OS IMPÉRIOS DA GUERRA



CAPÍTULO 41:

OS IMPÉRIOS DA GUERRA


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Um líquido vermelho escorreu por suas mãos e como se queimasse sua pele, a pedra brilhou intensamente, brilhou até explodir em pequenos pedaços por todos os lados; Então tudo se tornou silencioso, os vultos desapareceram e Harry sentiu como se algo estivesse sendo arrancado de seu corpo a força, uma alma negra.
_NÃO SE APROXIME! – uma voz bradou e então Harry ouviu um grito dentro de si e quando percebeu, grandes vultos negros estavam o cercando, do seu corpo, o maior deles se unia ao restante.
_ACABOU! – outra voz bradou e então Harry sentiu-se ser abraçado por alguém, Hermione estava ao seu lado, o rosto completamente molhado pelas lágrimas.
_Precisamos ir – a voz de Tolkien falou e então Harry sentiu-se ser levado por uma grande nuvem branca, não sentia dor ou felicidade, ou qualquer outro sentimento, apenas estava completamente perdido dentro do que havia acontecido próximo a pedra.

_LEVE-O! LEVE-O! – uma voz rouca gritava em meio a barulhos de coisas despencando, uma forte ventania por todos os lados.
_Ele vai morrer?! – um assustado Rony guinchou mas ninguém pareceu escutá-lo.
_REMO, LEVE HARRY PARA HOGWARTS! – Dumbledore falou e então Harry sentiu ser envolto em uma nova camada branca e pouco tempo depois estava sendo esprimido por túneis cinzentos e frios e quando deu-se por si, estava deitado sob uma mesa, em uma das masmorras de Hogwarts.
_Ele está acordando... – Tonks murmurou e todos se calaram, a Prof.McGonagall, sentada em uma das cadeiras de estudantes se levantou abruptamente.
Harry sentiu algo como uma pontada em seu peito e quando tentou abrir seus olhos, viu apenas borrões, de um lado pra o outro, agitados.
_Você vai entender Harry – um Dumbledore sério disse – Que essa dor que sente é a prova de que a maldição que havia sido posta no vilarejo foi completamente quebrada e digo que estou profundamente orgulhoso de que com isso você trouxe, em meio há tempos difíceis boa parte dos vampiros para o nosso lado.
_Mas ele – Tonks falou com as orelhas sobressaltadas – Ainda está como...
_Sim – Slughorn falou – E continuara assim até que no tempo certo possamos usar a Poção da Doce Alma para libertá-lo...
Harry sentiu um calafrio percorrer por todo seu corpo e com grande dificuldade se sentou, saindo de sob a mesa caminhou até um espelho próximo ao lado de frascos e mais frascos com líquidos vermelho-sangue e vendo seu reflexo, se assustou com a sua palidez, sua pele parecia frágil, seus olhos ofuscados, sua aparência cansada e sua boca, escura.
_Deixem-nos por um instante – Dumbledore pediu e logo após um instante aonde todos desviararam olhares tristes à Harry, foram saindo.
Quando somente Dumbledore e Harry restavam na sala de Poções, o diretor se virou, também encarando o espelho.
_Você sentira coisas agora Harry que jamais sentiu, ou enfrentara situações com uma fibra que nunca experimentou, você agira por esse tempo de uma forma nada admirável e vai se ver em situações que jamais esperou que estaria...
_Como assim professor? – Harry perguntou e sua voz saiu tão fraca e baixa que se surpreendeu.
_Você será um vampiro até que possamos usar a Poção da Doce Alma, e Vampiros, por melhores que sejam, vide Tolkien, são pessoas com um sangue voltado a fazer as coisas da pior maneira possível e com você não será diferente – Dumbledore respirou trsite por um segundo e caminhando para fora da direção do seu reflexo no espelho se voltou à Harry – Você será um Vampiro Harry e isso embora seja realmente novo para você lhe despertara, talvez, a raiva que precisara para enfrentar essa guerra, você se verá no limite de todas as suas razões...
_Mas quando eu poderei usar a Poção da Doce Alma? Eu não quero continuar sendo Vampiro.
_Em breve, em breve – Dumbledore respondeu rápido – No tempo certo você a tomara, você é muito jovem e saberá domar os desejos de Vampiro que crescerão de forma cavalar dentro de você...
_O Cemitério – Harry interrompeu Dumbledore com um tom frio, mesmo não sendo sua intenção. O diretor apenas parou daonde estava, de costas, ouvindo atentamente. – A Profecia de Gryffindor está no cemitério, o Vampiro me disse, está na tumba de Gryffindor no cemitério e precisaremos atravessar toda a Floresta Proibida e atingir o lago dos Irmãos de Uma Mão Só, lá, precisaremos achar a entrada dentro dele...
_A saída... – Dumbledore murmurou.
_A Vidraçaria no Salão Principal... – o diretor se voltou para Harry com um movimento rápido.
_Eu farei uma viagem – ele disse em voz baixa – Uma última viagem muito importante e quando voltar buscaremos a Profecia de Gryffindor...
_Porque não agora professor? – Harry perguntou com a testa franzida.
_Não é tão simples Harry – Dumbledore respondeu – Existem coisas desconhecidas dentro do lago, precisaremos de algo para atravessá-lo, mas o motivo da viagem se deve a um fato ainda mais importante – Harry fitou seus olhos nos do diretor – Essa viagem determinara aonde estão as Horcruxes restantes e uma vez que eu voltar, estaremos mais próximos de destruí-las como algum dia pensamos...
_Eu confio no senhor – Harry falou e ambos se fitaram por um momento – Eu confio...


