A ÚLTIMA CANÇÃO DO SELETOR



CAPÍTULO 28:

A ÚLTIMA CANÇÃO DO CHAPÉU SELETOR


Photobucket

O rosto de Mundungo surgiu em meio a escuridão, Harry sentiu seu coração acelerar ao mesmo tempo que gritos correram pelas ruas da Travessa e a porta da Borgin se escancarou. O dono da loja, o próprio Borgin apanhou sua varinha e pareceu ter atiçado algo embaixo do seu balcão.
Harry correndo a se esconder atrás da mesma parede de vidro ouviu Mundungo suspirar algo enraivecido.
_HARRY! – uma voz conhecida o chamou – APAREÇA, SOMOS NÓS!
Harry com a varinha ao alto pulou detrás da parede de vidro se deparando com a figura de Moody, Lupin e Tolkien, o professor havia aprisionado Mundungo em cordas realmente grossas.
_Está sob efeito da Império – Lupin disse – Desconfiamos, Mundungo vinha agindo muito estranho ultimamente, atacou Monstro semana passada só porque ele não quis lhe dar um pão.
_Levaremos ele – Moody disse.
_Para onde? – Harry perguntou agitado.
_Ele está por detrás do assassinato aos familiares do Slughorn, dois corpos foram encontrados na rua detrás e as pessoas disseram ter visto um vulto por lá muito pouco tempo, Mundungo será levado para Azkaban.
Mundungo, se sacudiu violentamente, balançando o corpo como se quisesse se soltar a qualquer custo, parecia temer Azkaban mais que tudo.
_Você! – Tolkien disse à Borgin – Entregue o Chapéu e a Espada a Harry!
Borgin saiu detrás de seu balcão com uma cobra realmente pavorosa arrastando mais atrás. Tolkien pareceu menosprezar a presença da criatura.
_Ou quer ir para Azkaban também? – Moody perguntou severo.
_Não podem me prender! – Borgin gritou, os cabelos grisalhos, sujos, diante da pouca luz das velas.
_Claramente que sim – Lupin se impôs – Você acabou de comprar dois artigos que o Ministério vem buscando à muitas semanas e que, naturalmente, são roubados e tenho certeza que Rufus ficaria encantado de passar pela sua loja para verificar algumas irregularidades, Azkaban lhe caberia muito bem pelos próximos cem anos.
Borgin frisou suas sombrancelhas com tal ódio que elas pareceram se unir.
Contrariado, apanhou o Chapéu e a Espada e jogou-os a Harry.
_Volte para Hogwarts – Tolkien ordenou – Entregue-os a McGonagall, diga que em breve estaremos lá.
Harry acenou positivamente e partiu para a mesma lareira que chegara da primeira vez.
Guardando sua varinha, viu a cobra rastejar vagarosamente por detrás de Lupin.
_CUIDADO! – gritou ao mesmo tempo que a cobra deu o bote – A COBRA!
Lupin se virou no instante que a cobra lhe cravou os dentes no pescoço em um bote especialmente alto.
_ACTION PERINA! – Tolkien enunciou e imediatamente a criatura guinchou enquanto caia ao chão tremulando e queimando com rapidez.
_SEU IDIOTA! – Borgin berrou e velozmente um raio atingiu Tolkien pelas costas fazendo-o cair sob uma estante de grifos horrendos manchados com um sangue meio acizentado.
_ESTUPEFAÇA! – Moody gritou rumo à Borgin porém o bruxo pulou, estranhamente, por detrás do seu balcão deixando que o jato atingisse o balcão fazendo-o queimar.
Harry saiu da lareira rumo ao balcão, Lupin gritando em dor.
_FILIPENDO! – um raio alaranjado disparou por detrás do balcão e atingiu, brutalmente, Lupin fazendo-o cair perto da porta de entrada, naquele momento, fechada.
_HARRY NÃO! – Moody berrou e Harry foi atingido no peito sendo arremessando em uma estátua de ferro que caiu ao seu lado, intacta.
_AVADA KEDAVRA! – Borgin enunciou e no mesmo segundo Harry viu uma faísca verde correr em sua direção. Houve um movimento próximo e uma língua de fogo atingiu a estátua de ferro caída ao seu lado. Criando vida, o objeto entrou defronte a Harry recebendo a Maldição e se estilhaçando por todos os lados.
Harry correu, sem receio, do lugar aonde estava e apontou sua varinha para Borgin, mantendo-a firmemente.
_CROVOTUS! – um jato dourado atingiu Borgin fazendo-o cair por cima de seu balcão e despencar do outro lado. – Obrigado! – agradeceu à Moody pela proteção com a estátua. – Lupin!
_Moody, leve Mundungo – Tolkien disse – Partirei com Lupin para o St.Mungos...
_Não! – Moody disse – Eles estão sob o efeito da Varíola, leve-o a enfermaria de Hogwarts!
_Não será o sulficiente – Tolkien contrariou – Vá! Leve Mundungo, cuidarei, Harry, volte à Hogwarts!
_E Borgin? – Harry perguntou – O que vamos fazer com ele?
_Deixe-o – Moody falou – O Ministério já deve ter sido informado da utilização da Maldição Imperdoável, eles deverão apanhá-lo em pouco tempo.
_E eu – Harry disse – Usei uma Azaração Mortal...
_O Ministério não as regula – Tolkien disse com pressa – Nunca conseguiram, volte, leve tudo!
Harry apanhou sua capa no pé da lareira, o Chapéu e a Espada no topo e jogou o pó.
_HOGWARTS!
Seus pés giraram ao mesmo tempo que caiu na sala que partira da última vez.
Correndo até a torre de Grifinória deixou a capa no dormitório e partiu rumo a sala dos professores, Minerva sempre estava lá durante a noite.
Atingindo os corredores soturnos, alcançou o quarto andar e partindo para uma porta aonde havia duas estátuas protegendo parou.
_O que faz aqui? – a primeira perguntou.
_Preciso falar com a McGonagall – Harry respondeu com pressa.
_Ah sim, todos precisam – a segunda estátua disse. – Você não devia estar andando por ai a essa hora, Laverne e Lorde Blade acabaram de deixar o corredor, se te pegam poderiam lhe aplicar uma detenção e tirar pontos, tem de ter cuidado.
_Certo – Harry falou sem importância – Mas posso entrar agora?
_O que você tem ai? – a primeira estátua perguntou ansiosa.
_Oh céus! – a segunda exclamou – O Chapéu Seletor! – imediatamente a porta se abriu e Harry adentrou, o Prof.Flitwick imediatamente apanhou sua varinha, a Profa.Sprout surpresa, enquanto Grubbly-Plank, Madame Maxime e Sir Helvetius se viam envoltos em uma conversa cheia de pergaminhos com mapas sob a mesa.
_Como ousa entrar assim? – Minerva, se mostrando mais surpresa que todos indagou.
_Eu o deixei – a segunda estátua disse – Ele trouxe algo. – e a porta se fechou com um baque leve.
_Então – a Profa.Sprout estudando Harry com atenção disse – O que nos esconde?
_Encontraram – Harry respondeu em meio ao silêncio, por um momento adorou a densa luz das velas – O Chapéu Seletor e a Espada de Gryffindor – e mostrou ambos.
Minerva se levantou da poltrona em que estava acomodada e imediatamente avançou rumo ao Chapéu.
_Incrível – a vozinha do Prof.Flitwick inundou o silêncio.
_Sir Helvetius por favor – Minerva o chamou. O bruxo olhou para Harry com estagnação e se aproximou.
_Sim – disse.
_O Chapéu foi muito maltratado, poderia cuidar dele?
_Certamente – Sir Helvetius disse e apanhando o Chapéu partiu para uma porta próxima, aonde havia uma longa sala cheia de estantes altas com livros e muitas mesas.
_Prof.Flitwick por favor – Minerva disse logo em seguida e entregando a espada ao professor pediu que Harry se sentasse a mesa.
_Então Potter, aonde foram encontrados? – a Profa.Grubbly-Plank fumando um charuto perguntou casualmente.
_Mundungo os estava vendendo na Borgin e Burkes. – Minerva franziu a testa como se parecesse profundamente decepcionada.
_Bem que Alastor, Moly e Tolkien estavam desconfiando – ela disse com a voz rasa – Ele quase matou o Monstro aquela noite...bom, e como você os recuperou, o que estava fazendo lá?
_Vi no diário do Prof.Dumbledore – Harry disse cansado – Que poderia haver um Horcruxe na Borgin, parti para lá e quando cheguei Mundungo estava vendendo, eu tentei pará-lo, mas ai me pegaram e me jogaram em uma sala cheio de ossos e... – Harry parou, sua mão escorregou até um dos bolsos da suas vestes, aonde provavelmente estava a pequena esfera envolta no véu vermelho acizentado – Então... – disse com a voz fraca, Minerva o olhou com desconfiança – Então eu consegui apartar para a Borgin e Mundungo conseguiu me ver por debaixo da capa, nós lutamos e Moody, Lupin e Tolkien chegaram e... – A Profa.Sprout parecia alucinadamente interessada na história – Prenderam Mundungo e o tal do Borgin fez uma cobra atacar o Lupin e ela o fez – Minerva respirou fundo, sua expressão severa unida a receio – Atacou no pescoço e Borgin atacou Tolkien, depois ele fugiu do Moody e atingiu o Lupin, eu fui lutar e ele me atingiu, eu cai em cima de uma estátua de ferro e se não fosse pelo Moody eu teria sido atingido por uma Avada Kedavra lançada pelo Borgin – Minerva pareceu chocada nesse momento – Tolkien levou Lupin para St.Mungos enquanto Moody levou Mundungo para Azkaban, falaram que ele estava sob efeito da Império.
_Moly ficará frustrada quando souber – Minerva disse – Ela nunca apoiou Mundungo no que ele fez, mas nunca deve ter pensado em tal barbárie.
_Vinte pontos Sr.Potter! – A Profa.Sprout disse surpreendendo Minerva e Grubbly-Plank – Certamente que não deveria ter saído, mas diante das circunstâncias, pela sua sobrevivência e pela sua ousadia e é claro, pela forma como o senhor contou a história, fiquei realmente interessada e olha que nem mesmo os mais fascinantes jogos de Quadribol conseguem me atrair tanto, eu o creditarei.
Minerva pareceu discordar dos pontos dados, mas jamais ousaria colocar sua palavra sob a de um professor, ainda mais Sprout.
_Volte a sua torre – ela ordenou. Harry se levantou e a Profa.Grubbly-Plank lhe segurou pelo braço – Tome isso. – e lhe deu um sapo de chocolate especialmente grande, daqueles que Harry jamais vira, Rony teria ficado simplesmente estupefato com tal presente. – Feliz Natal.
Harry sorriu e murmurou.
_Feliz. – Deixando a sala fechou a porta as suas costas.
_Você é um tanto corajoso – a segunda estátua disse.
_Vocês ouviram tudo? – Harry lhes perguntou.
_Não houve como evitar – a primeira respondeu.
_Tudo bem – Harry se virou e partiu, vagarosamente, de volta a Torre de Grifinória torcendo para não encontrar Pirraça, Filch ou qualquer Monitor-Chefe de alguma casa, estava muito cansado para se explicar.

