O VIVO E O MORTO



CAPÍTULO 37:

O VIVO E O MORTO


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_Tonks?! – Rony exclamou surpreso, a figura alta e séria da bruxa parada na porta de entrada, os cabelos agora negros e curtos se perdendo na escuridão.
_Vocês não deviam estar aqui! – ela disse no mesmo instante que seus cabelos passavam para uma cor acizentada, que parecia lhe dar uma aparência de fragilidade – Como convenceram a Profa.Sprout a deixar vocês passarem?
_Bem... – Hermione falou desconcertada porém antes mesmo que pudesse continuar, quase que imediatamente, Tonks a interrompeu:
_Vocês se arriscaram demais, há muitos encantamentos protegendo o Salgueiro depois que os Comensais conseguiram invadir Hogwarts naquela noite em que perdemos Dumbledore – por um momento Harry percebeu que Tonks não se importava ao falar da morte de Dumbledore, não que isso não fosse um assunto difícil para ela também mas porque, aquela noite, e excepcionalmente aquela noite ela tão distraída comoLuna sempre fora – Já que estão aqui – continuou apressada, os cabelos agora laranjas – Leia o pergaminho e nos diga enfim o que há nele, tentamos averiguá-lo para termos certeza sobre alguma encantamento nada bom que possa estar preso nele, mas acho que nem mesmo Olho-Tonto e Tolkien conseguiram, então a coisa é séria.
_Como assim? – Harry disse olhando para o pergaminho com as poucas linhas procurando algo que fosse nitidamente errado ou ruim.
_É um pergaminho protegido? – Hermione indagou à Tonks com interesse, as sombrancelhas saltadas.
_Penso que sim, ainda mais protegido por alguém como Godric, ninguém nunca conseguiu lê-lo, ninguém conseguiria se tentasse, somente um legítimo descendente poderia fazer isso.
_Eu não vejo nada – Rony murmurou olhando para o pergaminho bobamente – Está em branco e não me parece muito velho, sabe, quero dizer, isso deve ter uns mil anos e parece que foi escrito ontem... – Grimm diante dessa fala soltou um tossido forte que chamou a atenção de todos, especialmente de Hermione e Tonks.
_Não, não está vazio e me parece bem novo mesmo – Harry disse mostrando o pergaminho à Rony enquanto Grimm tossia de forma pavorosa.
_Você está bem Grimm? – Tonks perguntou o olhando com disfarçada desconfiança.
_Sim senhora, mas, hem-hem, só você pode ver senhor – Grimm disse em uma voz que lembrou muito à do Prof.Flitwick.
_Pois então leia – Hermione pediu ansiosa olhando para o pergaminho vazio com ansiosidade. Harry se voltando ao pergaminho caminhou até a primeira linha e lendo com atenção iniciou a leitura:

Godric Gryffindor – (?)

Protegida pelo meu sangue, a de um árduo guerreiro prezando a coragem e a destreza, a Profecia que deixo representara, em um momento aonde nossa paz estará definitivamente ameaçada, o início de uma nova caminhada em combate as trevas. Serão precisas sete almas, prezando as habilidades que movem os pilares de Hogwarts. Sete almas que conseguirão atingir a Profecia, em uma vez aonde somente a aquele que meu sangue pertencer poderá olha-lá e não se cegar, toca-lá e não se machucar, ouvi-lá e não se perturbar, somente ao descendente cabe a missão de o sangue renovar, mas não somente a ele cabe a tarefa de descobrir aonde escondida ela está.


_Habilidades diferentes? – Rony repetiu parecendo meio confuso – Pilares de Hogwarts...
_As casas – Tonks falou antes que Hermione o fizesse – Godric assim como Helga protegiam a idéia de que as quatro casas de Hogwarts sempre permanecessem unidas, algo que Salazar se via contra e que Rowena era indiferente, isso prova que para chegar a Profecia de Gryffindor teremos que passar por momentos que exigirão habilidades de um grupo distinto, com todas as características possíveis.
_Vamos precisar de alguém da Sonserina também? – Rony perguntou com desprezo, temendo a resposta.
_Certamente – Hermione disse de forma casual – Infelizmente – concluiu – Mas Godric era muito amigo de Salazar, assim como o Chapéu Seletor disse uma vez na canção de início do ano. Só não sei com quem poderemos contar dentre eles...
_Eu sei – Harry disse enrolando o pergaminho e Grimm esboçou um pequeno sorriso que pareceu tão simples, mas tão malicioso.

Poucos segundos depois Hermione e Tonks deixavam a Casa dos Gritos em direção ao castelo, aonde recrutariam alunos com habilidades únicas que estariam dispostos a ajudar Harry.
_E você – Rony disse se voltando a Grimm – Você veio de onde? – perguntou logo em seguida como se estivessem em meio a uma entrevista pouco interessante.
_Você era do Godric? – Harry indagou em seqüência.
