O VILAREJO DE DEATHLY HALLOWS



CAPÍTULO 40:

O VILAREJO DE DEATHLY HALLOWS


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Durante todo o período de aulas daquele dia, os professores se mostraram realmente incomodados com a nomeação de Nicholas de Hall Hooper à Ministro da Magia, e a Profa.McGonagall, retornando ao seu cargo em Transfiguração deixou escapar que o Ministro causaria mais “danos” ao mundo mágico do que os próprios Comensais da Morte e Você-Sabe-Quem.
No final do expediente de aulas, Harry foi surpreso ao chegar a cheia e quente torre da Grifinória e ver que sob sua cama, muito bem escondido havia uma carta.
_Você também recebeu? – Rony perguntou e antes que Harry pudesse responder, Hermione adentrou o dormitório.
_Dumbledore acha que sabe aonde está a Profecia, finalmente – Harry imediatamente olhou para os lados para ver se realmente não havia ninguém no quarto além deles e percebeu que Hermione jamais teria falado caso houvesse alguém.
Apanhando sua carta, olhou apenas duas linhas escritas com letra fina e disse:
_O que fala então?
_Parece que está em um vilarejo – Rony respondeu consultando sua carta – Um vilarejo mal-assombrado – e não pareceu gostar dessa parte.
_E que pode estar em uma das casas desse vilarejo – Hermione continuou – Ou que pelo menos possamos descobrir aonde está. Nós devemos se encontrar com Dumbledore, amanhã de noite.
_Ok – Harry disse rasgando sua carta – Depois queimo isso.

O dia seguinte chegou juntamente com uma das mais aguardadas aulas já prometidas por Tolkien, a dos Vampiros. No primeiro intervalo entre os períodos todos os corredores já comentavam entusiasmados o que haviam visto durante a aula. Os alunos do sétimo ano alcançaram o terceiro andar prosseguindo rapidamente para a classe, aonde ao chegarem na porta pararam abruptos, assustados com um objeto alto e escuro colocado em frente a mesa do professor; Um caixão marfim lustroso.
_Não vou gostar disso – Rony sussurrou para si.
_Ainda a tempo de fugir – uma das garotas de Beauxbatons falou a outra.
_Receio que não garotas – Tolkien surgindo silenciosamente mais atrás assustou à todos – Vamos entrar por favor, vocês irão adorar a aula de hoje.
Harry desviou um olhar à Neville, ele parecia particularmente trêmulo.
Assim que todos rapidamente e quietamente se acomodaram Tolkien apanhou sua varinha e com um movimento rápido fechou a porta, as velas por toda a sala crepitaram em chamas e todos se voltaram para o caixão.
_A história dos vampiros não foi e jamais será a mais amistosa que vocês poderão ouvir – alguns alunos engoliram seco – Os vampiros de nosso mundo, em parte, se situam ocultos sob sua verdade, eles são, acima de tudo, muito poderosos e astutos e tendem a atacar suas vítimas pouco tempo depois de tê-las avistado.
Certamente a maior concentração de vampiros existente é em um velho vilarejo isolado do mundo bruxo, extremamente mágico e amaldiçoado pelos encantamentos mais cruéis que podem existir. Alguém saberia me dizer qual o nome desse vilarejo? – em meio à quase escuridão, ninguém levantou a mão – Pensei que ninguém saberia – e ele desviou um rápido olhar para o caixão – Deathly Hallows ou mais conhecido pelos poucos livros que ousaram o citar como o esquecido vilarejo do Velho Arqueiro Negro. Há muitos anos os Vampiros se estabilizaram nesse vilarejo e guiados pelo vampiro mais perigoso de todos, Lorde Herbert Varney. Um vampiro conhecido há anos por atacar mulheres na noite de Londres, aonde chegou a forjar sua captura pelo Esquadrão de Criaturas Mágicas para se dar por morto. Em meio há tantos contos fantasiosos envolvendo seu nome poucos realmente sabem que ele está muito bem vivo e ativo em suas capturas.
Um pouco antes de Você-Sabe-Quem chegar ao seu grande poder antes da sua notória queda, os Vampiros se uniram a ele, mas como os Lobisomens já haviam feito isso, uma grande rivalidade surgiu e uma armadilha foi realizada, Você-Sabe-Quem preferiu os Lobisomens e com eles tentou exterminar a raça dos Vampiros.
Com um ataque que ocorreu há anos, muito pouco antes do Lorde cair, os vampiros conseguiram sobreviver, porém grande parte morreu aquela noite e muitos poucos existem na população bruxa, os que existem são fortemente vigiados pelo Ministério. O vilarejo de Deathly Hallows, antes, um dos lugares mais temidos de nossas terras, hoje, foi retirado do mapa bruxo e sob uma maldição quase inquebrável, não passa de mais um refúgio para aqueles que sobrevivem por misérias.
Tolkien se voltou para a classe e parando próximo ao caixão apoontou para ele.
_Aqui dentro há um vampiro – alguns alunos se entreolharam apavorados – Morto, já recebeu os encantamentos necessários e com muita dificuldade consegui trazê-lo até vocês.