Harry adormeceu aquela noite sentindo-se um pouco mais feliz do que os últimos dias, certamente com a aproximação do Natal tudo deveria ser mais animado.
Como estavam na véspera de Natal, as aulas foram suspensas, Hogsmeade aberta a todos que quisessem ir e no café da manhã todos pareciam especialmente disposto, o caminho para o corujal estranhamente cheio como jamais estivera, todos haviam decidido ficar devido a terceira tarefa do Torneio do Olheiro e então as cartas de bons desejos vinham sendo primordiais.
Curiosamente Harry sentiu uma Hogwarts feliz como pouco vira, os alunos de Durmstrang haviam se dedicado a tocar músicas natalinas no salão enquanto alguns casais dançavam por todos os lados. Até mesmo os alunos de Agatston que tinham um aspecto frio se perderam, alegremente, nas danças pelo salão, as árvores aquele ano haviam estado especialmente bonitas, Hagrid as cuidara com exemplar cuidado.
Infelizmente, em meio a tanta alegria, Harry sentia o mesmo vazio desde que saira do cemitério de Dumbledore, a falta de Gina nos seus braços parecia lhe doer cada vez com mais força toda vez que via algum casal dançando, sorrindo ou se divertindo pelos campos e corredores.
Durante aquela noite, com a volta de Tolkien e Moody, chegou a notícia de que Lupin deveria ficar em St.Mungos pelas próximas semanas, tudo indicava que ficaria bem, embora os efeitos da transformação de Lobisomem na noite passada tivessem piorado os sintomas do veneno da cobra.
Sob uma animação nada tímida, Minerva se colocou de pé em meio ao jantar e enunciou, com um grande sorriso, uma volta aguardada.
_Certamente foram dias difíceis os nos quais abateram o roubo de dois artefatos pertencentes à Hogwarts, com grande felicidade, anúncio está noite, que a Espada de Gryffindor e o Chapéu Seletor voltaram a nossa escola e que finalmente, após o primeiro ano da nossa história sem a canção de início do ano letivo, poderemos ouvi-la nesse momento, por favor, recebam o Chapéu Seletor! – as tochas nas paredes se apagaram lentamente e somente poucas velas iluminaram um círculo em frente a mesa dos professores, houve um sonoro “ooh” por parte dos alunos e por um momento a chama das velas se tornaram fortes e brilhantes. Se unindo formaram um Chapéu sob um banquinho lustroso. Outras poucas velas iluminavam, sob o olhar atento de todos, o insubstituível Chapéu Seletor.

Muitos sonhos foram deixados
Quando os fundadores partiram
E muitos outros nasceram
Ao longo desses bons mil anos
Muitos dos quais se realizaram e muitos dos quais se realizarão
Não há o que temer se não as nossas próprias escolhas
Todos os sangues se unirão
E ficaremos diante de algo incurável
O nosso próprio destino
Sempre julguei a aqueles que sonhavam brilhar com suas mentes
Dividi seus desejos e compartilhei seus temores
Lhes disse o primeiro caminho
E nunca fiz nada além disso
Mas agora preciso alertar seus corações
Vocês precisarão se unir quando a luz se apagar
Não temeremos quem tememos
E não seremos covardes ao som da luta
As canções serão a fonte de nosso amor
E todos ficaremos diante do próprio medo
As almas serão levadas acima das montanhas
E nessas mesmas montanhas surgirão gigantes e Heliopatas
Quando a última lágrima cair seremos todos em um
E protegeremos quem mais odiamos
Eu lhes canto, essa noite
A canção da guerra
Não irei selecionar os vitoriosos
E não serei, por um dia, o mesmo que fui a vida toda
Posso não ter coração, nem alma, tão pouco sangue
Mas pude criar, por mais essa fria noite, está letra
Lembrem-se
Nenhum sangue será julgado
Nenhuma carne deixada
E nenhum osso quebrado
Tudo dependerá das nossas escolhas
E apenas disso, das nossas escolhas
Acima de tudo, quando pela última vez fecharmos os olhos
Tudo estará acabado e então, finalmente e gratamente, nossa missão será finalizada


Harry olhou para Rony e Hermione.
_Hagrid vai voltar – ela sussurrou em meio as palmas e assobios energéticos – Quando a lua cheia chegar...com os gigantes e os Heliopatas.