_Não não – Grimm respondeu imediatamente, os olhos aguados agora fitando o chão – Elfos Domésticos podem sobreviver por muitos anos, mas não por mais de mil, pertenço à Srta.Nymphadora Tonks – Harry engoliu seco e Rony trocou um olhar rápido com a janela ao lado – Meus antepassados serviram à Helga Hufflepuff e toda sua família desde antes dela chegar à Hogwarts, como Nymphadora descende Helga tenho de servi-la...
_Descende Helga? – Harry repetiu em um tom baixo – Tonks é descendente de Helga Hufflepuff?
_Certamente senhor – Grimm respondeu calmo – O tanto quanto o senhor é de Godric Gryffindor.
_Uau... – Rony suspirou boquiaberto.
_Então Você-Sabe-Quem é descendente de Salazar Slytherin? – Rony murmurou com os olhos brilhando.
_Sim – Grimm respondeu misteriosamente, parecendo não ter completa certeza.
_Pelo que sei os fantasmas residentes das casas são descendentes dos fundadores.
_Exatamente – Grimm assentiu.
_E como esse pergaminho do Godric chegou às suas mãos então? – Rony perguntou sério.
_O elfo que servia os descendentes de Godric morreu há vários anos, ele era muito meu amigo e me encarregou de que quando o descendente de Gryffindor fosse descoberto que o entregasse esse pergaminho.
_Mas se você não podia o ler como sabe que precisaríamos de sete almas com habilidades diferentes para chegar até a Profecia?
Grimm recuou diante dessa pergunta, tossindo mais uma vez desviou os olhos para uma mesa ao fundo da sala até responder inseguro.
_Godric permitiu que o seu elfo o visse escrevendo o pergaminho, esse elfo, então, passou algumas poucas informações ao seu descendente e esse descendente é o que morreu, infelizmente – acrescentou com pesar – E ele era meu amigo; No dia da entrega do pergaminho a mim ele revelou pouquíssimas coisas como precisar de sete almas para se chegar a profecia.
_Do jeito que você fala Grimmer, parece que essas sete almas terão de ser sacrificadas, não é Harry?
Harry apenas assentiu com a cabeça, tivera a mesma impressão.
_Não sei quais perigos rondam a Profecia, mas o elfo disse a mim que muitas coisas a protegiam, não somente encantamentos, mas muitas criaturas desconhecidas, lendárias...
Naquele instante, escancarando em uma forte pancada, a porta mais atrás se abriu e a figura de Tonks surgiu mais a frente guiando um grupo de seis pessoas.
_Estão todos aqui – ela disse encostando a porta depois.
_O que vocês querem hein? – Mirella Delamaghna perguntou aborrecida – O Prof.Flitwick tem inspecionado a torre da Corvinal toda noite e se não me ver lá ficarei de detenção!
No momento seguinte ao que todos se silenciaram, Grimm iniciou uma ligeira explicação aonde, ao final, ninguém pareceu concordar em ajudar.
_Isso é uma absurdo – Richard Flint disparou – Vocês querem que sacrifiquemos nossas vidas para buscar uma Profecia que não vale nada!
_Não podemos dizer mais do que isso – Hermione disse diretamente.
_Algum professor irá nos guiar? – Lynch Ivanova perguntou calmo.
_Não – Tonks respondeu e no mesmo instante uma onda de murmúrios preencheu a sala de forma assustadora – Mas vocês estarão juntos, isso será o bastante.
_AH SIM, IMAGINO! – Richard trovejou – Um grupo aonde vamos ter um garoto com uma cicatriz ridícula na testa, um outro que mal conseguiu enfrentar a terceira tarefa do Torneio do Olheiro, uma que é uma fraude e ainda Susana Bones de uma casa como a Lufa-Lufa e sem contar Antônio Goldstein o trouxa-babão da Corvinal e podem esquecer, eu só vou se pelo menos tiver mais gente da Sonserina, porque essa Sangue-Ruim aí também não vira nada – antes mesmo que Richard pudesse completar sua fala Hermione disparou um jato tão veloz que ele apenas foi atingido tombando por cima de uma mesa no fundo da sala, Susana Bones já bradando:
_LEVICORPUS! – Richard com um solavanco veloz flutuou no ar parecendo um boneco de pano atordoado.
_AGORA CHEGA! – Tonks disse e Susana cancelou seu ataque antes que o jogasse pela janela – Você não precisa vir senão quiser! – vociferou – Nenhuma casa é melhor que nenhuma, vocês da Sonserina sempre sofreram de prepotência absolutamente insassiável, nada que umas boas azarações não resolvam... – e com um gesto de sua varinha Tonks colocou Richard de pé – E então – intimou – Você vem conosco ou fica para trás?
_Nós vamos ter que ir agora? – Mirella Delamaghna perguntou assustada.
_Não – Grimm disse com sua voz agora um pouco rouca – Teremos de deixar isso para amanhã.
_E porque? – Harry perguntou.
_Porque Sr.Potter – Grimm respondeu e seus olhos brilharam por um instante, não apenas de medo, mas de desejo - Teremos de atravessar o local mais perigoso do nosso mundo – e pausou para ver a expressão apavorante no rosto de todos, até mesmo de Tonks - A coluna da Varza Negra; E ela somente permite a entrada de algum ser vivo no inicío da calada da noite, o que já passamos hoje.
