niguém próximo poderia lhe dar a resposta, se levantou e viu que a ave continuava seguindo por corredores estreitos, Harry sabia que aquele lugar era inabitável pois tudo ali era completamente sujo e escuro.

Naquele instante, seguindo para o que parecia túneis que lembravam muito aos da Camâra Secreta Harry pulou num novo buraco no chão. Caindo por em meio ao lodo nas paredes Fawkes, indo mais a frente pulou no buraco e imediatamente soltou um guincho ficando bastante agitada. Harry, que havia alcançado ela naquele instante viu, que o que a deixara daquela forma, fora, a presença da mais fiel e perigosa criatura de Voldemort, Nagini.

Naquele momento, a cobra, silenciosa e parada, encarou Harry e então elevou sua cabeça sem produzir um ruído sequer. Percebendo quem havia chegado soltou um guincho ameaçador, ela parecia estar ali para bloquear o caminho do que vinha depois. Ainda parecendo extremamente perigosa, ela abaixou sua cabeça lentamete e se tornando quase invisível no escuro começou a se rastejar na direção de Harry.

Harry imediatamente elevou sua varinha e então, os olhos da cobra passaram por um pequeno foco de luz. Harry sentiu algo invadir seu corpo e então flashes rápidos percorreram por sua visão; Piscando os olhos, os abriu e então estava vendo o Sr.Weasley no Ministério, caído, muito ferido, Nagini o atacando, estava vendo isso, não por fora, mas sim, pelos olhos da cobra, era a cobra, a cobra que estava atacando o Sr.Weasley.

Vendo a face ferida do Sr.Weasley Harry foi pronto para atacá-lo novamente quando voltou a cena em que estava defronte a cobra, ela, agora, parada, encarando-o.

Harry novamente fixou os seus olhos no de Nagini, mas antes que pudesse fazer realmente um contato uma voz invadiu sua cabeça e então tudo se tornou escuro.

Estava em um lugar muito escuro e frio, aonde tudo era trevas, e havia raios por todos os alunos, cobras de fogo se rastejando pelo chão e uma espécie de escudo prateado de um lado, em meio a escuridão.

Com uma força brutal, naquele instante, o escudo explodiu e um raio atravessou uma grande escuridão, Harry foi jogado para longe com a força desse feitiço.

As cobras de fogo guincharam e então todas atacaram ao mesmo tempo, Harry não conseguia ver quem estava lutando, somente poucos flashes de luzes rápidas.

Piscando os olhos novamente, percebeu que agora estava, vendo a figura de Dumbledore e a de Voldemort lutando, num lugar não muito distante do que chegara com Fawkes e então notou que Dumbledore não queria lutar realmente, parecia apenas querer atrasar Voldemort, fazer com que ele continuasse ali.

Entre vorazes raios e falas distintas, Harry acordou novamente para o local aonde estava e percebeu que, o que estava acontecendo realmente, era que as suspeitas de Dumbledore, as suspeitas que ele o dissera ano passado, eram reais, Nagini, na verdade, era uma Horcruxe.

Não somente por ela ter feito Voldemort assumir características físicas de uma cobra, o que acontece quando se produz uma Horcruxe em um animal, mas sim, pelo principal motivo, o motivo que acabara de notar; Harry vira dos próprios olhos de Nagini, ela ferir o Sr.Weasley e isso somente aconteceu porque ela é um pedaço da alma de Voldemort. Assim como Voldemort pode entrar na mente de Harry, Harry pode fazer o mesmo na de Voldemort e sendo eles ligados e Nagini um pedaço da alma de Voldemort, ele pode ver a cena pelos olhos da cobra. Definitivamente Nagini era uma das últimas Horcruxes ainda viva e Dumbledore quisera trazer Harry para aquele lugar pois sabia que Nagini estaria ali e estava distraindo Voldemort para que matasse a cobra.

