O OCULTO CEMITÉRIO DE HOGWARTS



CAPÍTULO 43:

O OCULTO CEMITÉRIO DE HOGWARTS


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_Protejam Harry durante todo o caminho – a voz de Dumbledore falou enquanto pelo céu vários pássaros negros voavam em bandos – Eu esperarei todos vocês após o lago dos Irmãos de Uma Mão Só, vocês deverão seguir pela luz que eu deixar, Alastor sabe o que fazer – e Moody fez um rápido aceno positivo com a cabeça.
_E a guerra? – Tonks perguntou friamente – Ela está correndo à solta lá fora...
_Naturalmente Nynphadora – Dumbledore respondeu em um tom simples – Mas ela sempre esteve acontecendo, embora seja diferente dessa vez e tenho certeza que quando voltarmos quase nada será diferente do que estamos acostumados a ver. Voldemort sabe que o Ministério possui um exército particular muito perigoso e sabe que se chegar ao extremo da situação pode se arriscar, ele vai agir com cautela, embora o sangue em suas veias possua o desejo de outra coisa.
_Nós voltaremos um pouco então – Lupin disse em voz baixa – Quim e Tolkien estão a espera de Harry, Hermione e Rony, eles já devem ter começado seus caminhos.
_Temos de agir o mais rápido possível – Dumbledore disse parecendo ansioso – Agora que estamos próximos de destruir todas as Horcruxes, o fim que nossa história tanto espera está cada vez mais próximo – e ele parou por um segundo olhando fixamente para um canto escuro da floresta – Mas temo que os últimos Horcruxes são os que talvez possam, definitivamente, acabar com todas as conquistas.
_E por que isso Alvo? – Tonks perguntou já imaginando a resposta.
_São os Horcruxes mais poderosos e mais próximos à Voldemort, naturalmente, os mais difíceis de serem destruídos.
_Mas estamos juntos nisso – Tonks disse – Juntos para enfrentarmos o que tenha de ser enfrentado.
_Certamente que sim – Dumbledore disse – Mas nunca é fácil quando se trata de Lorde Voldemort e embora tenhamos ganhado uma boa dianteira, na situação atual qualquer passo falso seria o fim de tudo.
_E um passo falso seria o quê? – Lupin indagou com a testa franzida.
_Um traidor – Dumbledore respondeu o olhando serenamente – Um único traidor em meio a nós seria sulficiente pra fazer tudo mudar.
_E o senhor acredita que haja um? – Moody perguntou sombrio.
_Sim – Dumbledore respondeu – Tanto quanto do nosso lado quanto para o lado de Voldemort, ambos os lados estão alimentando traidores, e bons traidores devo dizer. Quando estes começarem a agir, a situação ficara estranhamente assustadora.
_Não caso eles sejam mortos antes – Tonks disse – A traição é um bom motivo para a morte, ainda mais quando se trata de uma guerra, que envolve vidas e sacrifícios.
_Concordo com você Nymphadora, naturalmente você vem de uma Casa que sempre prezou a honestidade e a fidelidade, fortes caracaterísticas de Helga Huffelpuff – Dumbledore falou ajeitando sua capa e desviando um olhar rápido à todos disse – Esse é o momento!


_Ele não está no castelo senhor – uma voz fraca falou dentro de um cômodo não muito distante da floresta – Ninguém sabe dizer aonde ele está. Potter escapou de um dos nossos ataques com a ajuda da fênix de Dumbledore, ele não deve estar longe.
_Certo Rabicho, continuem na procura aos ingredientes da poção, eu irei manter o plano até o fim. Só estamos começando.
Rabicho naquele instante respirou com dificuldade e saiu. Voldemort então se virou para um pequena caixa de madeira que estava sob uma mesa velha e empoeirada e a abriu. Ali dentro havia apenas um frasco com um líquido negro, muito espesso.
_Eu terei minhas Horcruxes de volta – falou em voz baixa para Nagini – Uma vez que apenas uma Horcruxe estiver viva, eu ainda serei imortal. Imortal...