_E o que é isso Hermione? – Rony perguntou defronte ao silêncio absoluto.
_Eu não sei – Hermione respondeu encarando Grimm com um interesse profundo.
_Legilimência não é um bom dom para elfos – Susana Bones disse segura, de uma forma absolutamente estranha, o que lembrou, por um instante, com muita semelhança, Luna.
_Não possuo essas habilidades senhorita – Grimm disse fitando Susana com surpresa disfarçada.
_Todos – Susana murmurou lentamente e Harry pode perceber que havia uma grande pausa entre suas palavras aonde os seus olhos apenas se mantinham fitados nos de Grimm – Sabemos que não possue...

_HERMIONE! - Rony gritou correndo por entre um exército de almas rumo à Hermione - ESTOU AQUI! EU ESTOU CHEGANDO! - e caiu de joelhos defronte à Hermione - SOMENTE FECHE OS OLHOS - pediu segurando a mão dela - E acredite no que digo, eu preciso que acredite em mim...
Hermione parou por um segundo e sua respiração se tornou lenta e pesada, os olhos fechados, cega pelo encantamento que recebera. Com a outra mão tocou lentamente o rosto ferido de Rony e mesmo sem os olhos para desvendar o segredo do amor, tudo estava resumido ali, naquele toque.
_Eu acredito - disse.
_AVADA KEDAVRA! - uma voz bradou mais atrás e Hermione tombou, os olhos ainda fechados e uma das mãos ainda no rosto de Rony enquanto a outra se soltava da mão dele, a lua quase cheia brilhante mais ao alto.
Harry, em um salto, acordou, naquele momento, o coração tão acelerado como poucas vezes sentira. Olhando para o lado sentiu um imenso alívio ao ver Rony deitado em sua cama, profundamente adormecido.
_Preciso contar isso à Hermione amanhã – sussurrou a si mesmo enquanto se preparava para novamente dormir.

_Vocês precisam se concentrar mais – Harry disse animado em mais uma exaustiva aula da AD – Zacharias, tente azarar o falso coelho agora.
_Eu acho que consegui Harry – Susana Bones falou após uma longa língua de fogo ter prendido um falso cão prateado a sua frente.
_Esse feitiço pode aprisionar o alvo - Harry anunciou consultando um livro realmente grosso que a Sala Precisa o fornecera - Há muitos metros de distância e o tornar imobilizado por segundos cruciais... –
_Acho que já podemos tentar em coisas maiores – Hermione disse satisfeita – Até mesmo o Neville está percebendo que treinar com criaturas pequenas é algo um pouco inocente.
_Hermione – Harry disse fechando o livro que consultara – Eu preciso te contar uma coisa...
_NOSSA! – Hermione exclamou interrompendo Harry abruptamente – NIGEL, PARABÉNS! – Nigel acabara de conjurar um eficiente jato que atingira o seu falso Explosivim de forma impressionante.
_Hermione – Harry falou e a amiga voltou sua atenção a ele – Eu preciso...
_Agora não – Hermione novamente o interrompeu – Nossa hora já acabou, precisamos ir embora, na Sala Comunal conversamos, preciso ir ver a Anita para a entrevista e acho que estou um pouco nervosa, falar sobre o F.A.L.E é muito importante para mim e não sei se vou conseguir pensar em outra coisa agora, mas se for muito importante, nós podemos falar agora...
_Ah – Harry disse – Conversamos depois, não é nada demais, boa entrevista!
_Obrigada! – Hermione agradeceu apanhando uma pequena caixa com broches do F.A.L.E, Harry sabia que falar sobre o sonho que tivera seria algo de extrema importância, mas assustar Hermione em um momento aonde ela se via tão feliz como há muito tempo não se via não era a coisa certa a se fazer.
_Tudo bem – Harry disse em voz alta se voltando aos membros da AD – Nos vemos semana que vem!
_Hermione está contente não é? – Rony comentou se aproximando.
_Acho que sim – Harry falou simplesmente – Acho.

_Vocês devem se manter unidos até encontrarem a Profecia – Moody avisou enquanto se despediam rumo ao Varza Negra.
_E não se esqueçam – Tolkin disse apressado – Não hesitem em se defender de qualquer coisa que queira comer suas cabeças e não tenham pena de quem não tem pena de vocês.
_Isso foi um bom conselho – Tonks sussurrou sorridente.
_Agora vamos – Grimm disse enquanto todos caminhavam rumo a orla da Floresta Proibida, o silêncio por todo o terreno sombrio.
_E eu ordeno que você os proteja com tudo que puder fazer Grimm – Tonks disse e Grimm apenas se virou para cumprimentá-la em uma referência.
_Esse é o elfo mais inteligente que conheço – Lupin murmurou à Tonks.
_Ele é um bom sujeito – Tonks sussurrou.
_Chegamos – Grimm avisou parando próximo a cabana de Hagrid.
_Chegamos aonde? – Antônio Goldstein perguntou olhando para os lados com receio.