_Nicholas mandou exterminar mais de vinte famílias no sul da Inglaterra - Hermione cochichou à Harry no café da manhã do dia seguinte - Eu ouvi a Minerva comentando com o Flitwick.
_Exterminar? - Rony disse crédulo - Porque ele faria isso, logo no começo?
_Foi o que o Dumbledore disse - Harry respondeu - Ele está sob o comando de Voldemort, vai fazer tudo que estiver ao seu alcance para obedecê-lo...
_Sangues-Ruins - Hermione falou - As famílias exterminadas eram Sangues-Ruins.
_As pessoas vão ficar apavoradas, vão querer tirá-lo de lá imediatamente - Rony disse certo disto.
_Bem que a Minerva comentou que Nicholas talvez trouxesse mais problemas que os próprios Comensais da Morte e até mesmo Você-Sabe-Quem.
_O que será que Dumbledore pensa em fazer sobre isso? - Harry se perguntou, desde que chegara ao Salão Principal Dumbledore não aparecera na mesa dos professores, e entre os poucos professores que haviam aparecido, a Profa.Sprout, estranhamente mantinha sua varinha ao lado de seu prato, observando cada mesa por olhares rápidos.
_Ela está preocupada - Hermione disse - Esse é o momento que o Chapéu Seletor tanto temeu, a talvez quebra entre as casas.
_Quebra? - Rony repetiu em voz baixa - Como assim?
_As casas não ficarão expressamente unidas nesse caso, com excessão de Sonserina, todas vão incrimar a atitude de Nicholas em exterminar Sangues-Ruins.
_E o que isso quer dizer? - Harry agora receoso perguntou. Hermione desviou um olhar à Profa.Sinistra, ao lado de Sibila Trelawney, que dificilmente descia ao Salão Principal e respondeu:
_Que não há mais escapatória, agora todos seremos divididos em dois impérios de máximo poder, teremos de fazer uma única primeira escolha - e ela se voltou para Harry e Rony - Ou estamos com Dumbledore ou estamos com Você-Sabe-Quem.
Harry desviou um olhar a mesa dos Professores, por todo o salão o clima era como se a qualquer momento uma bomba pudesse explodir.

