AS RELÍQUIAS MORTAIS



CAPÍTULO 34:

AS RELÍQUIAS MORTAIS


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A notícia da doença da Sra.Weasley abalou tanto Rony e os Weasley que Harry ao se ver em uma situação quase igual teve de se conter, não achava certo sentir tanto quanto os próprios familiares, o que era uma tarefa difícil.
_Sentimentos nunca são controlados – disse a si mesmo quando deixou o St.Mungus.
Com o passar de dois dias bastante temerosos devido a Varíola, Hermione chegou à Torre de Grifinória noticiando que na noite do dia seguinte eles partiriam para Cape Wrath e logo em seguida para Whaligoes Steps na busca a Profecia de Gryffindor e a outra metade da Varinha de Ravenclaw.
_Você tem certeza de que quer ir Rony? – ela perguntou triste.
_Estou bem – Rony disse desanimado, havia olheiras ao redor dos seus olhos e sua face poucas vezes parecera tão abalada quanto agora – Eu vou.
_O Curandeiro disse que tudo ficaria bem – Harry murmurou – O seu pai, Percy e Carlinhos vão revezar nos horários de trabalho, eles sempre nos avisarão.
_Eu sei – Rony disse deprimido.

Ao passar de dois dias aonde os Khazads foram melhor estudados e aonde a Profa.Sprout parecia especialmente determinada em suas aulas, Harry chegou a altura do dia seguinte pronto para partir para Cape Wrath. Lupin disse que não precisariam da Capa de Invisibilidade, somente de varinhas.
_Tudo indica que a Profecia possa estar nas profundezas de um rio – Tolkien anunciou quando eles se encontraram na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas daonde partiriam para Hogsmeade e enfim aparatariam. – Um rio coberto por Inferis. – Rony engoliu seco.
_Apenas um de nós poderá ir ao fundo do rio – Slughorn disse e mostrou à todos um frasco com um líquido vermelho – Essa é uma poção que ajudara um de nós a passar pelos Inferis sem sermos atingidos pelo tempo de uma hora, tempo necessário para que apanhemos a Profecia e voltemos.
_E aonde vai estar essa Profecia? – Rony perguntou em voz baixa – No fundo do mar?
_Não exatamente no fundo do mar – Moody respondeu seco – Quando chegarmos ao fundo estaremos diante de um lugar, um lugar aonde não havera água, aonde poderemos andar normalmente e irmos até a Profecia.
_Pelo que escutei – Hermione resmungou pensativa e todos desviaram seus olhares para ela – Um de nós terá que passar por esse rio e apanhar a Profecia...
_Sim – Slughorn concordou ansioso.
_Mas somente Harry pode tocar na Profecia.
_Exatamente! – Slughorn exclamou – Harry terá de chegar até lá, somente ele.
_Por mim está bem – Harry disse, depois que atravessara um lago inteiro na segunda prova do Torneio Tribruxo nada o poderia mais assustar.
_Então vamos – Moody disse decidido e então arremessou um saquinho com pó-de-flú na lareira mais próxima e pediu que Rony fosse a frente.
_O que eu digo? – ele perguntou.
_Apenas Hogsmeade – Tolkien respondeu.
_HOGSMEADE! – As chamas se tornaram verdes e Rony desapareceu rapidamente.
_Harry por favor – Slughorn pediu e Harry imediatamente se adiantou a lareira, adentrando-a enunciou:
_HOGSMEADE! – seus pés rodopiaram e com apenas um giro bastante veloz caiu na lareira da loja de Penas Escriba, Rony logo ao lado.

Passados alguns minutos aonde todos haviam deixado a loja, Harry apoiado ao braço de Moody aparatou para em frente a uma concentração de montanhas realmente gigantesca. Vários mares e penhascos por todos os lados.
_Venham – Ele disse e seguindo por uma ponte feita de pedras negras aonde havia destroços de madeira por todos os lados chegaram defronte a uma caverna, dali, podia-se ouvir apenas o barulho das águas pelos lados, a lua no alto e o céu estrelado.
_Está uma bela noite – Tolkien disse meio abobado.
