A DOENÇA DA SRA.WEASLEY



CAPÍTULO 33:

A DOENÇA DA SRA.WEASLEY


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_ESTUPEFAÇA! – uma voz bradou e Tolkien saltou porta a fora ao mesmo tempo que um espelho as suas costas se estilhaçou, acabara de ser atingido por um jato realmente grandioso.
Harry, que vinha logo atrás, se afastou com velocidade para não ser atingido e imediatamente adentrou o corredor com a varinha na altura do peito para caso de surpresa – ESTUPEFAÇA! – a mesma voz gritou repentinamente ecoando por todos os lados ao mesmo tempo que um jato vermelho iluminou a escuridão.
_PROTEGO! – Harry enunciou e o feitiço foi dissipado no segundo que houve um grito e Tolkien surgiu correndo mais a frente. Rony mais atrás, estavam em um corredor de espelhos, aonde podiam ver suas faces escurecidas refletindo como sombras escuras e assombrosas, luzes fracas mais a frente se apagando cada vez com mais velocidade.
_EFFIGY!
_PROTEGO!- Tolkien berrou sem nem ao menos parar de correr e a azaração foi dissipada em raios menores que iluminaram poucos passos à frente. – LUMUS! – um jato de luz disparou assim que Harry escorregou e sentiu que estava caindo em uma lugar cheia de escadas e portas por todos os lados, as paredes cobertas por aquários com criaturas silenciosas dentro. Ao centro, várias estátuas de Sereianos dourados refletindo as águas nos tanques.
_E agora?! – Rony disse agitado, os olhos correndo pelas portas com pressa – TEMOS MILHARES DE PORTAS!
_POR AQUI! – Tolkien falou antes de correr para a porta mais distante.
Enquanto atravessava a sala Harry pode ver que a figura de Sereiano se movia, lançando rápidos jatos de água para cada aquário.
_BOMBARDA! – Tolkien gritou e a porta mais próxima se escancarou com um baque rápido. Prosseguindo por corredores escuros, frios e pouco iluminados chegaram a mais uma porta, uma de carvalho realmente bonita, com detalhes em ouro. – BOMBARDA! – o raio apenas deslizou pela porta. Harry desviou um olhar à Rony, Tolkien, por sua vez, parecia realmente estupefato. – BOMBARDA! – enunciou novamente e o raio mais uma vez deslizou pela porta.
_O que é isso? – Rony perguntou receoso.
_Não sei – Tolkien suspirou olhando para os lados como se pudesse achar algo com que pudesse estourar a porta – Está muito bem trancada.
_E se voltarmos, ir por outra porta? – Harry sugeriu embora soubesse que essa opção não seria seguida.
_Receio que não – Tolkien disse sem muita importância – Se afastem - pediu e em meio a escuridão projetou um raio horizontal de fogo que lançado contra a porta a explodiu em um baque realmente impressionante. – Agora sim!
Atravessando a porta com uma pavorosa marca negra no topo Harry sentiu seus olhos arderem intensamente em meio a uma velocidade assustadora e tudo pareceu muito quente por um tempo. Estavam em uma sala cheia de andares, andares que se perdiam em um casulo de vidro com chamas dentro, um casulo que quando se abria muito ao alto, disparava jatos de fogo em todas as direções. Por todos os lados ainda haviam estátuas e criaturas com cabelos platinados lisos e longos, balançando levemente, da onde da jarra que seguravam caia torrentes de água em um grande poço que formava um pequeno rio circular.
_ESTÃO AQUI! – a voz de um Comensal gritou e Harry tombou ao ser atingido brutalmente no ombro. Se virando sentindo que seus olhos ainda ardiam muito viu a figura de Tolkien lutando furiosamente contra vários vultos negros, todos, à sua visão, estavam embaçados. Jatos escuros sendo disparados por todos os lados.
Houve, no momento seguinte, uma sineta alta, que era realmente ensuredecedora, uma sineta que fez com que todos parassem para tampar os ouvidos e no mesmo instante Harry sentiu algo lhe agarrar o braço.
Correndo com a vista ainda muito embaçada, olhou para cima, da onde vinha a sineta e viu que o casulo se abrira e dele labaredas de fogo estavam sendo disparadas por toda a sala. As estátuas com os cabelos longos de repente criaram vida e tamparam seus rostos com os próprios cabelos.
_O QUE É ISSO?! – Rony gritou próximo, as mãos tampando os ouvidos enquanto corria meio cambaleante.
_CORRA! – Tolkien disse e Harry novamente olhou para cima, uma das labaredas vinha, agora, em sua direção, uma labareda com a forma de uma cobra gigantesca, enquanto outras, em meio a guinchos ferozes atacavam aios Comensais. Por um momento, houve, diante dos olhos de Harry, uma cena na qual todas as paredes de pedra começaram a girar com as chamas as cobrindo e os Comensais foram sendo engolidos pelo fogo.
