Sentimento e Descoberta



Já era madrugada e Harry não conseguia dormir sentia que tinha alguma coisa errada, ele se levantou tomando cuidado para não acordar Gina que estava dormindo abraçada a ele, tinha que se lembrar de acordá-la depois.

Harry se encaminhou para a cozinha pra tomar um copo de água, mas quando passou pelo quarto da madrinha ele ouviu alguém chorando, sem saber bem porque ele convocou a capa da invisibilidade se cobriu e entrou pela porta semi-aberta, que era o motivo pelo feitiço de imperturbabilidade não estar funcionando. Assim que entrou ele viu a madrinha sentada na cama olhando um porta-retrato ao se aproximar ele sentiu um grande aperto no coração, Lince estava olhando uma foto em que ela e Sirius estavam juntos sorrindo felizes abraçados, Lince se levantou e foi até a escrivaninha se sentando e pegando um pergaminho e uma pena começou a escrever ainda chorando e Harry mesmo achando isso errado começou a ler o que ela escrevia.

(N/A: as palavras em negrito no meio do texto indicam as feições e alguns movimentos de Lince observados por Harry enquanto ela escrevia a carta).

Como ainda posso amá-lo tanto? Mesmo depois de tantos anos? Mesmo depois de tudo que sofri? suspirando Está tão difícil continuar… não o tenho mais a tanto tempo e ainda o sinto tão perto e ao mesmo tempo tão distante… é… sorrindo amargamente difícil de entender? Talvez… eu ainda consigo lembrar do cheiro dele, do toque, dos carinhos, das palavras, dos gestos, do calor dos braços dele e tudo mais, no entanto ele não está aqui, posso senti-lo ao meu lado me lembrar de cada mínimo detalhe do seu rosto, mas sei que ele não está aqui e que talvez eu nunca mais o veja.

Luto dia após dia por um único motivo, a esperança de que um dia poderei vê-lo, de que algum dia poderei sentir novamente o seu cheiro e toda a segurança que apenas ele me faz sentir…

A maioria das pessoas me diz que devo seguir em frente que devo tentar me apaixonar novamente, mas como eles querem que eu viva com outra pessoa se nunca poderei ser feliz com outro? Ele é tudo que eu amo tudo que eu sempre amei e não me importo de passar o resto da vida sem a companhia de um homem ao meu lado, porque sei que não devo me enganar, ele é meu grande amor está tão impregnado em mim de todas as formas, que é como se ele não tivesse ido… quando fecho os olhos posso sentir as mãos dele me acariciando, seus lábios me beijando, seu cheiro me embriagando… pigarreia se dando conta do que quase escrevera posso ouvir a voz dele às vezes me dizendo para ser forte, sorriso triste às vezes posso ouvir aquela risada que mais parece um rosnado, tão pura, tão sem fingimento… o sorriso contagiante dele me persegue por toda parte me fazendo ir em frente mesmo que tudo que queira seja desistir.

Apenas Harry me entende, ele é o único que me entende, com toda certeza por que ele ama tão profundamente quanto eu, Harry sabe que se ele perder Gina nunca, jamais poderá se envolver com outra mulher porque simplesmente a ama demais para transformar esse amor numa boa lembrança e amar outra, é o mesmo que acontece comigo…

Sirius Black é simplesmente parte de mim, parte indispensável para minha sobrevivência para minha alegria, para seguir em frente, mesmo não desejando fazê-lo.

Após terminar de escrever a carta Lince se levanta e a joga na lareira queimando-a, ela não percebe que a porta até então aberta se fecha silenciosamente.
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No outro dia:

- Olá. – disse Lince entrando no porão do Largo, que há muito tempo estava sendo usado para treinar a todos, naquele momento estava apenas a Armada de Merlin presente, eles estavam treinando seus poderes elementais, Harry e Gina que já os controlava muito bem estavam treinando para aperfeiçoar a técnica de mistura dos poderes. – Acabei de ver minha espiã ela já esta em segurança lá em casa, mas os outros estão com problemas, Voldemort não gostou muito do fato deles terem “matado” minha espiã antes dele.

