CROVOTUS CADAVERUS



CAPÍTULO 24:

CROVOTUS CADAVERUS


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_Vamos! - Moody disse indo rumo a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Ele chamara Harry, Rony e Hermione para, imediatamente, ao lado de Slughorn e possivelmente Tolkien partirem em direção ao Largo Grimmauld.
_Mas o Tolkien - Harry disse assim que chegaram ao terceiro andar.
_Saberemos de que lado ele está - Moody falou e escancarando a porta da sala adentrou, Tolkien e Slughorn, logo ao lado, naquele instante, saindo da sala de Transfiguração com Laverne de Wenlock.
Harry adentrando a sala de Defesa com Rony e Hermione seguiu Moody até chegarem a uma sala aonde havia os pertences dos professores, seguindo-o para um porta pequena chegaram a uma saleta, aonde havia apenas um armário sujo e velho, as portas trancadas.
_ALORROMORRA! - Moody velozmente enunciou e as portas imediatamente se escancararam, os olhos de Harry brilharam diante da visão do Espelho de Inimigos.
Moody girando seu olho elétrico notou que Tolkien e Slughorn também chegavam a sala. Se voltando ao espelho observou vários rostos, inclusive Harry pode reconhecer rapidamente um deles, embora tivesse certeza de ter sido enganado.
_Não - Moody disse apressado - Ele não está do lado de Voldemort, Tolkien não está.
Harry desviando um olhar à Rony e Hermione se afastou enquanto o professor trancava as portas do armário e saia para uma outra sala, dessa vez grande embora bastante escura.
_SLUGHORN! - ele chamou - Aonde está Lupin?
Adentrando a sala, Lupin ao lado de Tolkien e Slughorn surgiu.
_O que houve? - ele indagou olhando toda a cena com pausa.
_O roubo - Moody disse - Temos de partir!
Apanhando um saquinho velozmente Moody o jogou por completo em uma lareira suja próxima e pulando gritou:
_LARGO GRIMMAULD! - sua figura rapidamente desapareceu.
_HARRY! - Tolkien disse - VÁ!
Percebendo que Tolkien já sabia do plano de roubo de Rabicho pulou, rapidamente, nas chamas esverdeadas bradando:
_LARGO GRIMMAULD!
Sentindo uma rápida passagem por lareiras que irrompiam em chamas caiu em uma de um dos quartos que jamais estivera.

_Alastor - a Sra.Weasley surpresa com a chegada repentina de Moody disse - Por aqui?
_ESTUPEFAÇA! - Moody brutalmente disparou atingindo a bruxa no peito e se virando para uma porta que acabara de se escancarar, disparando um jato estuporante, um mesmo jato que foi velozmente dissipado pela criatura que acabara de surgir; Monstro parecia enfurecido, não com o ataque, mas com algo que descobrira antes. A porta de entrada, naquele momento veloz, se escancarou e Harry acompanhado por Lupin, o verdadeiro Moody, Tolkien, Slughorn, Rony e Hermione surgiu.
_MÃE! - Rony vendo o corpo caído ao lado de uma alta bancada disse.
_ENCARCEROUS! - Lupin correu a enunciar porém antes mesmo que as cordas prendessem o falso Moody ele pulou por cima da mesa e correu para a porta do porão, ali, todos sabiam, havia uma saída pouco, ou quase jamais usada. - PETRIFIUS... - tentou com velocidade embora o falso Moody já estivesse deixando a cozinha. Saindo a correr, Harry, um pouco mais atrás de Tolkien desceu as escadarias escuras do porão e antes mesmo que pudesse avistar a figura do bruxo, o professor já disparara um raio tão veloz que lhe custou ver.
_CROVOTUS! - enunciou logo em seguida no mesmo instante que um estardalhaço correu muito próximo e um flashe de luz surgiu, correndo rumo a ele, Harry seguiu, Tolkien mais a frente. Levava a um beco com uma lareira ao fundo.
Jogando um saquinho com pó na lareira Rabicho pulou com dificuldade antes mesmo que um raio voraz de Tolkien o acertasse na nunca.
Desaparecendo ninguém pode ouvir o que ele enunciara diante do pronunciamento do feitiço de Tolkien.
_FUGIU! - o professor bradou.
Voltando a cozinha aonde com a ajuda de Tonks a Sra.Weasley vinha sendo ajudada, Monstro parecia encurralado por Slughorn, Moody e Lupin.
_O que aconteceu com ele? - Tolkien chegando mais a frente indagou.
_Ele sabe de algo - Lupin disse apressado.
_Harry - Moody o chamou - Ordene-o, made-o contar à nós o que sabe sobre o Medalhão.
Mesmo sob o olhar de desaprovação de Hermione Harry se aproximou do elfo, os olhos da criatura o fitando com ódio, com desprezo.
_Nos conte tudo o que sabe sobre o Medalhão de Slytherin.
Monstro pareceu receoso por um momento porém logo falou, como se isso o fizesse sofrer arduamente.
_O Medalhão está aqui senhor - Hermione e Harry trocaram olhares - Mas o que o senhor procura não, ele foi levado, ele foi levado para Crovotus senhor, ele foi para Crovotus Cadaverus...
Hermione levou as mãos a boca, parecia olhar para Monstro com espanto.
_Mas como alguém conseguiu? - Tolkien murmurou para si.
_Porque - Harry disse - O que tem nessa floresta Monstro?
Os olhos do elfo cruzaram os de Harry, havia dor, havia sofrimento, ele estava irritado pouco tempo atrás por ter se lembrado do que ocorrera em Crovotus Cadaverus.
_Monstro perdeu família em Crovotus senhor, Monstro perdeu...
Hermione pareceu se emocionar.
_É uma floresta - Tolkien disse - Extremamente mágica e perigosa, muito além do que a Floresta Proibida, muito acima de todos os medos, há criaturas jamais vistas lá, há uma magia negra desconhecida, pouco estudada.
_Se chegarmos a floresta, acharemos o Horcruxe de Slytherin? - Harry perguntou.
_A pedra - Monstro disse, não parecia querer citar a palavra Horcruxe expressamente. - O senhor devera achar a pedra, achá-la em Crovotus...
_E como eu chego lá?
_Lareira, Hogwarts senhor, lá podera.
_A lareira no gabinete do Dumbledore - Hermione disse - No Hogwarts: Uma História diz que a lareira da sala do diretor é a única em conhecimento que tem acesso livre a todos os locais do mundo bruxo, a única.
_Sim, sim, apenas ela. Foi a primeira criação de Helga Hufflepuff - Lupin falou - Ela queria uma forma de locomoção para todos em todos os lugares, sempre prezava a igualdade, queria algum local que pudesse levar a todos, independente de qual fosse.