_É hora de voltar – uma criatura encapuzada falou dentro de um pequena sala mal iluminada com inúmeras estantes por todos os lados, em sua mão pálida, a varinha empunhada. – O plano já foi completado, a guerra está se espalhando pela Europa, Você-Sabe-Quem deve estar em Hogwarts nesse momento, é a hora que todos esperávamos...
_Esperavam? – uma outra voz rouca vindo de um quadro falou.
_Exatamente – o bruxo disse e então puxou seu capuz, revelando sua faceta pálida à luz, Snape – Penso que Dumbledore queria exatamente que Você-Sabe-Quem entrasse em Hogwarts, possivelmente tudo é uma armadilha, há um aliado dentro do castelo e é muito certo que esse plano dê certo.
_Eu tenho medo do que pode acontecer ao fim de tudo – o quadro disse e Snape apenas o encarou por alguns segundos.
_Ninguém que está nessa guerra está fora do perigo, todos estão com medo, e quando digo isso incluo até mesmo aqueles que se julgam imortais.


_Venham rápido! – a voz de Tolkien chamou em meio a escuridão. Harry olhou para Rony e Hermione e apenas aceleraram os passos enquantos os estouros pela guerra explodiam por todos os lados do castelo.
Adentrando a orla da Floresta avistaram Tolkien e Quim parados, os aguardando.
_Temos de ir depressa – Tolkien continuou e imediatamente eles saíram a andar pela floresta. – Mantenham varinhas em mão! – ele alertou.
_Encontraremos Dumbledore e o restante mais a frente – Quim disse.
Durante um longo período aonde todos permaneceram em silêncio, Harry seguiu pela Floresta observando que nem tudo parecia tão mais quieto como antes, por todos os lados as árvores pareciam agitadas e havia barulhos altos e sombrios.
_Nem tudo é como antes – Tolkien falou agitado – Ainda mais no momento que estamos passando.
Passando por lugares aonde pareciam haver montantes cobertos, aquilo fez Harry se lembrar de quando vira Hagrid trazendo o corpo de Dumbledore até a lápide nos jardins de Hogwarts e justamente isso lhe trouxe de volta algo que ainda não percebera todo esse tempo.
_Como... – disse abruptamente e então parou, todos se viraram para ele naquele instante – Como todos vocês sabem das Horcruxes, o que, o que houve depois do cemitério? Eu só me lembro, eu só me lembro que quando acordei todos já sabiam e quando eu percebi já estávamos caminhando rumo a Caverna de Greyback...o que, o que aconteceu?
Tolkien olhou para Quim por um instante.
_Nós não tínhamos certeza se você se lembraria, você foi pego por uma poção ou uma maldição muito poderosa, algo que o fez ficar acordado, embora sua mente estivesse adormecida.
_Quase como a poção do Morto-Vivo – Hermione disse logo ao lado – Você tomou, nessa mesma noite, a Veritaserum, não sabemos como isso pôde acontecer, mas você sumiu naquela noite, e fomos te encontrar no gabinete do Dumbledore e você estava falando sobre Horcruxes, tínhamos pensando que você tinha fugido para tentar ir atrás de Voldemort, com raiva do que havia acontecido.
_Mas como eu pude beber uma poção sem saber? – Harry perguntou raivoso.
_Parece que você foi enfeitiçado – Tolkien disse – E então afastaram você de Rony e Hermione depois do enterro ter sido finalizado e aplicaram a poção, você apareceu no dormitório da Grifinória e pelo que Rony disse, estava bastante inquieto e andava de forma estranha, como se estivesse assustado com tudo ao seu redor. Ele pensou que provavelmente era devido aos acontecimentos recentes. – Rony acenou positivamente com a cabeça naquele instante – E você sumiu no meio da noite, Rony viu você saindo, pois parecia agitado e então ele não te encontrou mais, avisou à Minerva e ao restante, procuramos você em todas as partes e quando já estávamos sem quase esperança, encontramos você no gabinete de Dumbledore, estava caído lá, falando coisas como Horcruxes e sobre Você-Sabe-Quem ter repartido sua alma. Nós perguntamos algumas coisas e você revelou tudo, absolutamente tudo sobre as Horcruxes...
_Não houve poção alguma, eu fui amaldiçoado pela Imperius é isso?! – Harry exclamou.
_Parece que sim – Hermione falou em voz baixa – Foi tudo muito rápido, parece que você resistiu muito bem à Maldição pois durou poucas horas o efeito, horas na qual alguém aplicou o Veritaserum e fez com que você dissesse tudo que sabia.
_E como eu só fui perceber aonde estava quando estávamos próximos à Caverna do Greyback?
_Bom – Quim falou – Você deve ter ficado inconsciente por algumas horas, a pessoa que o amaldiçoou deve ter tentado várias vezes e isso fez com que você ficasse fora de si.
_Quem poderia ter feito isso? – Harry perguntou não conseguindo imaginar quem teria feito isso, as opções eram muitas.
_Você-Sabe-Quem – Rony respondeu – Dumbledore fala que foi ele, porque ninguém mais teria conseguido isso, e ninguém mais sabia das Horcruxes além de você, Dumbledore e Você-Sabe-Quem naquela época, e ele pode ter desconfiado que mais alguém sabia, no caso você, e foi confirmar.
_Agora tudo se encaixa – Harry disse – Quando eu estava no prédio próximo a Caverna de Greyback eu sonhei com Voldemort instruindo um exército, ele falava sobre suas Horcruxes abertamente, ele devia ter acabado de saber que além dele, eu e Dumbledore também sabíamos.
_Mas lembre-se Harry – Hermione disse – Os Comensais são enfeitiçados, eles ficam sabendo sobre as Horcruxes por segundos, pouco tempo depois é apagado da memória deles, é mágia antiga.
_Eu sei – Harry falou – Mas tenho certeza que foi Voldemort que me almadiçoou...
_Mas se ele fez isso, porque não te matou de vez? – Rony indagou simplesmente.
_Dumbledore se perguntou isso – Tolkien respondeu – Mas ele não conseguiu encontrar alguma respostas óbvia pra isso, ou pelo menos ele nunca falou sobre isso abertamente com nós – Hermione desviou um olhar preocupado nesse instante.
_Devemos continuar – Quim falou – Dumbledore parecia bastante apressado quando falamos com ele.