Sir de Horward Porpington, sim, parente distante do Senhor Nicholas, foi, há alguns anos, morto por sua esposa, Lady Carmilla Sanguinária e nunca devidamente enterrado. Seu corpo há alguns poucos anos foi encontrado. – Tolkien produziu um gesto rápido com sua varinha e a porta do caixão se abriu, alguns imediatamente desviaram seus olhares. - Percebam como está ferido – Harry, em uma das mesas mais próximas do vampiro, pode perceber que ele estava repleto de cortes profundos e sua pele parecia tão branca que chegava a ser possível ver veias negras por seu pescoço e rosto. Os dentes, grandes e afiados, na boca ressecada. Os olhos, viperinos e com pupílas verticais, abertos e opacos, olhando a sua frente como se acabasse de ter levado um susto, as vestes, negras com uma longa capa sujas e em suas mãos dedos finos e longos com anéis de ouro e prata e símbolos sombrios.
_Foi morto da pior forma – Tolkien prosseguiu olhando para o vampiro com tristeza – Traiu sua esposa por uma noite e quando voltou para casa foi completamente mutilado, graças a feitiços realmente complexos conseguiram recuperar o corpo.
Harry, naquele momento, desviou um olhar para Hermione na mesa ao lado, ela parecia estranhamente interessada nos símbolos pertencentes aos anéis.
_O que são professor? – ela disse em uma voz quase rouca e muito baixa – O que são os símbolos nos anéis?
Tolkien a olhou por um instante.
_Ninguém nunca soube Srta.Granger, mas boatos afirmam que um desses símbolos é a resposta para a quebra da maldição no vilarejo.
Harry forçou sua visão em um dos anéis e apenas o único símbolo que conseguiu avistar foi o de uma pedra pequena e vermelha, muito brilhante e bela.

O dia passou com uma sensação de desprazer em todas as conversas que os professores mergulhavam, de noite, quando Harry, Rony e Hermione juntamente com outros membros da Ordem se reuniram à Dumbledore para partirem para o vilarejo, o diretor se mostrou claramente frustrado com a nomeação de Nicholas de Hall Hooper a cargo de Ministro, sua preocupação era que ele não havia sido liberto da Maldição imposta por Voldemort e que rapidamente teria de tomar uma decisão grave sobre essa situação.
_É um vilarejo muito mágico, quase impossível de se alcançar, Voldemort provavelmente pôs a profecia de Gryffindor lá durante a amardilha dos Lobisomens, ele sabia que seria a única maneira de conseguir adentrar o vilarejo em anos e se conseguisse nenhuma outra parte de sua alma estaria tão bem protegida como aquela.
_Mas – Tolkien falou se adiantando – Não há como entrar nesse vilarejo, ele está amaldiçoado.
_Há apenas uma chance e ela será realmente arriscada – Dumbledore disse sério e rápido.
_E qual é? – Moody perguntou, seu olho elétrico voltado para Fawkes.
_Apenas um de nós poderá fazer isso – Dumbledore respondeu em meio ao silêncio - Teremos de usar uma chave do portal e durante a viagem nos libertarmos para seguir com Fawkes, ela, por sua grande e pura magia conseguira quebrar a primeira maldição, mas somente um vampiro também puro de seus desejos conseguira quebrar a segunda e chegar ao vilarejo – Dumbledore respirou por um segundo – Uma vez quebrada a maldição poderemos chegar através da Chave do Portal ao vilarejo, embora tenhamos que fazer isso em um tempo crucial - Lupin, Tonks e Quim se voltaram para Tolkien naquele momento, ele parecia sério, mas nunca parecera tão jovem como antes.
_Eu farei isso – ele disse – Eu quebrarei a Maldição – e então Harry entendeu, Tolkien era o vampiro puro de seus desejos de raça, puro dos desejos por sangue e de tudo que o ligava a raça vampira, ele era a pessoa certa para quebrar a maldição por instantes.
_Harry partira logo em seguida – Dumbledore prosseguiu – Ele é o mais importante está noite, o único que poderá apanhar a Profecia caso a achemos. – Harry acenou positivamente com a cabeça. – Pois muito bem – e Dumbledore sacudiu sua varinha levemente daonde um cálice velho e raxado surgiu sob a mesa. – Fawkes... – ele chamou e a ave em um pio saltou de seu poleiro e executando uma finta no ar mergulhou na direção do cálice e desapareceu rapidamente. Os olhos de Rony saltaram estranhamente diante dessa cena. – Tolkien – Dumbledore falou e então o professor tocou a taça e em um baque muito alto também desapareceu – Devemos esperar o momento, ele precisara realmente ser testado antes de conseguir quebrar a Maldição; Harry, se aproxime e esteja preparado, quando disser, pode tocar o cálice – Harry acenou positivamente com a cabeça e se aproximando do cálice, estendeu sua mão deixando-a poucos centímetros de tocá-lo.
Por breves momentos, o silêncio dominou o gabinete e até mesmo os quadros pareciam ansiosos para o momento.
Harry olhava para o cálice com tanta ansiedade que pensou que Tolkien e Fawkes pudessem repentinamente saltaram de lá.