Finalmente, no dia seguinte, Harry muito cedo pode ir a enfermaria com Hermione visitar à Fleur, ela poderia sair, parecia essencialmente bonita e feliz.
_Ah sim – ela disse sorridente – Natal.
Harry olhou para a janela logo ao lado, a neve caia, mas havia alguns flashes de sol surgindo, finalmente era Natal.
_E como você está? – Gina perguntou com um longo cachecol no pescoço.
_Animada – ela respondeu – Não vejo a hora de voltar para casa, e aonde está Gui?
_Bom – Gina disse e todos a olharam com receio – É Natal não? – Fleur pareceu decepcionada, ninguém realmente parecia ter entendido o que Gina queria dizer com aquilo.
_Ele não veio? – Fleur perguntou desanimada.
_Eu não posso dizer – Gina disse – Ele me fez prometer. – Fleur sorriu, diante de uma possível surpresa ela se viu realmente excitada.
_Fleur – Harry disse – Não sei se você quer falar sobre isso...
_Ah Harry por favor não! – Hermione lhe murmurou.
_Não não – Fleur disse calma – Tudo bem, eu sabia que teria que dizer isso... – Harry se sentiu menos constrangido – Não sei nada sobre Luna Lovegood, foi uma pequena e mera coincidência, nem ao menos sabia que ela havia sumido no mesmo dia que eu, Gui me disse ontem.
_Só mais uma coisa – Harry falou – Você...bom, você, os bruxos que te levaram, eles disseram o porque de terem te levado? – Harry sabia que aquela pergunta afetaria Fleur emocionalmente, mas não podia deixar de fazê-la e para sua surpresa a bruxa pareceu não se ofender.
_Não acho que gostaria dessa resposta – ela disse – Sabe – e desviou um olhar rápido a Gina – Não seria bom saber.
_Eu acho que é importante para Harry – Hermione insistiu.
_Certo, mas... tudo bem – Fleur falou e se sentando na cama olhou rapidamente para a janela, não parecia querer dar aquela resposta – Eles pensaram que eu era a Gina. – Gina soltou um tossido de surpresa que fez com que Madame Pomfrey lhe olhasse com reprovação – Na verdade – e Harry, por um momento, preferiu não ter feito aquela pergunta – Eles me perguntaram se eu tinha um caso com você e em qual grau você estaria disposto a me salvar, é claro que disse que era mentira, mas eles não acreditaram até a noite que me soltaram...
_E porque eles queriam me testar, o que eles iriam fazer com você? – Harry perguntou ansioso, algo dentro do seu peito nascendo com desespero.
_Eles... – Fleur respondeu receosa – Eles...iriam me usar...me usar para...para atrair você... – Gina levou suas mãos a boca estagnada – Eles queriam atrair você comigo, pensando que eu fosse, que eu fosse a Gina... – Gina soltou um soluço em choro e correu enfermaria afora, Harry logo atrás.
Alcançando-a no corredor da enfermaria pegou-a pelo braço e no mesmo instante se abraçaram, algo como um leão nascia no seu peito, sentia uma dor que ultrapassara muitas das causadas por feitiços, não poderia, jamais, amar Gina, jamais poderia ficar com ela.
_Você... – Gina gaguejou – Você estava certo...eu nunca quis realmente acreditar, algo dentro de mim sempre acreditou em você, mas Fleur, Harry, Fleur foi levada e poderia ter sido m-m-morta...
Harry abraçou Gina forte.
_Vai acabar! – disse com força, o leão dentro de seu corpo o machucando, o arranhando, o rasgando – Vai acabar! O Chapéu Seletor disse, vai acabar logo, você vai ver!
O café da manhã chegou festivo, as corujas adentraram pelas janelas no teto trazendo grandes embrulhos, cartas e muitos sorrisos. Harry ganhara, para sua felicidade, uma nova camiseta feita pela Sra.Weasley que parecia, especialmente, bonita e acolhedora. Hermione recebeu muitos presentes, inslusive um de Vitor Krum (o que deixou Rony apavorado) e o próprio Rony pareceu adorar a caixa de Logros que recebeu de Fred e Jorge com brincadeiras que ao ver de Hermione, eram irresponsáveis. Ela ganhara uma caixa também e Harry ficou realmente contente com sua caixa, havia balas que Rony batizara de “Balas Tonks” que mudavam a cor do cabelo por várias cores ao longo do dia e ficou satisfeito ao ver que conseguira fazer Neville, sem nem ao menos querer, comer uma dessas e ter seu cabelo, sem reparar, mudar de cor todo o dia. Hermione não conteve as risadas quando a mesa de Corvinal com os seus visitantes Agatston se preencheu de risos quando ele passou, Harry não pode deixar de ver que o mesmo Neville sorriu diante disso e pode jurar que ele tropeçara no primeiro degrau da escadaria, atraindo mais risadas.
_Olhe só! – disse quando abriu um pacote com uma seleção de bolinhos estranhos – É do Hagrid! Para nós! – Hermione e Rony sorriram – E tem uma carta! – imediatamente a apanhou e leu, Rony olhando para os bolinhos com interesse.
_Será que Hagrid aprendeu a cozinhar? – ele disse baixinho.

Caro Harry, Rony e Hermione
Eu e Bicuço acabamos de passar por Buckberrie, encontrei o Prof.Slughorn por lá, ele disse que voltara para Hogwarts no Natal, me pareceu muito triste, precisara do apoio de todos.
Estamos a quatro dias de chegar as montanhas e até agora está tudo bem, Bicuço está muito animado com as novas paisagens. E ai, com vocês, como vai? Tudo bem?
Feliz Natal
Do amigo Hagrid


_Ainda bem que o Ministério proibiu a intervenção de corujas hoje – Hermione disse – Seria impossível termos notícias reais de Hagrid sem toda essa clareza. É claro que não poderemos responder pois não sabemos aonde ele está, mas só de estar tudo bem, já está ótimo.
_Nossa – Rony disse com a voz engrolada, dera uma mordida no bolinho mais colorido da caixa – Hagrid aprendeu! Não sei se comprou ou algo parecido, mas está a cara dele e está muito bom! – Harry apanhou um e deu um a Neville que chegara naquele momento, os cabelos, agora, laranja.
_Eu acho que tem algo errado comigo – ele disse alegre – Sabe, muitos estão me olhando e isso não é normal.
Rony riu.
_Não há nada – ele disse sem convicção – Você devia estar contente que todos estão te olhando, pior é se ninguém reparasse em você. – Foi a vez de Neville sorrir e com os cabelos agora quase esverdeados deu uma mordida no bolinho que ganhara.
_E Hagrid? – a Profa.McGonagall surgindo perguntou, como a conversa no salão estava muito alta não se importou se falar normalmente,
_Muito bem – Hermione respondeu – Nos mandou bolinhos, tome um professora. – a professora pegou com receio.
_Não se preocupe – Rony disse com a voz engrolada novamente, Hermione e Minerva lhe olhando com reprovação – Ele aprendeu a cozinhar.
Minerva deu uma mordida no bolinho e agradecendo se virou, a mesa de Lufa-Lufa, a segunda central do salão estava especialmente bonita com seus membros e Durmstrang com um chapéu meio roxo-claro na cabeça aonde um texugo cantava animado.
_Aquele chapéu da Luna agradou não? – Hermione disse alegre.
_E falando nela – Harry murmurou – Aonde será que está? – Neville pareceu triste com a citação do nome de Luna e seus cabelos, antes verdes, passaram para um cinza monótono.
_Não se preocupe – Hermione lhe disse – Ela deve estar bem.

_Sempre quis ser Ministro meu caro – Lorde Blade dizia a Tolkien na mesa de Lufa-Lufa logo ao lado, parecia que ninguém os ouvia além de Harry, Rony e Hermione – Um desejo de pequeno, meu pai foi um grande Ministro, mas renunciou, decidiu que a família era mais importante. Sabe, Rufus é um grande bruxo, um bom amigo, jamais arriscaria competir com ele em uma próxima vez, ele já vem tendo grandes problemas por causa da Epidemia que vem chegando, o St.Mungos está em estado de alerta e muitos o estão culpando por ter permitido deixar entrar um dragão como o Garibon, admito que não foi uma boa decisão, mas ele me pareceu amedrontado da última vez que nos falamos. – Harry trocou um olhar com Rony e Hermione.