_Eles nos levarão – Grimm disse e então jogou um pedaço de carne escondida atrás de uma abóbora gigante de Hagrid no ar e Harry se impressionou quando inúmeros Testrálios dispararam da orla da Floresta rumo a carne.
_O que está comendo a carne? – Richard Flint perguntou amedrontado.
_Testrálios – Tonks respondeu, Harry pode notar que ela também os enxergava – Só podem ser vistos por pessoas que viram alguém morrer.
_E como vamos fazer para voar neles? – Mirella perguntou receosa com a idéia, desde que deixara o castelo não parara de tocar o seu pulso direito, oculto pelas vestes.
_Vocês estão perdendo tempo – Tolkien disse e então chamou todos os Testrálios com um gesto de sua varinha. – Harry eu sei que pode vê-los, então suba em um, se mais alguém os consegue ver subam, os que não podem, aprenderão a voar sob neles agora!
_Hermione – Harry falou indo até a amiga enquanto Tolkien ajudava Susana a montar em um Testrálio especialmente alto – Eu preciso te contar uma co...
_Não agora Potter – Moody o cortou – A viagem será longa, não há tempo a perder...

_Não se esqueçam – Tonks disse enquanto todos alçavam vôo – Se mantenham sempre unidos!
Seguindo mais a frente Harry atravessou a Floresta Proibida e já avistava pequenos borrões iluminados quando percebeu que os Testrálios voavam cada vez mais velozes direcionados ao local mais escuro de todo o céu nada estrelado.
Sobrevoando grandiosos campos vazios Harry se voltou a lua crescente mais acima e a palavra de Hagrid em voltar na lua cheia preencheu seus pensamentos.
A viagem prosseguia velozmente passando por vilarejos e grandes concentrações de Florestas que pareciam sempre cada vez mais sombrias, o ar, estava, há aquela altura, infinitamente mais frio e nem mesmo os borrões de luzes podiam ser mais vistos em meio a tanta neblina que agora se via incontrolável.
Muitas montanhas começavam a compor os cenários deforntes e o seu Testrálio voava seguindo uma única linha reta aonde Harry sentia poucas pancadas nos pés, porém não conseguia enxergar nada ao seu redor, nem mesmo os Testrálios mais atrás.
Passando por uma densa camada de neblina, pode ver, por um pequeno espaço, que vinha atravessando uma concentração de montanhas em meio a um corredor extremamente estreito que o deixou surpreso ao ver que as asas do seu Testrálio ali cabiam.
Deixando as montanhas, agora, não havia mais qualquer sinal de luz, grandes mares cobertos por ondas gigantescas e ferozes faziam parte da visão, um local aonde o frio começava a parecer insuportável.
As florestas também não existiam mais e novas concentrações de montanhas vinham pela frente, concentrações em meio a um grande mar enegrecido.
Harry, atacado incansavelmente pelo frio, já sentia suas mãos não suportarem mais segurar o Testrálio quando começou a descer rapidamente e passando por dentre uma grande nuvem de neblina continuou muito próximo ao mar pousando, em cavalgadas longas, defronte a uma concetração de montanhas que superavam, facilmente, a mais alta torre de Hogwarts.
_Essas criaturas são atordoantes! – Richard Flint disparou caindo de seu Testrálio. – E que lugar frio também!
_Pensei que nunca íamos chegar – Rony disse ajeitando o cachecol em seu pescoço quase caído.
_Realmente é muito longe – Hermione murmurou parecendo um pouco trêmula.
_Alguns boatos afirmavam que três dias seria o mínimo de viagem para se chegar a esse lugar – Grimm disse calmo – Mas Testrálios são criaturas muito velozes.
_E então – Mirella falou em um tom animado como se a viagem tivesse sido um imenso prazer, mesmo com algo em seu pulso parecendo machucá-la a todo instante – Para onde vamos agora?
_Uma melhor pergunta minha senhorita – Grimm disse secamente – Quem de Grifinória vai ficar?
Harry, Rony e Hermione se entreolharam.
_Porque? – Rony perguntou assombrado.
_Estamos em oito – Grimm respondeu – Não podemos entrar assim, um de vocês dois terá que ficar.
_Não tem como os dois virem? – Harry perguntou esperançoso.
_Não – Grimm respondeu ainda mais seco.
_Então porque deixou que nós dois viajássemos?! – Rony esbravejou.
_Porque voltaremos muito feridos – Grimm disse nada convicto – Quem ficar vai nos ajudar na volta e vocês também parecem tão unidos, não havia situação melhor...
_Você nos usou então?! – Rony trovejou apanhando sua varinha.
_Depende de como vê meu jovem garoto – Grimm respondeu sem muito interessente.
_Eu ficarei – Hermione se manifestou.
_Não, eu fico – Rony contrariou de imediato – Você é melhor nas azarações e pensa, bem, você é mais inteligente que eu...
_Hermione – Harry disse indo até ela, todos os olhares preso nele agora – Eu sei que não temos muito tempo, mas eu queria te dizer que son...