Parado e atento, houve um estralo alto e todos imediatamente entenderam que ele havia vindo do cálice, mais um estralo, esse um pouco mais demorado e então o cálice brilhou intensamente. Harry sentiu seus olhos arderem diante da forte luz.
_Agora Harry, toque! – diante da ordem de Dumbledore Harry tocou o cálice e então sentiu seu corpo ser esmagado por túneis minúsculo, por muito tempo pensou que aquela viagem podesse quebrá-lo inteiro, não havia barulho algum, apenas alguns de sucções fortes e algumas sombras que foram se intensificando até perceber que estava todo coberto por uma densa escuridão. Por mais um tempo sentiu seu corpo apertar e então, suas costelas foram pressionadas quando passava por um buraco excepcionalmente minúsculo. Repentinamente seu corpo foi liberto e então caiu em um lugar extremamente frio, assustado pelo que passara abriu seus olhos e no mesmo instante seus ouvidos detectaram que uma grande confusão começava por todos os lados.
_PEGUEM-O! – uma voz gritou em meio a escuridão e vários vultos começaram a despencar por todos os lados, Harry, ainda dolorido, imediatamente se jogou por entre dois realmente altos e foi atingido na cabeça com algo que o fez cair por um jardim escuro e ir rolando por um barranco – COLLOPORTUS! – a voz de Tolkien bradou e com um baque sentiu seu corpo ser puxado.
_AVADA KEDAVRA! – uma Comensal trovejou e o jato verde cruzou a luta em direção a Harry.
_PULA! – Tolkien gritou e Harry saltou para o lado quando o jato atingiu uma casa as suas costas, incendiando-a. – CROVOTUS! – Tolkien já lutava.
Harry olhando para os lados na busca a uma saída ou a mais alguém da Ordem não viu nada além de vultos negros voando por todos os lados e então percebeu que os mesmos vultos eram Comensais enquanto outros vultos brancos também disparavam pelo ar. Tonks parecia naturalmente veloz em sua luta e além dela, somente Quim estava ao alcance da vista de Harry naquele momento.
_LÓCUS CÁVERES! – um Comensal bradou e Harry foi atingido no ombro sendo jogado em cima de uma lápide no jardim de uma casa. Não havia sido atingido pela Azaração e sim por Tonks que o que quisera tirar da reta. Agradecido por isso se levantou percebendo que os Comensais agora estavam voando pelos céus, indo em direção aonde criaturas de fogo cobriam o ar, Tonks e Quim também partindo.
_A luta nos separou de Dumbledore – Tolkien disse rápido, sua varinha ao alto e seus olhos verdes observando cada palmo da escuridão – Temos de o encontrar, somente Dumbledore sabe realmente o caminho.
_Mas e Rony e Hermione? – Harry perguntou e misteriosamente eles surgiram do outro lado, haviam estado atrás de um monumento cadavérico. – O que estavam fazendo ali?
_Tonks e Quim nos prenderam lá, disseram que podíamos morrer se lutássemos, os Comensais estão matando a sangue frio, principalmente sangues-ruins – e Hermione não pareceu incomodada em dizer isso.
_Não se afastem mais, por nenhum instante - Tolkien disse com varinha em mãos - Esse lugar está cheio de vampiros e criaturas que podem nos devorar, mantenham varinhas ao alto, Rony, não fique para trás...
Harry olhou ao redor, aonde, há poucos segundos havia uma voraz luta agora estava completamente deserto e sombrio, as casas eram escuras e feias e pelas ruas, os postes iluminados por grandes labaredas dançantes de fogo estavam se apagando com velocidade.
_Dumbledore deve estar naquele lugar com as criaturas de fogo – Rony disse claramente apavorado e então Harry percebeu que não havia mais as criaturas no ar, todas haviam desaparecido e por um instante nenhum vestígio de luta podia ser identificado.
_Porque os Comensais podem voar?
_Eles não podem voar na verdade – Tolkien respondeu sem perder a atenção um segundo sequer – É esse lugar que faz isso.
_Como?! – Harry exclamou olhando para o professor com surpresa.
_Existe um encantamento de proteção nesse lugar que faz com que todo bruxo, sendo ele ou não das trevas, possa voar aqui dentro. Os seguranças do vilarejo utilizavam essa forma de proteção para guardar as entradas e saídas de inimigos que queriam queimar o vilarejo.
_Porque alguém iria queimar isso aqui? – Rony perguntou crédulo.
_Por causa dos Vampiros, os Lobisomens os odeiam, eles realizaram várias armadilhas para tentar matá-los e depois de uma realmente pavorosa os vampiros conseguiram colocar um encantamento de proteção que faz com que os seus guardadores possam voar.
_Sabe, não é um feitiço fácil de se fazer – Hermione falou olhando para o céu negro com grande surpresa.
_Não mesmo – Tolkien disse – O Ministério já tentou implantá-lo mas ninguém consegue conjurá-lo, duvido que até mesmo Dumbledore, foi uma proeza terem conseguido.
_Então eu posso voar também? – Rony perguntou dessa vez animado embora ainda aparentasse estar apavorado.