Na volta a torre de Grifinória aonde pegaria os seus presentes, Harry ao abrir seu guarda-roupa viu, bem ao canto, no ponto mais escuro, o véu vermelho empoeirado que trouxera da Borgin. Olhando para os lados para ver se havia alguém sentou na sua cama, e observou o véu como se pudesse, assim, enxergar o que houvesse ocultado nele. Pensando que poderia ser a Profecia, e sabendo que se fosse queimaria suas mãos e cegaria seus olhos, fechou-os e ficou de pé, por qualquer coisa jogaria a esfera sob sua cama.
Estando pronto, levou suas mãos sob a cama e com os olhos fechados retirou o véu, deixando a esfera cair sob as suas palmas.
Não sentindo nenhuma queimação abriu um pouco os olhos, nada aconteceu, abriu os dois e se sentou novamente, segurava uma esfera pequena, com um líquido verde e prateado dentro, um líquido especialmente bonito.
_E se Slughorn já chegou? – pensou consigo e da próxima vez que notara já estava nas masmorras, atingindo a porta da sala de Poções. – Professor? – chamou e entrou, com receio, na sala, estava realmente iluminada com muitas velas e as janelas todas abertas para deixar a neve a vista.
_Harry? – a voz de Slughorn surgiu.
_Sim – Harry respondeu – O senhor está bem?
_Ah sim – Slughorn respondeu e surgiu de uma porta ao fundo da sala, Harry notou que ele estava bastante pálido e emagrecera um pouco.
_Só queria dizer que sinto muito pela sua família...
_Não – Slughorn disse casualmente – Você deve saber melhor do que eu o que estou passando, perdeu muitas pessoas e em todo o caso, estava, de certa forma, preparado, sabia que teria de enfrentar as conseqüências dessa busca ousada as Horcruxes.
_Feliz Natal – Harry lhe disse.
_Feliz Natal – Slughorn lhe sorriu, estava, agora, parado, em frente as janelas – Estava descendo para o salão nesse momento, mas queria alguma coisa?
Harry adentrou a sala até ficar lado-a-lado com Slughorn.
_O senhor já sabe sobre o ocorrido na Borgin e Burkes?
_Certamente – Slughorn respondeu – Tolkien me informou assim que cheguei, mas no que você está em dúvida?
_Eu encontrei isso em um alçapão quando estive lá – Harry mostrou a esfera nas mãos ao bruxo. – Acho que pode ser algo como uma poção.
Slughorn apanhou a esfera e olhou atentamente.
_Não é uma poção – ele disse – Ainda. – Harry o olhou com a testa franzida. - O que temos aqui é sangue de unicórnio puro, ou seja, não pego a força e sangue de dragão, o melhor e mais perigoso sangue de dragão do mundo, o de Garibon, esses dois ingredientes, feitos a lua cheia formam uma poção, uma das poções mais raras e poderosas conhecidas, a poção da Doce Alma, que dá a quem bebe um tipo de segunda alma, ou uma espécie de segunda vida que poderia ser usada para proteger em uma luta ou algo parecido, diziam que essa poção foi muito usada quando começaram a construir o Ministério no subsolo, devido a Câmara da Morte, um local de tortura, aonde bruxos eram castigados e jogados para depois do véu, mas é uma poção proibida, o que realmente não causa efeito pois é quase impossível de ser feita.
_Mas... – Harry o interrompeu em voz baixa.
_Eu sei – Slughorn disse – Certamente tomando essa poção e utilizando o Medalhão muitas coisas poderão acontecer.
_Sim, mas – Harry o interrompeu novamente – Pelo que me lembro, a Varíola foi trazida da Romênia para cá com a chegada desse dragão Garibon, se é o mesmo sangue, não é perigoso quem tomar a poção pegar a doença?
_Não – Slughorn respondeu desviando rapidamente um olhar para a neve no parapeito da janela – O efeito do sangue na poção não é forte o bastante para chegar a Varíola, certamente que se a poção fosse mal feita, quem a bebesse poderia ser facilmente afetado, mas leve isto, cuide muito bem, no momento certo a prepararei para você e garanto que não correra esse risco.
Harry assentiu com a cabeça.
Na volta a torre de Grifinória, em meio ao corredor do segundo andar, encontrou Hermione absorta em uma conversa com um fantasma e assim que eles se separaram lhe contou tudo, ela pareceu, durante sua narrativa, ao mesmo tempo que intrigada surpresa.
_Bom, todos sabemos que o Ministério foi construído quase emcima da Câmara da Morte, isso não ajuda muito, mas o mais interessante é que isso pode ser um décimo terceiro uso de sangue de dragão – ela pensou por um instante – Um uso que o Ministério não deve reconhecer por ser muito raro ou muito perigoso, não sei exatamente, mas tudo se encaixa, pode ser verdade.
_Como assim? – Harry perguntou enquanto os alunos da Lufa-Lufa com seus chapéus passavam do lado cantando em coro.
_O sangue de unicórnio pode ter sido pego sem força pela atração que o sangue de dragão causa neles, um dos usos do sangue é atrair unicórnios, depois de atraídos devem ter feito apenas um corte e apanhado o sangue, isso até mesmo porque não há muito ai. Ainda devemos lembrar que alguns sangues unidos a substâncias químicas podem fazer poções que dão invulnerabilidade a certas doenças e feitiços, outro uso; O que é quase o que a poção da Doce Alma pode fazer e ainda tem aquele uso no qual causa a Varíola de Dragão, muitas coisas se encaixam, deve sim ser um décimo terceiro uso, um uso restrito, não registrado no Ministério. – Harry olhou para Hermione, ela parecia tensa ao dizer aquilo, como se temesse qual futuro aquela poção daria.

O dia seguinte chegou juntamente com uma nota bombástica na edição do Profeta Diário, uma longa reportagem sobre as duas últimas tarefas do Torneio estampava, claramente, a capa do jornal.
Harry tomando um gole de suco de abóbora se virou para Hermione e aguardou que ela lesse, como sempre, a reportagem.

A FINAL: HOGWARTS DECIDE FAZER TERCEIRA E QUARTA TAREFAS SEGUIDAS E CONVOCA LYNCH IVANOVA E HARRY POTTER PARA LEVÁ-LA AO TRIUNFO!

A partir de hoje a escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts novamente se abre para receber os bruxos que desejam comparecer a terceira tarefa.
Daqui dois dias os alunos e os bruxos partirão em navios rumo a área das Colideiras Vermelhas, uma das mais restritas de todo o mundo mágico.
Perguntado sob como seria a tarefa Minerva McGonagall, diretora de Hogwarts, nos fez uma grande revelação, além de confirmar que a tarefa realmente será nas Colideiras Vermelhas e que o transporte usado serão mesmo navios revelou que a terceira tarefa será ligada à quarta, ou seja, duas tarefas em um única noite.
O motivo alegado pela diretora foi de que nenhum torneio ousou tanto e se o do Olheiro vem atraindo milhões e milhões de bruxos de todo o mundo porque não realizar algo diferente de tudo já feito e surpreender.
Sob o fato dos campeões estarem cansados para participarem de uma tarefa seguida de outra, Minerva disse que ao final da terceira tarefa os campeões terão em suas mãos um frasco com a mais poderosa poção revigorante já tida em conhecimento.
Os campeões foram perguntados se gostariam de chamar algum colega para realizarem a quarta tarefa além deles, porém a reposta foi de imediato negativa.
Diante do sucesso da primeira e segunda tarefa que resultaram até o presente momento em um empate entre Hogwarts e a Instituição Educacional Irlandesa de Bounstouns, a quarta tarefa vem sendo especulada de ocorrer no sempre temido castelo que se encontra no topo das Colideiras Vermelhas, além de lendas povoarem o castelo, a quarta tarefa vem sendo prometida com mais uma surpresa guardada sob muitos segredos.
Os campeões que representarão Hogwarts durante essas duas tarefas serão Lynch Quigley Ivanova da casa Lufa-Lufa na terceira tarefa e Harry Potter de Grifinória na quarta e decisiva tarefa.
Aguardando o sucesso o Profeta Diário trara à você como nas duas primeiras tarefas tudo que ocorrer nesses momentos decisivos e espera que a melhor escola vença esse grandioso e surpreendente Torneio.

