Capitulo IX



Trocou de roupa três vezes. Quando se deu conta, repreendeu-se por isso. Disse a si mesma que era um jantar de negócios, nada mais. Sua aparência era importante, mas nem tanto.
Mordeu o lábio e se perguntou se não deveria ter posto o pequeno vestido preto.
Indignada consigo mesma, agarrou a escova. A simplicidade era melhor. Aquele restaurante era casual, de ambiente familiar. Iria para falar de negócios. A jaqueta, as calças e a camisa de seda de cor verde constituíam um vestuário adequado. Não tinha nada de mau se colocasse um broche, mas talvez os brincos fossem excessivos. Podia colocar uns singelos brincos de argolas, em lugar daquelas carregadas obras de arte.
Deixou a escova e colocou as botas de antes. Não estava disposta a cair na armadilha de pensar que tinham um encontro para algo mais que para falar de negócios. Não queria sair com Harry Potter. Precisamente naquele momento em que seu negócio ia muito bem, não queria sair com ninguém.
Sempre traçava os planos com muita meticulosidade e adiantamento, e não ia se expor a possibilidade de manter uma relação no momento. Ainda teria que esperar três anos no mínimo. Não estava disposta a cometer o mesmo engano que sua mãe e depender de alguém a nível emocional e financeiro. Mais adiante, se o decidia e quando o decidisse, pensaria na possibilidade de compartilhar sua vida com alguém.
Ninguém ia dizer se podia trabalhar ou não. Nunca teria que implorar a um homem que lhe desse um pouco de dinheiro para comprar um vestido novo. Talvez, seus pais gostassem de viver assim; certamente, pareciam contentes. Mas aquela não era a vida que Gina Weasley queria.
Era uma verdadeira pena que Harry fora tão perigoso e atraente. E tão pontual, acrescentou quando ouviu a primeira batida na porta.
Confiante de novo depois de ter recordado seus objetivos, saiu do quarto, atravessou o pequeno salão e abriu a porta.
Era uma verdadeira pena, repetiu-se ao vê-lo.
Harry lhe lançou seu arrebatador sorriso, e seus maravilhosos olhos verdes a percorreram.
—Como está bonita.
Antes que Gina pudesse reagir, os lábios de Harry roçaram os seus.
—Vou pegar meu casaco. — começou a dizer — O que é isso?
—Refere a isto? — perguntou Harry, levantando as bolsas que levava — O jantar. Onde está a cozinha?
—Achei... — Harry já tinha entrado, fechando a porta com o pé — Pensei que íamos ao restaurante italiano.
—Não, só disse que iríamos jantar comida italiana. Que casa mais bonita. — acrescentou, olhando a seu redor com aprovação.
—Quer dizer que vai preparar o jantar?
—É a forma mais rápida de levar uma mulher ao prazer, sem o contato físico. Aqui é a cozinha? — perguntou, detendo-se frente a uma porta.
Quando conseguiu fechar a boca, Gina o seguiu.
—Não acredita que isso depende de quão bem cozinhe?
Harry sorriu e começou a tirar as coisas das bolsas.
—Já me dirá o que achou. Tem uma frigideira?
—Claro que sim. — disse, abrindo o armário para que escolhesse uma.
—Cairá rendida ante meu molho com tomate e manjericão.
—Direi isso depois de comer.
Tirou uma caçarola para ferver a massa e a entregou.
Depois de colocar a massa em água e colocar no fogo, Harry foi lavar as verduras para a salada.
—Onde aprendeu a cozinhar?
—Os quatros sabem cozinhar. Tem uma faca grande? Minha mãe não acreditava na divisão entre o trabalho de mulheres e o trabalho de homens. Obrigado — acrescentou, agarrando a faca.
Ficou cortando a cebola com tal rapidez e segurança que Gina levantou as sobrancelhas, surpreendida.
—Massa não parece comida de fazenda.
—A avó de minha mãe era italiana. Pode ficar um pouco mais perto?
—Por que?
—Cheira bem. Eu gosto de cheirá-la.
Gina não deu atenção ao seu comentário e nem o pulo que seu coração deu. Agarrou a garrafa de vinho para defender-se.
—Será melhor que abra isto.
Depois de deixar o vinho aberto em cima da mesa para que arejasse, abriu um armário para pegar a saladeira. Quando Harry lhe pediu que pusesse um pouco de música, foi ao salão e pôs Count Basie, em um volume baixo. Perguntou-se por que Harry pareceria tão atraente com as mangas arregaçadas, cortando cenouras.
—Não abra esse óleo. — disse — Eu tenho azeite.
—Extra virgem?
—É obvio. — disse, pegando a garrafa.
—Meu deus! Consome azeite de oliva! Quer se casar comigo?
—Claro. Na sábado tenho um tempo livre. — Divertida ao ver que Harry não encontrava uma resposta rápida, tirou umas taças do armário.
—No sábado tenho que trabalhar. — disse, deixando a salada de lado.
—Não é uma desculpa muito original.
Harry estava encantado com ela. Gostava das mulheres que não se rendiam rapidamente. Aproximou-se dela, que estava servindo o vinho.
—Diga-me que você gosta de ver as partidas de beisebol pela televisão nas noites do verão e sou seu.
—Sinto muito. O esporte me aborrece — Aproximou-se mais dela. Gina deu um passo atrás, com uma taça de vinho em cada mão.
—Fico feliz em descobrir esse defeito agora, antes que tenhamos seis filhos e um cachorro.
—Está com sorte.
—Eu gosto disto. — disse, roçando com um dedo a pequena pinta que tinha junto à boca.
Aproximou um pouco mais e desabotoou os botões de sua jaqueta.
—Por que sempre faz isso?
—A que se refere?
—A sua mania de desabotoar meus botões.
—Para praticar. — sorriu com rapidez — Além disso, sempre tem uma aparência tão impecável que não posso resistir a tentação de desalinhá-la um pouco.
A fuga de Gina terminou quando ficou entre a lateral da geladeira e a parede.
—Parece que está encurralada, querida.
Moveu-se lentamente, passando as mãos ao redor de sua cintura, encaixando sua boca na de Gina. Sem pressa, percorreu com os dedos em seu pescoço, detendo-se justo antes de chegar à curva de seu seio.
Gina não pôde evitar que seu coração se acelerasse e que seus lábios respondessem.


Continua...


Giovana Castro: Fico feliz que vc tenha gostado dessa fic tbm! E está tbm é uma adaptação! Quanto a sua fic ainda não terminei de ler ela toda, mas pelo começo parece estar bem legal! xD
Martha Weasley: Mais um cap., espero que goste!

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