_Voltaremos - Slughorn disse - Tonks terminara de medicar Molly, falaremos com Minerva, ela nos garantira algumas poções para a viagem, em poucos dias estaremos de volta.

_Cada um de vocês levara isso - Minerva seriamente disse extendendo em direção a Hermione que estava mais a frente de todos, no gabinete, poucos minutos depois, um frasco com um líquido verde.
_Usando um feitiço convocatório terão através desse líquido garantirão sobrevivência por um bom tempo, realmente espero que voltem o mais rápido possível. Embora tenha certeza de que sairão de lá com o Horcruxe de Slytherin.
Harry se sentiu confiante diante de tanta certeza por parte da professora, desviando seu olhar para Hermione sorriu, a garota também.
_Alastor primeiro por favor - Minerva se adiantando a lareira que irrompia em chamas pediu.
Moody olhando rapidamente para Fawkes guardou o frasco que recebera e fechando seus casacos de frio adentrou as chamas. Pausando por um segundo bradou:
_CROVOTUS CADAVERUS! - a chama explodiu, todos se afastaram diante das labaredas que alavancaram da lareira.
_Remo por favor - Minerva se referindo à Lupin pediu.
Lupin trocando um olhar com Slughorn adentrou as chamas.
_Sr.Potter.
Harry curiosamente também não pode deixar de olhar para Fawkes antes de adentrar as chamas.
_CROVOTUS CADAVERUS! - imediatamente sentiu um puxão lhe rodopiar por várias chamas diferentes, voando por em meio ao que parecia túneis apertados e escuros caiu em um chão extremamente frio, frio e sujo. Se levantando, Moody e Lupin estavam parados, diante da floresta.
Era além de totalmente negra, cheia de árvores altas que se perdiam no céu negro, os campos pelas montanhas, nenhum tipo de luz nos caminhos a frente.
Hermione veio à seguir.
Assim que todos chegaram, o silêncio se fez diante das árvores.
_Bom - Tolkien disse não sabendo como deveriam começar - Monstro disse que poderia demorar décadas, acho que devemos começar...
Slughorn sorriu, não porque havia gostado do que Tolkien dissera e sim por estar nervoso.
_Vamos então - Moody caminhando rumo a floresta disse.
Diante do bruxo caminhando sem medo todos seguiram, adentrando em meios as árvores Harry sentiu um frio lhe varrer o estômago, olhando para os lados para ver se mais alguém havia sentido não encontrou nenhum vestígio, todos haviam desaparecido.
Recuando alguns passos as árvores haviam fechado a entrada, parecia que já estava totalmente dentro da floresta. Estava preso e cego, não podia ver nada.
_Lumus! - enunciou elevando sua varinha.
Houve um relampejo muito ao alto e da ponta da varinha somente uma faísca vermelha disparou por em meio a escuridão. No momento seguinte um novo relampejo e cavalgadas se iniciaram por um dos lados, alguém vinha chegando, com o enuncio e a disparada vermelha chamara a atenção de criaturas. Saindo a correr enunciou Lumus novamente porém nada aconteceu.
Correndo em meio as trevas, não podia ver nada, somente correu, as cavalgadas vindo em sua direção, vários gritos rasgando o silêncio, seu coração disparado, os galhos nas árvores parecendo querer pegá-lo, haviam ganhado vida.
Correndo mais que do que jamais podera uma cavalgada se aproximou extremamente rápida e se virando pode ver a criatura mais horripilante de toda sua vida. Antes mesmo que pudesse ver melhor uma pancada lhe atingiu as costas e em meio à gritos que não deveriam pertencer à qualquer membro da Equipe caiu em meio as árvores, sua varinha inutilmente apontada pra cima, um exército de criaturas demoníacas se aproximando. Se afastando ficou de pé e correu, as árvores pareciam se fechar cada vez mais, o caminho cheio de gritos, passos e vultos acizentados estavam o levando a um ponto que jamais poderia saber se voltaria, nem mesmo em décadas.
Estando ciente de que as cavalgadas o haviam alcançado uma nova pancada o acertou e caindo quase adormecido sua vista se embaçou, antes de fechar os olhos pode avistar dois olhos viperinos em meio a escuridão, uma criatura vinha se aproximando, tão demoníaca como outra jamais poderia ser, era somente o início de uma nova guerra, uma guerra que com um início dificilmente chegaria ao seu meio e fim.
_Lumus! - um novo jato disparou pela floresta, cambaleando, se levantou, as cavalgadas se afastaram porém o estavam cercando, correndo em meio as árvores que pareciam cada vez mais próximas, duas flechas cruzando ao lado de sua orelha direita cravaram em uma das árvores.
Sem fôlego seguiu adiante, as cavalgadas agora cada vez mais velozes, em meio a uma escuridão cegante, guardou a varinha em suas vestes e se virando seguiu, as trevas dominando os caminhos, ouvindo passos que vinham ao lado das cavalgadas, tropeçou em uma pedra e rolando por uma série de rochas, sentiu várias pancadas lhe atingirem todo o corpo, algo havia lhe cortado o rosto, sentia isso. Passando a mão, algo molhado lhe lavou, era sangue, realmente havia cortado.
Se pondo de pé olhou para trás, um vulto perolado havia passado voando, o sufoco, diante do sangue e da falta de ar lhe invadindo o corpo, o silêncio perturbador em meio a um local aonde o infinito era pífio. Com as mão trêmulas e o corpo dolorido saiu a andar, seus pés batendo em uma sequência de galhos que pareciam formar um sentido, como se trilhassem um caminho.
_Morte...sangue... - uma voz sussurrou do nada. Parando, sentiu um vento lhe passar por detrás da nuca, se virando novamente, o vulto correu a sumir, os passos agora somente pioravam, vários risos rasgando o silêncio.
_Peguem ele...morte...sangue...
Percebendo que os galhos realmente formavam uma trilha, seguiu por eles correndo, os passos o seguindo, as risadas frias invadindo sua mente, o frio lhe cobrindo o corpo, a escuridão não parecendo cessar de forma alguma.
Correndo em meio as trevas, um novo vulto passou muito próximo ao mesmo tempo que vários olhos vermelhos realizaram borrões na escuridão, temeroso, seguiu adiante.
_Morte...
_Quem está ai? - indagou na esperança de que assim podesse aliviar de certa forma o desespero dentro de si.
Houve em resposta a sua fala uma labareda de fogo que cruzou o ar surpreendentemente voraz, não parando um segundo sequer, o ar gelado que invadia seus pulmões foi quebrado e o silêncio se estilhaçou diante de um barulho que indicava fogo.