Uma reportagem de Anita Balgshot para o Profeta Diário


_A quarta tarefa vai ser daqui dois dias? - Harry largando seu garfo murmurou.
_Parece que sim - Parvati Patil ao seu lado disse.
_Em um castelo ainda por cima!
_Nao é só um castelo Harry - Hermione em voz baixa falou - É um castelo que fica no verdadeiro pico da Colideira, dizem que há uma criatura nesse pico, não sei qual é, ninguém sabe, mas muitos dizem que é extremamente perigosa, algo realmente muito assombroso...
_Não fique preocupado Harry, esse castelo pode ser muita coisa, mas não vai ser pior que a segunda tarefa - Hermione em consolo deixando o seu exemplar do Profeta Diário sob a mesa disse.
_Como você sabe que não pode ser pior do que a segunda tarefa? - Padma Patil indagou. – Você não esteve dentro da torre e passou por tudo aquilo...
_Não se esqueça que todos nós vimos a tarefa pelas aquelas telas mágicas...
Neville desviou um olhar assustado à Hermione e vendo que a garota percebera continuou a tomar seu café da manhã.

No dia seguinte os portões de Hogwarts foram abertos muito cedo para receberem os milhões de bruxos, suas barracas, suas culturas, suas alegrias, suas energias.
Desde o final da segunda tarefa Hogwarts não se via naquela animação, os alunos muito mais energéticos voltavam a andar dentre a grande concentração de bruxos conhecendo tudo que podiam, era incrivel como todo o castelo se transformava diante da chegada de tantas pessoas.
Minerva aquela noite um pouco antes de vários cartazes serem pregados nas salas comunais anunciou à todos que no dia seguinte logo pela manhã todos seguissem rumo ao lago daonde partiriam rumo as Colideiras. Sob o silêncio de todos ainda anunciou que a viagem duraria todo um dia e que os alunos de Hogwarts deveriam ir com os de Durmstrang em seu navio, enquanto que Bounstouns e Beauxbatons seguiriam em outro e Agatston por sua vez em mais um com uma boa parte dos bruxos que iriam assistir a tarefa.
Harry pode ver durante aquela noite enquanto andava pelo corredor do primeiro andar, um dos poucos que dão visão para todo o terreno, em meio a neblina, muitos navios iguais aos de Durmstrang.
_Parece que precisaram de muitos - Hermione também parando e olhando disse.
_Não sei nem o que vai acontecer depois que entrar naquele navio e sinceramente não sei se gostaria de saber se pudesse.

O dia amanheceu sob um frio ainda muito forte, os alunos e bruxos sob seus casacos rumavam pelos terrenos em meio a neblina, a multidão partia para os seus navios respectivos levando cartazes e grandes objetos que ninguém sabia para que servia.
Podia-se ouvir muito distante enquanto uns duzentos mil bruxos adentravam o maior dos navios, um hino extremamente forte já em torcida.
Harry com sua mochila adentrou o fantasmagórico navio de Durmstrang e ao lado de Rony e Hermione recebeu a instrução de se acomodar primeiramente.
Seguindo para o corredor número três, Harry, Rony e Hermione acompanharam vários membros de Corvinal seguindo-os, eles ficariam no quarto ao lado.
Assim que chegaram a área de corredores de quartos olharam para os lados na busca ao número três, no minimo haviam uns vinte corredores ligados um ao outro levando sempre a outros que se ligavam em mais e mais.
Os pisos e as paredes todas de madeira eram quase cobertas por quadros falantes, belos castiçais em chamas e tapetes realmente bonitos. O navio era de um luxo impressionante.
_Aqui! - a voz de Susana Bones da Lufa-Lufa disse.
Harry se virou, ela mostrava o corredor do número três aonde boa parte dos alunos de Grifinória e Lufa-Lufa ficariam.
Os quartos ao longo do grande corredor eram vários, do lado direito os masculinos e do direito os femininos, Rony e Harry ficariam no dormitório masculino número oito juntamente com outros garotos.
Como ninguém havia chegado ao quarto a porta ainda estava fechada, fato que Rony no momento seguinte a abriu revelando um quarto que fez com Ernesto McMillan soltasse um pouco audível “Uau”.
O cômodo seguinte além de grandioso tinha várias camas luxuosas, os quadros nas paredes dormiam enquanto os tapetes no chão com suas figuras se moviam deixando sempre a impressão do chão estar se movendo mesmo a pessoa estando parada.
Ao fim do quarto havia grandes janelas de vidro que davam vista para o mar e do lado direito, entre um grande espaço que dividia duas camas uma outra porta de madeira, o banheiro.
Atravessando o cômodo e chegando a vidraça Harry pode ver que o lago de Hogwarts refletia as luzes douradas que saiam das portinholas, ondulando pelas azuis ondas aonde se perdiam.
Vendo uma cama logo ao lado e que ainda não havia sido ocupada colocou sua mochila acima e se virou para o quarto, era realmente muito grandioso, confortável e bonito.
_Acho que daqui a pouco partiremos - Ernesto também se acomodando em uma das camas disse olhando para um relógio que retirara de seu bolso.
Passados poucos segundos houve uma explosão do lado de fora e Harry vendo que as ondas se agitaram pode ter a certeza de que a viagem começara, estariam dali um dia dentro do local mais encantado do mundo bruxo, um local aonde levariam Hogwarts ao triunfo ou a derrota.
Parado em frente a vidraça Harry olhou mais acima e viu que três navios já seguiam a frente pelo mar afora.
Deitando-se na cama fechou seus olhos e não conseguindo fugir da lembrança de que com a poção da Doce Alma teria mais chances de sobrevivência respirou fundo e a imagem de um castelo assombroso e grande lhe ocorreu rapidamente.
Olhando para o teto do quarto pode ver que estrelas prateadas brilhavam ao alto. Mesmo diante daquela imagem tão simples sua mente por dentro sabia que em poucos dias, dias que passariam rápido teria de confrontar os seus maiores temores, mas estava pronto para isso.
Como um choque rápido que cobriu seu corpo sentiu que não seria em dias e sim no seguinte, um dia aonde estaria adentrando um castelo protegido por uma perigosa criatura e no qual no mesmo estaria representando Hogwarts fazendo o seu melhor, porém mais uma vez não sabia o que o esperar; Principalmente além daquele mar, talvez somente uma grandiosa aventura estivesse tendo seu inicio, talvez somente uma grandiosa aventura estivesse chegando ao fim.