_Não é tão fácil assim Rony – Hermione falou.
_Não há nenhum sinal de luta – Harry falou – Nunca vamos encontrar os outros...
_Quieto – Tolkien murmurou sombriamente e todos pararam no mesmo instante – Alguém está...
_Eu ouço passos - Hermione disse, vários barulhos estavam acontecendo por todos os lados e em sequência a um quase ensurdecedor, pelo céu, vultos negros começaram a despencar por todos os lados novamente.
_ELES VOLTARAM! - Rony gritou assustado e derepente um dos vultos o cercou agarrando-o em seguida.
_RONY! - Hermione gritou quando o vulto auçoou vôo. Esse vulto em especial parecia muito mais veloz que qualquer um e muito maior também.
_Oh céus... – Tolkien murmurou elevando sua varinha, os outros vultos os fechando em um gigante casulo negro.
_LARGUE-O! - uma voz forte ordenou ao fundo e uma criatura de fogo disparou em meio a escuridão rumo ao vulto quebrando o casulo com uma força assustadora.
Harry imediatamente se virou para ver quem chegara, juntamente com ele, vultos brancos saiam na luta contra os negros.
_Dumbledore... - uma voz disse friamente e então os vultos cobriram os céus e as ruas em meio a luta.
_Lorde Herbert Varney - Dumbledore suspirou sério.
Em meio a uma cena assustadora, o vulto que segurava Rony o soltou e começou a voltar a sua forma humana.
_COLLOPORTUS! – Tolkien enunciou com velocidade antes que o corpo de Rony caísse no chão e então ele foi levitado por poucos segundos.
_Nossa, o que é isso... – Harry ouviu Hermione murmurar para si e quando se virou percebeu que Tolkien os estava afastando do que parecia ser um bruxo extremamente pálido e alto, com uma cartola negra na cabeça, uma longa capa, vestes vermelho sangue e pupilas em fenda, os dentes afiados quase evidentes.
_Boa noite Alvo – ele falou com uma falsa voz calma.
_Não digo o mesmo Herbert – Dumbledore disse simplesmente – Vejo que você naturalmente tem preferido o lado de Tom Riddle mesmo sabendo que pode sofrer as conseqüências de antes.
_Não há nada para se perder dessa vez – Herbert Varney falou enquanto sua capa balançava com a ventania, seus olhos fitados nos de Dumbledore.
_Todos sabemos que sim – ele disse tranquilamente – Você se mostrou fiel à Voldemort da outra vez e ele o traiu com os Lobisomens, quase matou toda sua humanidade, senão fosse por seus membros mais astutos tenho certeza que ninguém teria sobrevivido...
_Você me subestima Dumbledore – o vampiro falou e seu tom derepente se tornou frio e seco.
_Penso que não – Dumbledore falou – Você nunca admitiu que algumas de suas decisões nunca foram tão brilhantes quanto imaginava.
_Isso não lhe cabe decidir... – e o vampiro desapareceu em uma tempestade negra por todos o céu, Harry levou seus olhos até Dumbledore mas ele não estava mais lá e agora do céu caia uma chuva negra por todos os lados.
_VAMOS! – Harry ouviu alguém gritar em meio a escuridão e todos saíram a correr quando jatos passaram por suas cabeças incendiando as casas e árvores secas.
Rony por um momento se viu claramente apavorado quando duas árvores em que passava ao meio explodiram em chamas.
_NÃO PAREM! – Harry gritou – NÃO PAREM! – e os vultos começaram a despencar por todos os lados, fechando todos os caminhos, eles haviam sido separados do restante, estavam cercados.
_VOCÊ NÃO VAI ESCAPAR POTTER! – um dos Comensais gritou a sua frente e então brandiu sua varinha, Harry imediatamente brandiu a sua e dois jatos dispararam em meio a escuridão – REDUCTO! – gritou no mesmo instante e um raio atingiu o vulto no peito fazendo-o rodopiar no ar – VAMOS! – e ao lado de Rony e Hermione saíram a correr.
_AONDE ESTAMOS INDO? – Rony perguntou ofegante.
_NÃO SEI, MAS NÃO PODEMOS PARAR! – Harry respondeu.
_HARRY! – Hermione disse esganiçada e então uma parede de vultos despencou do céu. – NÃO HESITEM! – ela disse logo em seguida e então agitou sua varinha tão fortemente que quase tombou para o lado quando da sua vairnha um jato de fogo disparou violentamente pelo ar – ME AJUDEM! – ela gritou e Rony e Harry também brandiram suas varinhas, do outro lado da rua, os Comensais, desviando dos jatos de fogo, auçaram vôo.
_BOMBARDA! – Rony disparou um pouco mais atrás e a porta de uma casa quase que completamente destruída se escancarou e então Harry se voltou para ela.
_LUMUS SOLEN! – Hermione enunciou e um flashe de luz iluminou o caminho, rapidamente eles foram descendo pelas escadas sombrias e então chegaram a um porão gigantesco.
_Eles estão aqui – Harry murmurou e então tudo ficou completamente silencioso. – Eles estão aqui – repetiu atento a qualquer ruído e então um baque surgiu de um lado e miraram o flashe na direção, porém não havia nada ali.