_A Varza está se fechando! – Grimm disparou se voltando a neblina que vinha pela frente – Quem vai? – indagou olhando de Rony para Hermione, porém antes mesmo de poder ouvir uma resposta saiu correndo em meio a neblina rumo as montanhas, Susana, Lynch, Antônio, Mirella e Richard logo atrás.
_Você vai – Rony disse à Hermione.
_Não – Hermione negou.
_VENHAM LOGO! – Grimm gritou em meio a multidão.
_Você tem que ir Rony – Harry disse sombriamente, algo dentro de si dizia que se Hermione fosse, o seu sonho poderia se concretizar.
_Você quer que eu vá? – Rony perguntou surpreso.
_Sim – Harry disse e evitou o olhar extremamente decepcionado de Hermione.
_Então vamos! – e os dois saíram a correr em meio a neblina, seguindo apenas caminho linear. No mesmo instante que atravessaram a grande massa de fumaça alcançaram uma entrada de pedras negras e as suas costas uma explosão de fogo despencou outras rochas fechando a passagem.
_Porque quis que eu viesse? – Rony perguntou se levantando.
_Porque sonhei que a Hermi...
_Conversas para depois! – Grimm bradou – Vamos sair daqui antes que nos peguem!
_Nos peguem? – Richard repetiu assustado.
_Os guardiões – Grimm respondeu correndo em meio ao pequeno espaço em que estava, montanahs mostruosas dos dois lados. – Mantenham suas varinhas prontas!
No mesmo instante, em meio a correria desenfreada, que Harry elevou sua varinha um guincho disparou do alto e seus olhos se chocaram ao ver criaturas, imensamente maiores e mais assustadores que os Testrálios sobrevoando os céus rumo a atacá-los.
_CORRAM! – Grimm gritou e Harry saiu a correr em meio a neblina, somente vendo vultos negros a sua frente, Rony apavorado tropeçando a quase todo momento.
_CUIDADO! – Antônio gritou quando um dos pássaros mergulhou velozmente e Harry foi obrigado a se jogar no chão para não ser capturado quando ele passou à centímetros das suas costas.
_HARRY, VAMOS! – Rony gritou e Harry tentou se levantar, mas algo estava aprisionando seu pé, algo que não o deixava se levantar – HARRY! – naquele instante o pássaro mergulhou novamente e Harry tentando elevar sua varinha deixou que ela escorregasse das suas mãos suadas para longe.
_HARRY ESTÁ PRESO! – Richard gritou e apenas Rony parou em meio a neblina, mas ao dar um passo de volta um pássaro passou as suas costas e o agarrou, o levando, brutalmente, pelos céus.
_ROOOOOOOOOOOOOOOOOONY! – Harry gritou e puxou seu pé com tanta força que pensou tê-lo quebrado.
Um outro pássaro mergulhou em sua direção e então a figura de Richard surgiu, e com a varinha elevada ao alto bradou, pouco confiante:
_PETRIFICUS TOTALUS! – Naquele instante o pássaro se pretrificou no ar caindo rumo ao que Harry acabara de avistar, uma ponte velha de madeira que ligava a outra parte das montanhas. Richard vindo, atento a novos ataques, em sua direção.
_AQUELE PÁSSARO LEVOU O RONY! – Harry gritou enquanto Richard puxava as pedras que prendiam seu pé e apanhava a varinha de Harry entregando-a para juntos, sairem dali o mais rápido possível.
Já se viam na ponte quando perceberam que o pássaro colidira naquele momento com ela e agora caia por uma escuridão cegante mais abaixo.
_VAI CAIR! – Richard gritou desesperado e no mesmo instante Harry sentiu o apoio aos seus pés se afrouxar e seu estômago revirou quando a ponte despencou subitamente. Conseguindo segurar em um pedaço de madeira cravado na entrada da ponte com a outra mão rapidamente pegou a livre de Richard. Ele deixara, na bruta queda, sua varinha despencar em meio a escuridão. - MINHA VARINHA! – exclamou não podendo acreditar no que deixara acontecer – NÃO ME SOLTE HARRY, POR TUDO NESSA VIDA, NÃO ME SOLTE!
Harry lutava consigo mesmo para tentar voltar a terra firme quando a sua mão que segurava o pedaço de madeira se afrouxou.
_EU NÃO VOU CONSEGUIR! – disse no mesmo instante que os olhos de Richard fitaram os seus, ambos sabiam que o destino a seguir seria apenas um, cair.
_Você pode voltar – Richard disse com um profundo corte no rosto que Harry nem ao menos soubera o que causara, um corte dentre muitos que vinham surgindo.
_Mas – Harry murmurou – O que está acontecendo com você? – Richard apenas fechou os seus olhos parecendo cansado, algo vinha o fazendo ficar cada vez mais machucado.
_É a maldição desse lugar... – e a mão de Harry afrouxou mais um pouco – Você pode me soltar, você pode voltar.
_MAS EU NÃO VOU! – Harry disse no mesmo instante que sua mão se soltou da madeira e a figura completamente cortada de Richard surgiu mais uma vez a sua visão e então despencou.
Vendo o corpo de Richard desaparecer em meio a escuridão sentiu seu corpo ser tragado com uma pancada brutal e então caiu sob uma rocha.
