O Resgate



- Acho que não tenho mais porque esconder isso. – falou Lince sorrindo e todos a olharam curiosos.

Harry fez um aceno afirmativo, mas continuou em silêncio.

- Bem, o meu presente é o Sirius. – assim que essas palavras saíram de sua boca Lince pode perceber reações diversas, Harry ficou em choque e não apresentava nenhuma reação, Gina parecia confusa, Rony e Hermione pareciam não saber o que pensar a família Weasley não estava em melhores condições e Anny parecia alegre, pois de todos ali era a única que sabia do que ela estava falando.

- Como assim Sirius? – perguntou Harry confuso e emocionado, não gostava de lembrar da morte do padrinho.

- Lembra dos pergaminhos que Merlin me enviou? – perguntou Lince e Harry concordou. – Um deles era uma carta em que ele me explicava que acompanhava a minha história há algum tempo e que sabia o quanto eu sofria pela morte do Sirius e que por isso ele tinha resolvido revelar uma coisa que deveria se perder com o tempo…

- E o que exatamente isso tem a ver com o Sirius? – perguntou Harry impaciente.

- Ele não está morto. – respondeu Lince calmamente. – Aquele véu é uma prisão, a pior prisão para um bruxo das trevas e um paraíso para o Sirius.

- Como assim? – perguntou Gina não entendendo como uma coisa pode ser boa para um e o pior pesadelo para outro.

- Imagine Voldemort num lugar onde a natureza se faz presente sempre e que por mais que ele tente não consiga destruir nada, tudo se refaz. – respondeu Lince. – Um lugar onde não se pode mentir e sempre que tentar manipular alguém vai ser obrigado a falar o que está querendo fazer, um lugar onde ele não poderia machucar ninguém, logo não poderia fazer chantagem, manipular e muito menos matar ninguém, assim sendo não teria poder algum…

- Ele enlouqueceria. – afirmou Harry convicto.

- Exato. – concordou Lince. – Mas imagine o Sirius num lugar desses?

- Seria como estar no paraíso. – respondeu Gina emocionada.

- O véu é uma prisão Druida. – explicou Lince. – Com o “desaparecimento” dos Druidas a prisão com o tempo foi tida como um lugar que só levava a morte, como um ladrão de almas e corpos, sendo que na verdade tudo o que ele faz é levar as pessoas para outra dimensão…

- Mas como os Druidas desapareceram ninguém tinha como saber disso e muito menos como tirar as pessoas de lá. – concluiu Hermione feliz.

- Isso mesmo. – concordou Lince sorrindo. – Na carta Merlin me explicou tudo isso, no segundo pergaminho tem instruções de como tirar o Sirius de lá.

- E porque a senhora não o tirou de lá? – perguntou Harry exasperado.

- Porque o pergaminho estava em uma língua anterior ao latim e demorei muito tempo para traduzi-la, já que não tinha tempo pra nada e também porque não é tão fácil assim tirar alguém do véu. – respondeu Lince calmamente, já esperava essa reação do afilhado.

- O que temos que fazer? – perguntou Harry ansioso.

- Primeiramente tem um ritual que faz com que uma pessoa entre no véu e possa sair quando quiser. – começou Lince e vendo a expressão do afilhado continuou. – Nem adianta Harry, tem que ser uma mulher. Já lá dentro eu vou lançar um feitiço para o véu e enquanto isso alguém do outro lado, no caso Gina já que também precisa ser uma mulher…

- Mas porque uma mulher? – perguntou Rony.

- Acho que porque foram às sacerdotisas elementais que ajudaram a construir o véu e elas eram bastante feministas. – respondeu Hermione.

- O terceiro e ultimo passo você faz Harry. – disse Lince. – É necessário que uma certa quantidade de magia seja transferida para a pessoa que estava presa no véu volte pra cá, caso isso não seja feito o Sirius corre o risco de ficar sem magia.

- Por quê? – perguntou Hermione curiosa.

- Quando a pessoa atravessa o véu toda a sua magia é retirada, para que não possa usá-la para driblar os feitiços que existem lá. – respondeu Lince. – Sem falar que quando se sai dele o prisioneiro tem quase todas as suas forças sugadas.

- E o que estamos esperando vamos logo. – falou Harry.

- Calma ai. – falou Lince. – Eu ainda tenho que ver mais alguns detalhes, falta uma frase ainda para traduzir…

- Não temos tempo para isso! – interrompeu Harry nervoso.

- Harry. – repreendeu Lince, mas seu tom era calmo. – Se fizermos isso às pressas podemos fazer alguma coisa errada e ai sim perder o Sirius de vez! E você acha o que? Que eu não estou tão ansiosa quanto você para ver o Sirius novamente?