_HARRY! – uma voz gritou mais atrás e então Harry viu Rony e Hermione chegando naquele instante. Eles traziam, em mãos, a Espada de Gryffindor, fora isso que haviam ido buscar no gabinete de Dumbledore, a espada – PEGUE! VOCÊ VAI PRECISAR! – Hermione com um feitiço de levitação levou a espada até Harry e logo em seguida disse: – NÃO PODEMOS FICAR, HÁ MAIS HORCRUXES PARA SEREM ENCONTRADAS!
Naquele instante Harry se virou para Nagini e a cobra já estava dando o bote para matá-lo. Assustado e surpreso com o ataque, se afastou rapidamente caindo no chão no mesmo instante que Fawkes, furiosa, entrava a sua frente e o protegia, distraindo a cobra.

Harry então ouviu palavras distintas em língua de cobra vindas de Nagini e ficando de pé novamente, saiu a correr pelo corredor, Fawkes deveria sair no exato momento para que ele cortasse a cabeça da cobra por completo.

Correndo, em meio a escuridão apenas soube que o momento era aquele, o momento de destruir mais uma Horcruxe. Estando quase cara-a-cara com Nagini, Fawkes saiu do caminho e a cobra aplicou o bote, Harry cruzou a espada no ar lhe passando pela cabeça de fora a fora, houve um momento aonde tudo pareceu estar acontecendo lentamente e então Fawkes soltou um pio e a cabeça da cobra caiu no chão, o seu corpo longo e negro se movendo estranhamente sem a cabeça. A Espada de Gryffindor naquele instante suja com o sangue de Nagini, começou a brilhar intensamente e então explodiu completamente, desde seu cabo até a ponta suja pelo sangue.

Harry encarou os estilhaços da Espada pelo chão não acreditando no que acontecera e então a figura de Dumbledore surgiu, às pressas, pelo corredor.
_ESTÁ FEITO? – exclamou em voz alta e então viu os estilhaços da Espada pelo chão. – A MAGIA NEGRA PRESA EM NAGINI ERA MUITO FORTE, A ESPADA NÃO RESISTIU – e então avistou Fawkes – Você deve procurar o Sr.Lovegood no meu gabinete, ele tem algo para você, penso que muito importante.

_Mas e Voldemort? - Harry perguntou, o corpo e a cabeça de Nagini caídos no chão, banhados pelo sangue.

_Ele fugiu – Dumbledore respondeu – Deve estar em Hogsmeade, o Ministério chegou, Nicholas definitivamente saiu do controle dele e descobriu tudo, parece que está furioso. Voldemort vai querer matá-lo ainda hoje, a Ordem foi acionada, tenho partir! Nos resta apenas uma Horcruxe a ser destruída antes que cheguemos a Voldemort, penso que a carta que o Sr.Lovegood o mostrara ajuadara na busca a essa última Horcruxe, não poderei ajudá-lo dessa vez.

_Vou encontrá-lo então – Harry falou e naquele instante Dumbledore segurou em Fawkes, Harry fez o mesmo e ambos saíram voando pelos corredores e túneis escuros rumo ao castelo novamente.

_Porque Fawkes já está grande novamente? – Harry perguntou a Dumbledore quando estavam próximos de chegarem a claridade.
_A magia que existe no Cemitério só fica lá, não tem efeito fora dali, como Fawkes renasceu lá, ela ficaria pequena somente enquanto estaria lá, voltando para cá ela voltaria a forma de antes.

Naquele momento Fawkes adentrou a claridade dos corredores principais do castelo e então Harry, novamente no chão, saiu a correr rumo ao gabinete de Dumbledore, ele sabia que o diretor não estava apressado daquela forma por pouca coisa, algo realmente sério deveria estar para acontecer em Hogsmeade.

Prosseguindo sabendo que deveria achar e destruir a última Horcruxe o mais rápido possível, atingiu as escadarias até chegar ao último andar.
Harry viu que os quadros estavam ficando vazios nas paredes, provavelmente se escondendo da guerra.

Avançando pelo sétimo corredor, chegou, ofegante, a estátua da Gárgula e então ela girou, Harry saltou para as escadas circulares e atingindo a porta de carvalho mais ao alto, a abriu.