- Ele deve estar desconfiado. – disse Harry pensativo, ele resolvera que era melhor não falar com a madrinha sobre a carta.

- Sim… está cada dia mais difícil eles se comunicarem comigo. – disse Lince preocupada. – Temo por eles, a cada dia que passa a batalha final se aproxima e eu acho que eles não conseguirão manter o disfarce até lá.

- Temos que tomar muito cuidado a partir de agora. – disse Gina. – Soube pela Cho que Rita tentou entrar na sede disfarçada de besouro, por sorte todos já estavam avisados de que ela é um animago ilegal, mas ela pode ter ouvido alguma coisa enquanto estava escondida na capa do Dino.

- Eu já tomei providências quanto a isso. – falou Lince. – Ninguém da Ordem ou da AD falará nada sobre os planos ou os membros fora da sede, nem mesmo em Hogwarts, acho que isso será o suficiente para atrasá-la por uns tempos, pelo menos até que tudo isso acabe. E entrar aqui na Ordem é que ela não vai conseguir, é pra isso que temos o fiel do segredo não é? Agora chega de conversa e vamos treinar.

O treinamento recomeçou Lince que tinha desenvolvido a técnica de usar os punhos para lançar fogo estava tentando agora concentrar uma grande quantidade de magia e fogo para lançar contra os oponentes uma grande bola de fogo parecida com as expelidas pelos vulcões em erupção, Anny já conseguia acertar vários alvos com o mesmo raio fazendo um grande estrago nos alvos que foram conjurados para eles acertarem, Rony que controlava o vento estava usando-o para que não importasse em que posição ele se jogasse para desviar de um feitiço ele mantivesse o equilíbrio e pudesse ficar de pé rapidamente, Hermione usava a terra para conjurar grandes barreiras de pedra evitando ser atingida por qualquer feitiço inclusive as maldições imperdoáveis.
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- Eles ainda estão treinando? – perguntou Molly para Tonks que acabara de ir ao porão levar um lanche para o sexteto que estava desde cedo treinando e tinham parado só para almoçar.

- Sim. – respondeu Tonks que ainda tentava se recuperar do que tinha visto por causa da força dos ataques o sexteto reforçou as paredes, o chão e o teto do porão para que este não fosse explodido, sendo assim os moradores da casa que não fossem lá não saberiam o quão poderosos eles estavam se tornando.

- Eles já começaram a exagerar. – falou Molly preocupada. – Mas cabeças duras como são não vão parar com isso tão facilmente.

- Eles estão preocupados por causa da movimentação dos comensais. – falou Tonks, a senhora Weasley que não sabia de nada, pois estava muito ocupada cuidando da Ordem olhou a metamorfomaga interrogativamente e essa continuou. – Os comensais estão parando de atacar, isso até poderia ser uma boa notícia se não fosse pelo fato de que eles estão sendo vistos por todo o país, e sempre vindo pra cá, acho que a batalha que vai finalmente decidir o lado vencedor está muito próxima e é por isso que eles estão treinando assim.