Seguindo, pode ver dentre a escuridão uma figura desconhecida queimar em chamas, pendurada em uma das árvores, o fogo iluminava ao redor, várias criaturas mortas, o sangue ao lado mostrava os enormes buracos em seus corpos, deveria haver alguma criatura sanguinária, alguma criatura carnivora, uma criatura que colocara fogo em todos os corpos.
Parando pela primeira vez de que adentrara a floresta, um rugido surgiu mais atrás, se virando, a criatura mais horrenda que poderia existir lhe avançou, lhe dando uma patada no peito, sentiu seus pés cederem enquanto adentrava algo muito escuro e úmido, não estava mais na floresta, não podia se ver mais árvores, ou as chamas, as risadas, os vultos, os olhos vermelhos, muito menos ouvir as cavalgadas e passos.
ARRRE!
A criatura adentrou o negro local, avançando ferozmente, Harry apanhou sua varinha antes de sair a correr, não conseguia correr mais, a criatura o pegaria, era realmente mais veloz.
Com mais um rugido olhou para o que vinha em sua direção, podendo ver somente uma espécie de urso todo deformado seu pé tropeçou em algo morto e não podendo se segurar foi caindo por um enorme buraco, a criatura mais atrás, pulara também.
Elevando sua varinha ao alto, berrou, com todas as suas forças, sua mente, coração e alma juntos na esperança de que saísse dali vivo, para que continuasse, para que encontrasse a Equipe dos Sonhos novamente.
_INCÊNDIO! - apesar de unir toda sua força, somente um feixe disparou mais acima, atingindo a criatura, num rugido explodiu em chamas. Ainda caindo pelo buraco, mergulhou por uma água gélida, a mais gélida que já estivera, o choque por todo seu corpo se unindo a dor, era o extremo, o insuportável.
Aproveitando as enormes chamas da criatura que cairiam em breve nas águas pode ver um caminho mais a frente, uma espécie de caverna .
Sentindo algo lhe tocar, a criatura mergulhou nas águas, o grito de dor rasgando o silêncio, percebendo que não era o urso, olhou para o lado, nada pode ver além das trevas do que dois olhos opacos de vidro no qual se mexiam pavorosamente, haviam corpos como na segunda tarefa do Torneio do Olheiro.
_Morte... - a voz disse novamente.
Sentindo seu coração pulsar de tal forma Harry pensou que lhe fosse disparar pela boca, em sequência ao que a voz dissera, vários corpos incrivelmente pularam das águas. Não eram somente mortos-vivos, eram vampiros.
Sentindo uma mordida no braço, viu que os dois olhos opacos vinham rumo a lhe morder o pescoço, milhares de corpos vindo para lhe estraçalhar, a água sendo manchada por sangue, sentindo mais uma mordida no mesmo braço, saiu a nadar rumo a caverna. Porém estava sendo cercado, não havia caminho aberto, sentindo uma mordida nas costas, algo como um veneno lhe subiu pelo sangue, um desejo demoníaco de matar a todos.
Nadando como jamais fizera, mergulhou pela água em sangue e passando por debaixo dos corpos emergiu pulando para as pedras que levariam a caverna, as três mordidas pareciam lhe dar um prazer, como se agulhas estivessem penetrando em sua pele.
Seguindo em um ódio desconhecido, assim que adentrou a caverna pode ver vários esqueletos podrificados presos nas paredes e cobrindo o chão. Adentrando com varinha em mãos, um grito de dor muito perto quebrou o silêncio, era uma voz conhecida, diante daquela voz, os esqueletos ganharam vidas, feitos e com espadas de fogo, a caverna foi irrompida, todos prontos a matar, todos prontos a destruir quem estivesse ali.
Sentindo o veneno lhe correr pelas veias Harry saiu a correr sem medo, sua varinha em mãos, algo em sua mente lhe dizia que poderia fazer tudo, que nada o impediria de vitoriar.
_CROVOTUS! - um raio dourado disparou pela caverna, atingindo vários esqueletos os destroçou. Atingindo o último, apanhou a espada com um feitiço de levitação e foi rumo a luta, nada o impediria de seguir e achar a ave sagrada.
ARRRRRRE!
Correu a lutar, se abaixou, desviou, pra baixo, direita, esquerda, esquerda, direita, esquerda, direita, direita baixo...e cravou a espadas num dos esqueletos que explodiu.
PÁ!
Algo lhe atingiu as costas dormente de dor, indo rumo aos esqueletos, elevou sua varinha:
_L-Ó-C-U-S-C-Á-V-E-R-E-S!
Um dragão de chamas ao invés de negro cruzou a luta atingindo os esqueletos, aproveitando a chance, saiu a correr indo adiante, as criaturas vindo mais atrás, o perseguindo. Indo por um caminho totalmente escuro, foi tomando várias curvas até perceber que estava subindo, seguindo, vários raios de fogo foram atirados contra o chão, tudo agora estava sendo irrompido pelas chamas, a caverna iria ser coberta pelo fogo em poucos segundos, correndo mais do que nunca, uma curva extremamente longa acelerou as chamas, iria explodir, iria explodir, se aproximando do fim, pode ver uma espécie de caveira negra cravada a uma rocha. Era o fim, não havia saída, ou voltava ou morria, sem saber o que fazer, elevou sua varinha ao mesmo tempo que mais um grito de dor, porém muito pior acelerou tanto as chamas quanto o seu coração, a caveira negra no momento seguinte ganhou vida e berrando a rocha as suas costas explodiu para trás enquanto a criatura vinha para lutar.
Harry não podendo esperar pois a caverna explodiria em poucos segundos pulou pelo buraco recém aberto, a caveira com uma espada de chamas verdes a elevou ao alto e produzindo um movimento rápido lhe fez um corte na altura do braço.
Sentindo como se uma chama ainda mais venenosa o estivesse matando aos poucos foi rolando pelos caminhos seguintes, as árvores estavam cada vez mais próximas, tendo consciência de que explodiria, continuou a correr, com o corpo quase dormente, com o corpo quase morto.
Seguindo uma explosão no segundo seguinte o arremessou longe, as chamas formavam uma espécie de pássaro de fogo, um gigantesco e pavoroso pássaro, uma criatura que logo se dissipou em meio as copas das árvores.
Não suportando mais a dor, o veneno e a cada minuto tendo menos força, seus olhos quase fechados avistaram um vulto mais a frente, havia algo mais atrás, algo de madeira. Cambaleando, se levantou, não sabia porque, mas algo lhe dizia para ir rumo ao vulto, era horrível, algo muito deformado.