O Sr.Lovegood imediatamente elevou sua varinha para ele, assustado.
_Ah... – ele suspirou abaixando a varinha – Entre por favor, tenho...tenho algo para você... – e então extendeu um pergaminho bastante surrado à Harry. Minha filha deixou essa carta para mim antes de, de...bom, desaparecer e eu penso que já não há mais o porque de escondê-la, há algo para você aqui. - Harry apanhou o pedaço de pergaminho bastante surpreso e notou que ele havia sido rasgado da outra parte.

Se aproximando da lareira para ler, elevou seus olhos a primeira linha enquanto o Sr.Lovegood se mantinha distante, quieto.

“Harry, eu sei que tudo que estiver escrito aqui vai parecer estranho para você no começo, mas fará todo sentido depois.
Primeiro, eu gostaria de dizer que seus pais, assim como os meus, eram Inomináveis...


O estômago de Harry revirou nesse instante, por um instante seus olhos arderam e sentiu uma ânsia dominar seu corpo.

...assim como seus avós. Ambos trabalharam no Departamento de Mistérios e somente estou lhe dizendo isso pois seus avós, encontraram, há muitos anos, um espelho de Dois Sentidos, um dos dois únicos que existem na Grã-Bretanha e talvez no mundo todo.

Harry parou por um instante, fora o espelho que Sirius lhe dera, fora o espelho que mantinha em seu quarto, o espelho que quebrara uma vez.

...Esse espelho Harry, tem poderes anormais, poderes que superam todos os limites conhecidos em Magia; Uma dessas habilidades, e a maior de todas, é a qual você pode aprisionar uma alma no espelho, o que o autorizaria a tirar uma alma que está presa por detrás do véu.

Harry nesse momento sentiu uma pedra de gelo cair no seu estômago e então a porta de carvalho se abriu novamente e o Sr.Lovegood elevou sua varinha. Rony e Hermione haviam chegado, ambos muito machucados. Harry, no entanto, continuou a ler.

E existe também uma poção, uma rara poção que protege o bruxo dentro do véu, que o faz entrar no véu sem ser morto, ou que tenha sua alma presa lá para toda eternidade. Eu não posso dizer aonde estou Harry e ninguém me encontrara até que eu queira, mas eu preciso que você venha até mim e traga seu espelho e a poção, você pagara o tributo e eu farei o sacrifício.
Você poderá me encontrar após ler a memória que eu o entreguei aquela noite, ela dirá aonde estou.”
Luna Lovegood


Harry, com sua mente trabalhando a mil diante das diversas revelações que Luna o fizera se voltou para Hermione e Rony, ambos parados, o olhando.
_Eu sei que não estamos em um bom momento, mas eu preciso que vocês apanhem um frasco para mim, um frasco que está embaixo da minha cama, na minha mala.

Hermione olhou para Harry por um segundo.

_Você está bem? – ela perguntou.

_Ele acabou de matar uma cobra peçonhenta Hermione – Rony disse crédulo – Ele parecia bem pior quando matou o Basilisco. – Hermione, ainda preocupada, ao lado de Rony, deixou o gabinete, a varinha em punho.

Harry se voltou para o Sr.Lovegood.

_Onde está minha filha? – ele perguntou triste.

_Eu não sei Sr.Lovegood, o senhor leu a carta, sabe que ela não quis me dizer.

_Eu e uma equipe do Ministério fomos até o Departamento de Mistério procurar ela, mas não há encontramos, em lugar algum, eu temo que, temo que ela tenha entrado no véu.

_Não acredito nisso – Harry falou cansado olhando para a moldura de Armando Dippet vazia.

_Mas ela disse que iria pular, que iria tentar, na carta que ela deixou quando desapareceu.

_Eu não acredito nisso Sr.Lovegood – Harry repetiu – Desculpe, mas eu penso que ela falou isso para ninguém procurá-la, não queria que se preocupassem com ela.

_Mas como não vou! – o Sr.Lovegood exclamou – É minha filha! – Harry apenas o olhou – E esse frasco, quando você recebeu isso, que noite foi essa?