Molly ficou em silêncio era difícil pra ela deixar os filhos lutarem (ela se refere ao Rony e a Gina), sabia há muito tempo que isso aconteceria, mesmo quando tentara impedi-los de entrar na Ordem, mas mesmo assim não deixava de se preocupar, se algum deles (o sexteto) morresse, ela não sabia o que seria dos outros, há algum tempo que ela percebera que eles estavam muito ligados e que se algo acontecesse a um deles temia pelo que os outros pudessem fazer com o culpado, sofria também pela filha que parecia ter voltado a sentir algo especial por Harry, apesar de alguns olhares de ambos ela sabia que Harry não amava a sua filha daquela maneira (N/A: enganada não?), essa guerra mesmo depois de terminada machucaria muita gente, mas pelo menos ela serviu para alguma coisa, Percy que havia brigado com a família a alguns anos, após a queda do Ministério voltou a falar com a família, chegando inclusive a pedir perdão a todos, Molly percebera que o filho estava bem mais maduro e consciente, agora todos poderiam contar com ele para qualquer coisa e ela estava feliz e muito orgulhosa por isso.
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Harry e Gina estavam treinando com as espadas, eles adoravam esgrima e já fazia algum tempo que não se dedicavam a isso, Harry levava vantagem por ser mais forte, no entanto Gina era mais rápida, a luta estava acirrada e mal se podiam ver os movimentos de ambos, logo os outros ali presentes pararam para observar, Gina estava tendo problemas, a força que Harry empregava nos golpes era muito grande, apesar de ser mais rápida mal conseguia se recuperar da força de um golpe e já tinha que amparar outro.
Harry estava se divertindo muito com a luta, Gina era uma adversária maravilhosa, no entanto algo aconteceu e ele começou a ver tudo em câmara lenta, Gina tropeçou em um buraco do chão e caiu sentada, a espada dele estava indo em direção a ela que não iria conseguir se defender, ele não iria conseguir parar a tempo e se acertasse seria o fim de Gina, isso não podia acontecer, não podia, ele pensou desesperado em estar em qualquer lugar onde não a acertasse, ele registrou por um breve momento um formigamento estranho nas pernas e se viu envolto por uma rajada que misturava fogo e raios, e num instante ele estava vendo Gina na sua frente e no outro estava vendo a espada acertar um alvo ele olhou para os lados e viu Gina parada olhando espantada para onde ele devia estar…

- M… mas o q… que houve? – perguntou Harry atordoado.

- Acho que acabamos de descobrir que podemos aparatar usando os poderes elementais. – disse Lince surpresa e pensativa. – O interessante é que tem um feitiço ante-aparatação aqui…

- Quer dizer que podemos aparatar para qualquer lugar usando os poderes elementais? – perguntou Rony incerto, se isso fosse verdade seria maravilhoso.

- É o que tudo indica. – falou Anny.

- Harry como você fez isso? – perguntou Hermione curiosa.

- Eu não sei. – respondeu Harry confuso. – Eu só pensei em estar em qualquer lugar onde não pudesse acertar Gina e senti um formigamento estranho nas pernas e… e apareci aqui.

- Então você nem se concentrou em um lugar? – perguntou Lince, Harry concordou com a cabeça. – Então vamos tentar.

Lince se concentrou por uns momentos em estar em Hogwarts na casa de Hagrid e segundos depois ela sentiu o formigamento nas pernas descrito por Harry e abriu os olhos dando tempo de ver que estava rodeada por fogo e ao piscar os olhos, já estava na cabana de Hagrid que por sorte estava vazia, ela se concentrou de novo e foi para o Largo Grimmald.

- Eu fui para Hogwarts e deu certo! – exclamou Lince sorrindo. – Isso é incrível!

- Uau! – exclamou Harry. – Porque será que Merlin não nos disse que poderíamos usar nossos poderes assim?

- Não sei. – respondeu Gina. – Talvez nem ele mesmo saiba, ou mais provavelmente por já sabermos aparatar ele tenha julgado não ser necessário à gente aprender isso.

Eles ficaram até a hora do jantar treinando a aparatação elemental, perceberam que para aparatar eles eram envoltos pelos poderes elementais que dominavam. A descoberta deste tipo de aparatação lhes seria bastante útil, apesar de que manteriam segredo por enquanto, foram jantar bem mais alegres e muitos perceberam isso, mas preferiram não fazer perguntas, sabiam que não iam receber respostas mesmo.

Prika: Oie, que bom que gostou do capítulo, vou ficar esperando seu comentário, beijos.
Mat: Olha, eu acho que pelo jeito que as coisas estão indo vão ser uns 44 capítulos, sei que é muito, mas não consegui diminuir, obrigada por comentar.
Avelã: Eu realmente hesitei bastante em colocar a parte em que eles voltam para o passado, eu também achei meio clichê, mas o fato deles estarem super-poderosos não quer dizer que vão vencer tão facilmente, lembre-se do que Merlin disse: “Não subestime Voldemort, por mais poderoso que um bruxo possa ser ele sempre pode ser vencido”. De agora em diante não vai ter clichê, espero que você goste desse capítulo, e continue a fazer criticas construtivas, beijos e obrigada por comentar.

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