_Tem alguém se aproximando... – Rony disse e Harry mirou sua varinha, mas a luz não revelava ninguém. – Aonde está Hermione? – Rony perguntou e antes que Harry pudesse olhar para o lado, algo agarrou sua boca e um líquido escorreu por ela e então sua vista ficou embaçada até que não se lembrou de mais nada.

_Quieto, ele está acordando... – uma voz rouca e fraca falou e então barulho de passos inundaram o lugar.
Harry sentiu algo doer em seus braços e pernas e então viu que estava sentado em uma cadeira de madeira com os braços e as pernas amarrados por cordas sujas.
Levantando sua cabeça no mesmo momento que sentia uma grande dor na nuca olhou para o local aonde estava, era um grande quarto medieval, com paredes vermelho vinho, uma cama realmente alta em um lado e muitos quadros, tapetes de pele humana pelo chão e cômodas com muitos frascos com objetos esquisitos dentro. Desviando um rápido olhar a grande e bem arrumada cama algo em seu estômago revirou quando viu um corpo pendurado logo ao lado com um balde cheio de sangue abaixo e imediatamente se perguntou que tipo de bruxos fariam aquilo, que tipo de assassinos teriam a destreza de ferir tanto uma pessoa, a ousadia de ser tão sangrentos.
O bruxo de vestes negras caminhou até um baú grande e velho e o abrindo com um rangido alto tirou uma espécie de espada realmente reluzente e afiada.
_Que tipo de bruxos vocês são?! - Harry disparou muito mais alto do que pretendera. O bruxo se virou abruptamente o encarando, a espada refletindo seus olhos vermelhos e sua língua molhando os lábios vagarosamente.
_Vampiros - ele respondeu em um tom frio e perigoso e viu seu próprio reflexo no espelho - Não somos os mesmos sem sangue jovem para nos alimentar - Harry sentiu um calafrio por todo seu corpo nesse momento - Mas penso que meia-noite não deve demorar - e olhou para o relógio que havia colocado na mesinha ao lado da cadeira em que Harry estava aprisionado.
_O que vai acontecer meia-noite? – perguntou assustado.
_A maldição será quebrada e então finalmente poderemos nos servir de novo sangue...
_Aonde estão Rony e Hermione? – Harry perguntou seco porém o vampiro apenas sibilou algumas poucas palavras para um quadro grande sob a maior das cômodas.
Parecedo ansioso e preocupado ele se virou abruptamente e uma de suas mãos bateu sob um livro bastante velho que estava ao lado de um porta-retrato com uma foto preto e branco.
Harry viu o livro cair até o chão e quando ele se abriu, várias fotos despencaram para baixo, entre elas uma que Harry quase reconheceu de imediato ser a de um jovem bruxo muito bonito, os olhos verdes-vivos e um sorriso que a ele era muito semelhante.
_Quem... – murmurou olhando para a foto – Quem é aquele? – perguntou e o vampiro se virou para onde seu olhar estava, não havia reparado que o livro caira. Desviando um olhar à Harry apanhou a foto que perguntara e a olhou, permanecendo em silêncio por longos segundos ele colocou-a na mesinha ao lado da cadeira aonde Harry estava.
_Tolkien Jolie Remo – o vampiro respondeu calmo.
_Porque o senhor guarda essas fotos?
_São vampiros – o bruxo respondeu – Vampiros que se tornaram com o tempo e não nasceram.
_Como assim? – Harry falou em voz baixa.
_A maioria dos Vampiros herda essa característica de seus parentes próximos, mas alguns são atacados e conseguem sobreviver, se tornando vampiros, Tolkien é um desses casos, ele e seu irmão foram atacados.
_Mas Lupin não é um vampiro.
_Não – o bruxo falou – É um lobisomem como penso que sabe, eles foram atacados durante uma armadilha, Lupin quando era muito pequeno e anos depois, sobrevivendo por milagre, Tolkien com apenas poucos meses de vida. A história da família Remo Lupin é muito triste, os pais deles foram assassinados, eram pessoas que lutavam incansavelmente contra as artes das trevas e eram muito respeitados no Ministério da Magia, a morte deles causou um impacto inesperado na população. Desde então Tolkien e Lupin foram morar com os avós, aonde Tolkien foi atacado em um período aonde Lupin estava em Hogwarts.
Mesmo sendo vampiro, Tolkien não quis se juntar a nós em uma vingança, ele se aprimorou por anos em aprender como se proteger das Artes das Trevas assim como seus pais e se tornou um dos bruxos mais hábeis dos últimos anos. Bom coração também.
_Você disse que havia uma maldição no vilarejo...
_Sim – o vampiro respondeu quase seco.
_E não há como quebrá-la? – Harry tentando ganhar tempo para pensar em como fugir dali disse.
_Somente uma, mas para nós, vampiros, quase impossível.
_E porque?
_Porque para se quebrar a Maldição tem de se alcançar a pedra vermelha que fica no topo de uma pequena torre que está enfeitiçada para matar qualquer vampiro que ouse se aproximar.
_E porque não mandaram um não-vampiro para apanhar a pedra?
