Ataque ao Beco Diagonal



- Chegou à hora. – disse Harry olhando para Gina se fosse necessário usariam todos os seus poderes, eles se dirigiram para a saída da loja quando algo lhes chamou a atenção…

Havia uma pequena aglomeração em frente ao banco Gringotes, alguns duendes com armaduras reluzentes e espadas com jóias incrustadas nos cabos tentavam rechaçar um grupo de quinze comensais os únicos a vista. Os duendes foram avisados do ataque, mas não aceitaram ajuda para se protegerem.

- Eu vou ajudar os duendes. – disse Harry. – Madrinha cuide dos gigantes, Rony e Hermione cuidem dos dementadores e Gina e Anny vocês ficam com os lobos, não vamos chamar ninguém enquanto o ataque não começar de verdade.

Todos concordaram com a cabeça, Harry aparatou aparecendo de frente para os comensais e de costas para os duendes com a espada na mão esquerda e a varinha na direita.

- Sei que não precisam de ajuda e não gostam de bruxos. – disse Harry sem se virar, mas os duendes puderam perceber pelo seu tom de voz que ele estava falando sério. – Mas essa guerra é minha e tenho o dever de defender qualquer um que seja atacado, mesmo que estes não precisem de proteção.

Após falar isso Harry partiu para cima dos comensais que por terem sido pegos de surpresa pela súbita aparição do garoto não atacaram de imediato, mas quando viram Harry matar um deles sem hesitação (o comensal usou a maldição da morte e Harry não teve outra escolha) lançaram todo tipo de maldição que existia na magia negra. Harry se defendia como podia com a espada e atacava com a varinha, mas estava em desvantagem numérica tinha matado uns três, faltavam doze.

Os duendes com certeza odiavam os bruxos, mas ali na frente deles lutava um bruxo que poderia simplesmente estar lutando em outra parte do Beco e tê-los deixado cuidar dos seus próprios problemas, eles se olharam e decidiram que mesmo sendo um bruxo ali estava uma pessoa que eles teriam orgulho de lutar ao seu lado.

Harry se defendia de dois bruxos que lançavam maldições sem parar e atacava os outros com a varinha, infelizmente ele se vira obrigado a usar a maldição da morte mais cedo do que pretendia, acertou uns três bruxos quando sentiu alguém chegar por trás dele, sabia que se tentasse se defender com a espada seria atingido pelos outros que estavam a sua frente, então usou seu poder elemental do raio e o comensal que tentara atingi-lo pelas costas agora estava morto, ele sentiu a movimentação dos duendes e percebeu que eles decidiram ajuda-lo, logo juntos eles derrotaram os últimos comensais e Harry pode olhar para os lados, ficando preocupado com o que viu.
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Assim que se afastou dos outros, Lince conjurou a espada lançando-a contra o gigante mais próximo que caiu com um grande estrondo, os outros gigantes vendo o que acontecera começaram a atacar Lince que não teve tempo de invocar a espada novamente, então ela usou seu poder elemental, lançando bolas de fogo com os punhos diretamente contra os rostos das criaturas que uivavam de dor, um deles conseguiu se desviar de um dos ataques dela e tentou soca-la com o gigantesco punho, ela amparou o golpe com as mãos, mas apesar de ter ficado muito forte com os treinamentos sua força era um pouco menor que a dos gigantes e isso fez com que fosse lançada uns dois metros de distância sem no entanto se machucar muito, lhe dando tempo de invocar a espada novamente, matando um outro gigante, agora só faltavam dois, Lince fez uma barreira de fogo se levantar cobrindo o campo de visão dos gigantes, ela lançou a espada mais uma vez e mais um gigante tombou morto, e assim foi com o outro, o último tentou passar pela barreira de fogo e imediatamente suas roupas começaram a pegar fogo e ele tentava desajeitadamente apaga-lo com as mãos, Lince pela última vez lançou a espada contra o gigante e então olhou ao redor estranhando o que viu.
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Rony e Hermione foram diretamente aos dementadores, que eram os mais numerosos, cerca de vinte, estavam espalhados por todo o Beco tentando pegar alguma pessoa, mas todos já haviam sido tirados dali, assim que o ataque começou os comerciantes chamaram as pessoas e todos os civis e donos das lojas foram para Hogsmeade, inclusive Fred e Jorge que apesar de quererem ajudar tinham que proteger seus clientes.