Na mesma velocidade que essa cena chegou ela se foi.
Como em um momento extraordinariamente rápido, Tolkien saltou a sua frente e brandiu a varinha violentamente em um feitiço Inaudível. Um jato disparou, imediatamente, da varinha, indo de combate à cobra de fogo preste a dar o bote. Projetando um belo escudo de água, o encantamento foi quebrado quase que no mesmo segundo e Tolkien foi atingido com brutalidade.
_CORRAM! – a voz dele gritou em meio as chamas da cobra – VÃO! FUJAM! – ele fechou os olhos e Rony puxou Harry para longe de uma nova labareda que chegava, essa, em forma de águia.
Harry correu infinitamente até atravessar toda a sala, alguns Comensais do outro lado, quase presos pelas labaredas, vindo em sua direção.
_BOMBARDA! – gritou estourando a única porta de saída.
Rony pulou para dentro do corredor recém surgido no mesmo instante que o primeiro Comensal disparou um jato verde.
_VAMOS! – Harry gritou avançando pelo corredor soturno, as paredes, feitas de pedras negras e com candelabros solitários levavam a apenas uma saída; uma bifurcação.
Rony se virou, Harry sabia o que deveriam fazer.
_Vamos ter que seguir sozinhos agora – falou com pressa, o coração acelerado – Um de nós de qualquer forma vai achar a Hermione.
_Certo! – e Harry seguiu pelo corredor da esquerda enquanto Rony corria para o da direita. Chegando a uma escadaria longa e escura virou no corredor da direita, da esquerda, da direita, da direita e chegou a uma porta, indo à maçaneta em forma de cabeça de cobra, a girou na pressa de não ser apanhado por nenhum Comensal e a porta se abriu, estava em uma sala muito espaçosa, realmente bonita, aonde vários raios alaranjados caiam pelas janelas altas e imponentes, janelas que mostravam montanhas distantes, as mesmas que mostravam a noite.
Harry avançou alguns poucos passos e todas as luzes desapareceram quando velas por todos os lados crepitaram em chamas. Em meio a sala e em frente aos seus olhos, estava o velho espelho de Ojesed, solitário e sujo.
Como se tudo acontecesse lentamente, Harry, iluminado sob a luz das velas parou, não havia nenhum barulho sequer ali, somente o dos seus passos.
_Olá – disse em voz baixa e sua voz ecoou pela sala sombriamente. – Tem alguém aí? – sua voz novamente ecoou com fantasmagóricos “aí...aí...aí”.
Avançando mais alguns passos se voltou à Ojesed e viu uma imagem ali, como há seis anos atrás, sua mãe e mais ao lado, seu pai. Ambos sorrindo, ambos o chamando, ambos o esperando.
_Mãe... – sussurrou com a voz fraca e ela o chamou com a mão.
_Se aproxime – ela pediu suavemente – Você pode nos ver?
Harry balançou a cabeça até ficar a centímetros do espelho, sua mãe e seu pai tão próximos como se pudesse senti-los, tocá-los.
_Cuidado – Tiago disse e Harry parou, duas outras figuras surgiram no espelho mais atrás, Dumbledore e Luna, ambos sérios.
_Professor – Harry sussurrou e olhou para os lados para ver se realmente não havia mais ninguém ali.
_Você deve ter cuidado – Dumbledore falou e Harry sentiu seu coração disparar, era a primeira vez que ouvira a voz do professor em tanto tempo. – Existem amigos pouco confiáveis, amigos que não estão tão próximos...
_O que o senhor quer dizer com isso? – Harry perguntou em voz baixa e sua voz não ecoava mais pela sala.
_Você deve se apressar, as Horcruxes devem ser achadas...
_Mas não sabemos, não sabemos aonde está a Profecia.
_Também não sei Harry – Dumbledore falou decepcionado – Mas temo que será tarde quando finalmente estiver frente a frente com Voldemort, você deve fortalecer a Armada, se reuna à Alastor, Remo e Horácio, a Varíola está chegando, todos serão abatidos, a Ordem precisa agir imediatamente...
_Professor, queria, eu queria saber, quem é R.A.B, aquele no bilhete, no Horcruxe falso e porque nunca consigo falar com o senhor no quadro?
_Isso nunca será possível – Dumbledore disse e sua imagem de repente se tornou incandescente e desapareceu.
_Mantenha o Espelho de Dois Sentidos sempre intacto – Luna suspirou, os cabelos bastante arrepiados enquanto os brincos de rabanete balançavam suavemente – Nós precisaremos dele.
_Você pulou no Véu?
_Não – E a imagem de Luna desapareceu repentinamente.