Por muitos minutos ainda, todos caminharam pela Floresta, pelos caminhos, os montantes cada vez maiores pareciam estar apavorando Rony, que não ousou perguntar o que eram temendo serem corpos escondidos.

Após se reunirem à Tonks, Moody e Lupin durante o caminho, ambos partiram rumo ao lago. Harry jamais estivera naquela parte da Floresta e mesmo assim, achou aquela, a mais bonita de todas até agora. Principalmente quando atingiram, mais a frente, o lago. Aonde na sua entada havia duas estátuas de mármore, de bruxos baixos e bem magros, parecendo elfos, cada um com apenas uma mão e os olhos muito brilhantes.
_Dumbledore foi mais a frente – Moody disse – Temos de entrar e seguir a luz que ele nos deixou, se seguirmos juntos ficara tudo bem. – Moody elevou sua varinha e a apontou para sua cabeça – Cabeça-de-Bolha!
_Então vamos – Tonks disse enquanto todos aplicavam o feitiço e então pulou no lago, as águas limpas e azuis formando pequenas ondas.
Após Lupin, Quim, Moody, Tolkien, Rony e Hermione Harry também saltou percebendo, de imediato, que ali era tudo muito claro e bonito, parecia que havia acabado de mergulhar no lugar mais iluminado que ja vira em toda sua vida.
Prosseguindo, rumo à luz que todos pareciam seguir, após minutos aonde todos mergulharam juntos e seguros, houve um estrondo muito alto logo atrás e vários vultos negros passaram próximos.
Harry parou por um instante para ver se avistava quem vinha se aproximando mas não avistou absolutamente nada.
_NÃO SE AFASTE HARRY! - alguém gritou em meio ás águas e quando Harry percebeu, estava sendo cercado por Sereianos e Gryndlows, uma outra luz forte vindo de um caminho bastante escuro e sombrio. - NÃO SE AFASTE! - a mesma voz gritou e então um jato vermelho atravessou a água e atingiu Harry no ombro lhe fazendo um corte fundo. Harry imediatamente parou elevando sua varinha para ver quem o atacara, mas agora o sangue estava deixando seu corte e isso parecia atrair uma criatura negra, uma criatura completamente deformada na água.
Harry viu a figura de Tolkien adentrar a sua frente no mesmo instante que algo mordeu sua perna; Brandindo sua varinha na direção do que o atacara disparou faíscas e a criatura se afastou, uma calda negra balançando na água.
_VÁ HARRY! – Tolkien gritou – NÃO SE AFASTE DOS OUTROS! – e Harry partiu, sua perna doendo muito, por todos os lados, caldas negras surgindo de buracos, tinha certeza que eram as criaturas deformadas.
Avançando rapidamente enquanto as criaturas também seguiam, se juntou a Moody e Quim e passando por portais de rochas que agora pareciam estar cada vez mais estreitos viu um portal mais distante, daonde vinha a luz que todos vinham seguindo.
Sentindo seu coração acelerar na mesma batida que sua perna tremia atravessou o portal de luz na maior velocidade que conseguiu e dali caiu para um lugar que imediatamente lhe fez sentir frio e assombro. Ficando de pé, olhou para trás, Rony vinha chegando naquele exato momento, mais a frente, Hermione, Tolkien e Moody com suas varinhas ao alto. Dumbledore, parado entre duas árvores altas sacudindo sua varinha enquanto línguas de fogo disparavam contra uma espécie de portões bastante negros e seguros.
Tolkien, dentre os três parecia o mais apavorado, mas é porque somente ele parecia ter visto o que protegia aquela área. Dois cãos de três cabeças que estavam em lados opostos, naquele instante vigiando o lado contrário ao que Harry chegara.
Sentindo-se muito fraco e com a maior parte de seu corpo dormente, Harry, ao lado de Rony, Quim, Tonks e Lupin partiu rumo ao encontro de Dumbledore andando a passos rápidos embora silenciosos. As varinhas ao alto prontas para atacar.
Quando todos se uniram e puderam, assim, se ocultar na área das árvores, pararam aguardando Dumbledore terminar sua série de feitiços; O que naquela altura já estava feito.
_Vamos – Tolkien disse bastante sério.
_Estejam completamente atentos – Dumbledore falou – Esse lugar é inabitável, pode haver criaturas desconhecidas aqui. – Harry sentiu um arrepio e uma sensação fria na barriga diante desse aviso.