_Porque não é fácil assim – o vampiro respirou fundo olhando para o relógio na mesa ao lado de Harry com ansiedade – É preciso ser um vampiro e não ao mesmo tempo...
_Mas não existe isso! – Harry contra-disse – Ou você é ou não é!
_Existem alguns poucos vampiros que não exercem o seu desejo por sangue, não agem como vampiros, possuem uma vida normal, um bruxo assim conseguiria quebrar a Maldição...
_Mas porque não usaram uma Poção Polisuco para enganar o encantamento?
_Porque a Maldição não é idiota para acreditar nisso, parece que você subestima o que protege aquela pedra...
_Mas – Harry disse e uma imagem rápida veio a sua cabeça – Eu sei de alguém que poderia quebrar a Maldição.
O vampiro o olhou rapidamente e então ambos se silenciaram.
_Alguns chegaram a pensar nisso – o vampiro falou – Mas é impossível entrar no vilarejo, não sei como conseguiram chegar aqui, mas talvez...
_Tolkien faria isso – Harry falou – Você mesmo disse, ele tem bom coração, e é um vampiro que não age como um vampiro propriamente dito.
_Ninguém conseguira convencê-lo, é muito arriscado chegar perto...
_Eu poderia! – Harry disse urgentemente e essa era a sua salvação. – Mas antes eu preciso saber de uma coisa.
O vampiro o olhou friamente.
_Eu vim até aqui com meus amigos para descobrir o paradeiro da Profecia de Gryffindor, nós precisamos muito achá-la e estamos passando por momentos ruins e perdemos muitos bruxos que não mereciam...
_Nós, os vampiros, conhecemos muitos dos segredos que estão por toda Hogwarts - o vampiro interrompeu - É um castelo muito afeiçoado do que podemos dizer, grandes esconderijos.
_O Mapa do Maroto os revela.
_Não Sr.Potter - o vampiro cortou - O Mapa do Maroto não revela certos segredos, não é hábil o bastante. Penso que o senhor já deve ter ouvido falar sobre a Sala Precisa - Harry apenas balançou a cabeça positivamente. - A vidraçaria por detrás da mesa dos professores também guarda um mistério, e para ser bem sincero, demorei sete anos para descobrir como passar por ela...
_Mas não há nada depois dela - Harry falou, agora curioso, embora assustado com o momento.
_Certamente que há - o vampiro respondeu sem muito interesse - E não é fácil passar por tudo que vem depois...
_A Profecia está na vidraçaria? – Harry perguntou.
_Não Sr.Potter – o vampiro disse – Eu lhe direi pois confio que convencera à Tolkien...
_Sim – Harry falou temendo que meia-noite logo se aproximasse – Vou convencê-lo.
_Pois muito bem – o vampiro disse sentando-se em uma cadeira medieval – A Profecia de Gryffindor está em seu túmulo... - Harry sentiu seu coração disparar violentamente, fora tudo tão rápido e direto.
_E aonde está esse túmulo? – perguntou quase que gaguejando.
_No cemitério de Hogwarts certamente – seu coração pulsou tanto nesse momento que pensou que estivesse sufocando por completo.
_Hogwarts tem um cemitério?!
_Naturalmente – o vampiro disse como se isso fosse notavelmente claro – Bom, não estou surpreso em ver sua reação, eu poderia contar nos dedos os bruxos que sabem sobre isso.
_E aonde fica esse cemitério? – o vampiro desviou um rápido olhar para o relógio.
_Depois da Floresta Proibida, é preciso encontrar o lago dos Irmãos de Uma Mão Só, ai poderão mergulhar e encontrarão a entrada para o cemitério.
_E onde fica a vidraçaria nisso tudo?
_Ela é a saída... – Harry não sabia como absorver tantas revelações em tão pouco tempo - Todos os fundadores de Hogwarts estão enterrados lá e através de suas tumbas vocês poderão voltar pelas figuras das casas na vidraçaria... – Harry franziu a testa – Um bom exemplo... – o vampiro falou sem paciência – Imagino que você pertença à Grifinória... – Harry acenou positivamente – Então você tera de ir até a tumba de Gryffindor e tocá-la como se fosse uma Chave do Portal e então caira no Salão Principal, em frente a figura do leão na vidraçaria principal. – Harry permaneceu em silêncio, sua mente maquinava cada nova revelação com uma velocidade incontrolável. Houve, no instante seguinte, um estralo ao seu lado e o relógio apitou em uma barulho fúnebre e rápido.
_Meia-noite! – o vampiro disse – A Maldição está quebrada pelas próximas horas, os vampiros atacarão qualquer coisa que tenha sangue...
_Rony e Hermione! – Harry exclamou.
_Ele serão mortos... – o Vampiro falou – Assim como você... – Harry olhou para o vampiro com assombro, em um salto rápido ele avançou em sua direção e rápidamente seus dentes afiados se revelaram quando as velas se apagaram e tudo se tornou escuro, Harry sentiu uma forte prensada em seu pescoço e então sabia que havia sido mordido, algo como um líquido começou a escorrer por seu pescoço e então uma pontada forte em sua cabeça. Houve um estralo repentino e um flashe de luz passou tirando um grande peso sobre si, alguém havia chegado a cena.
