Capitulo XVIII



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3 Doors Down – Be Like That

O frio a despertou Gina. Embora parecesse impossível, ela pensou, tinha dormido. Tentou orientar-se e se deu conta de que tinha as costas nuas apoiadas no chão frio e duro de madeira. O corpo de Harry estava sobre o seu.

Olhou ao seu redor, desnorteada. Por algum motivo que não chegava a compreender, tinham acabado a vários metros do fogo.

—Está acordada? — perguntou Harry com voz sonolenta.

—Acho que sim. — tentou respirar profundamente e se sentiu aliviada ao ver que podia fazê-lo —, mas não tenho certeza.

Harry levantou a cabeça e começou a beijar seu seio. O corpo esgotado de
Gina se estremeceu em resposta.

—Acho que sim, estou acordada.

—Deve estar com frio. — disse, levando-a ao saco de dormir — Melhor agora?

Insegura, se cobriu com o saco. Nunca tinha estado tão exposta, tão nua em corpo e alma, diante de ninguém.

—Devo ter cochilado um pouco.

—Só alguns minutos. Vou colocar mais lenha na lareira.

Olhou-a sorridente. Sentia-se como se tivesse escalado uma montanha. E podia escalar mais dez.

Levantou-se, nu, para jogar mais lenha na lareira. Gina ficou boquiaberta ao ver os arranhões de seus ombros. Ela os tinha feito. Não podia acreditar.

—Tenho que ir. Luna deve estar preocupada.

Harry voltou a colocar a tela na lareira. Continuando, abriu sua bolsa e tirou um celular.

—Ligue pra ela.

—Não sabia que tinha um celular.

—Não levo para toda parte, como algumas pessoas. Mas em meu trabalho é
uma ferramenta importante. Não costuma ter telefone nas casas que estão em obras. Fale com ela, e fique.

Gina estava segura de que havia motivos pelos que devia ir embora, mas discou seu próprio número, olhando para Harry enquanto o fazia.

—Luna? Sou eu, Gina. Sim, tudo bem por...? Neve? — afastou o cabelo do rosto, desconcertada — Ah, sim, está nevando muito. Por isso estou ligando. Estou... um pouco enrolada, e acho que...

Tentou se afastar quando Harry baixou a beirada do saco de dormir e começou a acariciá-la.

—O que? — perguntou Gina ao telefone, contendo um gemido — Na Pensilvânia? Não, não estou na Pensilvânia.

Harry pegou o telefone de sua mão.

—Ela esta comigo. — disse para Luna — Vai passar a noite aqui. Sim, falo sério. Amanhã fala com você. Até mais tarde.

Desligou o telefone e o colocou de lado.

—Luna disse que a camada de neve alcançou meio metro, que as ruas estão intransitáveis e que você deve ficar.

—Ah. — fechou os olhos e levantou os braços — É muito razoável.

Quando despertou, as velas já tinham derretido e o fogo estava reduzido a brasas. A casa estava tão silenciosa que podia ouvir os batimentos do seu próprio coração. A sala estava às escuras, mas parecia estranhamente tranqüila. Talvez os fantasmas foram dormir. Ou talvez se sentisse cômoda com eles porque Harry estava dormido a seu lado.

Virou e estudou seu rosto à luz das brasas. Dormido ou acordado, nunca aparentava um menino inocente. Toda sua força continuava ali, esculpida em seu rosto.

Sabia que podia ser terno e carinhoso. Tinha visto na forma em que se comportava com Luna. Mas como amante era brusco e exigente.

E, pela primeira vez em sua vida, ela tinha se comportado igual.

Agora, rodeada de silêncio, parecia difícil acreditar que tinha feito o que tinha feito, e que tinha permitido a ele que fizesse o que ele fez.

Tinha o corpo todo dolorido. Perguntou, se com o passar do dia, estremeceria ao lembrar de tudo que vira, se cada vez que movesse um músculo dolorido reviveria a forma em que estremecera sob suas grandes mãos.

E mais ainda, como ela usara as suas.

Como queria as usar naquele momento.

Respirou profundamente e afastou o braço que Harry apoiava sobre seu corpo. Moveu-se em silêncio, disposta a vestir a camisa de Harry para cobrir-se. Enquanto abotoava, caminhou para a cozinha.

Disse a si mesma que precisava beber um copo de água fria e ter alguns momentos para avaliar a situação.

Pegou um copo e o encheu na pia. Enquanto seus olhos se ajustavam, olhou pela janela a neve que caía.

Não se arrependia. Arrepender-se seria uma estupidez. O destino tinha posto um amante extraordinário em seu caminho. O tipo de homem com que poucas mulheres topavam hoje em dia. Podia e devia sentir satisfeita com o prazer físico, mas também podia e devia evitar que sua vida se complicasse.

Como havia dito Harry, ambos eram adultos. Sabiam o que queriam.

Provavelmente, quando a casa estivesse acabada, ele iria ficar inquieto e talvez se mudasse. Enquanto isso, desfrutariam um do outro. E quando acabasse, não haveria recriminações. Também queria acreditar que continuaria sendo amigos.

Provavelmente, seria melhor discutir com ele suas expectativas, ou a falta delas, antes que as coisas chegassem mais longe. Mas não suportava a idéia de dizer aquilo em voz alta.

Harry a olhava da porta. Estava de pé, apoiada na pia, olhando pela janela.

Seu rosto se refletia nela. Estava vestida com sua camisa, que ficava na altura das coxas. O contraste da flanela desgastada com sua pele imaculada tinha um resultado arrebatador.

Deu-se conta de que em toda sua vida nunca tinha visto nada tão belo.

Tinha as palavras para dizer, sempre tinha sido muito direto. Mas percebeu que naquele momento não teria como dizer o quanto significou para ele.

Nada parecia suficiente para dizer o quanto fora importante.

Então escolheu as palavras mais fáceis e despreocupadas, sem prestar atenção à dor que se apoderava de seu coração.

—Eu gosto de seu vestido, amor.

Gina deu um salto, e quase deixou o copo cair. Harry tinha colocado as calças, mas não se preocupou em fechá-la. Estava apoiado no marco da porta, sorrindo.

—É muito prático. — respondeu Gina com o mesmo tom.

—Essa camisa nunca me pareceu tão bonita. Não conseguiu dormir?


Continua...


*Ginny M. W. Potter*: Postadissimo
Kakau: AOIAOSIOISOISIO Aoooo banheira ;D
NATALIA REIS: Obrigado :DD




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