_Por isso mesmo não acredito que ela tenha pulado, a própria Luna me entregou – o Sr.Lovegood saltou os olhos nesse instante – Uma vez, os Comensais invadiram Hogwarts na tentativa de achar os ingredientes de uma poção que eu guardo e Luna apareceu nessa mesma noite. Ela apareceu de surpresa e eu escapei, com ela, de alguns ataques, em um momento ela me entregou um frasco e assim que chegamos à orla da Floresta Proibida, ela desapareceu. Desde então eu nunca mais falei com ela, pensei que ela estivesse presa pelos Comensais esse tempo todo, mas percebi que não, foi só coincidência. Eu sei que ela estava bem, e também sei que ela está em algum lugar que realmente queria estar, algum lugar que para ela seja mais importante que Hogwarts nesse momento.

_Mas e esse sacrifício? O qual ela diz na carta. – o Sr.Lovegood perguntou bastante abatido.

_Eu também não sei – Harry respondeu – Assim como não sei que tributo tenho de pagar ao véu.

_E caso ela tenha pulado, essa poção que ela fala, na qual pode-se atravessar o véu, você sabe quem a tem?

_Há muito tempo – Harry disse desanimado, seu corpo estava realmente dolorido – Eu acabei parando no porão da Borgin e Burkes e lá encontrei uma esfera com um líquido dentro, esse líquido unido há outros itens produziu uma poção chamada Doce Alma e penso que exatamente essa poção é a qual Luna falou.

Naquele momento, a porta de Carvalho se abriu e mais uma vez o Sr.Lovegood elevou sua varinha.

_Aqui está – Hermione disse trazendo o frasco com o líquido prateado dentro – Deve ser uma memória. – acrescentou.

Harry apanhou o frasco e rumou para um armário próximo, abrindo-o, guardou o frasco em um dos bolsos e apanhou a Penseira. Sob o olhar de todos a colocou sob a mesa e em meio ao silêncio absoluto dos quadros, a maioria das molduras vazias apanhou sua varinha.

_Primeiro, preciso ter realmente certeza – disse.

_Certeza do que? – Rony perguntou desviando um olhar rápido ao Sr.Lovegood.

_Que a poção da Doce Alma é a poção que Luna disse na carta – e então entregou a carta há Rony – Antes, quero que venham comigo. – e então elevou sua varinha até a altura da cabeça e começou a retirar fiapos prateados até os colocá-lo na Penseira.

Todos olharam por um instante a memória rodopiando dentro da bacia até se aproximarem e mergulharem na memória.


Estavam novamente na época do Natal, Slughorn perdera alguns parentes devido à guerra e Harry precisava descobrir o que a esfera que encontrar no porão da Borgin e Burkes era na verdade.

_Harry? – a voz de Slughorn surgiu na memória.

_Sim – Harry respondeu – O senhor está bem?

_Ah sim – Slughorn disse surgindo de uma porta ao fundo da sala, Harry notou que ele parecia bastante pálido e emagrecera também.

_Só queria dizer que sinto muito pela sua família...

_Não – Slughorn disse casualmente – Você deve saber melhor do que eu o que estou passando, tem perdido muitas pessoas todos esses anos e em todo o caso, eu estava, de certa forma, preparado, sabia que teria de enfrentar as conseqüências dessa busca ousada as Horcruxes.

_Feliz Natal – Harry lhe disse em um sorriso breve.

_Feliz Natal – Slughorn lhe sorriu também, estava, agora, parado, em frente às janelas – Estava descendo para o salão nesse momento, mas queria alguma coisa?

Harry adentrou a sala até ficar lado-a-lado com Slughorn.

_O senhor já sabe sobre o ocorrido na Borgin e Burkes?

_Certamente – Slughorn respondeu – Tolkien me informou assim que cheguei, mas no que você está em dúvida?

_Eu encontrei isso em um alçapão quando estive lá – Harry mostrou a esfera em suas mãos ao bruxo. – Acho que pode ser algo como uma poção.
Slughorn apanhou a esfera e olhou atentamente.