Pôde ao longo do dia seguinte perceber que a animação no navio de Durmstrang estava crescendo. As garotas em grupos ensaiavam passos de vitória, os garotos formando coros criavam grandiosas músicas e muitos outros ajudavam na construção de cartazes mágicos que mudavam de forma, como era algo que necessitava de muitos feitiços ao mesmo tempo, até mesmo o Prof.Flitwick chegou a se prontificar se mostrando muito animado e confiante na vitória de Hogwarts.
Várias vezes querendo ficar sozinho, Harry ia até a proa e sem medo das horas olhava o mar absorto em pensamentos.
Durante a tarde do dia seguinte, enquanto Rony e Hermione ajudavam alguns alunos do primeiro ano na criação de broches realmente bonitos, Harry se sentou muito perto da borda do navio e pode avistar muito longe, em meio a uma neblina prateada uma torre aonde a sua volta havia uma escada circular que vinha muito ao fundo.
Em meio a um silêncio somente quebrado pelas águas agitadas, alguns passos vieram em sua direção, o chão de madeira lustroso refletindo já o pôr do sol.
_Parece que estamos chegando - Tolkien se aproximando disse, sua expressão misturando expectativa e receio.
Harry se virando ficou de pé e também debruçando sob a borda o indagou.
_Ali que são as Colideiras Vermelhas?
O professor desviou seu olhar para as montanhas e acenando positivamente com a cabeça respondeu:
_Sim, aonde você está vendo é a torre central da Colideira, em volta dela há uma escada que leva a uma passarela ligada ao castelo, a entrada dessa torre fica em meio a um lugar muito escuro, um lugar que ninguém pode ver, algo muito mágico...
Enquanto duas garotas de Lufa-Lufa chegavam a borda do navio do outro lado, Harry realizou mais uma pergunta, o primeiro navio acabara de chegar as montanhas.
_A terceira tarefa vai ser nessa torre?
Antes que Tolkien pudesse responder um jato de luz disparou do navio recém chegado as montanhas anunciando sua chegada com sucesso.
_Na torre...os campeões terão de achar o último objeto, muito bem escondido, é uma chave, um pergaminho, para abrir os portais do castelo, sem ela não há como entrar no castelo e então não realizar a quarta tarefa...
_Esse castelo professor - Harry disse enquanto via o jato se dispersar em machas douradas. - Ele é muito...muito...
_Perigoso? - Tolkien completou.
Harry acenou positivamente com a cabeça.
_Não, é um castelo não com muitos desafios físicos, acho que não, mas sim lógicos, deve-se usar muito a cabeça para desvendar enigmas em um espaço de tempo curtíssimo, esse é o problema, o tempo...
Mais duas garotas, porém de Sonserina haviam chegado a borda, pareciam quererem ver o primeiro navio.
_Se não desvendar o enigma à tempo, o que acontece?
Tolkien desviou seu olhar do pôr do sol para o mar e depois para Harry.
_Devo te falar uma verdade Harry, não sei, mas acho que não é nada bom...
No momento seguinte a resposta de Tolkien a voz de Lorde Blade ao usar o feitiço Sonorus preencheu o navio pedindo que os alunos se aprontassem pois chegariam as montanhas em poucos minutos.
Tolkien e Harry que agora avistavam a ilha um pouco mais de perto se entreolharam. Havia algo no olhar do professor que parecia culpado.
Naquele momento um outro jato de luz irrompeu o ar e o segundo navio chegou as montanhas.
As mais de duzentas mil pessoas do primeiro agora rumavam para uma espécie de circulo feito com raios aonde ao seu centro havia uma estátua altíssima, na forma de dragão como a que existia dentro da torre da segunda tarefa.
Assim que os bruxos tocavam a estátua eram levados para as prováveis arquibancadas que até ali não podiam ainda ser vistas.

_Não era proibido usar chaves do portal ou aparatação na montanha por causa da magia? - Harry vendo que Rony e Hermione vinham se aproximando perguntou.
_É sim proibido Harry, mas não dentro da montanha para dentro da montanha, não se pode ir por exemplo de um local fora da montanha para dentro dela, agora se for de dentro para se manter dentro não há problemas...
Hermione chegando muito animada também se debruçou na borda do navio entre Harry e Tolkien e vendo o segundo navio chegar as montanhas disse:
_Professor...
_Diga.
Rony após levar um escorregão pelo chão lustroso e quase cair pela borda afora rumou ao mar e indagou:
_Não tem aquibancadas?
_Certamente que sim - Tolkien animado respondeu. - Mal podemos ver a torre central como poderemos ver as arquibancadas.
_Mas as arquibancadas sempre são muito altas - Hermione falou sem tirar os olhos do grupo de pessoas nas montanhas, pareciam formigas amontoadas.
_Sim, altas até demais, mas dessa vez as arquibancadas foram postas nas montanhas, ou seja elas estão presas nas montanhas dando vista muito próxima da torre, falaram que o tamanho do local aonde foram presas essas arquibancadas e aonde existe essa torre é três vezes maior que Hogwarts...
Rony esbugalhou os olhos, Hermione também , Harry que já vinha se preocupando com o castelo agora tinha de se preocupar de em frente a um público três vezes do tamanho de Hogwarts vencer ou perder.
_Então vai haver mais bruxos do que nas duas primeiras tarefas? - Hermione desviando seu olhar perguntou.
_A final Srta.Granger, além dos bruxos que acompanharam as duas primeiras tarefas e estão ansiosos pelo final, há a terceira e se tratando de um local tão magnífico como as Colideiras Vermelhas, podemos aguardar uma quantidade de bruxos digamos um tanto grande...
Hermione sorriu.
Mais um jato de luz disparou pelo ar anunciando que o terceiro navio havia chegado as montanhas, o próximo seria o de Durmstrang seguido por mais uns quinze.
Enquanto os bruxos do primeiro navio ainda partiam para as arquibancadas os dos dois últimos foram se amontoando nas montanhas formando um público extraordinário.
A água no mar corria, o sol já se despedia no horizonte, o céu já ia se escurecendo e a corrente de ar fria parecia mais perfeita que nunca.
Harry podia sentir enquanto olhava para o mar que logo chegariam as montanhas, as estrelas no céu já iam nascendo, nascendo juntamente com o maior desafio já imposto à bruxos de toda a história, um desafio de vitórias ou derrotas.
Sem demora, assim que o céu se tornou completamente escuro o navio de Durmstrang chegou as montanhas, o frio ali era quase agoniante, de eletrizar os ossos.
Nem mesmo dali Harry conseguiu avistar a torre ou o castelo, pareciam ocultados por uma magia que os tornavam invisíveis.