_ELE CAIU! – berrou vendo que fora puxado até o outro lado da ponte.
_Ele não vai poder voltar – Grimm disse sem importância – Ele foi pego pela Maldição.
_QUÊ MALDIÇÃO?! – Harry trovejou e por um momento se viu tentado a quebrar Grimm no meio – VOCÊ NÃO NOS DISSE NADA!
_HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARY! – uma voz conhecida gritou em meio a escuridão e Harry sentiu seu coração disparar, era de Rony e vinha de um lugar não muito longe dali.
Correndo, por entre várias árvores que agora pareciam surgir de forma inesperada adentrou a escuridão silenciosa, podendo ouvir apenas os seus passos.
_HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARY! – Rony gritou novamente e então Harry, olhando para todos os lados na busca a alguma pista, tropeçou em uma rocha a sua frente rolando por entre um caminho coberto por teias de aranha.
_HARRY! – Rony chamou impressionamente perto – ATRÁS DE VOCÊ! – Harry se virando saltou no mesmo instante que um jato vermelho passou perto de seu ombro esquerdo, Mirella o disparara.
_Finalmente Potter! – ela gritou em um tom frio muito semelhante ao dos Comensais da Morte – Você e seus amigos tem tido uma sorte muito abusiva, mas isso acaba por hoje...
_Do que você está falando? – Harry perguntou elevando sua varinha, teias de aranha por todos os lados.
_ELA É UMA COMENSAL DA MORTE! – Rony gritou.
_CHEGA! – Mirella vociferou e disparando um jato vermelho atingiu Rony no peito fazendo-o cair em uma concetração de teias realmente pavorosa.
_Tenho uma boa surpresa para você Potter – Mirella disse friamente – Você caiu, digamos, nas teias da aranha!
_Você não pode ser um Comensal...
_E PORQUE NÃO? – Mirella gritou e puxando a manga de suas vestes mostrou a figura de um crânio com uma serpente cravada, o mesmo pulso que a vinha incomodando desde Hogwarts – MILORDE FICARA ENCANTADO DEPOIS DESSA NOITE, QUANDO O LEVAR ATÉ ELE...
_ME LEVAR? – Harry disparou, Mirella parecia fora de si, como se sua sanidade estivesse se esvairando a cada segundo.
_ACTION PERINA! – uma voz bradou abruptamente e Mirella apenas projetou uma barreira que dissipou o raio com facilidade. Antônio Goldstein chegara à cena naquele momento.
_Como pode ser um Comensal da Morte? – perguntou decepcionado.
_VOCÊ VAI VIR COMIGO HOJE POTTER... – Mirella gritou porém sua voz fora abafada por um grito de Rony, uma aranha especialmente grande o estava a centímetros de atacá-lo.
_AVADA KEDAVRA! – Mirella bradou e Harry gelou por um instante, caminhando lentamente, o jato verde seguiu rota na direção de Rony porém atingiu a aranha fazendo-a despencar da teia com um baque. Houve, naquele instante, um guincho mais atrás e Harry se virando ficou diante de uma aranha pavorosa, de um tamanho absurdamente maior que Aragogue.
_AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – Rony gritou ao ver a aranha e Harry pensou que ele fosse desmaiar.
Diante de uma cena incrível, se jogou no chão quando a aranha disparou na direção de Mirella a atacando com fúria.
_NÃÃÃÃÃÃÃO! – Antônio berrou diante dos gritos de Mirella e um jato de luz vermelha disparou de sua varinha atingindo a aranha que cambaleou rapidamente e voltando agarrou Mirella com uma força surpreendente.
Harry se levantando correu na direção de Rony mas a figura de um centauro monstruoso pulando a sua frente surgiu quando este apanhou um arco-e-flecha e com um súbito e rápido estampido Antônio caiu no chão, o Centauro o levando em suas costas no mesmo instante que a aranha parecia levar uma Mirella completamente inconsciente embora.
_Harry – Rony apavorado sussurrou para não chamar a atenção da aranha – Me tira daqui!
_Diffendo! – Harry enunciou elevando sua varinha e Rony, liberto das teias, caiu no chão. – Você está bem? – perguntou não sabendo o que fora mais impressionante, a revelação de Mirella ou o destino que ela e Antônio haviam tido.
_Sim, mas e o Antônio, será que ele...
_Acho que aquele Centauro o levou – Harry disse – Ele não devia ter atacado aquela aranha.
_Você viu o tamanho dela! – Rony exclamou com os olhos arregalados – Dava umas três Aragogue!
_Harry! – uma voz chamou mais atrás, se aproximando – Harry! Harry!
_É a Hermione? – Rony perguntou com a testa franzida.
_Harry! – e a figura apavorada e ofegante de Hermione ao lado de Susana e Lynch surgiu – Era tudo mentira!
_O quê? – Harry perguntou.
_A Profecia está aqui – Susana disse também ofegante – Mas o Grimm que nos toruxe aqui é falso, ele forjou aquela carta, Godric jamais quis que formássemos um grupo com sete almas para buscar sua Profecia, ele nos trouxe aqui porque quer prender você para levá-lo à Você-Sabe-Quem.