Os dementadores atacaram Rony e Hermione assim que sentiram a aproximação de ambos, mas eles sacaram as espadas e usaram o libret incantatem envolvendo as lâminas das espadas com um brilho meio prateado, fatiando os primeiros dementadores ao meio, agora entendiam porque Harry os mandou juntos, separados não poderiam lutar contra tantos dementadores, eles podiam sentir o frio pegajoso que aquelas criaturas emanavam, e suas piores lembranças vieram à tona, mas estando juntos, podendo olhar um ao outro sabiam que poderiam ser felizes, juntos não podiam ser influenciados pelos dementadores a ponto de desistirem de viver, a cada meneio com a espada, a cada golpe que davam um dementador era destruído, logo todos tinham sido derrotados olharam ao redor para ver como os amigos estavam e ficaram espantados com o que viram.
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Anny e Gina não precisaram andar muito para começarem a lutar com os lobos, as criaturas pareciam tê-las farejado e assim que se aproximaram eles atacaram, como da outra vez que enfrentaram essas criaturas não conseguiam acerta-las com as espadas e nem com nenhum feitiço, eles simplesmente passavam pelos lobos como se eles não existissem, mas as pessoas mortas por eles mostravam que eles eram bem reais.

Usaram os seus patronos contra eles e dois lobos se desfizeram no ar, os outros tentaram fugir, mas elas não deixaram atiçando seus patronos contra os monstros derrotando um por um, as duas garotas acabaram se separando para irem atrás deles, e Gina foi a primeira a destruir os que ela caçava, olhou ao redor e viu Anny do outro lado da rua…

Anny correu pela rua derrotando todos os lobos que ela via pela frente, ela tinha contado cinco lobos derrotados, sabia que faltava mais um, pois do seu lado da rua tinham tentado fulgir seis lobos, viu Gina derrotando o último e quando ia chamá-la para procurarem o que faltava sentiu uma dor horrível no braço esquerdo e ao virar-se para ver o que era viu o lobo que faltava se desfazer no ar, a águia de Gina tinha atacado o lobo, mas era tarde, Anny podia sentir o veneno percorrendo todo o seu corpo ela sentiu-se cair aos poucos e alguém segura-la.

Gina viu impotente Anny ser mordida por uma das criaturas, ficou desesperada correu o mais rápido que suas pernas permitiram e mandando mentalmente seu patrono atacar derrotando o lobo, correu até Anny que estava caindo no chão, conseguiu segurar a amiga e olhou para os lados, encontrando o que procurava num buraco feito na rua, ali havia uma poça de água suja, ela invocou a água e esta veio até a garota totalmente limpa como se nunca tivesse tido contato com a terra. Gina colocou as mãos em concha em volta do braço ferido de Anny fazendo a água se “enrolar” em volta dele como se fosse uma atadura e um pequeno brilho azulado começou a ser emitido pela água.

- Mas… o… o que houve? – perguntou Anny que começava a recobrar a consciência e via Gina sentada ao seu lado com as mãos em volta do seu braço, ela podia sentir o veneno sendo extraído de dentro de si.

Gina não respondeu não podia perder a concentração ou parte do veneno poderia permanecer dentro da amiga, sentiu os amigos se aproximando e se sentiu mais aliviada, eles estavam bem, concentrou-se novamente no ferimento de Anny e poucos segundos depois retirou as mãos trazendo a água junto de si, a água antes limpa agora estava verde-musgo.

- O que aconteceu? – perguntou Lince intrigada.

- Anny foi mordida por um daqueles lobos e eu extraí o veneno. – respondeu Gina e percebendo que mesmo assim todos (menos Harry) a olhavam espantados ela explicou. – Eu controlo a água sendo assim posso manipular qualquer líquido, com um pouco de água que eu tirei daquela poça ali. – disse apontando para o buraco no meio da rua. – Eu pude fazer com que o veneno no corpo de Anny fosse puxado por ela.

- E porque não extrair o veneno diretamente? – perguntou Anny muito interessada.

- Eu preciso de algo líquido para servir de condutor, se tentasse tirar o veneno diretamente ia acabar puxando o seu sangue também, é mais fácil separar os líquidos quando eu estou vendo-os. – disse Gina.

- Interessante. – disse Lince. – Você pode fazer isso com todo tipo de veneno?

Gina concordou com a cabeça e todos ficaram olhando para o líquido que estava entre as mãos de Gina formando uma pequena bola. Lince conjurou com uma mão um frasco de tamanho médio e disse:

- Será que você pode colocar esse veneno aqui? Vou tentar fazer um antídoto, não teremos você sempre por perto e desconfio que na próxima batalha tenhamos muitas pessoas envenenadas.

- Também acho. – disse Harry muito sério. – Temos que ir a Hogsmeade rápido podem estar com problemas lá.

- Não foi um ataque verdadeiro não é? – perguntou Rony.

- Com certeza não. – concordou Lince. – Mas tenho certeza que não foi um chamariz, acho que Voldemort planejou pequenos ataques para descobrir quem era o traidor.