_NÃO, MEU FILHO NÃO! – e sua cicatriz explodiu em dor – MEU FILHO, DEIXEM-NO, EU LHE DAREI O QUE QUER! – e vultos corriam em círculos com suas varinhas ao alto, os capuzes balançando ao vento e tudo em volta explodindo em chamas, com altos pilares despencando por todos os lados.
_AVADA KEDAVRA! – em um outro lugar um Comensal bradou e atravessando uma ponte o jato atingiu uma sombra que tentara pular no mar.
_QUEIMEM AQUELA CASA, DESTRUAM TUDO! – um outro vulto gritava e pelas ruas todos corriam tentando se proteger dos jatos, uma mais ao fundo sendo queimada agora.
_DEBAIXO DAS TÁBUAS, DEBAIXO... – uma voz sofrida dizia, sua mão enrugada apontando para uma sequência de tábuas no chão.
_CALE-SE! LÓCUS CÁVERES! – e um corpo despencou de uma janela.
_NÃO TEMOS NADA DA POÇÃO AQUI, OS INGREDIENTES FORAM LEVADOS PARA A BORGIN E BURKES... – um bruxo baixo e gordo disse com sua voz rouca, uma varinha pequena e fina elevada ao alto.
_CRUCIO! - Harry acordou naquele momento, sua cicatriz explodindo em dor, vira uma cidade trouxa inteira sendo atacada por Comensais, pessoas sendo mortas brutalmente e tudo sendo destruído com tamanho ódio que não podia acreditar. Voldemort começarara a agir, começarara a atacar.

Aguardando uma ansiosa pausa aonde o Prof.Flitwick deixou os alunos a vontade na aula de Feitiços, rapidamente se voltou a Rony e Hermione, ambos estranhando que o Profeta não tivesse sido entregue pela manhã.
_Deve ter acontecido algo – Hermione murmurou guardando sua varinha.
_E aconteceu – Harry falou, os dois lhe olhando sérios agora – Eu sonhei... – E Harry contou tudo o que vira em seu sonho, eles mal precisaram refletir sobre as visões do sonho quando alcançaram a mesa do Salão Principal para almoçar e pela primeira vez atrasado em anos, receberam a edição diária do Profeta Diário.
Hermione temerosa apenas abriu a página principal, seus olhos indo de uma linha para a outra.

VILAREJO TROUXA DE UNDERWATER SECRETS É DESTRUÍDO POR COMENSAIS DA MORTE, VÍTIMAS SÃO GRITANTES!

_Eles querem uma coisa – Rony falou.
_Eu sei o que é – Harry disse, Hermione lhe olhou por cima do jornal com uma expressão fria e apreensiva – Os ingredientes para a Poção da Doce Alma...
_E porque iriam querer? – Rony indagou desgostoso.
_É claro – Hermione retorquiu abruptamente – Você-Sabe-Quem está tentando impedir Harry de achar as Horcruxes restantes, então as estas reunindo ao seu redor, ou as mudando de lugar, talvez para apanharmos a Horcruxe mais perigosa precisaremos da Poção da Doce Alma e sem ela, Você-Sabe-Quem não poderá apanhar de volta sua Horcruxe e tenho certeza que ele deve suspeitar que possuímos os ingredientes.
_Estamos muito próximos de todas as Horcruxes – Harry disse – Não há quase nada mais a ser feito.
_Exatamente – Hermione falou – Felizmente Você-Sabe-Quem descobriu muito tempo depois, já estamos com boa vantagem...

_CHEGA DE ESPERAR! – uma voz gritou ao fundo e um jato vermelho coriscou o ar velozmente contra uma parede. – ELES MENTIRAM, NÃO ESTÁ AQUI!
_DESTRUAM A CASA! – uma outra voz grossa disparou e derepente gritos por todos os lados começaram a inundar o ambiente, uma menina de olhos verdes pequena correndo para se esconder por detrás de uma cômoda.
Harry levantou de sua cama olhando para os lados assustado, como se estivesse no lugar do ataque, novamente sonhara, sonhara com os Comensais da Morte agindo.