Correndo, o caminho parecia não diminuir, fechando seus olhos se viu próximo a construção de madeira, o vulto desaparecera, era um casebre, um casebre todo destruído. A porta aberta rangia, havia algo que brilhava lá dentro. Seguindo, foi até a porta, era uma vela, havia uma vela sob uma mesa de madeira, as janelas abertas rangiam sombriamente, adentrando o único cômodo do casebre, extremamente dolorido, apanhou sua varinha, havia mais duas velas apagadas, acendendo-as, fechou as janelas abertas e em seguida a porta, observando ao redor, pode ver que havia somente uma mesa e uma sequência de madeiras que formavam uma cama com grandes buracos.
Levando suas mãos feridas às vestes, apanhou o frasco que Minerva lhe dera e com o sentido de veneno cada vez mais forte, enunciou:
_Accio!
Muito pouco do líquido no momento seguinte lhe adentrou pela boca, era uma poção revigorante. Vendo que havia ainda uma grande quantidade do líquido verde, guardou em sua vestes, uma energia pesada porém limpa do veneno dos vampiros e da cobra lhe fez com que caísse desmaiado na cama de madeira, não sabia aonde realmente estava, se havia acontecido algo com alguém e como chegaria ao Horcruxe de Slytherin.
Em meio a uma noite fria aonde pouco dormira um grito velozmente rompeu o silêncio, assustado Harry se levantou no mesmo instante que a porta do casebre se escancarou, houve mais um grito, era de Hermione, mais um grito, era novamente de Hermione, vendo o vulto correr por meio as árvores, se levantou, em meio a uma escuridão e um temor que parecia mortal. Sem saber muito o que fazer, saiu a correr atrás do vulto, um novo grito lhe cercou a mente, cada vez mais temeroso, seu coração disparou, seu corpo trêmulo corria sem rumo em meio as trevas, em meio a um caminho que não sabia se estaria voltando, indo mais a frente, direita, esquerda ou se mesmo estava saindo do lugar, o delírio de Crovotus Cadaverus somente mortalizando seus sentidos.
Com mais um grito, o desespero foi lhe dominando, o ar era gelado, o caminho cheirava a sangue e os cortes pareciam rasgar cada vez mais, seguindo o vulto, correu, correu como se nunca mais fosse sair dali, sem rumo, as árvores foram se distanciando, vendo algo muito branco, o vulto com olhos ensanguentados desapareceu, havia chegado ao fim da razão.
Em frente a uma casa branca muito destruída, de vários andares, mais um grito veio de dentro.
_Hermione! - chamou com a voz fraca - Hermione! Hermione!
_Aqui! - a voz de Hermione respondeu, não acreditando que podia ser verdade, a amiga gritou ainda mais, parecia estar sendo torturada. - Aqui!
_Hermione! - Harry repetiu somente para ter certeza.
_Aqui, Harry, aqui!
Harry cambaleando com a dor que não parecia ter passado em nada adentrou a casa, havia manchas de sangue nas paredes brancas, os quartos estavam completamente destruídos.
_Aonde você está? Aonde? Aonde?
_Aqui! - a voz respondeu do último andar.
Subindo pela primeira escada, as risadas demoníacas lhe vieram a mente, correndo em meio a escuridão, cada grito de Hermione lhe parecendo sufocar mais.
_Aonde? - Harry com as risadas e gritos lhe perturbando indagou.
_Aqui! Nãoooooooooooooooo!
Hermione berrou, parecia ter sido morta.
Harry saiu a correr pelas escadas, cada vez mais destruídas, pareciam não acabar, chegando a um dos quartos aonde precisaria apanhar a próxima escada em um dos cômodos, vários vultos em sangue nas paredes foram manchando o branco rasgado de vermelho, correndo cada vez mais, sentiu seus sapatos tocarem o chão coberto de sangue.
Temendo por não ouvir mais a voz de Hermione, chegou a última escada, pulando-a de dois em dois degraus, assim que chegou ao último, a escada cedeu, caindo por diversas madeiras, voltou a um dos primeiros andares, vendo uma criatura passar de relance por um espelho quebrado, voltou a descer, iria sair dali, iria ser morto, queria ir embora, fugir de tudo aquilo, as risadas, as vozes, o silêncio, os vultos, o sangue, a criatura.
Pulando vários degraus para o primeiro andar, saiu a seguir por um corredor, o mais escuro, chegando ao fim, percebeu que estava no caminho errado, deveria ter pego o outro, se virando, alguns degraus despencaram. Caindo vários metros, estava no porão, não havia saída dali, a escada estava destruída, se levantando um espelho sombriamente se estilhaçou, mostrando um reflexo logo as suas costas, pode ver que era uma criatura e um pergaminho no chão, se virando, a criatura não estava ali, o pergaminho, porém, sim. Se abaixando apanhou-o e abrindo em meio a escuridão um grito de dor suprema veio o mais próximo que poderia estar, se virando novamente, olhou para o pergaminho, várias letras escritas em vermelho surgiram ao mesmo tempo que ficou diante de quem gritara...
_CROVOTUS! - uma voz rouca bradou não muito longe dali e no mesmo instante Harry sentiu uma pancada lhe atingir as costas, caindo no chão quase dormente pela dor cavalar se virou, seus olhos se aprisionaram nos da criatura que vira no espelho. Não tinha forças para revidar, não tinha forças para levantar, não tinha forças nem para ao menos se pôr de pé. Se rendendo a uma dor quase inimaginável, o pergaminho caiu de sua mão, a criatura vinha para atacá-lo, acabar com tudo aquilo.
_L-Ó-C...
_CROVOTUS! - uma voz, porém dessa vez extremamente conhecida se impôs, chegando a cena, um jato passou velozmente iluminando o porão. Harry ergueu sua cabeça para ver quem acabara de chegar, vendo somente borrões, um rugido disparou como seu coração. A criatura corria rumo a atacar quem acabara de chegar.
_CROVOTUS! - uma outra voz enunciou.
_CROVOTUS! - outra também gritou.
_CROVOTUS! - uma terceira foi ligeira.
A criatura rugiu ferozmente, Harry pode escutar em meio as pancadas passos vindo em sua direção.
_Harry, por Merlim! - a voz de Hermione chegando ao seu corpo disse - Você está bem?
Harry com dificuldade acenou positivamente com a cabeça.
_Aonde... - Hermione indagou - Aonde está a sua poção?
Harry enfiou sua mão direita em um dos bolsos de suas vestes e apanhou o frasco com líquido verde, levando-o a boca despejou um pouco, no mesmo momento um calor lhe invadiu, estava se sentindo bem novamente, a dor embora não passasse havia sido aliviada.