- Então seus espiões estão com problemas! – exclamou Harry nervoso.

- Na verdade não. – respondeu Rony calmo. – Eu já desconfiava dessa manobra do Voldemort e falei com a Lince alguns dias atrás.

- Então planejei um plano B. – disse Lince. – Entrei em contato com eles e lhes disse as suspeitas de Rony, eles acharam que era bem provável Voldemort está cada vez mais paranóico suspeita de tudo e de todos, então o plano é fazê-lo “pegar” um dos meus espiões…

- Mas isso seria suicídio! – exasperou-se Harry. – Se Voldemort pegar qualquer um de seus espiões eles estarão mortos!

- Ele não vai pegar nenhum deles, não de verdade. – disse Lince. – Um deles vai simular a própria morte, e é claro que quem vai matar esse espião vão ser os outros dois, quando isso acontecer minha espiã “morta” virá para minha casa onde ficará em segurança até que tudo tenha terminado.

- A senhora acha que Voldemort cairá em uma encenação? – perguntou Harry. – Ele vai querer matar sua espiã ele mesmo!

- Mas quem vai pegar minha espiã primeiro vão ser meus outros espiões. – disse Lince. – Eles são ligados, mas não posso dizer mais nada, logo vão entender tudo, pois pressinto que a batalha final está muito próxima.

Vendo que não adiantava argumentar com Lince, todos se calaram, agora eles sabiam que um dos espiões era uma mulher, mas quem?

- Vamos a Hogsmeade ver como está tudo por lá. – sugeriu Anny.

- Tem razão, algo me diz que tiveram uma batalha por lá. – disse Lince sombriamente.

Quando chegaram a Hogsmeade perceberam que Lince estava certa, uma batalha ocorrera ali, a vila em nada lembrava o pequeno vilarejo calmo que eles visitavam, todas as casas sem exceção foram totalmente destruídas, haviam corpos por toda parte, eles puderam ver alguns corpos dos amigos, mas a maioria era de comensais.

- Parece que o número de comensais aqui foi bem maior. – comentou Lince, seu tom era indecifrável.

- Sim. – falou Harry que pelo tom de voz estava muito triste. – Voldemort deve ter pensado que mesmo que o comensal líder desse ataque não fosse um traidor, nós estaríamos aqui.

- É o que parece. – concordou Lince, vendo Dino se aproximar com uma expressão cansada e triste, apesar disso o único ferimento a vista era um pequeno corte em seu rosto. – Quais foram nossas baixas?

- Ernesto e Ana. – respondeu ele com a voz embargada. – A Ordem teve mais baixas ainda cerca de dez dos quinze que mandaram.

- Como foi o ataque? – perguntou Lince meio a contragosto, sabia que o garoto não estava em condições de falar, mas eles precisavam saber o que aconteceu.

- Quando chegamos aqui o ataque já tinha começado. – começou Dino. – Tinha cerca de vinte comensais, mas eram somente novatos sem talento algum, achamos que a vitória era certa e por isso relaxamos e não percebemos que mais comensais chegavam por trás, não sei quantos eram, mas eram em maior número que nós e muito bem treinados, a única diferença entre nós e eles era que nós usávamos espadas e eles não, fora isso, não tínhamos nenhuma vantagem e fomos pegos de surpresa pelos comensais que estavam se passando por civis…

- Entendo. – cortou Lince não precisava ouvir mais nada, já podia imaginar o que acontecera. – Porque eles foram embora?

- Hagrid. – respondeu Dino. – Quando fomos pegos de surpresa e estávamos perdendo ele chegou e afugentou os que tinham sobrado, apesar de nossas baixas eles tiveram bem mais e foi graças a Hagrid que conseguimos proteger os civis que chegaram, muitos foram para suas casas assim que chegaram os que quiseram ficar foram submetidos ao veritaserum.

- Como está Hagrid? – perguntou Harry preocupado.

- Bem, ele já voltou pros portões de Hogwarts. Disse que não queria deixar seu irmão sozinho lá por muito tempo.

- Não podemos ficar aqui os repórteres estão chegando. – avisou Gina, um grande número de repórteres chegava no local e estavam se aproximando deles.

Eles partiram juntamente com os membros da AD. Ficaram responsáveis pelas devidas explicações os Aurores que haviam se juntado a Ordem desde que o Ministério havia sido destruído.

Prika Potter: Eu também ri muito quando a imagem do flagrante veio a minha mente, bem os capítulos vão ser um pouquinho maiores agora, mas não muito, beijos.
Mat: Eu tento estar sempre postando os capítulos, já li muita fic e sei o quanto é ruim quando a gente lê uma fic e os autores não atualizem espero que goste desse cap, beijos.

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