Na manhã seguinte, o Profeta novamente chegava aos seus leitores com considerável atraso:

FAMÍLIA AUSTRIACA É ATACADA POR COMENSAIS, CORPOS SÃO ENCONTRADOS NO JARDIM!

_Eles vão matar à todos! – Hermione disparou chamando a atenção de algumas pessoas ao redor.
_Nós temos que falar com o Dumbledore – Rony disse e Harry desviou um olhar a mesa dos professores, ali, a cadeira do diretor se mantinha vazia, desde que ele partira para uma viagem, daonde não retornara.
_Eles estão matando pessoas inocentes procurando algo que só nos temos, não podemos deixar isso continuar – Hermione disse aflita – Mataram até a criança! – e seus olhos estavam úmidos agora – Nós temos de fazer alguma coisa!

_APANHEM -AS! – uma voz rugiu – Não teremos piedade daqueles que não nos ajudar, eu quero o frasco nas minhas mãos!
_Senhor, ele se recusa – uma voz disse em tom baixo, era Rabicho.
_Então faremos da melhor forma – um bruxo de vestes negras longas sibilou perigosamente – Tragam a menina!
_NÃO! – um bruxo gritou sentado em uma cadeira – ELA NÃO...POR FAVOR! – mas um Comensal surgiu da escuridão trazendo uma garota que não era desconhecida, que já fora vista no St.Mungos, uma garota que recebera sangue.
_Meu pai não sabe aonde estão os ingredientes da poção que vocês procuram – ela falou em voz baixa.
_E você tem alguma resposta melhor? – Rabicho indagou balançando sua varinha.
_Eu suspeito – a garota disse – Que esteja em algum lugar próximo à Borgin & Burkes – os olhos vermelhos de Voldemort encararam-a por um instante.
_Quem é você? – eleperguntou friamente – Porque mal consigo visitar suas lembranças – os olhos da garota saltaram – Ninguém jamais conseguiria, conseguiria chegar a tal fato com exceção... – e a garota foi solta pelo Comensal da Morte – Qual sua ligação com Harry Potter?
A garota fitou o chão com o corpo trêmulo.
_Nunca vi Harry Potter...
_NÃO MINTA! – Voldemort bradou e agitou sua varinha violentamente fazendo com que a garota caísse no chão mobilizada.
_DEIXE-A! – a mesma voz de antes bradou.
_MATE-O! – Voldemort gritou e Rabicho imediatamente sacudiu sua varinha disparando um jato verde.
_NÃO! – a garota berrou e então parou desmaiada.
_Gregorovith, mate-a! – Voldemort falou dando as costas – Partiremos para a Inglaterra está noite...
Harry sentiu uma bolha de ar surgir em cada um dos seus pulmões e então acordou assustado, completamente suado. Reconhecera aquela garota, a reconhecera do St.Mungos, quando lhe doara sangue.

_De novo! – Hermione exclamou na mesa do café da manha no dia seguinte, com o Profeta Diário em mãos ela o virou para um desanimado Rony e um já cansado Harry.

FAMÍLIA INGLESA É MORTA, AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO PODE ESTAR VOLTANDO PARA A INGLATERRA!

_Isso está fora de controle – Hermione falou aborrecida – Completamente. Dumbledore precisa retornar o mais rápido possível.

Assim que a quente aula de Herbologia se encerrou e todos os alunos retornaram a suas salas comunais, Harry se sentou diante da lareira na sala comunal da Grifinória e silencioso observou as chamas, sabendo que deveria contar os sonhos que vinha tendo à Rony e Hermione, nessa etapa da guerra, os seus maiores aliados.