Se pondo de pé, pode ver a figura de todos da Equipe dos Sonhos lutando contra a criatura, um ser extremamente horrendo que já se via abatido.
_Vocês... - disse em direção a Hermione - Estiveram juntos?
_Ah...não, não mesmo - Tolkien se aproximando respondeu - Nos encontramos agora, curiosamente todos estavam vindo rumo a essa casa quando escutamos vários barulhos e viemos correndo.
_Hermione - Harry falou - Porque você gritava tanto?
Hermione franziu a testa.
_Gritava? - a garota repetiu - Eu gritava?
_Sim, muitas vezes, cheguei aqui escutando vários gritos seus...
_Me desculpe - Hermione murmurou - Mas não gritei em nenhum momento.
Foi a vez de Harry franzir a testa.
_De certa forma estamos juntos, só temos que apanhar o Horcruxe e ir embora daqui o mais rápido possível...
PAM!
A criatura em um salto saiu a correr sem direção por um buraco que Harry ainda não havia visto.
_Um momento - Slughorn disse indo até o pergaminho caido no chão - O que é isso? - apanhando-o entregou a Lupin.
Sob os olhos de todos, a escuridão tornou quase impossível de ser lida, porém pode-se da mesma forma unir as palavras em sentido.
_Então - Rony falou - O que há?
Lupin aproximou os olhos e dessa forma iniciou a difícil leitura.

“Nascida em um berço de dor e esperança, a criatura com vida imortal mora aonde o sol se põem, aonde o lago se escurece, aonde a sombra do mago de vestes brancas pode ser vista, ao cair da tarde ela se levanta para com o homem voarem pelo céu, tendo somente a esperança de um dia acordar antes do sol cair, ela voa e somente volta quando o mesmo nasce.”

Houve um silêncio quase que inquebrável.
_De certa forma está fácil - Hermione disse.
_Imagino que sim - Rony ironizou.
_Mas está sim - Tolkien concordou no mesmo momento.
_Bom - Slughorn - Já sabemos que é uma ave, se na carta diz que é um criatura imortal somente podemos pensar em uma Fênix...
_Correto - Hermione falou - Fala também que ela mora aonde o sol se põem, deve ser em algum pico de montanha, algum lugar alto.
_Aonde o lago se escurece - Lupin repetiu.
_Deve ser um penhasco aonde abaixo deve ter um lago - Harry uniu os pensamentos.
_Sim - Tolkien parecia acompanhar as idéias.
_Ao cair da tarde, ou seja, durante a noite - Hermione continuou - Ela se levanta, quer dizer, acorda, para com o homem voarem, Fênix podem com grandes pesos, somente pode ser uma Fênix.
_Certo - Rony concordou - Mas esqueceram do mago de vestes brancas.
_Ele deve ser um guardião da Fênix, o dono dela, mas porque, porque moram aqui?
_Não sei - Tolkien respondeu.
_Também não - Rony disse.
_Bom - Harry murmurou - Aqui diz que ela tem a esperança de um dia acordar antes do sol cair, ou seja, de dia...
_Algo deve proibir ela de ver o sol antes dele se pôr, ela deve ficar presa, ou esse mago a proibe, algo assim...
_Tudo bem - Slughorn disse - Então quer dizer que ela somente sai do lugar aonde dorme ao anoitecer e com esse tal mago só volta quando o sol nasce denovo, então ela se fecha até o sol se pôr novamente e assim por diante...
_É o que parece - Moody que se via quieto sibilou.
_Até agora está tudo certo, mas o maior problema é sabermos aonde fica esse penhasco, chegando lá procuraremos o local aonde fica essa Fênix.
_Eu sei aonde fica - Rony em tom sombrio falou impressionando a todos.
_E então... - Lupi falou - Aonde?
_Amanhã...quando ficar claro, vamos, eu sei como chegar lá...
Todos pareceram concordar.
_Bom, não quero passar a noite nessa casa - Tolkien assombroso falou por todos.
_Tem um casebre aqui perto, não é muito grande, mas é o único local fechado além desse, pelo que sei...
_Se não temos escolha, é pra lá mesmo - Moody se virando para o buraco na parede disse.
Todos no mesmo instante também se viraram, somente Tolkien se mantinha parado e quieto, parecia pensativo.
_Vamos, daqui a pouco já é dia...
Com as palavras de Slughorn, o professor se manteve imóvel. Diante daquilo todos se viraram para olhá-lo.
_O que foi, tem algum problema, a criatura já foi embora! - Moody disse parecendo um pouco irritado.
_Não é isso - Tolkien sussurrou.
_É o que então?
_Eu ainda não entendi com o que o Monstro quis dizer falando sobre não precisarmos matarmos a criatura para apanhar o Horcruxe dentro do coração...
Hermione também parecia pensativa.
_Também estava pensando nisso, por enquanto, pra essa pergunta ainda não temos resposta...
Tolkien avançou alguns passos.
_Ultimamente muitas perguntas estão sem respostas.
Hermione sorriu.
_É...estão mesmo.
Durante uma madrugada fria e cheia de ruídos assombrosos que vinham do lado de fora, o dia chegou com um sol forte, pela janela os feixes iluminavam os rostos recém acordados, ainda sonolentos porém na esperança de sairem dali ainda aquele dia. Cansados todos foram se levantando, mesmo com alguns evitando tomar um pouco da poção, a maioria tomou, havia ainda para um total de cinco a quatro dias.
_Não é muito perto - Rony disse em voz baixa - Quando entrei na floresta logo atravessei um riacho pequeno, vem um pouco depois dele, vamos precisar andar muito ainda.
_Não importa - Harry disposto falou - Temos que sair o mais rápido possível.
_Concordo - Tolkien guardando seu frasco disse.
_Bom, então vamos - Slughorn abrindo a porta foi mais a frente. Todos deixando o casebre logo em seguida.

O caminho foi seguido por curtas conversas tristes, a cada grande distância entre árvores havia criaturas estraçalhadas e marcas de sangue. Parando duas vezes para descansarem, a tarde foi se passando com lentidão, a noite já chegava e os caminhos voltavam a sua escuridão cegante.
_Estamos andando o dia todo! - Hermione resmungou - Você tem certeza que sabe o caminho certo?
_SIM! - Rony gritou, todos da Equipe pelo menos cinco vezes já haviam o feito aquela pergunta durante o dia.
_Eu não acredito! - Tolkien sibilou, o sorriso doloroso em seu rosto - Não acredito!
