Capitulo VIII



—Interrompo algo?
—Não. Este desbocado é meu irmão Rony.
—Já o conheço. É meu advogado. Como está?
—Olá, Gina. — Rony atirou o toco do charuto em uma lata vazia de cerveja — Como vão os negócios?
—Vento em popa, graças a seu irmão. — se dirigiu a Harry — Tenho uma série de estimativas, cálculos, sugestões e amostras de pintura e tecido, e acho que se interessaria em ver.
—Vejo que esteve trabalhando. Quer tomar algo? — perguntou, dirigindo-se a uma geladeira portátil.
—Não, obrigado.
—E você, Rony?
—Me dê algo sem álcool, por que vou dirigir. Tenho outro encontro dentro de alguns minutos.
Harry jogou para ele uma lata de refresco. Rony a agarrou no ar e tirou os óculos de sol do bolso.
—Deixarei vocês com seus negócios. — se despediu — Fico feliz em vê-la novamente, Gina.
—No sábado. — gritou Harry enquanto Rony saía do salão.— Às sete e meia da manhã. E não venha de terno.
—Não tive a intenção de expulsá-lo — disse Gina.
—Não o fez. Quer sentar?
—Onde?
—Aqui. — disse, indicando um balde virado.
—Muito amável de sua parte, mas posso ficar de pé. Esta é minha hora livre.
—Acho que o chefe não se zangaria se fosse comer.
—Eu acho que sim. — disse, abrindo a maleta para tirar duas grossas pastas — Está tudo aqui. Quando tiver tempo para olhar, me fale .
Por falta de um lugar melhor, ela colocou os arquivos em cima de dois cavaletes.
Dito aquilo, começou a sair. Harry se voltou para olhá-la.
—Certamente, é direta.
—Quando se sabe o que se quer, não é necessário perder tempo.
—O que acha de um jantar?
Gina o olhou com os olhos entrecerrados.
—Um jantar?
—Esta noite. Para conversar sobre isto. — esclareceu, assinalando as pastas — Assim ganharemos tempo.
—Suponho que sim. — disse sem deixar de franzir o cenho.
—O que acha das sete? Iremos ao Lamplighter.
—Aonde?
—O Lamplighter. Aquele pequeno restaurante na rua da igreja.
—O único comércio que há lá é um videoclube.
—Que seja. Pois antes era um restaurante. E uma loja de ferragens.
—Suponho que até nas pequenas cidades ocorrem mudanças.
—Sim. Você gosta da comida italiana?
—Sim, mas o restaurante italiano mais próximo está do outro lado do rio. Podemos ficar na cafeteira do Ed.
—Não. Comeremos comida italiano. Passarei para buscá-la por volta das seis e meia. — tirou o relógio do bolso para olhar a hora — Sim, vai dar tempo.
—Que lindo.
Sem pensar, Gina caminhou para ele e segurou seu pulso com a mão para olhar o relógio de bolso.
—Bem, de meados do século passado. — deu a volta ao relógio para olhar a superfície inferior — De prata, em boas condições. Dou setenta e cinco dólares por ele.
—Custou-me noventa.
Gina riu e jogou o cabelo para trás.
—Pois comprou por uma pechincha. Não deve ser fácil encontrar algo assim por menos de cento e cinqüenta. — o olhou atentamente — Nunca pensei que usasse relógio de bolso.
—Se usasse um relógio de pulso enquanto trabalho, ficaria despedaçado. —desejava tocá-la; estava tão limpa que a idéia de sujá-la parecia irresistível — É uma pena que tenho as mãos sujas.
Gina soltou seu pulso e esfregou as mãos em seu rosto.
—Seu rosto esta sujo. Mas continua sendo bonito. — colocou a maleta no ombro e deu um passo atrás — Então, às seis e meia. Não esqueça as pastas.


Continua...


Obrigado pelos comentarios a:
k999 ( login de leitor )
Hannah B. Cintra [ps: Hannah to esperando o proximo cap. da tua fic.]

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