_Por aqui – Moody continuou e então ele parou em frente a um rasgo em meio a algumas rochas e com um brando de sua varinha produziu um jato esbranquiçado que fez com que o rasgo se espandisse até todos poderem adentrar.
Harry sentiu-se, por um momento, como quando adentrara a caverna com Dumbledore não muito tempo atrás.
Ali, tudo era um frio cortante, o silêncio assombroso e não havia sequer luz verde, somente escuridão, uma escuridão realmente densa.
_LUMUS! – Moody enunciou e um feixe de luz iluminou mais a frente, Harry então pode ver aonde estavam. Em uma pequena anti-câmara minúscula, com crânios sujos e solitários por alguns lados.
_Três entradas? – Rony murmurou – Alguém sabe qual seguir?
_Não conseguimos – Tolkien respondeu– Teremos de nos dividir – Isso pareceu assombrar Hermione de uma forma impressionante.
_Lupin e eu iremos pela esquerda – Slughorn falou – Tolkien e Moody pela direita, Harry, Hermione, Rony, pelo meio.
_Quê! – Rony exclamou crédulo.
_Vocês precisarão ficar juntos – Lupin disse sem rodeios – Muito mais agora. – Ninguém pareceu discutir a decisão, embora parecesse bastante mal pensada.
_Não vamos perder tempo – Tolkien disse e ao lado de Moody seguiu pela direita guiados pela luz da varinha do ex-auror.
_Deixem comigo – Harry disse e no mesmo instante um feixe de luz surgiu de sua varinha.
_Você está ficando muito bom com esses feitiços não-audíveis – Hermione murmurou.
_Obrigado – Harry falou e indo mais a frente iluminou a entrada central, aonde seguiam por um corredor.
Assim que Rony adentrou, a entrada às suas costas se fechou como se uma parede de areia tivesse surgido rapidamente e tudo mergulhou em uma escridão somente quebrada pelo feixe de Harry.
_Não estou gostando disso – ele disse assombrado, a varinha trêmula nas mãos. Após muitos minutos aonde apenas seguiram pelo mesmo corredor, um mesmo corredor cheio de crânios e feito apenas de pedras negras, Harry pode enxergar uma luz vermelha muito enfraquecida mais distante.
_Ali! – Hermione exclamou – Vamos logo! – e ela apressou a seguir, sua varinha e a de Rony também iluminando o caminho.
Assim que chegaram ao fim avistaram que a luz vermelha agora piscava.
_Pode ser uma armadilha – Harry alertou iluminando com seu feixe os lados.
_Bem pensado – Hermione assentiu também verificando.
_A luz parou – Rony avisou e Harry se virando viu que realmente não havia mais a luz. -Vocês querem ir até lá? – indagou temeroso embora antes mesmo que pudesse terminar sua pergunta Harry já pudesse ser visto caminhando rumo a antiga localização da luz.
Avançando pelas rochas, foi se aproximando do que parecia uma estátua pequena sob um pedestal imponente embora não muito alto. Mais atrás uma porta de carvalho úmida e bastante envelhecida.
_ALORROMORRA! – Hermione enunciou e nada aconteceu.
_É uma pássaro – Rony disse olhando para a estátua.
_É – Harry concordou notando que ainda não reparara nisso.
_Olhem só – Hermione sibilou apontando para o alto. Havia, ali, em meio as rochas, uma centena de espécies de formas cravadas, formas bastante estranhas.
_O que são? – Harry perguntou não tendo a mínima noção.
_Eu sei – Hermione disse e ela olhou para a estátua do pássaro a sua frente. – Isso são como testes para proteger a Profecia – ela continuou – Tenho de Transfigurar esse pássaro em centenas de pequenos e teremos de petrificá-los e encaixá-los naqueles buracos, tem o formato de pássaros.
_Não é só isso – Rony falou calmamente – Um desses pássaros deve ter a chave.
_Acho que se colocarmos todos no lugar a porta vai se abrir.
_Concordo com Rony – Harry disse – Acho que teremos de fazer mais que isso.