_Não é uma poção – ele disse – Ainda. – Harry o olhou com a testa franzida. - O que temos aqui é sangue de unicórnio puro, ou seja, não pego a força e sangue de dragão, o melhor e mais perigoso sangue de dragão do mundo, o de Garibon, esses dois ingredientes, feitos a lua cheia formam uma poção, uma das poções mais raras e poderosas conhecidas, a poção da Doce Alma, que dá a quem bebe um tipo de segunda alma, ou uma espécie de segunda vida que poderia ser usada para proteger em uma luta ou algo parecido, diziam que essa poção foi muito usada quando começaram a construir o Ministério no subsolo, devido a Câmara da Morte, um local de tortura, aonde bruxos eram castigados e jogados para depois do véu, mas é uma poção proibida, o que realmente não causa efeito pois é quase impossível de ser feita.


Harry saltou da memória para o gabinete de Dumbledore novamente e então olhou de Harry e Hermione para o Sr.Lovegood.
Levando suas mãos há um dos bolsos apanhou um frasco com um líquido vermelho.

_Eu tenho mantido comigo desde que os Comensais têm procurado incansavelmente – Hermione sorriu por um breve instante – E definitivamente é a poção que pode fazer qualquer bruxo entrar no véu sem morrer – Harry não pode deixar de notar que o Sr.Lovegood também sorriu nesse momento.

_Vamos ver a da Luna agora – Rony disse ansioso.
Harry guardou a poção da Doce Alma e então apanhou o frasco com o líquido prateado.

Limpando suas memórias da Penseira com um movimento da varinha, colocou as de Luna e se aproximou. Estava mergulhado nas memórias.

Harry estava em Hogwarts agora, conversando com Luna, todos os alunos no Salão Principal comemorando o final do ano letivo.

_É, foi horrível – disse Luna informalmente – Eu me sinto muito triste às vezes. Mas eu ainda tenho o meu pai. De qualquer jeito, ainda vou rever minha mãe, um dia, não é?

_Ah... não é? – concordou Harry inseguro.

Ela sacudiu a cabeça, incrédula.

_Ah, vamos. Você os ouviu atrás do véu, não ouviu?

_Você quer dizer...

_Na sala do arco. Estavam só se escondendo, só isso. Você os ouviu.

Harry, Rony, Hermione e o Sr.Lovegood saltaram para fora da Penseira novamente.

_O que ela quis dizer com isso? – Rony indagou em tom de ironia.

_Pelo que parece – Hermione falou após ler o pergaminho que Harry entregara – Todos que morrem vão para atrás do véu, lá é um lugar que sustenta corpos todos esses tempos, desde antes do Minstério surgir. E a mãe de Luna está lá, ela descobriu isso quando ouviu as vozes por detrás do véu, ela percebeu que há almas ali e sabe que sua mãe está lá também. Ela quer atravessar o véu para reencontrá-la, por isso disse ao Harry que alguma dia iria revê-la e nessa carta ela quer que Harry vá até o Departamento de Mistérios levando a poção e o seu Espelho de Dois Sentidos pois assim vocês poderão atravessar o véu sob efeito da poção e não morrerão.

_Mas porque ela quer que o Harry leve o Espelho? – Rony disse ainda em tom irônico.

_Porque o Espelho é um objeto de magia muito poderosa, e tem a habilidade de aprisionar almas nele, talvez Luna tem a esperança que ela consiga aprisionar a alma de sua mãe no seu espelho e trazê-la para fora do véu.

_Mas e o Harry? – Rony disse.

_Bom – Hermione disse calma – Penso que ele terá de escolher quem trazer de volta, pois lá ele encontrara os seus pais e Sirius e duvido que o espelho aprisione mais de uma alma.

Essas últimas palavras de Hermione causaram uma sensação de gelo em Harry, pois rever seus pais e Sirius era algo que não esperava, não contava com isso e poder trazer um deles para fora do véu era algo que estava acima das suas expectativas.

_Voldemort queria a poção – disse então com o coração acelerado – Somente para se tornar mais poderoso, usufruir das habilidades que a poção traria a sua alma.

_Exatamente – Hermione falou devolvendo a carta.

_Luna vai trazer sua mãe de volta a vida? – o Sr.Lovegood indagou espantando.

_Parece que esse é o plano dela – Rony falou.

_Mas onde ela está afinal? – o Sr.Lovegood perguntou parecendo confuso.