_Tudo ficara bem – Lílian disse em tom maternal – Tudo.
_Mãe – Harry disse percebendo que a imagem deles também estava desaparecendo. – Porque no seu túmulo, quando fui à Godric’s Hollow, não havia, não havia a data de morte?
_Porque não houve morte – E a imagem dela desapareceu, Tiago, logo ao lado, também.
No mesmo instante que o espelho se tornou vazio, houve um estrondo próximo e Harry se voltou a única porta que havia naquela sala, não reparara nela desde que chegara.
Segurando firmemente sua varinha correu até ela e a abriu. Dois jatos verdes coriscaram por cima de sua cabeça e se virando receoso ficou diante de uma luta monstruosa, vários aurores lutavam, bravamente e incansavelmente contra Comensais por todos os lados.
_Mas vejam só – A voz de Mcnair ironizou e Harry se virou, jatos disparando por todo o lado. Estava em uma sala aonde havia estátuas de fogo, grandes túneis que levavam a outras salas e muitos tanques com criaturas vermelhas que pareciam devorar pedaços de carne com uma fúria impressionante. – O bravo Harry Potter chegou...mas não ficara por muito tempo! AVADA KEDAVRA!
_PROTEGO! – Harry enunciou e a Maldição foi ricocheteada na direção de um dos tanques que estourou derramando água por todos os lados enquanto as criaturas vermelhas voavam nos aurores e Comensais mais próximos.
_ESTUPEFAÇA! – Mcnair bradou com velocidade.
_ACTION PERINA! – Harry contra-atacou e os dois jatos, disparados em meio a sala, colidiram explodindo em pequenas chamas que voaram alto – DESNERIUS!
_PROTEGO! – o feitiço foi desviado rapidamente – AVADA KEDAVRA!
_WONDROUS! – Harry sentiu uma corrente de fogo passar ao seu lado e de repente uma das estátuas monstruosas de fogo saltou a sua frente engolindo a Maldição. – CROVOTUS! – sentindo como se as chamas estivem perfurando seus ossos, seus olhos arderam e perdendo a maioria das forças se viu dentro da estátua de fogo. Observando tudo como se possuisse um poder gigantesco um jato dourado disparou de sua varinha atingindo Mcnair, os olhos até então arregalados, fechados, quando ele rodopiou acima de muitos aurores até cair dentro de um tanque e logo ser atacado pelas criaturas vermelhas.
_HARRY! – a voz de Rony gritou e viu que o amigo chegava de um dos túneis.
_VÁ COM ELE! – a voz de Kim Shaklebolt lutando muito próximo gritou – EU TE DOU COBERTURA! - Harry imediatamente saiu a correr, prosseguindo por entre os jatos, desviando de uma das criaturas vermelhas que pareceu saltar dezenas de degraus com um único pulo adentrou o túnel gigantesco que Rony surgira chegando a uma porta escura, detalhes em bronze nas pontas.
_Hermione está aqui – Rony disse parecendo bastante calmo para o que o momento precisava.
_Se afaste – Harry pediu elevando sua varinha e uma voz em sua mente gritou: - BOMBARDA! - a porta se escancarou e a figura de Hermione se revelou sentada em uma cadeira, presa por um encantamento, os olhos brilhando sob um feixe de luz vindo de um candelabro - FINITE! – Harry logo enunciou e Hermione imediatamente foi solta.
_Vamos aparatar daqui! - ela disse puxando sua varinha das vestes, não parecia machucada, somente muito mais energética do que o normal.
_Mas e o Tolkien – Harry falou olhando para Rony – Ele ficou naquela sala com o casulo.
_Ele está bem – Rony sibilou sem importância – Eu vi ele lutando agora pouco.
_Então vamos! – Hermione falou. Harry fechou seus olhos e se imaginou nos portões de Hogwarts. No mesmo segundo caiu em frente a eles adentrando com pressa os terrenos.
_Esperem – disse abruptamente – Eu vi, no Ministério, Ojesed – Hermione franziu a testa surpresa, pela expressão dela parecia que aquilo não passara de uma ilusão, algo que uma forte pancada poderia ter ocasionado.
Harry apenas contou tudo o que ouvira de Dumbledore, Luna e seus pais.
_Isso não pode ser – ela disse ao final – Nenhuma imagem que aparece no Espelho de Ojesed pode falar, nenhuma.
_Mas...
_Não Rony – Hermione lhe interrompeu balançando a cabeça negativamente – Eu já li isso muitas vezes, nada que falasse sobre vozes.
_Eu acredito no que disseram – Harry falou – Sabe, eu prefiro acreditar.
_Claro que sim – Hermione disse sem convicção – Mas tudo não parece fazer sentido – e ela olhou de Harry para Rony – Agora vamos entrar.
Harry olhou para a cabana solitária de Hagrid, velada sob a lua, uma mesma lua que parecia sempre tão distante de estar cheia.