_Hogwarts venham, Hogwarts venham! - a Profa.McGonagall em meio aos milhares de bruxos usando o feitiço Sonorus dizia chamando os alunos para em grupo serem levados para a área das arquibancadas.
Embora todos quisessem partir o mais rápido possível para apanhar um bom lugar, a ordem era mantida.
Esperando um grupo de irlandeses serem levados, logo que partiram Harry, Rony e Hermione ao lado de Simas, Justino Fletchey, Neville, Gina e uns dez alunos de Corvinal se dirigiram rumo ao circulo azulado.
Ali a Profa.Sprout orientava todos como seguirem pelo portal, além de parecer muito agitada, mesmo parecendo sem querer perdera seu jeito de não se importar com nada, tudo que fazia era com uma energia inegual.
_Quando disser três - ela disse colocando Gina ao lado de Justino enquanto formava um círculo em volta da estátua.
Todos acenaram positivamente, haviam entendido o recado.
_Um...
Todos se aproximaram.
_Dois...
As mãos se extenderam rumo à escultura gigantesca de dragão.
_TRÊS!
Harry ao mesmo tempo que todos levou suas mãos à estátua e numa alavancada rápida seus pés perderam o chão, a viagem não era tão dolorosa quanto as outras pelas chaves do portal e muito menos se parecia com a pelo flú, algo muito apertado e enjoante.
Logo que abriu seus olhos, seus ouvidos captaram o barulho de bruxos conversando, alguns cantando, outros em voz baixa ensaiando os coros, muitos, a maioria falando em línguas diferentes. Se levantando pode ver que estava ao meio de um corredor aberto ao céu aonde haviam milhares e milhares de escadas subterrâneas que levariam as arquibancadas.
Dali finalmente pode avistar a torre, além de ser extremamente alta, ao seu topo havia um corredor que sumia na escuridão.
_Vamos por esse - Hermione mostrando uma escada não muito longe disse, no céu naquele momento explodiam fogos que se transformavam em figuras dançantes formando diferentes coreografias que sempre acabavam em músicas animadas.
Harry e Rony observando a figura de dois Snowkings muito alto dançando em passos que somente aceleravam acompanharam Hermione rumo a escadaria.
_Harry! Harry! - Tolkien ao lado de sua namorada, Susana Midgey, e em meio aos bruxos que rumavam para as arquibancadas chamou.
Harry desviando de duas crianças que faziam passos engraçados de dança foi na direção do professor, Susana o olhando com interesse.
_O que aconteceu?
Tolkien em meio a música alteou sua voz e respondeu:
_Você deve vir juntamente com os professores à gabine especial, terá de partir em meio a terceira tarefa, se aprontar...
Harry olhou para Hermione e Rony e levando sua mão ao alto se despediu.
Acompanhando o professor no momento seguinte foram rumo a uma sala que ficava no local mais alto e de melhor visão dentre todos os andares.
Também pode perceber que como na primeira tarefa as arquibancadas presas as montanhas formavam um círculo, aonde bem ao centro ficava a torre, uma torre que surgia de um buraco negro muito abaixo. Se aproximando da gabine, um dos locais mais altos e não conseguindo nem mesmo dali ver o castelo se virou para Tolkien.
_Professor...
Tolkien o olhou, vários bruxos os separavam.
_Não consigo ver o castelo...
_Certamente que não - respondeu em voz alta. - Ninguém o conseguira ver antes que um dos quatro campeões atravesse o corredor no topo da torre, está ocultado por enquanto.
Harry novamente olhou para a montanha mais alta e não sabendo se vira um vislumbre negro rapidamente pode ter somente a certeza de que uma ave de fogo pousara sob uma estátua idém a sua imagem e sob ela desapareceu.
Uma hora após, todos os navios e bruxos haviam chegado as montanhas. As arquibancadas que cercavam a torre central já estavam completamente lotadas, os cartazes postos e os objetos grandes que Harry vira saindo do castelo em fileira no topo do último andar, um ao lado do outro, parados.
_Parece que recebemos muitos bruxos esta noite não Minerva? - o Prof.Flitwick sentado na cadeira ao lado da de Harry comentou.
_Sim professor, muitos, mas do que pude esperar.
Do outro lado das montanhas podia se encontrar uma sala reservada para Ludo Bagman, sob os coros que iam se fortalecendo e os gritos disparados em torcida de Lynch, o bruxo apontou sua varinha para a garganta e iniciou a narração da terceira e quarta tarefa do Torneio do Olheiro.

_SEJAM BEM VINDOS A MAIS UMA TAREFA DO TORNEIO DO OLHEIRO!

As arquibancadas que já estavam extraordinariamente animadas se explodiram em vivas e aplausos tão fortes que pareciam ecoar pelas montanhas como se um exército de trasgos estivessem correndo prontos a atacar.

_VOCÊS ESTÃO PRONTOS PARA UMA GRANDE TAREFA?

Juntamente com mais uma explosão de vivas vários fogos de artifício estouraram no ar.

_HOJE COMO DEVO IMAGINAR, TODOS NÓS VEREMOS NÃO SOMENTE A TERCEIRA E QUARTA TAREFA COMO O ENCERRAMENTO DO TORNEIO E A ESCOLA CAMPEÃ....

Um coro fortemente unido berrava:

Beauxbatons
Beauxbatons
Beauxbatons

_POSSO CHAMAR OS CAMPEÕES?

Mais fogos de artifício explodiram no ar enquanto os coros ao longo de milhões e milhões de pessoas se perdiam nas arquibancadas, eram muitos bruxos.

_OS CAMPEÕES OU NÃO?

“SIM” - metade das arquibancadas berraram.

_ENTÃO QUE ENTRE DA DELEGAÇÃO BÚLGARA DE DURMSTRANG, O CAMPEÃO QUE PRETENDE HONRAR SEU PAÍS, BATAM PALMAS PARA O INCRÍVEL JJJJJJJJJJJJJJJJJJJJOHN O´DONNELL!

Um dos cinco objetos esquisitos, o primeiro da esquerda pra direita, se explodiu e lançou inúmeros círculos de fogo em meio as arquibancadas, John voando adentrou no mesmo segundo o estádio sob os aplausos frenéticos de todos e o despencar das costumeiras telas mágicas que agora varriam todos os milhares de metros nas arquibancadas mostrando todo seu percurso desde que adentrara a tarefa.

_DA ACADEMIA FRANCESA DE BEAUXBATONS, ELA QUE ENCANTA NÃO SÓPELA BELEZA MAS PELO SUCESSO NO QUADRIBOL, DÊEM AS BOAS VINDAS A MAGNÍFICA CCCCCCCCCCCCCCCCCCATHERINE LEBLANC!

O coro de Beauxbatons se fortaleceu acrescentando uma linha com os dizeres Catherine Leblanc, as telas mágicas despencaram ao lado das de John mostrando a chegada da campeã sob sua Obvilliate realizando manobras incríveis.
_Ela é definitivamente a melhor jogadora de quadribol da França – um bruxo austríaco ao lado de Minerva comentou na fileira de cadeiras atrás de Harry.

_AGORA, POR SUA VEZ, O CAMPEÃO QUE AO LADO DE LYNCH QUIGLEY IVANOVA E HARRY POTTER MAIS OS AMEAÇA DE VITÓRIA, DO INSTITUTO EDUCACIONAL IRLANDÊS BOUNSTOUNS, SEJA BEM VINDO, LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL.P CHASEZ!

Sem dúvida a populariedade de L.P chegara a estatus impressionante, além dos aplausos bastante energéticos, dos assobios e dos fogos de artifício, o campeão recebido por um coro quase que vindo de todos realizou uma manobra sob sua Obvilliate e pairando no ar executou uma finta invejosa à Catherine.

_DA ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS E DA RESPEITÁVEL CASA DE LUFA-LUFA, COM VOCÊS, UM DOS MELHORES E MAIS HÁBEIS DUELISTAS DESTE ANO, LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLYNCH QUIGLEY IVANOVA!

Ao lado das telas de John, Catherine e L.P despencou a quarta mostrando a entrada de Lynch.
Sob fogos vermelhos e um raio disparado pelo quarto objeto seguido, Lynch mergulhou pelas arquibancadas sob extraordinárias palmas e gritos, os milhões de bruxos o incentivando.

_E COM A CAMPEÃ DO CENTRO ALEMÃO AGATSTON CHAMO À TODOS NÓS, QUEM É INEGUAL NA ARTE DE FEITIÇOS DEFENSIVOS E DE RACIOCÍNIO LÓGICO, QUE ENTRE A MAGNÂNIMA AAAAAAAAAAAAAAAANNE KARKONICOVA!

A bela e loira garota sob sua Firebolt como John mergulhou adentro as arquibancadas e dando uma volta surpreendeu à todos por ter um jato de luz prateada de extrema beleza saindo de sua vassoura.