_Eu sei onde ela está – Harry falou – E devo dizer que jamais a encontrariam, pois ela está no lugar mais mágico, mais poderoso e mais misterioso que conheço – Hermione e Rony olharam para Harry naquele instante, nenhum dos dois pareciam lhe compreender.

_Então fale garoto! – o Sr.Lovegood exclamou irritado.

_Sinto muito – Harry disse e então foi interrompido quando a porta de carvalho abriu e a figura de Gina adentrou o gabinete.

_Harry! – ela exclamou e então correu a abraçá-lo. – Você está bem? – ainda no abraço Harry respondeu positivamente com a cabeça.

Gina parecia bastante machucada e havia chorado também.

_Como está lá embaixo? – Rony perguntou.

_Todos os Comensais partiram para Hogsmeade, Dumbledore e os professores também, a Ordem da Fênix recrutou todos os aliados e todos os aurores do Ministério estão lá também. Há muitos alunos feridos e Madame Pomfrey tem cuidado juntamente coms os elfos, os alunos que não estão muito machucados estão ajudando.

Tudo indica, que matarão Dumbledore e o Nicholas Hooper em Hogsmeade, depois os Comensais juntamente com Voldemort voltarão para Hogwarts e então começarão a invadir os vilarejos próximos. O Ministério será tomado e não sei, estou muito confusa...

_Vamos descer para ajudar – Hermione disse.

_Tenho de pegar o Espelho na Torre de Grifinória – Harry falou de mãos dadas com Gina.

Deixando o gabinete de Dumbledore, ao atingirem o corredor da gárgulai mediatamente a Sra.Weasley seguida do Sr.Weasley, Percy, Fred, Jorge, Carlinhos e Gui surgiram do outro lado.

Gina correu a um abraço com sua mãe, todos pareciam bastante feridos.

_A Toca foi destruída – o Sr.Weasley disse triste, os olhos úmidos.

_O que está havendo em Hogsmeade? – Harry perguntou.

_Definitivamente é dali que saira o destino de tudo – Gui falou, ele parecia, de todos, o mais machucado, embora o mais disposto.

_Aonde estavam indo? – Fred indagou.

_Eu tenho de continuar – Harry disse e então todos o olharam – Eu tenho de seguir sozinho daqui para frente, só restam duas Horcruxes e eu sei, que uma delas está aonde só eu posso chegar e aonde só eu posso destruir.

Harry naquele instante se virou e trocando um olhar triste com cada Weasley, Hermione e o Sr.Lovegood partiu.

_Eu trarei Luna de volta – disse – Eu tentarei se ela quiser - e então Gina o fitou, os olhos úmidos, ela compreendia o que estava acontecendo, ela alimentava uma alma que se assemelhava a de Harry e quando um entendesse o que deveria ser feito, o outro também entenderia.

Hermione e Rony sempre haviam de estar ao lado de Harry, mas eles sabiam que naquele momento Harry deveria seguir sozinho, que ele deveria seguir seu caminho e decidir o fim de uma história aonde começara sozinho.

Eles sempre seriam amigos, mas acima de tudo, Harry crescera e agora era a sua vez de provar a si mesmo que podia fazer o que tinha de fazer sozinho.

_CRUCIO! – uma voz bradou atrás e então Harry foi atingido, caindo no chão contorcido. Os Weasley, Hermione e o Sr.Lovegood soltaram exclamações enquanto elevavam suas varinhas e partiam para ajudar Harry.

Harry, caído no chão somente viu vários Comensais invadindo os corredores e atacando à todos, Hermione e Rony sendo abatidos rapidamente, caindo atordoados no chão, com o corpo trêmulo e os olhos saltados.

A sua frente, estava, parado e com um sorrio maligno no rosto, Rabicho, quem o atacara.

_Você finalmente ira cair nas mãos do Lorde das Trevas e dessa vez Potter, não há quem possa o salvar.

Harry olhou para o lado e com a vista completamente embaçada somente viu os Comensais lutando contra os Weasley e então fechou seus olhos enquanto em sua testa, à mostra, mais viva do que nunca, estava a sua cicatriz em forma de raio.

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