_Muitas das Transfigurações mais importantes – Laverne começou em mais uma aula de Transfiguração – É a arte de poder fazer coisas realmente interessantes, vocês ficarão encantados com o que lhes mostrarei hoje – e ele caminhou pela sala indo até sua mesa aonde havia apenas uma pena – Observem – e ele sacudiu sua varinha fazendo com que uma gigantesca estátua em forma de leão se projetasse, vários “oohs” correndo pelos alunos – Essa mesma estátua poderia lhes proteger de um ataque, com o uso do encantamento Wondrous, como sei que já aprenderam com o Prof.Tolkien. Tentaremos com vocês agora...

A edição do Profeta Diário, aquele dia, revelou que três casos de Varíola haviam atingido o lado sul da Grã-Bretanha e que ambos haviam sido perdidos.
_Não temos mais saída! – Hermione exclamou – Agora começou a atacar do nosso lado.
_O pior – Rony disse em voz baixa – É que os três casos encontrados são muito pertos da minha casa.
Hermione consultou o Profeta e sobressaltando as sombrancelhas concordou com pesar.
_Fique tranqüilo – Harry falou – Todos estão no Largo Grimmauld.
_Mudando de assunto - Hermione disse apanhando um pedaço de pergaminho de um dos bolsos das vestes – Tolkien nos deixou esse bilhete hoje pela manhã – Rony se entreolhou com Harry.
_E o que diz? – Harry perguntou apanhando um pedaço de torta de limão.
_Que vamos nos reunir hoje à noite para discutir sobre as Horcruxes e talvez R.A.B... – Harry sem nem ao menos querer reparou que um garoto de Corvinal os observava com atenção, como se pudesse ouvir tudo com precisão.
_E você descobriu mais alguma coisa sobre R.A.B? – Rony indagou não notando os olhos fixos do garoto.
_Não falem nada – Harry cochichou sem tirar os olhos do garoto.
_O quê? – Hermione, que estava de costas para a mesa de Corvinal, sibilou.
_Estão nos ouvindo – Harry sussurrou e ela somente revirou os olhos para onde os olhos de Harry estavam voltados, Rony, sendo menos cuidadoso olhou diretamente.