_HARRY! – a voz de Tolkien gritou. Harry olhou para o lado, o vampiro estava caído, abatido, os dentes vermelhos de sangue. – Eu o matei – Tolkien disse – Ele...ele te mordeu...
Harry, ainda amarrado sentiu o sangue escorrer por seu pescoço.
_Espere – Tolkien falou e então com um movimento simples de sua varinha todas as cordas se soltaram.
_Obrigado – Harry disse.
_Episkey! – Harry sentiu uma atadura cobrir o lugar ferido. – Temos de sair daqui...
_Não podemos ainda – Tolkien falou – Não descobrimos aonde está a profecia.
_Eu descobri! – Harry gritou sem intenção – O vampiro me falou! – e algo dentro de si estava mudando, se sentia raivoso, furioso.
_Precisamos voltar, você tem que ir para o St.Mungus, você pode ser infectado permanentemente...
_BOMBARDA! – uma voz bradou e uma da sportas do quarto se escancarou quando Hermione seguida de Rony adentraram. Tonks, Moody e Quim logo atrás.
_Está tudo bem? – Tonks perguntou verificando com uma luz de sua varinha todos os cômodos ligados ao quarto.
_Sim, mas Harry foi mordido – Tolkien respondeu e Hermione imediatamente soltou uma exclamação.
_Vamos sair aqui! – ela falou – Dumbledore já deve ter descoberto sobre a Profecia... – naquele instante, a única porta fechada do quarto estorou com um baque surpreendente e um vampiro adentrou, mais atrás dele um grupo gigantesco, todos furiosos.
_VÃO! – Quim ordenou à Harry, Rony e Hermione – SAIAM DO VILAREJO E LEVEM HARRY PARA O HOSPITAL! – Hermione naquele instante agarrou o braço de Harry enquanto Rony os guiava por um caminho totalmente desconhecido. No quarto mais atrás, a luta travada entre os poucos membros da Ordem e o grupo de Vampiros parecia brutal.
_ELES ESTÃO FUGINDO! – uma voz rouca gritou e então Rony deu um chute em uma porta que se escancarou, quando ele passou por ela desapareceu na escuridão em meio a um grito.
_RONY! – Hermione exclamou e então passou pela porta e também desapareceu repentinamente. Harry também avançou e e imediato começou a cair por um lugar escuro com vários vultos sobrevoando.
Quando chegou ao chão olhou para cima e percebeu que somente ele podia ver os vultos, Rony e Hermione não, apenas rastros brancos descaracterizados.
_VAMOS, NÃO TEMOS TEMPO A PERDER! – Hermione falou e então eles correram em meio a escuridão.
Virando em um túnel muito baixo, passaram por ele e seguiram pela esquerda, o único caminho. Ali havia a única pequena fonte de luz.
_Acho que essa é uma saída – Hermione disse, Harry sentia, agora, sua boca adormecer, seus olhos ardiam muito e sua pele parecia mais fina do que como jamais a sentira.
_É um poço - Rony disse se enchendo de esperança, finalmente iriam sair dali, finalmente iriam deixar aquele vilarejo e todas as suas sujas paredes.
_Não, é um túnel - Hermione falou com a voz fraca - Acho que é a única saída.
Harry, quieto, naquele momento, sentiu algo gelado rastejar próximo a sua perna e imediatamente seus olhos encontraram os de Hermione, eles estavam saltados. Ela tombou para trás com as mãos na boca e Rony, surpreso com a reação dela se voltou para o que Harry sentia e somente não tombou pois não havia espaço para isso.
_H-H-Harry - Hermione gaguejou - A-A-A-C-cobra... - Harry se virou naquele instante e imediatamente seus olhos saltaram quando uma cobra monstruosa estava lhe enrolando, lhe prendendo por todos os lados.
_Não se mexa - uma voz disse atrás e todos se viraram, um dos vampiros feridos na luta contra Quim Saklebolt havia chegado a cena, apontando sua varinha contra a cobra que silenciosamente prendia Harry a brandiu com velocidade em um grito esganiçado: - ATAQUE-O! - a cobra soltou um guincho feroz e Harry sentiu seu corpo ser esmagado quando a criatura o apertou na tentativa de estraçalhar seus ossos.
_LÓCUS CÁVERES! - uma voz gritou atrás e velozmente, em meio às trevas, um dragão negro saltou por cima do vampiro e atacando a cobra a engoliu explodindo logo em seguida, Harry caindo ao lado, com a metade do corpo que quase fora esmagada viu que o bruxo que chegara para salvá-lo fora Tolkien. Furioso ele agitava sua varinha: - LÓCUS CÁVERES! - mais um dragão negro disparou pela escuridão e atacando o vampiro o engoliu explodindo em seguida.
Harry imediatamente pulou no túnel e caindo por caminhos escuros viu uma cabeça morta pendurada no topo de um túnel e então seguiu por ele, Rony e Hermione logo atrás.