_Tudo bem – Hermione concordou – Se afastem por favor – Harry e Rony se afastaram o mais que puderam; Hermione brandiu sua varinha velozmente no ar e a estátua de pássaro ganhou vida por alguns instantes e em um guincho explodiu em diversos raios de fogo que voaram por todos os lados. - O QUE É ISSO?! – ela gritou quando os raios começaram a explodir em outros menores e então pássaros de fogo pequenos surgiram, um deles, carregando um ovo arroxeado e era, com toda certeza, o maior e mais veloz de todos.
_TEMOS DE PEGAR O OVO! – Rony anunciou e os olhos de Harry pararam em algo que ainda não havia visto com a luz de suas varinhas, que agora só com as chamas dos pássaros pudera avistar.
Saindo correndo por dentre a escrudião foi rumo a Obvilliate do outro lado.
_AONDE VOCÊ VAI? – Hermione gritou já que o barulho dos pássaros era quase ensurdecedor.
_VOU PEGAR O OVO! – Harry respondeu e imediatamente puxou a vassoura das correntes presas na rocha e pulou sobre ela, os pássaros de fogo se voltaram a ele de imediato, indo rumo a atacá-lo, Harry tinha apenas um alvo, o pássaro com o ovo. – ME DÊEM COBERTURA! – pediu e disparou pelo ar rumo ao pássaro, que voava velozmente pelas rochas, havia dentrado agora uma espécie de corredor completamente escuro, as suas chamas iluminando o caminho. – ESTUPEFAÇA! – bradou e o jato vermelho passou acima da cabeça do pássaro. Houve, no momento seguinte, um guincho alto e um jato de fogo disparou do lugar daonde o pássaro estava – PROTEGO! – Harry enunciou e a labareda foi combatida.
ZUM!
Algo o atingira nas costas fazendo-o cair de sua vassoura em algo escuro, em um lugar totalmente gélido e silencioso, seus passos ecoando distantes.
O pássaro de fogo apenas pousando em um lugar e se petrificando repentinamente, o ovo ao seu lado.
Caminhando a passos lentos até a estátua viu que havia água ali, uma água que refletia seu rosto, o refletia em meio a escuridão.
Se abaixando, olhou para o pássaro e apanhou o ovo com cuidado, era um pouco mais pesado do que imaginara.
Houve, no momento seguinte, vultos que voaram por todos os lados como Dementadores e Harry pulou em sua vassoura voltando pelo caminho a sala com Rony e Hermione, observou que agora os outros pássaros de fogo estavam petrificados e cravados nas rochas mais ao alto.
_Conseguiu? – Rony perguntou ansioso. Harry pulou de sua vassoura e mostrou o ovo – Mas... – Rony murmurou olhando para o ovo com surpresa – Mas, é um ovo, é um ovo de Hipogrifo – e Harry entregou o ovo ao mesmo tempo que Rony o deixou cair e se quebrando um sangue arroxeado começou a surgir. – Tem somente sangue – ele disse – Sangue de Hipogrifo. – e se abaixando olhou para o sangue com atenção – Meu irmão disse que é um sangue muito poderoso.
_Não toque – Hermione disse – Pode ser perigoso! – fora tarde demais Rony já tocara o sangue e agora caminhava rumo a porta.
Com seus passos ecoando pela caverna ele alcançou a fechadura e a molhou com o sangue de dragão, houve um baque logo em seguida e Harry se entreolhou com Hermione, Rony parecia impressionado com o que fizera. Com um novo baque a porta se abriu e rangindo friamente parou.
_Bom – Rony disse bobamente – Vamos – Passando pela porta Harry se viu diante de mais um lugar escuro e frio, aonde ali, havia apenas uma grande concentração de rochas e acima delas ovos grandes.
_Mais ovos? – Rony murmurou com os olhos arregalados – E são de dragão.
_E o que vamos fazer com isso? – Hermione indagou indecisa.
_Colocar ali – Rony respondeu apontando para um grande caldeirão encardido mais a frente.
_Vamos ter que fazer uma poção? – Hermione disse.
_Sim – Rony respondeu – Com os sangues dos ovos.
_Mas que poção? – Harry perguntou. Hermione apenas elevou seus olhos para uma grande concentração de rochas mais a frente, atrás delas, três portas de carvalho ainda mais envelhecidas e úmidas.