Todos levaram seus olhos em direção ao que ela via, rapidamente um sorriso de contentação varreu a Equipe, Rony se sentiu aliviado, estava duvidando se realmente sabia o caminho certo.
_É o riacho! - Harry cansado e alegre murmurou - Você disse que é logo após, não é?
_É, logo após...
Em meio a escuridão todos sairam a correr, um barulho de ondas agitadas preenchendo o silêncio.
_Estamos quase lá, estamos quase lá - Lupin que seguia um pouco mais a frente falou.
A cada passo o barulho de ondas se intensificava, correndo cada vez mais as árvores foram se dispersando. Se dispersando até chegarem a um ponto aonde não havia mais, somente muitas montanhas, muito, mas muito distantes, uma brilhante lua no alto.
_Chegamos! - Hermione disse - CHEGAMOS!
O sorriso de todos somente foi se ampliando enquanto chegavam ao pico do penhasco, mais abaixo, um mar negro, não era somente um lago, era um imenso e belo mar, as ondas se chocando com as rochas.
_OLHEM ALI! - Rony disse apontando para o céu.
Harry pode ver em direção ao dedo do amigo, um borrão branco riscar a escuridão do céu, um pouco mais ao alto, uma grande ave vermelha e negra.
_Estão partindo, como diz no pergaminho, “... ao cair da tarde ela se levanta para com o homem voarem pelo céu...”, estão partindo, chegamos, chegamos ao local certo, não posso acreditar.
_Parece que sim - Rony satisfeito consigo mesmo disse.
_Nos resta dormir - Sllughorn falou - Amanhã quando acordarmos, esperamos eles chegarem...
Todos concordaram.
_Há uma caverna aqui - Moody andando pela montanha disse - É grande, podemos dormir...

Ao longo da noite somente as chamas feitas em uma pequena fogueira ao centro da caverna poderam ser vistas, se dissipando com o vento, a escuridão dominou as horas assim com o reflexo da lua ao mar.

_OLHEM! - Hermione gritou abruptamente - Não escutaram, eu ouvi o pio da Fênix, estão chegando.
Todos se levantaram e no mesmo impulso sairam a correr da caverna para o pico do penhasco, dali poderam avistar sob um sol que nascia no horizonte, acima das mais altas montanhas um mago de vestes brancas e uma ave de belas penas vermelhas e negras que voavam em sua direção.
_Nossa, que vista - Rony sussurrou, seus olhos refletindo as faces alaranjadas do grandioso sol que nascia.
_Tenho que concordar -Tolkien murmurou.
Em um pio bastante alto, a Fênix mergulhou indo rumo ao pico do penhasco, todos se afastaram para que a recém chegada pudesse pousar. Era realmente muito maior do que Fawkes.
Sob um silêncio quebrado somente pelo canto dos pássaros, o mago se virou para a Equipe dos Sonhos, lembrava em muito Dumbledore, tinha olhos negros, muito branco, vestes longas e belas, cabelos lisos e também longos. Surpreso, olhou para todos como se jamais esperasse ver algum ser vivo além dele ali.
_Não posso acreditar no que estou vendo...
A Fênix extendeu suas grandes asas e em um pio saiu a voar um pouco acima do mar.
_Jamais um humano chegou a esse local, nem sei como conseguiram adentrar a floresta, muito menos atravessa-lá...
_Viemos na busca ao Horcruxe - Harry se adiantando disse.
_Foi o que imaginei...tão sábios, somente por terem conseguido atravessar a floresta já merecem o que vieram buscar...
_Então nos ajudara? - Hermione calma perguntou.
_Certamente que sim...
_Antes - Slughorn se adiantou - Monstro, um elfo doméstico que nos indicou vir a floresta nos disse que Crovotus Cadaverus além do nome da floresta é o nome da espécie da criatura.
_Correto - o mago assentiu - Crovotus Cadaverus significa dor e esperança, uma criatura somente pertence a espécie Crovotus Cadaverus quando ela tem uma certa característica.
_Me desculpe - Hermione interrompeu - Acho que sei o que é... a Fênix não pode voar quando o sol nasce por completo não é?
_Exatamente menina, exatamente! E sabe porque?
_Sei..., ela se torna uma criatura muito violenta, é uma característica dessa espécie, quando no pergaminho disse que ela tem a esperança de acordar antes do sol cair, quer dizer que ela tem a esperança de se livrar dessa característica, que ela vive nesse sonho...
_Mas porque ela pode voar agora então? - Neville indagou.
_O sol está nascendo ainda, ela somente se torna violenta quando o sol nasce por inteiro...
_E tem mais uma coisa - Hermione prosseguiu - Essa cura, para ela perder essa característica temos que tirar o Horcruxe do coração dela não é, não é isso que a torna uma ave da espécie Crovotus Cadaverus?
_Perfeitamente! - o mago mais do que surpreso exclamou - E a senhora sabe o que é o Horcruxe?
Harry não poderia deixar de notar que Hermione fora exemplar em associar tudo, porém saber o que era o Horcruxe o surpreenderia além do que jamais sonhara.
_A pedra da taça de Salazar Slytherin...
O mago sorriu.
_Sim, todas as casas de Hogwarts tem uma taça aonde há uma pedra com características únicas, a de Salazar é um Horcruxe, um dos Horcruxes de Tom Riddle...
_Como o senhor sabe de tudo isso, quero dizer, o senhor vive isolado aqui não é?
_Errado meu jovem - respondeu à Harry - Eu e minha Fênix viviamos normalmente até que descobri que ela havia sido atingida pela pedra e resolvi a partir de então me refulgiar nessa floreta até que alguém podesse chegar para enfim levar a pedra.
_Mas porque o senhor mesmo não tirou?
_Somente o marcado pelo próprio Tom Riddle pode destruir um Horcruxe.
_É claro! - Hermione exclamou - Por isso que o diário dele somente foi destruído pelo Harry.
_Me parece que você é de uma inteligência assustadora.
Hermione pareceu encabulada.
_Então - Harry disse - Podemos fazer isto logo?
_Certamente que sim.
_Mas como vamos tirar o Horcruxe do coração da Fênix sem a matá-la? - Tolkien não conseguindo ocultar sua dúvida constante disparou.
_Senhorita, você sabe? - o mago perguntou a Hermione.
A garota balançou a cabeça positivamente.
_Teremos de unir as poções dada pela Minerva, cada poção contém um ingrediente diferente que quando a Fênix beber a fara sentir um efeito de dormência, quando ela desmaiar teremos de usar um feitiço do Espelho Armado, assim conseguiremos apanhar a pedra.
_Espera um pouco - Rony disse um pouco confuso - O que é Espelho Armado?