- Desculpe madrinha. – desculpou-se Harry envergonhado.

- Tudo bem. – falou Lince sorrindo logo depois ficando séria. – Mas temos que ser cautelosos, os feitiços que tem naquele pergaminho são desconhecidos, eu não sei o que pode acontecer se algo sair errado.

- Eu entendo. – respondeu Harry com os olhos brilhando. – É que eu estou ansioso para vê-lo, faz tanto tempo e eu pensei…

- Que o havia perdido e agora que sabe que não é bem assim quer tê-lo logo ao seu lado. – completou Lince emocionada e Harry concordou igualmente emocionado. – Eu sinto o mesmo.

Lince e Hermione trabalharam duro para conseguirem traduzir a frase que faltava e apenas dois dias depois conseguiram, acharam extremamente estranho o que estava escrito lá, dizia que as mulheres que fizessem o feitiço em conjunto deviam vestir um vestido branco.

- E qual vai ser a diferença dessa e de outra cor? – perguntou-se Hermione.

- Não faço a mínima idéia, mas é melhor seguirmos todas as regras não é mesmo? – respondeu Lince.

No dia seguinte o sexteto se encaminhou para o Ministério, muitos jornalistas que estavam no saguão os cercaram, a imprensa desde que o Ministério havia sido reaberto não saia do saguão de entrada interrogando qualquer um dos poucos funcionários que estavam trabalhando, queriam saber por que havia tão poucas pessoas trabalhando, apesar de a resposta ser meio óbvia, a maioria dos que trabalhavam ali, ou eram comensais infiltrados ou seres repugnantes e preconceituosos com Dolores Umbridge, que havia sido presa em Azkaban e condenada a prisão perpétua.

- Senhor Potter o que o senhor está fazendo aqui? – perguntou um dos repórteres.

Harry não respondeu, continuou caminhando junto com os amigos até os elevadores, onde finalmente se viram livres de qualquer repórter, bem isso era o que eles pensavam.

- Finalmente. – falou Harry respirando fundo, por um momento achou que não conseguiriam se livrar dos repórteres.

- Eles estão cada vez piores. – comentou Gina. – Mamãe disse que ontem tentaram invadir a toca para conseguir uma entrevista com eles. É óbvio que não deram, mas tiveram problemas para se livrar deles, foram obrigados a reativar os feitiços de proteção que usaram durante a guerra.

- Isso é insuportável. – comentou Harry, estava acostumado com todo esse assédio, mas isso não significava que gostava, imaginou se tivessem voltado para a escola, provavelmente não conseguiriam estudar, Rony, Hermione, Draco e Luna, depois que souberam da decisão de Harry e Gina resolveram que também não voltariam.

Estavam todos muito emocionados, tentavam segurar a emoção, mas estava difícil, a tensão entre eles fazia-os se distraírem e não foi surpresa para nenhum deles quando chegaram ao andar que ficava o véu e deram de cara com Quim sem sentir a presença deste anteriormente.

- Quim. – cumprimentou Lince.

- É um prazer tê-los aqui, mas vocês têm certeza do que vão fazer? – perguntou Quim preocupado.

- Sim temos. – respondeu Harry firmemente e todos concordaram.

Passaram pelos poucos aurores que continuavam a trabalhar, todos eles haviam participado da guerra. Foram direto para a sala circular com diversas portas.

- Queremos entrar na sala do véu da morte. – falou Quim, sua voz forte ecoando pelas paredes, imediatamente a porta do lado esquerdo se abriu revelando a sala que assombrou os pesadelos de Harry por anos.

Eles desceram as escadas, como combinado Gina e Lince usavam vestidos brancos e compridos, escondidos por uma capa que elas despiram assim que adentraram a sala, Gina que havia convivido com as sacerdotisas fez modelos parecidos com os que elas usavam, eram de seda o que dava uma leveza graciosa quando andavam, as mangas eram longas, mas abertas até os cotovelos, tinha um decote quadrado não muito grande, era extremamente apertado até a cintura e caia solto a partir do quadril, tinha dois cortes laterais que quando andavam deixava a mostra suas pernas bem torneadas, Quim havia dispensado todos os inomináveis do departamento causando certa confusão, já que os inomináveis tinham praticamente o mesmo poder que o Ministro dentro do Ministério.

- É hora de começar. – falou Lince.

Ela se encaminhou e parou a poucos metros de distância da entrada do véu, fez uma pequena reverência murmurando o primeiro feitiço, que anula o feitiço hipnótico que o véu possui, ela fez um circulo completo em volta do véu, realizando movimentos que lembravam uma dança leve e graciosa (todos previamente detalhados no pergaminho) e murmurando feitiços estranhos e por onde ela passava uma fina linha azul brilhante aparecia, Lince ficou mais uma vez de frente para o véu e lançou em si mesma o perfect protego, se virou para as seis pessoas que assistiam a tudo e passou pelo véu.