_AGORA QUE TEMOS TODOS OS CAMPEÕES... - Ludo prosseguiu e ao fim do último fogo que desapareceu em manchas avermelhadas as arquibancadas se calaram para ouvi-lo. - POSSO LHES DIZER QUAL SERÁ O OBJETIVO DA TERCEIRA TAREFA...
TODOS OS QUATRO CAMPEÕES ADENTRARÃO A TORRE A NOSSA FRENTE E ESTARÃO DESDE O INICIO LÁ NO FUNDO, NO TOPO DESSA TORRE HÁ UM PERGAMINHO COM A COMBINAÇÃO DE FEITIÇOS QUE DEVE SER FEITA PARA SE ADENTRAR O CASTELO. PASSANDO POR EXTREMOS DESAFIOS E MUITAS DISPUTAS, O CAMPEÃO QUE PRIMEIRO APANHAR O PERGAMINHO PODERA IMEDIATAMENTE PARTIR PARA O CASTELO GANHANDO ASSIM VANTAGEM EM RELAÇÃO A QUARTA TAREFA.
É CLARO QUE NÃO PODEMOS ESQUECER QUE A ESCOLA VENCEDORA DA TERCEIRA TAREFA RECEBERA SEUS PONTOS E AO LADO DE HOGWARTS E BOUNSTOUNS QUE ESTÃO NESTE MOMENTO EM PRIMEIRO LUGAR EMPATAR NA DISPUTA PELO PRIMEIRO LUGAR.
CERTAMENTE QUE SE ALGUM DOS CAMPEÕES DE HOGWARTS OU BOUNSTOUNS APANHAR O PRIMEIRO LUGAR, A CONCORRÊNCIA PARA AS DEMAIS ESCOLAS SERÁ COMPROMETIDA.
PARA INICIAR ESSA TAREFA PRIMEIRAMENTE OS CAMPEÕES PARTIRÃO PARA A TORRE E ASSIM QUE OS CINCO ESTIVEREM PRONTOS A LARGADA SERÁ DADA...

Sob um silêncio que sob tantas pessoas parecia impossível, os quatro campeões sendo mostrados respectivamente em suas telas partiram rumo a escuridão aonde não somente a torre se perdia como também as arquibancadas.
Assim que as quatro telas mostraram as trajetórias dos campeões e revelaram que em meio a uma escuridão aonde somente podia se avistar borrões todos adentraram a torre, Bagman sob o silêncio vendo-os um ao lado do outro se preparou para dar o inicio.
Houve no momento seguinte um jato que surgiu do primeiro objeto no alto das arquibancadas, o silêncio se manteve, houve mais um jato, depois outro, mais um e o quinto e definitivo que explodiu em um barulho gigantesco. Era dada a largada.

Harry se sentou reto em sua cadeira no objetivo de avistar melhor as telas que mostrariam o percursso.

_CATHERINE LEBLANC LIDERA! - Ludo anunciou.
Os coros retornaram com força total enquanto a campeã chegava a uma sala com várias estátuas com lanças e espadas.
_JOHN O´DONNELL VEM EM SEGUNDO LUGAR!
Um novo coro foi irrompido.
_CATHERINE TEME A SALA DAS ESPADAS!
A garota naquele momento com sua varinha se virou para a sala e querendo atravessá-la correndo em meio as estátuas se pôs a correr. Várias espadas cruzaram de uma parede a outra lhe cercando.
Parando horrorizada se viu sendo encurralada por todas as estátuas que vinham brutalmente.
_LYNCH IVANOVA ASSUME A LIDERANÇA!
Sob uma explosão de vivas maior que todas aquela noite Lynch acabava chegar a um local aonde havia várias pontes que iam se quebrando, sendo que abaixo havia um rio com vários Grindylows e criaturas com olhos luminosos.
_ANNE KARKONICOVA OBTEM SUCESSO NA SALA DE POÇÕES!
A campeã de Agatston que agora corria com varinha em mãos por um corredor soturno se virou para direita, depois para a esquerda, direita, esquerda, direita, direita, esquerda, esquerda, esquerda, direita e se viu em um beco sem saída, sem caminho à seguir.
_LYNCH PASSA PELA PRIMEIRA PONTE!
Vários coros fortes torciam:

Lynch! Lynch! Lynch!
Hogwarts é a melhor
Ninguém pode nos deter
Nem nos parar
Porque Hogwarts é o nosso lar!

_JOHN O´DONNELL ASSUME A DIANTEIRA, A DISPUTA ESTÁ LADO A LADO COM L.P CHASEZ E ANNE KARKONICOVA!

John O´Donnell
Durmstrang
Ele é o nosso campeão
O resto é baixeza!

_LYNCH ATRAVESSA AS PONTES E ATINGE A LIDERANÇA NOVAMENTE!
Harry desviou seu olhar da tela de John para a de Lynch, o campeão acabara de deixar a última ponte e partia para um local todo rochoso, várias lanças cravadas ao alto seguiam em linha reta.

_CATHERINE LEBLANC ESTÁ FERIDA MAS SEGUE COM SUCESSO!
Harry agora olhou para as telas de Catherine que acabava de deixar a sala de estátuas e parecia correr pelos mesmos corredores que Anne Karkonicova pouco tempo atrás. Antes que pudesse voltar as telas de Lynch houve de forma geral uma grande onda de ´´oooooooooh`` e em seguida Ludo disparou:

_LYNCH QUIGLEY IVANOVA É ABATIDO E HOGWARTS PERDE SEU CAMPEÃO!
No momento seguinte a quarta tela se apagou, Minerva havia ficado de pé, a decepção clara em seu rosto.
_O que aconteceu? - Harry indagou não vendo o que ocorrera.
Moody que estava na cadeira detrás respondeu de imediato.
_Foi pego por muitos Esqueletics, não estava preparado...

_HOGWARTS DIANTE DESSA PERDA TEM SOMENTE DUAS OPÇÕES...
PRIMEIRO, DESISTIR DA TAREFA E PARTIR PARA A QUARTA EM ÚLTIMO LUGAR OU HARRY POTTER ASSUMIR O LUGAR DE LYNCH IVANOVA E COMPLETAR A TERCEIRA TAREFA...

Todos os professores, ministros e bruxos importantes dentro daquela gabine olharam para Harry no mesmo instante, pareciam pedir pelo olhar que continuasse.
_Decida Potter - Minerva ainda de pé disse. - Está em suas mãos a decisão do Torneio do Olheiro...
Harry também se pôs de pé, porém ainda não se decidira que caminho seguir.

Harry Potter! Harry Potter! Harry Potter!

O coro vinha se fortalecendo até mesmo de quem não torcia para Hogwarts, parecia que somente o gosto da competição continuar entre cinco bruxos já era o sulficiente.
Harry diante de tudo aquilo não pode deixar de recusar, tinha de aceitar e partir para a terceira tarefa também.
Decidido se virou para Minerva e acenou positivamente, acabara de perceber que a tela de Lynch o mostrava na gabine.
Sob sua decisão houve uma explosão de palmas e gritos, o coro de Harry Potter se engrandeceu de tal forma que parecia dominar o mundo.

_HARRY POTTER ASSUME O LUGAR DE LYNCH IVANOVA E HOGWARTS SEGUE ATÉ O FIM DO TORNEIO!

As arquibancadas vibraram.
Moody com varinha em mãos foi até Harry, parecia já estar pronto para aquela situação.
_Vamos, sem tempo a perder...
No momento seguinte o professor elevou sua varinha ao alto e um jato disparou do quarto objeto dentre os cinco. Segurando o braço de Harry com força juntos pularam da gabina em meio as arquibancadas.
Harry não podia acreditar no que o professor fizera, haviam se jogado no nada.
Antes que pudesse se chocar com um dos lados das arquibancadas o jato que o bruxo fizera disparar do objeto o cercou e adentrou seu corpo fazendo-lhe sentir um puxão brusco porém rápido que o levou com velocidade a um local totalmente frio, lembrara-se no mesmo instante de estar na torre da segunda tarefa.
Se levantando ficou diante do penhasco aonde haviam as quatro lanças, a escuridão quebrada apenas por feixes vermelhos que vinham se aproximando, do outro lado, abaixo de uma luz verde, um caminho com várias bifurcações.
Assim que se levantou e se manteve quieto pode ouvir passos vindo em direção as suas costas, ao se virar recebeu uma pancada na cabeça e caiu ao chão, sua varinha apontada para quem fizera aquilo, não disposto a perder mais nenhum segundo e pronto a levar Hogwarts ao triunfo berrou, sua voz se perdendo pela escuridão, as lanças explodindo em chamas, uma chama que parecia dominar seu corpo:
_DESNERIUS!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.