_Tonks tem um elfo chamado Grimm – Hermione continuou - E que é igual ao que nos trouxe aqui, ele se passou pelo da Tonks para nos trazer aqui, ele armou tudo, mas sumiu, não conseguimos encontrá-lo em lugar nenhum!
_E como vocês descobriram tudo isso? – Rony perguntou.
_Hermione encontrou isso há pouco – Susana respondeu mostrando uma carta velha à Harry e Rony – Preso em uma das asas do Testrálio que Grimm voou, aqui diz tudo sobre o plano dele!
_E o verdadeiro Grimm está preso no porão da casa da Tonks – Hermione disse – Ele também escreveu isso!
_Mas porque ele escreveria todo o plano dele em um pergaminho? – Lynch perguntou não encontrando o sentido em tudo isso.
_Pelo que parece Grimm foi controlado muitas vezes pela Imperius o que acabou por danificar a sua memória, ou seja, ele esquece das coisas com muita facilidade e precisa escrever para se lembrar depois.
_Mas – Harry disse devolvendo a carta à Susana – Como vocês sabem que usaram Imperius nele?
_Ele diz aqui – Hermione falou apontando para a carta – Foi muito torturado, parece que pertencia a um Comensal que foi morto e desde então serve à Você-Sabe-Quem...
_Nossa – Lynch suspirou.
_Mas se a Profecia está aqui temos que achá-la! – Harry falou decidido – Richard, Antônio e a Mirella foram levados, não sei se estão mortos...
_Esqueci de lhes dar isso – Hermione disse entregando o Medalhão de esmeraldas à Harry, o de diamantes à Rony e colocando o seu de rubis.
_Nós temos que ficar juntos – Harry falou – Vamos tentar encontrar o caminho certo, acho que isso pode nos ajudar – e olhou para o seu Medalhão. – Eu só preciso te dizer uma coisa Her... – a voz de Harry foi cortada por um guincho absurdamente alto e uma criatura de fogo surgiu nos céus.
_Mas...mas o que que é isso? – Rony gaguejou vendo a criatura sobrevoá-los.
_Eu não sei – Hermione disse também surpresa – Mas temos que sair daqui! – houve um novo guincho quando Lynch e Hermione saíram a correr e várias criaturas de fogo menores começaram a surgir por todos os lados.
_HARRY VAMOS! – Hermione gritou agarrando o braço de Harry e saindo a correr Harry viu apenas Susana e Rony serem cercados pelas criaturas de fogo.
_ELES PRECISAM DE NÓS! – Harry avisou mas ao dar um passo de volta as criaturas se uniram formando uma serpente de fogo absolutamente extraordinária.
_VAI RONY! – Susana berrou e disparou uma língua de fogo de sua varinha que logo foi engolida pelo dragão que agora assumira a figura de uma serpente. – EU FICO! RONY,VAI EMBORA! VAI EMBORA! VAI EMBORA! – e em uma cena inexplicavelmente brutal Harry pensou que fosse desmaiar quando a serpente abriu sua boca e engoliu Susana. Rony no mesmo instante caiu no chão ao lado completamente paralisado pela cena mais forte que já vira em sua vida.
_ELE VAI PEGAR O RONY! – Hermione gritou.
No mesmo instante que Harry ameaçou voltar Lynch o prendeu com um feitiço que desconhecia e sendo apanhados por um dos pássaros guardiões sobrevoaram várias concentrações de árvores negras, Harry sem nem ao menos saber o que vinha acontecendo foi solto pela ave e despencando caiu em meio a um local completamente escuro, aonde o cheiro de carne podre era sufocante.
_Mirella falhou ao deixar você escapar Potter – Lynch disse distante – Ela foi apanhada, mas isso acaba por aqui, não cometerei o mesmo erro – e produziu um movimento com sua varinha que fez com que vários olhos vermelhos surgissem em meio a escuridão.
_Lynch, o que você está fazendo? – Harry disse recuando aos olhos vermelhos.
_Só o que devia ter sido feito há muito tempo – Lynch respondeu friamente – Seus amigos serão devorados pela serpente e você, finalmente levado ao seu destino, o Lorde das Trevas...
Harry no mesmo instante fitou Lynch.
_Você...você...
_Sim Potter, sou um Comensal da Morte, eu e Mirella somos, o Lorde das Trevas nos incubiu a tarefa de levá-lo até ele, muito inteligente nos ter colocado em Hogwarts, ter sido aceitos para o Torneio, ninguém suspeitaria. Vindos ainda de casas tão justas e sendo sempre tão humildes e leais, conseguimos enfim trazê-lo a um lugar aonde você não pudesse escapar.
_E o que são essas coisas?
_São Pargos Potter, lembra quando Tolkien nos mostrou...
_Você não vai conseguir o que quer...