_Temos só uma opção certa – ela falou – Teremos de fazer a Poção do Caminho.
_A o quê?! – Rony exclamou.
_Poção do Caminho, é uma poção que apesar de simples é precisa ao te guiar pelo caminho certo, o difícil é termos todos os sangues que são necessários.
_Bom, já temos – Harry falou e Hermione assentiu.
_Rony – ela disse – Você sabe qual a importância de cada ovo?
_Sei – Rony respondeu – Carlinhos sempre me mostrou muitos ovos nos livros que sempre trazia da Romênia.
_Muito bem – Hermione concordou – Quero que acrescente o sangue de cada ovo na ordem de menos importância até o de mais importância, certo?
_Sim – Rony sibilou se voltando aos ovos e então ele encarou cada ovo, ficando na dúvida de qual seria o menos importante, apanhou um com várias manchas vermelhas. Quebrando-o acima do caldeirão acrescentou o sangue. Voltando aos ovos apanhou o que estivera em dúvida a pouco e também acrescentou, um com várias manchas enegrecidas.
Passados minutos aonde somente restava agora um ovo não muito grande, meio avermelhado e parecendo bastante pesado Rony se voltou à Harry e Hermione, trabalhara incansavelmente na ordem certa.
_O mais importante – disse – Ovo de Fucinho Curto Sueco Cinza Azulado.
Assim que o sangue foi acrescentado Hermione se aproximou do caldeirão e com sua varinha produziu movimentos distantes que fez com que a poção começasse a girar. Soltando várias borbulhas e muitas nuvens de fumaças que pareciam aquecer o ambiente por alguns segundos ela se virou.
_Está pronta – e Hermione produziu um movimento complexo com sua varinha que no mesmo instante fez uma criatura coberta por uma fumaça vermelha surgir e mergulhando pelas rochas foi de encontro as três portas. Se escancarando a central a abriu com um baque realmente brutal.
_Conseguimos! – Rony exclamou sorridente.
Passando pela porta se viram diante de apenas um grande mar em meio a escuridão.
_Como Tolkien disse – Hermione murmurou – A Profecia estaria nas profundezas do mar.
_Tem Inferis – Rony disse.
_Isso o protegera por uma hora – Hermione falou apanhando a poção vermelha que Slughorn a dera. Harry apenas a apanhou.
_Agora é comigo – e bebeu a poção por inteiro – CABEÇA DE BOLHA! – sua cabeça foi coberta por uma bolha. Saltando no mar, seu corpo foi eletrocutado pelo frio em que ela se encontrava. Mergulhando o mais rápido que pudesse viu corpos por todos os lados, seu coração disparou por um segundo e vendo que eles eram levados por todos os lados seguiu seu caminho, tinha apenas uma hora, a mesma hora na qual teria que achar a Profecia e voltar.
Mergulhando cada vez mais profundo percebeu que os Inferis nem ao menos o notavam ali, era como se fosse um deles.
Seguindo pelas águas negras e frias viu que abaixo de uma rocha especialmente grande havia uma entrada e ali um pouco de luz.
Indo até o foco, desviou da rocha e adentrou a claridade, era tudo coberto por areia, uma areia limpa e fina. Com sua bolha estourando percebeu que estava em terra firme, era um local realmente muito pequeno, com apenas um pedestal em forma de cobra e na ponta uma pequena esfera esbranquiçada.
Correndo a ir até ela a apanhou e como se esperasse que algo acontecesse parou por um instante, mas nada ocorreu.
Voltando as águas guardou a Profecia em seu bolso e apontando a varinha para sua cabeça enunciou:
_CABEÇA DE BOLHA! – com sua cabeça novamente coberta mergulhou satisfeito consigo mesmo e quando viu já estava saindo das águas.
_Achou? – Hermione perguntou ansiosa e Harry apenas assentiu com a cabeça – Deixe-me melhorar isso – e ela sacudiu sua varinha fazendo com que todas as roupas de Harry se secassem, assim como Dumbledore fizera quando haviam ido visitar a caverna.
_Podemos voltar? – Rony perguntou receoso.