- Cinco minutos. – falou Gina, era o tempo que Lince teria para encontrar Sirius, eles não tinham certeza se poderiam falar mentalmente com ela então combinaram isso.

Realmente a ligação mental deles foi cortada assim que Lince entrou, agora, tudo que podiam fazer é esperar. Esperaram impacientes os cinco minutos e Gina que já estava de frente para o véu lançou o feitiço que faria com que Sirius e Lince voltassem, Harry como mandava as instruções concentrou-se em sua magia e mandou a maior quantidade dela que conseguiu para dentro do véu, segundos depois o véu começou a se agitar e Lince saiu de lá carregando Sirius.

- Sirius! – gritou Harry preocupado, indo até o padrinho.

- Ele está bem, só um pouco fraco por causa da travessia, quando se volta do véu ele lhe suga muito poder, de mim não sugou porque eu era o “portal”. – explicou Lince.

Harry muito emocionado de ver o padrinho novamente o abraçou apesar de Sirius estar desacordado e não corresponder ao abraço Harry não podia estar mais feliz.

- Eu acho melhor levá-lo para a minha casa. – falou Lince. – Ela é a mais segura no momento.

Todos concordaram e se despedindo e agradecendo Quim que parecia bastante impressionado com o que fizeram, eles usaram aparatação normal para aparecer de frente ao portão de Lince, já que esta é bem mais discreta que a elemental.

Harry e Lince carregaram Sirius para dentro da casa e o deitaram na cama de Lince, que foi categórica ao afirmar que não sairia do lado dele até que Sirius acordasse, Harry apesar de querer ficar ao lado do padrinho sabia que era melhor deixá-los a sós, Sirius e Lince tinham muito que conversar.

No dia seguinte:

E as surpresas não param

Após intensas batalhas que culminaram com a morte de você-sabe-quem muitos pensaram que o Sexteto da Morte não tinha mais como nos surpreender, mas ao contrário disso venho informar a vocês caros leitores que eles mais uma vez fizeram o impossível, ontem enquanto diversos jornalistas esperavam ávidos por qualquer notícia ou pronunciamento do agora efetivo Ministro da Magia Quim Shaklebolt, o Sexteto apareceu não dando nenhuma explicação de sua presença ali desaparecendo em seguida nos elevadores.

No entanto fontes seguras me relataram com detalhes o que aconteceu ali, assim que entraram eles foram até o ultimo andar do Ministério onde fica o centro de operações dos aurores e também onde os inomináveis trabalham, eles ao contrário do que se era de esperar não foram para o escritório de Lince e sim avançaram até onde os inomináveis ficam, entraram em uma sala circular com inúmeras portas e o Ministro após dizer que queriam entrar na sala do véu da morte fez com que uma porta se abrisse e eles entraram, a sala parecia um anfiteatro e no meio dele havia um véu negro que cobria um arco ele esvoaçava como se tivesse alguém balançando ele, Lince e Gina Weasley que vestiam capas negras comuns às despiram e mostraram suas roupas, vestidos brancos no estilo medieval extremamente provocantes, Lince se aproximou do véu, murmurando feitiços estranhos e desconhecidos a minha fonte e após hesitar por um momento adentrou no véu, cinco minutos tensos se passaram e Gina Weasley se prostrou em frente ao véu lançando novamente um feitiço desconhecido e Harry Potter até então apenas um espectador como os outros fez uma enorme bola de energia e lançou no véu, segundos depois Lince saiu do véu trazendo consigo alguém que todos acharam estar morto, ela trazia nos braços um desacordado Sirius Black.

Harry Potter muito emocionado chamou pelo padrinho e sendo acalmado por Lince soube que Sirius Black estava apenas desacordado, então o senhor Potter abraçou o padrinho e junto com o restante do sexteto se encaminhou para a casa de Lince e desde então não se tem mais notícias de nenhum deles.

Então mais uma vez tenho que fechar minha matéria com mais perguntas do que respostas: O que realmente é aquele véu? Se é o véu da morte não devia matar? Como o sexteto soube como tirar Sirius Black dele? E como realmente eles ficaram tão poderosos? E que estranhos poderes são esses que eles demonstram que parecem ilimitados?

Por Rita Skeeter



Prika: Tá ai o capítulo, quando você postar a sua fic, me fala, ai eu dou uma passadinha lá, beijos.
Fl4v1nh4: Oie, que bom que você gostou do capítulo, espero que goste desse também, beijo.

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