_Você não está em posição de dizer o que irá acontecer Potter, essa noite, você é a caça e eu, o caçador... – ao término da última palavra uma centena de Pargos, criaturas extremamente velozes e sanguinárias pularam dentre meio a escuridão e Harry apenas se virou para Lynch com um ódio que superava a de ter acreditado que tudo aquilo não passara de uma armadilha...Rony e Hermione, ambos, podiam, estar, naquele momento, mortos.
_Você inverteu os papéis – disse e um Pargo pulou em sua direção – Essa noite você é a caça e eu o caçador...LEVICORPUS! – com uma pancada Harry sentiu algo morder seu braço quando o corpo de Lynch disparou em sua direção e saltando do ninho de Pargos com o braço já dormente saiu a correr na direção em que estaria Rony e Hermione, os gritos de Lynch rasgando a noite de forma pavorosa.
Correndo por entre as árvores, sentiu algo bater em seu pé e tropeçando caiu em grandes pancadas, o braço adormecido agora batendo no chão sem nenhuma dor.
Passando por cima de um lago aonde sentiu todo seu rosto e seu cabelo se molhar parou em cima de um pequeno pedaço de terra, daonde a vista era completamente extraordinária, no céu, negro e vermelho reinavam em uma paisagem pavorosa e limpa enquanto as montanhas por todo o lado pareciam moldadas a dedo.
Tentando se levantar com o braço dormente, uma dormência que agora vinha também chegando ao seu ombro se virou e viu que estava diante de uma margem, a margem de um lago gigantesco. Sentindo, em meio a uma dor que vinha lhe dominando seu pescoço começar a adormecer penetrou, lentamente, sua mão nas águas negras.
_O vivo - disse olhando seu próprio reflexo nas águas escuras, retirando o medalhão de seu pescoço, o molhou nas águas para tirar o sangue já seco – E o morto - por um momento todo o lago se tornou negro e inquieto, aonde imagens distorcidas mostravam faces de bruxos que sorriam e logo em seguida surgiam mortos, bruxos que Harry reconhecia e outros que jamais vira.
Vendo vários flashes brancos passarem por ela algo disparou acima com uma velocidade surpreendente e o seu Medalhão voou longe no mesmo instante que um pássaro negro o apanhou no ar seguindo vôo em meio a um guincho pavoroso.
Não acreditando no que deixara acontecer sentiu algo gelado agarrar, com força, seu braço e o puxar para dentro das águas, um choque veloz percorrendo todo seu corpo no mesmo instante que se sentia completamente molhado e uma canção chegava aos seus ouvidos, muito, mas muito distante.
Parado para ouvir a canção que parecia lhe fazer esquecer de todas as dores que seu corpo tanto gritava um raio vermelho, rapidamente, passou ao seu lado e por um momento pensou ser um feitiço estuporante; Porém logo seus olhos estavam presos diante da visão que invadia todas as águas, surgindo, como a maior e mais bela criatura de todas, Fawkes, a fênix de Dumbledore o agarrou rapidamente e juntos alçaram vôo para fora das águas.
Sobrevoando as rochas enquanto o céu ainda se via avermelhado e negro um raio de luz disparou da mais alta e distante montanha cortando toda a paisagem como se a dividisse entre o acima e o abaixo da luz.
_Fawkes - Harry murmurou fitando a ave e então ela piou, voando, decidida e bravamente rumo à luz.
Assim que passaram pelas longas pontes de pedra Harry sentiu as garras de Fawkes se afrouxarem e então foi jogado do alto, há centenas de metros do chão.
Fawkes mais uma vez piou e então com suas grandes asas vermelhas voou ainda mais veloz rumo a luz, Harry apenas caindo sentiu uma pancada em suas costas e quando percebeu viu que fora jogado em uma direção no qual o Testrálio mais próximo podia lhe apanhar, ambos voando rumo a luz agora.
Sentindo mais da metade de seu corpo adormecido uma pontada surgiu em sua cabeça, longe da cicatriz e uma fusão de imagens ofuscadas preencheu sua visão.

_HERMIONE! - Rony gritou correndo por entre um exército de almas rumo à Hermione - ESTOU AQUI! EU ESTOU CHEGANDO! - e caiu de joelhos defronte à Hermione - SOMENTE FECHE OS OLHOS - pediu segurando a mão dela - E acredite no que digo, eu preciso que acredite em mim...
Hermione parou por um segundo e sua respiração se tornou lenta e pesada, os olhos fechados, cega pelo encantamento que recebera. Com a outra mão tocou lentamente o rosto ferido de Rony e mesmo sem os olhos para desvendar o segredo do amor, tudo estava resumido ali, naquele toque.
_Eu acredito - disse.
_AVADA KEDAVRA! - uma voz bradou mais atrás e Hermione tombou, os olhos ainda fechados e uma das mãos ainda no rosto de Rony enquanto a outra se soltava da mão dele, a lua quase cheia brilhante mais ao alto.
Rony viu aquela cena como se tudo acontecesse lentamente e quando seus olhos pousaram sobre o bruxo que lançara a Maldição, apenas elevou sua varinha com o maior ódio e o maior amor de toda sua vida e vociferou, as águas do mar combatendo as montanhas ao redor.
_AVADA KEDAVRA!

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