_Com certeza – Harry falou e indo mais a frente atravessou a porta na qual haviam vindo e chegando a de carvalho do outro lado também a atravessaram, alcançando o corredor daonde havia se separado de Tolkien e o restante os avistaram parados a entrada.
_Conseguiram? – Tolkien perguntou realmente ansioso.
_Sim – Harry respondeu e Slughorn esboçou um sorriso que jamais o vira fazer.
_Como fez para não ficar cego? – Lupin perguntou.
_Não fiz nada – Harry disse – É uma profecia normal.
_Não não – Moody negou – A Profecia de Gryffindor cega a quem a vê e fere a quem a toca, mesmo você estando nela, ela é uma profecia de sangue, deveria ser vermelha.
_Mas não é vermelha – Harry falou e houve uma onda de desapontamento – Eu achei o local de areia e havia um pedestal em forma de cobra e ela estava lá – e tirou a Profecia do bolso, todos imediatamente fecharam seus olhos. – Ela é uma Profecia normal, como era a minha. – Todos abriram os olhos e Slughorn rapidamente apanhou a Profecia, arremessando-a em um movimento espantoso na parede apenas algumas nuvens de fumaça surgiram.
_Não é uma Profecia, somente uma cópia, não há nada dentro dela, Você-Sabe-Quem nos enganou.
_Ele sabe que estamos atrás das Horcruxes – Hermione disse – Por isso não a encontramos em um lugar nenhum.
_Se pelo menos Dumbledore estivesse acordado no quadro – Rony lamentou.
_Isso me intriga também – Moody murmurou misterioso.
_Vamos à Whaligoes Steps, não temos mais nada a fazer aqui – Slughorn disse decepcionado.
Saindo da caverna Harry se viu novamente na noite estrelada e caminhavam, agora, por três pontes feitas de pedras negras com o mar correndo muito, mas muito abaixo e então chegaram a um local aonde havia um grande mar e uma pequena caverna solitária.
_Como vamos chegar lá? – Rony perguntou.
_Nadando – Tolkien respondeu e em um salto pulou na água, a cabeça coberta pela bolha. Harry logo atrás. – Não há Inferis – o professor avisou e então começou a nadar rumo a caverna. Harry mais atrás seguindo pelas águas gélidas.
Avistando todos mais atrás percebeu que aquelas águas eram as mais bonitas que já vira em toda sua vida, eram tão limpas e belas que poderia nadar por elas por uma eternidade.
Avançando mais alguns metros atingiu a caverna, ela não era realmente muito grande. Pulando pelas rochas até alcançar Tolkien o professor brandiu sua varinha e Harry teve suas roupas secas no mesmo instante.
_Preciso aprender esse feitiço – murmurou ao mesmo tempo que Tolkien sorriu.
_Se afaste por favor – ele pediu e então agitou sua varinha produzindo uma criatura de fogo que confrontando a rocha de entrada a quebrou revelando apenas escuridão.
Com Hermione e Lupin mais atrás Harry adentrou a caverna, ali, tudo parecia completamente silencioso demais.
O teto era tão alto que não podia enchergar e havia apenas um mar, o frio era pior do que qualquer que passara naquelas águas e todos os passos ecoavam, o silêncio tão profundo que até mesmo a respiração podia ser ouvida.
_Aonde temos que ir? – Harry indagou.
_Não fale – Tolkien sussurrou. Harry percebeu que todos seguiam pela beirada minúscula que havia entre a parede e o mar, seus pés por um momento começaram a se molhar quando o chão já não estava mais coberto por terra.
Seguindo em meio ao silêncio prosseguiram e Harry percebeu que agora a água estava em seus joelhos e era muito mais fria do que a que tivera de atravessar. Seguindo Tolkien viu que o professor caminhava sempre atento a frente, a água a sua cintura agora. Em muito pouco tempo no seu ombro e quando Tolkien parou começou a subir uma espécie de concentração de rochas e derepente desapareceu em um grito.
_TOLKIEN! – Harry gritou e sentiu algo agarrar as suas pernas e ao se virar viu a face de um Inferis. Saltando acima das rochas sentiu o chão afrouxar e caiu velozmente um lugar completamente escuro.