_Espelho Armado - o mago respondeu - É um feitiço que torna possível visualizar o corpo de qualquer criatura mágica por dentro, com esse feitiço poderemos ver o coração e assim nele, a pedra, o marcado por Tom terá com sua mão levá-la até o coração e apanhar a pedra.
_Eu farei esse feitiço - o mago branco disse.
_Então para que viemos até aqui? - Rony sibilou.
_Podem não ter percebido, mas somente quando uma equipe, uma equipe que já lutou contra as forças de Tom Riddle pode fazer com que o pergaminho seja revelado e com que o feitiço seja feito por completo, sem contar com a poção, cada um de vocês tem um ingrediente, na falta de qualquer um não daria certo durante a dormência.
Diante de todos parecerem ter entendido a importância de estarem ali, o mago se virou para as montanhas.
_O sol já está quase por inteiro no céu, devemos agir rápido...
_Sim - Harry concordou de imediato.
O mago em um alto assobio chamou a Fênix, velozmente em uma bela cena a ave voou muito alto e adentrou a cavena. Todos correram para dentro.
_Aqui - o mago disse apanhando uma pequena bacia prateada - Coloquem seus líquidos...
_Só queria ver se tivessemos demorado uma semana ou mais para chegar aqui, não iamos ter nada...
_Não iam demorar isso - o mago foi contra o pensamento de Rony - Tudo na magia é feito dentro de um tempo que somente a magia pode quebrar, jamais poderiam ter bebido tudo isso.
Assim que Harry despejou o seu líquido e assim todos se uniram na bacia, rodopiando em cores variadas, o líquido de verde foi para vermelho, amarelo, alaranjado, negro e por último prateado aonde parou.
_É isso!
O mago levou a bacia até a Fênix e fazendo com que uma pedra quase fechasse a entrada da caverna impediu que o sol acendesse a lareira.
_Finalmente - disse à Fênix - Finalmente vamos poder te dar a esperança que tanto esperávamos, acabou, daqui a pouco, tudo estara acabado.
A Fênix deixou uma lágrima cair na bacia prateada e num pio que unia sonhos, alegrias e esperanças bebeu o líquido, seu olhos rapidamente foram se fechando ao mesmo tempo que tombou de lado e caiu desmaiada.
_AGORA! - o mago apanhando uma varinha das vestes disse. Harry correu a ir até a ave.
_CRAVATUS KEDIVARUS! - um raio de fogo disparou rumo a Fênix a queimando toda, a queimava ao mesmo tempo que toda a plumagem desaparecia sob o olhar aflito de todos. Todo o interior da Fênix foi surgindo, mais ao meio, um coração, um coração de fogo com uma pedra negra ao centro, uma reluzente e bela pedra negra.
_VÁ!
Harry olhou bem para o coração e adentrando seu braço temeroso nas chamas foi rumo a pedra, uma dor suplicante lhe invadindo o corpo, como se estivesse sentindo algo lhe furando de fora a fora, era uma dor que superava qualquer uma, uma dor lhe que quebrava os ossos.
ARRRRRRRRRRRE! - gritou ao mesmo tempo que sua mão chegou ao coração e com os olhos lacrimejantes fechou-os somente sentindo o que tocava. Uma imagem lhe veio a mente, uma Fênix, era uma fênix de penas negras e vermelhas, ela voava, ela voava solitária, voava acima de muitas montanhas, havia um sol brilhante ao alto, ela piava sob o cantar dos pássaros, ela era livre, estava sendo liberto, era o seu sonho, era a sua esperança.
Sentindo como se uma faca lhe cravasse as costas apanhou a pedra e sentindo mais uma cravada puxou com toda a sua força, com toda a sua esperança.
Abrindo os olhos caiu ao chão desmaiado, a pedra ao lado, caída, a dor quase o matando.
_LHE DÊEM ISSO, RÁPIDO, ELE ESTÁ MORRENDO!
As últimas palavras que Harry ouviu antes de desmaiar foram essas.
_DEPULSO! - sentiu uma pancada lhe atingir o peito ao mesmo tempo que engoliu algo, um líquido quente, muito quente.
_Você está bem? - o mago perguntou, a varinha apontada.
Harry olhou ao redor sem responder.
_Porque não acordou ainda? - Rony parecendo preocupado com a Fênix perguntou.
O mago correu a ir até a ave, Harry se levantando também foi, a dor embora fosse angustiante estava passando. Algo lhe dizia que se sentia como a Fênix naquele momento.
_Está morta.
No instante seguinte as palavras do mago Harry sentiu uma pancada lhe atingir o peito, do nada caiu ao chão com as mãos em direção ao coração, houve uma explosão em chamas e a ave grandiosa ressurgiu viva em uma tão pequena que cabia na palma da mão. Vagarosamente a dor passou e se sentindo vivo como poucas vezes se sentira olhou bem nos pequenos olhos da criatura agora com penas vermelhas e douradas e vendo uma lágrima escorrer pelos negros olhos sorriu.
_Conseguimos - o mago em um sorriso que mal cabia no rosto disse - Está tudo acabado.
Apanhando a pequena Fênix, Harry se virou para diante dos olhos de todos apanhar a pedra negra, um losango com uma serpente reluzente em vermelho.
_Depois da taça de Hufflepuff e da metade da varinha de Ravenclaw, etsamos quase finalizando.
_Isso mesmo - Hermione disse com a voz um pouco trêmula. - Isso somente está começando.
Harry sorriu, olhando novamente para a Fênix na mão do mago falou, o sol já adentrando a caverna.
_Agora podemos voltar para casa.
Houve uma rápida onda de sorrisos, porém na mesma velocidade que vieram se foram.
_O quê foi? - o mago indagou parecendo surpreso - Logo estarão de volta à Hogwarts.
_Esse é o problema - Rony murmurou em meio ao silêncio.
_Problema? - o mago não escondendo seu assombro disse - Vocês estão há três dias em uma floresta cheia de armadilhas e criaturas das trevas e quando podem voltar para casa acham isso um problema, sinceramente, há algo estranho em tudo isso.
_Não sabemos como voltar - Hermione foi direta.
Quem sorriu dessa vez foi o mago.
_Estão vendo aquilo? - ele perguntou mostrando com uma das mãos muito machucadas a bacia com pouco líquido prateado. Alguns disseram que sim enquanto outros somente acenaram positivamente com a cabeça.
_É uma chave do portal? - Hermione perguntou.
_Você realmente não me pára de surpreender garota.
Hermione pareceu novamente encabulada, para si era algo normal adivinhar o que seria um objeto em meio a tão poucos.
_Prontos para voltar para casa?