Harry avançou, a passos lentos, somente atrás de Dumbledore, a varinha na mão trêmula iluminando com o feixe de luz.
Aquele lugar, era definitivamente o oculto cemitério de Hogwarts, um dos lugares mais mágicos e mais sombrios que pudera já ter pisado em toda sua vida.
Por todos os lados só haviam lápides e estátuas de altura assustadoras, todas, inclusive com expressões de dor e rebeldia, com posturas sofríveis.
Muitas das lápides estavam cobertas por uma espécie de lodo viscoso e haviam muitas árvores secas e outras com suas copas altas por todos os lados. O céu era completamente negro e o silêncio era absoluto. O chão, não passava de uma camada de grama fina e muitos galhos e folhas secas por todos os lados.
Não havia nada além disso, nenhuma casa ou coisa parecida, nenhum sinal de vida ou sinal de som, absolutamente nada se movia ali, mesmo com a ventania que insistia em se fortalecer. Tudo parecia estar paralisado, tudo, parecia, acima de tudo, estar morto.
_Devemos achar a tumba de Gryffindor – Dumbledore falou em uma voz tão baixa que mal se pode ouvir. – Não procurem nomes nas lápides, vocês ficarão surpresos de verem que corpos que desapareceram em nosso mundo, foram enforcados e enterrados aqui. Olhem para as estátuas, os fundadores foram os maiores de sua época, deviam ter tido o maior memorial possível. – todos se mantiveram em silêncio absoluto – Iremos nos dividir – Dumbledore continuou – E quando acharmos usaremos faíscas vermelhas para isso. – diante da ordem, Quim e Rony seguiram para a direita, o lado que parecia mais sombrio de todos, Tonks e Lupin pelo esquerdo, que parecia o mais frio, Moody e Tolkien iriam permanecer naquela área mesmo, revistando todas as lápides e estátuas que já haviam passado enquanto Harry e Dumbledore seguiriam adiante, pelo centro.
Caminhando por muitos metros, aonde Harry observou que as estátuas estavam ficando cada vez mais negras e mais altas, também notou que agora, estava ficando mais escuro e que distante, muito distante parecia haver pequenos focos de luz se movendo, o que fez suas pernas paralisarem por um instante.
_O que são professor? – perguntou com a voz fraca.
_Descobriremos em breve – Dumbledore falou seguindo adiante como se nada temesse ou nada que surgisse daquelas trevas pudesse o confrontar.
Com o passar de minutos que pareciam eternindade, os focos distantes começaram a se aproximar. Dumbledore iluminava, com sua varinha cada estátua imponente que surgia e avançava com tal velocidade, que Harry, com sua perna ferida, mal conseguia acompanhar.
_Eles estão se aproximando – Harry disse quando o fogo começou a se tornar bastante visível.
_Não é nada que nos incomode Harry – Dumbledore falou – Apenas o que viemos procurar – e Harry olhou para o diretor, ele definitivamente seguia rumo ao fogo.
Com o passar do tempo, percebeu que os focos de fogo estavam no topo da cabeça de estátuas com grandes bacias segurando; Bacias na qual haviam sinais estranhos e bastante discretos.
Com um movimento ligeiro, Dumbledore sacudiu sua varinha e diversas faíscas vermelhas dispararam pelo céu, iluminando rapidamente a escuridão no alto.
_É aqui – ele disse parecendo bastante satisfeito.
Harry apenas apertou seus olhos e assim pode ver, que as estátuas formavam uma espécie de círculo cobrindo as reais quatro estátuas que estavam em pedestal. As quatro estátuas dos fundadores de Hogwarts.