_Por favor, apanhem seus livros e os abram na página cento e quatro, leiam as duas primeiras frases, elas nos ajudarão muito – Tolkien pediu ao início de mais uma aula, Moody e Lupin depositando, sob a mesa principal, uma gaiola com uma criatura vermelha, a mesma criatura marinha que Harry vira na sala com os os aquários no Ministério.
Abrindo seu livro, Harry se voltou ao topo da página e em meio ao silêncio leu:

“Khazads, criaturas extremamente violentas e perigosas, criadas em aquários e em grandes bandos, são, acima de tudo, extremamente obedientes e trazem, em seu interior, um sangue realmente poderoso, sangue usado na poção que pode repelir a Varíola de Dragão, sangue que também pode ser usado na poção da Dor, uma das mais temidas e cruéis já conhecidas.”

Partindo para a próxima linha, continuou a leitura:

“Difíceis de serem abatidos, Khazads possuem a habilidade de executar longos saltos com suas pernas curtas e são chamados de ‘Vampiros do Mar’ por sugarem sangue de qualquer pessoa ou criatura com uma velocidade assustadora, sendo usados, muitas vezes, para proteger castelos envoltos por rios.
Khazads foram, há muito tempo, expressamente proibidos pelo Ministério desde que muitos começaram a morrer sob alegação de ataques secretos, ataques vindos de um bando chamado ‘Águia de Fogo’ que tinha como objetivo o velho desejo obscuro de Salazar Slytherin, exterminar os não puro-sangues.”


_É claro que Khazads são criaturas realmente perigosas – Lupin disse e então sacudiu sua varinha fazendo um aquário surgir acima da mesa, o mesmo aquário para qual o Khazad da gaiola logo saltou.
_Não se trata de um Gryndlow, muitos menos de qualquer criatura aquática que vocês já viram – Moody prosseguiu – Khazads são muito mais do que qualquer criatura marinha que poderão conhecer em toda sua vida. Khazads são famintos e impiedosos, poderosos e velozes.
_Exatamente – Tolkien continuou – Quem poderia nos dizer, agora, qual o melhor feitiço para se abater um Khazad?
Hermione levantou sua mão ao mesmo tempo que Catherine Leblanc.
_Sim sim Srta.Leblanc – Lupin disse.
_Existia – ela começou - Um castelo na França que era protegido por Khazads e diziam que o único modo de se passar por eles é dando carne fresca ou utilizando um feitiço mortal.
_E o que seria feitiço mortal Srta.Granger? – Moody falou com velocidade.
_Avada Kedavra ou Lócus Caveres.
_Preciso! – Tolkien exclamou – Nós aprendemos esse ano que criaturas como Esqueletics, Pargos, Crustáceos de Fogo e alguns tipos de Diabretes podem ser abatidos com determinados feitiços e os Khazads não fogem a regra, mas eles precisam de algo muito poderoso, algo realmente poderoso, feitiços mortais, e são apenas esses que os podem abater. É claro – e Tolkien deu um sorriso que fez com que quase todas as meninas da sala derrubassem seus livros abertos e suspirassem profundamente logo em seguida – Podem dar suas carnes... – Todas ficaram espantadas.

_Vamos logo! – Hermione apressou na Torre de Grifinória aquela noite, eles deveriam se encontrar com o Tolkien na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas em poucos minutos.