Os sorrisos retornaram. Bastante agitados, toda a Equipe dos Sonhos se aproximou da bacia, cercando-a o mago iniciou a contagem.
_Quando disser três...um...
Harry olhou para a Fênix e como em um momento rápido se lembrou de Fawkes.
_Dois...
A Fênix pequena lhe piscou, os olhos negros brilhantes.
_TRÊS!
Todos tocaram a bacia e com um solavanco que parecia puxar vagarosamente iniciaram a viagem de volta.
_Até mais! - o mago se despediu, provavelmente voltaria a civilização bruxa agora com sua fênix curada.

_AI ESTÃO! - uma voz masculina disse abruptamente, vinha de um dos quadros.
Harry ainda zonzo com a viagem pode ouvir alguns passos vindo em sua direção.
_Oh céus, chegaram Minerva, chegaram! - uma bruxa animada, em um dos quadros principais anunciou ao mesmo tempo que o chapéu pontudo de Minerva surgiu diante dos olhos de todos.
Harry se pondo de pé ficou diante do gabinete, a figura de Dumbledore em seu quadro, adormecido, a sua frente.
_Penso que ocorreu tudo bem - Minerva ansiosa disse.
Harry e Tolkien sorriram.
_E aonde está? - Madame Cornélia, a mãe de Cornélio Fudge e ex-diretora de Hogwarts indagou em grande curiosidade.
Harry levou sua mão a um dos bolsos e sob o olhar de todos apanhou a negra pedra em forma de losango com a serpente prateada reluzente, a pedra da taça de Salazar Slytherin.
_Restam poucos agora - Lupin disse ao mesmo tempo que o Prof.Flitwick, Madame Maxime, Laverne de Wenlock, Sir Helvetius, Lorde Blade e a Prof.Sprout adentravam o gabinete.
_Exatamente - Harry foi ligeiro.
_Penso - Flitwick disse em voz baixa enquanto toda a atenção era desviada para si - Que Tom sentirá um sinal de perda referente a mais uma parte de seu corpo destruída, devemos ser cautelosos, destruir esse objeto pode nos trazer muitos perigos.
_Cautelosos? - Lorde Blade repetiu crédulo - Em qualquer momento que destruirmos Voldemort sentira.
_Certamente que sim - Slughorn disse - Dessa forma destruiremos em poucos dias...
_Como a destruirão? - Laverne de Wenlock indagou - É uma pedra de Salazar Slytherin, extremamente protegida por encantamentos quase inquebráveis.
_Sim Wenlock, sim - Minerva respondeu - Fortes encantamentos, mas tenho a certeza de que se unirmos o Prof.Flitwick com o Prof.Tolkien obteremos a resposta.
_Sei a resposta - Sir Helvetius falou sombriamente - Flitwick nos dirá qual o melhor feitiço, Tolkien como desencantar e eu como destruí-la. Em poucos dias faremos.

_Não se acanhem - a Profa.Sprout animada pediu assim que todos adentraram a estufa para mais uma aula de Herbologia - Por favor tirem suas luvas e coloquem as que estão na mesa as suas frentes, elas são, naturalmente, mais resistentes e para a aula de hoje, precisaremos disso.
Tirando suas luvas Harry pode ver Hermione apoiar sua mão sob a mesa com as novas luvas e logo em seguida Rony, sem querer, colocar a sua sob. Sorriu diante daquela cena, Hermione não se afastara, embora ficasse extremamente vermelha e tivesse evitado um olhar tão direto com Rony.
_B-b-bom - Rony gaguejou tão vermelho como suas orelhas naquele momento - Mione - disse com a voz fraca - V-você pode pegar aquelas luvas para mim...mim...sabe, na minha mesa não tem essas novas.
Harry sorriu novamente, algo dentro de si crescia como um leão rugindo alegremente, rugindo alegremente por Rony e Hermione.

_HOGSMEADE AQUI! HOGSMEADE AQUI! - Filch nos esbranquiçados campos de Hogwarts chamava, estavam a apenas dois dias do Natal e as usuais doze árvores natalinas já haviam sido postas por todo salão, seria um Natal especial pois contariam com a presença das outras escolas e quase todos os alunos haviam decidido ficar, o que deixara aquela visita à Hogsmeade deliciosamente quente como os texugos de chocolate da Dedosdemel.
_Não se esqueça - Tolkien disse à Harry assim que adentraram os ornamentais portões com luzes coloridas de Hogsmeade, o professor usaria a poção Polisuco nos próximos instantes - Entrarei agora no Cabeça de Javali, espere alguns minutos, depois vai, não leve Rony, nem Hermione, entendeu?
Harry apenas acenou positivamente com a cabeça.
_E então - Rony disse, assim que se reuniu a Harry novamente - Vamos aonde?
_Dedosdemel - Harry e Hermione responderam ao mesmo tempo, com o frio extremo que todos vinham enfrentando, ficar por horas na quente loja da Dedosdemel era a melhor coisa para se fazer.
_DEDOSDEMEL! - um grupo de alunos de Bounstouns disseram enquanto tiravam uma foto em frente a loja.
_Sejam bem vindos a Dedosdemel - uma vozinha fina e suave desejou assim que Rony fechou a porta logo atrás, com certeza a loja se via completamente lotada.
_Águias de abóbora, águias de abóbora - uma bruxa com um avental colorido da loja dizia a um grupo de carregadores que depositavam grandes caixas nos fundos - Ah sim, ia me esquecendo, precisamos de uma grande quantidade de Leprechauns caramelizados...
Harry se divertiu muito com um grupo de Beauxbatons e Durmstrang que admiravam os elegantes sapos engravatos de chocolate e que ficaram encantados em poderem comprá-los por preços tão acessíveis.
_Vou ter que ir - disse à Hermione enquanto Rony mostrava a uma extasiada garota de Agatston uma sequência de frascos com suco de abóbora que ganhavam formas diversas.
Deixando, logo em seguida, a loja enquanto uma sequência de bruxos com chapéis vermelhos e amarelos adentravam animados seguiu pelas brancas e frias ruas alcançando o Cabeça de Javali poucos minutos depois. Fitando pelas vidraças sujas vultos sombrios caminharem enquanto a placa acima balançava assutadoramente abriu a porta com um rangido e seguiu pelo escuro. Passando defronte a uma mesa quase vazia exceto por um bruxo de capuz negro e mãos muito machucadas foi surpreendido por um pigarreio incomum.
Se aproximando com cautela se sentou bastante afastado.
_Primeiramente quero lhe dizer que dificilmente a pedra de Slytherin é o Horcruxe que realmente esperam ser.

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