Elas eram além das mais belas as mais simpáticas de todas; Os bruxos nelas eram imponentes e bonitos, com suas varinhas apontadas firmemente e o símbolo de sua casa cravado na lápide logo abaixo.
Houve, por um instante, um pio alto e Harry se virou quando Fawkes em uma manobra pousou próxima a estátua de Godrico Gryffindor.
_Como pensei – Dumbledore disse – Todos chegarão aqui brevemente Harry, mas depende de você esperá-los ou não – Harry se virou para Dumbledore por um instante.
_Não podemos – disse com a voz ainda muito fraca.
_ Eu penso que sendo você o único membro vivo da família de Gryffindor é também o único que poderia, com seu sangue, retirar a esfera de seu verdadeiro lugar. Fawkes fará o sacrifício...
_Que sacrifício? – Harry interrompeu desviando um rápido olhar à Fawkes.
_Você devera entender quando ouvir a Profecia – Dumbledore respondeu – Como todos sabemos, todos que olham a profecia se cegam, todos que a ouvem ficam surdos e todos que a tocam são mortos, todos, com excessão de você e com isso não me resta opção – Dumbledore se afastou da área dos círculos com as estátuas menores – Eu definitivamente terei que fazer isto.
No mesmo instante que Harry achou a cena em que Dumbledore se afastava bastante sombria, percebeu que as labaredas de fogo no topo das bacias sob a cabeças das estátuas estavam se unindo e que Fawkes parecia agitada embora não saísse do seu lugar.
Embora Harry confiasse plenamente em Dumbledore, seu coração acelerou naquele instante.
O professor, então, em um movimento feroz brandiu sua varinha e as labaredas de fogo explodiram por todos os lados formando uma espécie de parede circular de fogo que deixava apenas Harry, as quatro estátuas com suas lápides e Fawkes dentro. Nada do que tentava ver do lado de fora era possível, apenas alguns poucos flashes negros.
Fawkes então soltou um pio alto e Harry se voltou para estátua de Gryffindor, entre as de Hufflepuff e Slytherin. Se abaixando até o símbolo de leão cravado na lápide elevou sua varinha ao pulso e fez um movimento que produziu um pequeno corte.
Com Fawkes bem ao lado, molhou seu dedo com o pouco sangue que havia saído e passou sob o corpo do leão.
Houve, no instante seguinte, um rugido alto que surgiu de dentro da estátua e então o leão começou a se movimentar, ganhando vida, ele saltou da lápide e no mesmo instante explodiu em pequenos feixes de fogo deixando apenas um buraco na lápide, um buraco fundo.
Harry, temeroso, levou sua mão até o buraco e sentindo que sua mão estava congelando rapidamente, tocou algo bastante quente.
Apanhando o que era, puxou para fora e naquele instante uma explosão de luz quase o cegou, a esfera em suas mãos voou longe, levitando no ar, pequena e excepcionalmente bela, dois leões de fogo, um azul e um vermelho dispararam dela e caindo ao lado de Harry se sentaram, silenciosos.
A esfera levitando caiu em uma das mãos de Harry.
Um dos leões rugiu alto enquanto o outro somente disse, em uma voz rouca e forte:
“O sangue”.
Harry passou novamente um dos seus dedos sob o sangue quase seco que agora estava no seu pulso e sentindo a esfera quente em sua mão, molhou-a.
Os dois leões rugiram naquele instante e uma figura, alta e forte, imponente de longos cabelos louros surgiu, como um vulto branco-perolado, saindo de dentro da esfera.
Encarando Harry, ele apenas disse, com sua voz alta e firme:

“Somente o último real descendente de nossa história possuidor de nobre sangue e de nobres honras poderá lutar, em uma época aonde todos serão distintos de alma e coração, contra as trevas.
E somente algo que foi dominado pelas trevas, ao final, poderá ser destruído, quando uma pura alma se sacrificar.

C.P.T para G.G
998 - ?’’

E então explodiu em uma camada de fumaça branca. Harry olhou para a Profecia em suas mãos por um instante e Fawkes rapidamente adentrou o buraco daonde o leão surgira.
Harry, naquele instante, entendeu, que, Fawkes, seria a pura alma a se sacrificar para que a Profecia fosse destruída.
Vendo apenas os olhos de Fawkes na escuridão, rolou a esfera para dentro do buraco e permaneceu olhando.
Os olhos de Fawkes desapareceram por um minuto e então tudo se tornou escuro, Harry sentiu sua respiração acelerar, podia ouvir o círculo de fogo no mesmo lugar mas estava tudo muito escuro, como se tivesse ficado cego repentinamente.
Houve, então, um estrondo que surgiu do buraco aonde Fawkes adentrara e Harry sentiu uma espécie de mãos de fumaça o jogarem longe, olhando para o lado e não conseguindo ver quase nada na escuridão, pode ver apenas um vulto grande acizentado e então explodiu, seu corpo vorazmente disparou para fora do círculo de fogo no mesmo instante que tudo ao redor parecia estar estourando, as estátuas explodiram caindo aos pedaços e o círculo de fogo foi rapidamente engolido pela explosão.
Todos que aguardavam do lado de fora também foram atingidos e ambos voaram metros e metros, até que o silêncio se tornou completo novamente e todos se colocaram de pé, completamente aturdidos.
As estátuas dos fundadores continuavam de pé e imponentes em seus lugares, mas as dos bruxos em volta estavam completamente destruídas, assim como as lápides mais próximas.
Pelo céu, caiam pequenos focos de chama e não havia mais nada em volta, além da destruição.
Harry imediatamente, mesmo com a perna dormente, saiu a correr rumo a estátua de Gryffindor.
_PARE HARRY! – alguém gritou mais atrás porém algo dizia para continuar e foi isso que fez até cair de joelhos diante do buraco aonde Fawkes adentrara e então enfiou sua mão.
Sentindo o frio ali dentro congelar sua mão rapidamente apanhou, viva, pequena e frágil, a pequena Fawkes recém nascida.
Com um movimento rápido Dumbledore se aproximou olhando aos arredores com surpresa.
_Foi absolutamente destruída – falou – Não devemos ficar aqui por muito tempo, é perigoso – e Harry olhou para o diretor com preocupação, sua perna ainda muito dormente – Todos sabemos como voltar, é necessário que o faça antes que magias desconhecidas nos atinjam.
Todos se entreolharam rapidamente e foi nesse instante que Harry, viu, distante, criaturas sombrias se aproximando.
_PARTAMOS! – Tolkien gritou quando se virou e viu as criaturas. Não houve nenhum movimento além do qual Tonks saltou para a estátua de Hufflepuff e tocando a figura de Helga desapareceu deixando apenas os rastros de pó para trás.
_Harry, vá primeiro! – Dumbledore disse e então Harry, com Fawkes em suas mãos tocou a estátua de Gryffindor desaparecendo em seguida.
Não sentiu nada durante muito tempo, apenas atravessou lugares escuros e frios, seus olhos ficaram fechados o tempo todo e então a única coisa que sentia era a pequena Fawkes apoiada no seu peito, muito fraca.
Ouvindo, naquele momento, muito barulho, seu rosto foi atravessando paredes e paredes e quando percebeu, estava caído em frente a vidraçaria do Salão Principal.
Voltara à Hogwarts, voltara à guerra, e com mais uma Horcruxe destruída, a quarta, agora, restavam apenas três, as piores e mais poderosas.

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