_Aonde estamos? – Tolkien indagou realmente surpreso – Não esperava – Houve, naquele momento um raio de fogo vindo do alto e ao se virar Harry ficou diante de um dragão gigantesco, um Meteoro Chinês – Por Merlim! – Tolkien exclamou ao mesmo tempo que Lupin, Hermione, Slughorn, Moody e Rony chegavam a cena.
_HARRY, HERMIONE, RONY VÃO! – Slughorn gritou e ao lado de Lupin, Tolkien e Moody eles lançaram línguas de fogo que aprisionaram o dragão até Harry, Rony e Hemrione passar ao seu lado chegando a um corredor de pedras com archotes de fogo bem ao alto.
_RONY, NÃO PARE! – Hermione gritou quando Rony parou por um segundo para ver o que parecia uma gravura nas rochas.
Correndo incansavelmente Harry alcançou o fim do corredor e tropeçando caiu de joelhos defronte a um outro pedestal, esse, não em forma de cobra. Um pequeno baú acima.
Se levantando viu que cada centímetro da parede circular era coberta por velas, do chão a escuridão, cada pequeno espaço iluminado.
_Está aí? – Rony perguntou em um sussurro e Harry elevou sua varinha rumo ao baú.
_Alorromorra! – nada aconteceu.
_Tente com suas próprias mãos – Hermione aconselhou e Harry puxou, cuidadosamente a tampa do baú, ao terminar, observou que havia apenas um pedaço de pergaminho que flutuou misteriosamente e de todas as velas nas paredes criaturas de fogo dispararam atingindo o pergaminho.
_ISSO É UMA MALDIÇÃO! – Hermione berrou e então agarrou o braço de Harry e Rony e todos saíram a correr de imediato – VAI EXPLODIR TUDO ISSO AQUI!
Harry correu como nunca havia feito na vida, correu tanto que quando chegou à Lupin e o restante somente ouviu distorcidamente a palavra: “Aparatar!”.
Sua mente imediatamente foi preenchida por imagens de Hogsmeade e com uma pancada realmente dolorosa caiu em meio a sala do Cabeça de Javali, Aberforth sentado em um lado da mesa, com um bruxo de grandes olhos e óculos iguais aos de Sibila a sua frente, vários papéis por todos os lados.
_Nos desculpe – Slughorn disse e então jogou o pó na única lareira da sala e quando Harry percebeu e foi esse o primeiro momento que pode respirar profundamente, estava no gabinete de Dumbledore.
_O que vai acontecer com a caverna? – perguntou ofegante.
_Vai explodir – Tolkien respondeu furioso – VOLDEMORT QUERIA EXPLODIR QUEM CHEGASSE LÁ! – e deu um soco na escrivaninha, no quadro acima, Dumbledore adormecido.
_Ele vai pensar que morremos – Hermione falou – E isso vai ser bom.
_Certamente que sim – Moody concordou – Mas não encontramos a Profecia, muito menos a Varinha.
_Está ficando realmente complicado – Lupin falou parecendo bastante irritado.
_Vão à enfermaria – Tolkien disse à Harry, Rony e Hermione – Se recuperem, mas estejam prontos, a qualquer momento podemos partir para uma nova busca.

_Vou ficar bem – a Sra.Weasley disse na visita que Harry, Rony e Hermione haviam ido lhe fazer no dia seguinte. As manchas não haviam melhorado e ela parecia muito mais cansada do que a última vez.
_Não fale muito Molly – o Sr.Weasley pediu.
_Sim sim Arthur – ela disse – Só quero dizer algo à Harry – e Harry, surpreso, se aproximou. – Remo querido – ela começou – Me perguntou se haviam levado algum Medalhão ao Largo Grimmauld logo após o enterro do Prof.Dumbledore, diga-o e sei que é muito mais importante para você que todos os objetos inutilizados e esse Medalhão estão em uma caixa no quarto em que Sirius guardava Bicuço – Harry assentiu com a cabeça.
_Tudo bem, eu digo - e desviou um olhar à Rony e Hermione.

Nquela noite, aonde todos haviam saído para ver uma partida de quadribol improvisada pelos times de Beauxbatons, Durmstrang, Bounstouns e Agatston, Hermione chegou à torre de Grifinória completamente animada.