_Dois lados! – uma voz fria, alta e forte gritou e então duas labaredas de fogo inundaram castiçais por todas as paredes revelando um lugar sombrio e escuro, cheio de seres encapuzados por todos os lados – Dumbledore lutara até seu fim para impedir meus planos, ele já armou seu lado da guerra – uma porta ao fundo se fechou, quem adentrara naquele instante era um bruxo alto, de cabelos grisalhos, coberto por um capuz preto – Nós destruiremos tudo que os protege – a voz fria continuou – Nós mataremos todos que o liderem e feriremos todos que estiverem daquele lado, nós colocaremos abaixo todo o império que não estiver conosco, pois somos infinitamente maiores e mais poderosos.
_E qual será o primeiro passo agora senhor? – uma voz baixa perguntou, vinda de um bruxo corcunda a um canto, Rabicho.
_Destroçaremos todas as redondezas do castelo de Hogwarts e enquanto vocês capturam os ingredientes da Poção eu me encarregarei de matar Dumbledore – houve um tocido forte vindo do bruxo que entrara a pouco – E uma vez que ele estiver morto por definitivo, todos daquele lado do império cairão juntos.

_Harry! Harry! – uma voz chamava próxima – Acorda! Harry, o que está havendo! Quem vai matar Dumbledore? – Harry abriu seus olhos num salto, seu peito arfando, seus olhos ardendo assim como a cicatriz.
_Eu sonhei – disse ofegante olhando para quem o chamara – Eu sonhei...
_Sonhou com o que?! – Rony chegando a cena disse assustado.
_Eu tenho sonhado todos esses dias – Hermione o encarou com surpresa – Com todas as coisas que tem acontecido, eu tenho sonhado, enquanto elas acontecem...
_E porque nunca fez nada?! – Rony esbravejou.
_Eu não sabia se eram reais – Harry disse – Eu tenho entrado na cabeça de Voldemort o tempo todo...
_Você não po... – e Hermione parou, seus olhos derepente se tornaram desfocados – Quem vai matar Dumbledore?
_Ninguém – Rony disse – Ninguém pode.
_Dumbledore não é imortal – Harry falou – Eles estavam em um lugar escuro e tinha uma língua de fogo mantendo os castiçais acezos e Voldemort vai atacar Hogwarts, enquanto os Comensais buscam os ingredientes da Poção, ele vai matar Dumbledore...
_Mas Dumbledore não está aqui – Rony falou sentando-se no sofá.
_Ele disse quando vai fazer isso? – Hermione perguntou apanhando uma mochila sob uma mesa ao lado.
_Não – Harry respondeu triste – Ele não disse, mas ele dividiu – e olhou de Rony para Hermione – A guerra em duas espécies de império, como se fossem impérios da guerra, aonde um lado ele está e na outra, Dumbledore, assim como você disse aquele dia – Hermione assentiu com a cabeça enquanto abria a mochila que apanhara.
_Eu confio em Dumbledore – ela disse – Essa viagem realmente vai ser importante e terminaremos de buscar as Horcruxes quando ele retornar, tudo se encaixara.
_Não temos muito tempo – Rony falou.
_Tenho certeza que Dumbledore sabe disso – Hermione disse – Mais que todos nós. – e ela apanhou três embrulhos pequenos, amarrados por cordas de ouro pequenas.
_O que é isso? – Harry perguntou vendo ela abrir o primeiro embrulho e tirar, de dentro dele, o Medalhão de esmeraldas que Harry abandonara na busca a uma das Horcruxes.
_Mas – Rony gaguejou – Nós havíamos destruído...
_Não se pode destruir – Hermione disse apanhando os outros dois medalhões – São relíquias mortais, possuem magia negra acima de qualquer coisa.
_E porque estão aqui?! – Harry disparou – Nós juramos que jamais iríamos usá-las de novo...
_Dumbledore e Fawkes as recuperaram nas montanhas e ele me entregou antes de partir, disse que devemos usar toda vez que lutarmos, mas que, uma vez que coloquemos de volta, não podemos mais tirar...
_Mas isso nos torna maligno! – Rony exclamou – Envenena a alma!
_Eu não tenho uma opinião sobre isso – Hermione falou – Mas isso certamente nos torna mais poderosos e eu tenho certeza que Dumbledore não nos mandaria usar uma coisa que nos matasse com o tempo.
_Nós vamos guardar – Hermione falou – Se tivermos alguma suspeita de que Comensais estão se aproximando do castelo, e que possivelmente, teremos de lutar, nós usaremos – Harry desviou um olhar à Rony. Hermione guardou os Medalhões nos embrulhos e entregou cada um a si – Não o percam! – alertou. – E você Harry – ela disse – Tome cuidado com os seus sonhos, se você pode ver o que se passa na cabeça de Você-Sabe-Quem nada impede que ele possa fazer o mesmo.
_Minha cicatriz explodiria de dor.
_Não confio mais nisso Harry, nem mesmo com Oclumência isso foi possível, a sua ligação com Você-Sabe-Quem está acima do que a magia pode controlar, você deve ter cuidado.
Harry encarou, por um momento, os campos pela janela próxima e viu, que algo no céu brilhava, alguém estava próximo de retornar, sentia isso.