_Temos apenas três Horcruxes destruídas - Moody falou minutos depois, seu olho elétrico girando vagarosamente, voltado para a porta mais atrás. - O Diário, o Anel e a Taça.
_A pedra da Taça de Slytherin que encontramos em Crovotus não é - Hermione disse franzindo sua testa estranhamente, por um momento pareceu se esforçar tanto nisso que suas sombrancelhas se uniram.
_A Profecia de Gryffindor nunca está aonde vamos - Rony disse em voz baixa.
_Nagini é uma das últimas - Tolkien continuou e seus cabelos castanhos por um momento pareceram vermelhos devido as chamas das velas mais ao alto.
_A outra metade da Varinha de Ravenclaw é a nossa melhor opção agora - Slughorn prosseguiu sacudindo sua varinha para ascender a lareira mais próxima.
_Voldemort é o último - Harry sibilou e com a edição do Profeta que tinha em mãos o jogou nas chamas crepitantes. A foto dos Comensais na página principal pareceu resistir por um momento, mas no final, todos foram queimados.
No mesmo instante que o jornal terminou de ser queimado, a porta da sala se abriu e a figura minúscula de Flitwick adentrou com um livro tão grande quanto quase toda sua altura.
_Felizmente consegui – ele disse animado.
_Ótimo! – Tolkien exclamou dando espaço para que o professor subisse em sua cadeira e pudesse depositar o livro sobre a mesa. Hermione intrigada.
_E o que é isso? – Rony perguntou interessado, na página que Flitwick abrira havia diversas fotos de montanhas e penhascos.
_Cape Wrath Sr.Weasley – ele respondeu.
_Como? – Harry disse.
_Suspeitamos que duas Horcruxes possam estar nas regiões de Cape Wrath – Lupin falou.
_Na Escócia?! – Hermione exclamou crédula.
_Sim – Tolkien disse – Estivemos pesquisando e achamos que a Profecia de Gryffindor possa estar em uma das cavernas de Cape Wrath, enquanto a outra metade da varinha em uma caverna a beira do mar em Whaligoes Steps, iremos para lá daqui dois dias para verificar.
_Acho provável que achemos algo – Hermione disse – Quando Harry me contou sobre a ida a uma caverna com o Dumbledore, pelo que tudo indicava podia ser a de Whaligoes Steps.
_Receio que não Srta.Granger – Moody falou, seu olho elétrico também voltado ao livro agora – A montanha na qual Dumbledore foi pode ser qualquer uma da Irlanda ou Nova Zelândia.
_Me pareceu um lugar realmente bonito – o Prof.Flitwick disse mostrando em especial uma foto na qual havia um grande farol – Muito bonito – as chamas na lareira se apagaram derepente enquanto um estrondo acontecia na sala, Moody saindo imediatamente para verificar.

Assim que voltaram à Torre de Grifinória, Rony encontrou, sob sua cama, um pequeno envelope contendo uma mensagem deixada por Minerva.

“Sr.Weasley, por favor se apronte, em quinze minutos o senhor devera partir para o St.Mungus, seus irmão o virão buscar, caso queira levar o Sr.Potter e a Srta.Granger cabe a sua decisão.”

Minerva McGonagall


_St.Mungus? – Harry repetiu – Você leu certo? – Rony se voltou à mensagem e leu atentamente.
_Sim, está aqui... – e então ele parou derepente, olhando para o armário ao lado de sua cama com temor, os olhos desfocados – A Varíola...
_Calma – Harry disse não sabendo como agir – Vai ficar tudo bem, nós vamos com você.
_Ela disse que meus irmãos virão me buscar, mas e meus pais?
_Não aconteceu nada – Harry disse calmo, tentando não piorar o medo de Rony – É porque eles devem estar ocupados com algo...
_Escute – Rony interrompeu, alguém vinha o chamando no andar de baixo.
_Parece que é o Gui – Harry disse e no mesmo instante a porta de entrada do dormitório foi aberta e a figura de Gui com Fleur surgiram.
_Vamos? – ele perguntou com pressa.
_O que aconteceu? – Rony perguntou, os olhos quase úmidos.
_Ainda não sei – Gui respondeu – Fred, Jorge, Carlinhos, Gina e Percy já estão lá.
_Fleur – Harry falou – Chame a Hermione por favor, ela não deve estar dormindo ainda.