Sentindo vários ossos baterem as suas costas e em seu rosto caiu em uma pequena câmara com corpos pendurados. Hermione imediatamente levou suas mãos à boca horrorizada.
_Só há duas saídas – Rony disse e Harry sentiu-se zonzo e com muito frio, sua boca agora estava seca como se jamais houvesse bebido água antes.
_Temos de escolher, Harry está correndo perigo... – e Harry abriu seus olhos com dificuldade, um dos caminhos era completamente escuro e o outro, com apenas uma língua de fogo flutuante ao alto.
_Eu quero o com o fogo – Rony disse.
_Não – Harry falou com a voz tão fraca que Rony e Hermione se assustaram. – Vocês vão pelo caminho escuro, eu tomarei o com a língua de fogo... – e antes que Rony ou Hermione pudesse contestar tomou o segundo caminho. Pode jurar que Hermione o chamou por diversas vezes naqueles segundos, mas sua audição parecia estar morrendo, mal conseguia ouvir qualquer coisa que acontecesse.
Sua visão estava tão embaçada que mal conseguia ver o que estava pendurado nas paredes do túnel e havia coisas se movimentando em volta da língua de fogo que agora parecia estar se apagando.
Caminhando por minutos que parecem eternos seus olhos foram inundados por uma luz forte e então um corpo caiu pendurado a sua frente, vultos começavam a surgir em meio a luz. Passando pelo corpo morto como se nada houvesse acontecido seguiu rumo à luz clara e bela, os vultos por todos os lados.
Então parou, não conseguia mais andar, havia chegado próximo a um lugar gigantesco, com casulos e casulos de luz por todos os lados, e era tudo tão sombrio e tão claro, vultos branco-perolados voando por todos os lados em meio a gritos de socorro. Todos aqueles vultos pareciam muito aos corpos que estavam pendurados pelas paredes do túnel.
Harry, parado, pensando que tudo não passava de uma imagem da dor que seu corpo estava mergulhado andou apenas mais um passo e parou, seus olhos caíram sobre uma torre bem ao centro do maior casulo, ali, parada e brilhante estava uma pedra vermelha muito pequena, tão vermelha quanto sangue, a mesma pedra que vira como símbolo em um dos anéis do vampiro na aula de Tolkien.
“...mas boatos afirmam que um desses símbolos é a resposta para a quebra da maldição no vilarejo.” Em sequência a essa lembrança imediatamente uma voz surgiu em sua mente: “Porque para se quebrar a Maldição tem se alcançar a pedra vermelha que fica no topo de uma pequena torre que está enfeitiçada para matar qualquer vampiro que ouse se aproximar.” E a mesma voz surgiu em seguida: “...alguns poucos vampiros que não exercem o seu desejo por sangue, não agem como vampiros, possuem uma vida normal, um bruxo assim conseguiria quebrar a Maldição...”
Harry olhou para seus braços naquele instante, eles estavam tão brancos quando os do vampiro que Tolkien levara em sua aula e sua boca estava ressecada, seus olhos ardiam e sua cabeça doía, suas pernas estavam doloridas e havia um gosto amargo, um gosto que necessitava de mais, um gosto único...
_Harry – uma voz disse mais atrás e a figura de Hermione surgiu – Nós não podíamos deixá-lo no estado em que você... – Harry se virou para ela naquele instante e então ela tombou com o que vira.
_Ela desmaiou? – Rony falou estupefato e então também olhou para Harry, seus olhos imediatamente saltaram.
_Harry... – ele disse e então recuou assombrado – Você virou...Harry...você virou um...
Harry observou Rony se afastar e então se voltou para a concentração de vultos e casulos à suas costas.
“...alguns poucos vampiros que não exercem o seu desejo por sangue, não agem como vampiros, possuem uma vida normal, um bruxo assim conseguiria quebrar a Maldição...”
_Vampiro... – Rony completou com a voz fraca – Você virou um vampiro... – Harry sentiu algo frio invadir seu corpo, estava em suas mãos, ele se tornara um vampiro e jamais exercera o desejo por sangue, jamais agira como um deles, poderia quebrar a Maldição, poderia apanhar e destruir a pedra.
_Harry... – e Hermione ainda caída no chão murmurou – Vamos embora, você vai ficar bem, tudo vai se solu...
Harry se virou para ela e para Rony:
_Adeus! – e saltou para dentro da concentração de vultos, pode ouvir um grito do lado de fora e então sua mente foi invadida por uma coisa fantástica, uma sensação de pureza que lhe fez flutuar levemente por entre os vultos e então viu algo sair de seu corpo, um vulto branco-perolado. Quando o vulto terminou de sair, começou a despencar por meio das luzes e com uma pancada caiu dentro do casulo com a pedra. Estava diante dela, vermelha e bela, tão brilhante como todos aqueles vultos.
Levando suas mãos até ela ficou a centímetros de tocar e então o seu pulso direito, pálido com as veias negras se cortou e gotas de sangue caíram sobre a pedra, imediatamente sentiu algo explodir dentro de si e então gritos inundaram por todos os lados, estava ficando surdo, estava morrendo, a dor em seu corpo parecia lhe quebrar em pedaços, separar os ossos da carne.
_HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRY!

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