Sentados na mesa de Grifinória no Salão Principal, o Profeta Diário caiu as suas frente e Hermione imediatamente o apanhou embora parecesse receosa. Abrindo-o leu a manchete em letras garrafais. Por um instante apenas encarou Harry e Rony.

_A guerra começou – ela murmurou e por um momneto tudo pareceu ser silencioso. Ela virou o jornal para Harry e Rony poderem ler e em todas as mesas todos pareciam muito mais do que surpresos.

A GUERRA COMEÇOU: GIGANTES E CRIATURAS DAS TREVAS SÃO VISTAS CAMINHANDO NA DIREÇÃO DA INGLATERRA, VOCÊ-SABE-QUEM PODE ATACAR A QUALQUER MOMENTO!

_Agora sim – Harry falou baixinho – Estamos em uma situação crítica.
Hermione foleou o Profeta na busca a novas notícias e Harry fechou seus olhos por um instante, sua cicatriz vinha ardendo desde que acordara.
_Ele está próximo – Hermione falou – Sua cicatriz está incomodando, isso é um sinal...
_E o que vamos fazer? – Rony disse assustado.
_Eu confio em Dumbledore – Hermione falou – Ele voltara a tempo...
_Voldemort quer matá-lo! – Harry disparou em voz baixa.
_Não é assim Harry – Hermione disse – Existem muitas coisas por detrás disso.

Assim que a última aula do dia se encerrou e os alunos caminhavam pelo castelo, um grito vindo de longe rompeu o silêncio dos campos e então tudo pareceu congelar. Harry, parado próximo ao lago, sentiu tudo se tornar gelado e então olhou para o alto, vários vultos negros estavam adentrando o castelo, sobrevoando, fazendo com que tudo se cobrisse de gelo. Os alunos dispararam a correr para dentro do castelo e a Profa.Sprout imediatamente deixou sua estufa para ver o que estava acontecendo. Nas torres, várias luzes se ascendiam agora.
_HARRY! – uma voz gritou longe e então um estrondo imenso rasgou a noite quando os portões de Hogwarts foram derrubados e todos se viraram para o que surgia na escuridão agora.
Encapuzados e com suas varinhas ao alto, os Comensais adentravam o castelo em um número surpreendente.
Um raio vermelho coriscou o ar e atingiu uma aluna que caiu estuporada.
_COMENSAIS! – vários alunos começaram a gritar e então as portas de carvalho de entrada do castelo se escancaram quando vários professores com suas varinhas ao alto surgiram. Tolkien, Moody e Lupin mais a frente. Os Comensais prosseguiram sem nenhum receio, Harry apenas sacou sua varinha e parou. Houve um estralo longe e então seus olhos a fitaram, brilhante e dominadora no céu, a lua, completamente cheia. Seu coração se inundou de esperança, no céu agora, cavalos negros realmente pavorosos e grandes chegavam a cena e pelas montanhas distantes, criaturas disparavam fortes e vorazes, Hagrid retornara na lua cheia, como o prometido e como o Profeta noticiara, a guerra começara!

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