Dez minutos depois todos deixavam a sala de recepção do St.Mungus para se encontrar com uma Curandeira próxima.
_São os Weasley? – ela perguntou consultando uma prancheta.
_Sim – Gui disse rapidamente.
_Venham comigo – ela pediu.
_O que aconteceu? – Rony perguntou abruptamente, não se importando se estava falando alto demais ou sendo grosso.
_Me desculpem – a Curandeira respondeu – Pensei que já soubessem...
_Soubessem do quê?! – Hermione exclamou.
_A Sra.Molly Weasley – Fleur levou suas mãos a boca – Contraiu a Varíola de Dragão durante está madrugada, ela pediu que chamasse toda sua família.
_Ela está bem? – Gui perguntou com a voz fraca, a Curandeira parecendo triste agora.
_ELA ESTÁ BEM?! – Rony repetiu com os olhos completamente úmidos.
_O Curandeiro que está cuidando do caso lhes dirá melhor, vamos, precisamos ser rápidos.
Hermione também se via com os olhos úmidos e Harry, logo ao lado, não conseguia lutar contra a dor que nascia em seu peito, a Sra.Weasley, fora, nos últimos anos, como uma mãe.

_Temo que não estejam preparados – uma Curandeira saindo da sala em que estava a Sra.Weasley naquele momento disse com os olhos também úmidos, as mãos trêmulas segurando um frasco com uma poção esverdeada.
_Você não precisa – Hermione sussurrou à Rony claramente abalada, seus olhos fitando o amigo com algo que Harry jamais a vira expressar com tanta esperança, amor, profundo e verdadeiro amor – Você realmente não precisa.
Rony olhou profundamente nos olhos de Hermione e uma lágrima caiu de seu rosto. Harry se virou para Fleur e Gui, eles pareciam excepcionalmente abatidos, as paredes por um momento não pareciam ter cor, os lustres luz, o chão piso e os olhos visão. O ar parecia, acima de tudo, tão gélido quanto jamais fora em qualquer noite de inverno.
_Entrem por favor – a primeira Curandeira pediu abrindo a porta. – Já colocamos um feitiço protetor envolta da cama, todos estarão seguros.
Com Gui e Fleur mais a frente, Harry adentrou, ali, como ele dissera, estavam Fred, Jorge, Carlinhos, Percy e Gina, ambos realmente abalados.
_Harry! – Gina exclamou e correu a lhe dar um abraço, por um momento Harry sentiu uma fusão de sentimentos lhe dominar por dentro, a dor pela doença da Sra.Weasley e o amor gelado e impossibilitado de Gina.
Rony se aproximando da cama se voltou a sua mãe e imediatamente suas cobriram o rosto ao mesmo tempo que Hermione soltou um choro emocionado e ambos se abraçaram.
Já fora dos braços de Gina, Harry avançou pelo quarto podendo ver a figura do Sr.Weasley sentado em uma cadeira ao lado da cama, o rosto coberto por lágrimas.
Parando ao lado de Rony e Hermione, se voltou à Sra.Weasley e algo como uma dor que parecia lhe quebrar cada pedaço dos seus ossos correu por todo seu corpo, seu coração disparou e sua boca ficou seca, suas mãos tremeram e por um momento sentiu como se estivesse atravessando o chão, como se tudo fosse dormente, como se cada amor e sentimento que estivesse em seu coração estivesse adormecendo, estivesse sendo levado. Uma lágrima caiu de seu rosto com toda a dor, a primeira e apenas não a última.
_Nós vamos conseguir – o Sr.Weasley disse querendo parecer forte embora cada lágrima em seu rosto demonstrasse o contrário.
A Sra.Weasley, coberta por feridas e manchas avermelhadas dormia em sua cama, coberta pelo feitiço invisível que impedia qualquer um que se aproximasse de apanhar a doença.
_Eu sei que vamos... – ela disse em um sussurro e sua mão se estendeu para apanhar a do Sr.Weasley, havia força, havia luta, havia sonhos, havia amor, amor naquelas mãos, uma esperança brilhante, uma esperança que faria com que a Sra.Weasley se curasse, ou que apenas partisse podendo sorrir por uma última vez, uma última vez.

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