_ACHEI! ACHEI! ACHEI!
_Achou o quê?! – Rony exclamou quase sonolento.
_Madame Pince foi com Filch ao jogo – ela falou – E deixou Dobby cuidando da biblioteca, e é claro, que por Harry, Dobby deixou que eu entrasse na Seção Reservada e consegui apanhar um livro que vai explicar tudo sobre aqueles Medalhões.
_Finalmente uma boa notícia – Harry sibilou e então se voltou à Hermione, ambos sentados no sofá em frente a lareira.
_Aqui diz – ela começou e abriu em uma página dupla aonde havia a foto dos três Medalhões. – Que são Medalhões feitos a partir de uma poção que tem como principal ingrediente pele de cobra. Esses Medalhões trazem, a quem os usa, habilidades e uma agressividade realmente desconhecida, funcionando apenas quando três pessoas estão ligadas pelo coração, esses Medalhões protegem a aqueles que os usarem fazendo que enquanto todos os corações estiverem fíéis nada os possa acontecer, mesmo distantes, estando protegidos.
Cada Medalhão possue a figura de uma cobra cravada por jóias raras, o primeiro Rubis, o segundo Esmeraldas e o terceiro Diamantes. São artefatos inquebráveis e mortais e cada um possue próprias habilidades que unidos são quase invencíveis.
Quando usados, os Medalhões protegem ao mesmo tempo que envenenam a mente e o corpo, fazendo com que o bruxo pertencente possa vir a morrer, embora, se acima de todo esse veneno o coração estiver lutando por algo bom, isso possa vir a não acontecer.
_E o que isso diz ao final? – Rony perguntou com as sombrancelhas sobressaltadas.
_Que são Medalhões de poderes quase insuperáveis – Hermione começou – Guiados pelo coração, eles só podem ser usados por três bruxos que estejam ligados pela confiança e pelo coração, sendo assim, não poderíamos usá-lo sem um de nós o também estar usando senão não funciona. Porém, ao usarmos esses Medalhões estamos sendo envenados, estamos sendo dominados por toda aquela força que vimos na sala do Véu.
_Quer dizer que isso pode nos dar a força que precisamos para matar Voldemort ao mesmo tempo que pode nos matar?
_Sim – Hermione respondeu – Sempre estaremos muito protegidos com esses Medalhões pois eles são muito poderosos, mas são relíquias realmente muito venenosas, relíquias que devem ser usadas somente quando estivermos unidos. Aqui diz, com bastante destaque, que alguns estudiosos chamaram esses Medalhões de Relíquias Mortais.
_Relíquias Mortais? – Rony repetiu.
_Exatamente – Hermione concordou – Sempre que estivermos unidos pelo coração estaremos protegidos, aonde quer que estejamos, essa é a única arma que temos para matar a Você-Sabe-Quem depois que todas as Horcruxes estiverem destruídas, ou seja, precisaremos muito disso ainda, muito, essas coisas, são, definitivamente perigosas e cruéis, mas nossa única chance. Com elas teremos uma força desconhecida, mas que teremos de saber controlar.
_Isso pode nos matar então? - Rony perguntou crédulo não podendo acreditar, olhando para as chamas na lareira com temor.
_Sim - Hermione disse não consultando mais o livro - Isso pode, definitivamente, nos fazer vencer Você-Sabe-Quem - e ela respirou fundo olhando para o livro - E nos matar - houve uma pausa silenciosa - Apesar de achar que conseguimos escapar, se tivermos confiança um no outro, dessa suposta morte.
_Vocês não vão enfrentar Voldemort - Harry falou simplesmente - Vocês não precisam correr o risco de morrer.
_Isso não é uma questão a ser discutida - Hermione retorquiu - Morte nunca foi uma opção, podemos não morrer por Voldemort, mas quem garante.
_Você nunca falou sobre isso com tanta frieza - Rony sibilou surpreso - Desde quando para você morte é algo tão simples?
_Desde quando aceitei ajudar Harry até o fim.
_Mesmo parecendo arriscado, isso é o que nos resta – Harry falou encarando o brasão com o leão de Grifinória acima da lareira – Matar Voldemort com as Relíquias Mortais.

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