Problemas



Lince finalmente mais de um mês depois do acontecido conseguia dar alguns poucos passos, mas o esforço fazia com que sentisse como se suas forças fossem drenadas, mas isso não a impedia de andar pelo menos do quarto até a cozinha todos os dias, quando Harry tentava impedi-la ela dizia que ela precisava começar a se movimentar se não se esqueceria como, isso claro não impedia que o afilhado reclamasse sempre que a via andando.

- Bom dia! – disse Lince entrando na cozinha e se sentando com o semblante cansado.

- Madrinha! – falou Harry exasperado. – Não devia ter levantado…

- Nem vem Harry! – cortou Lince também nervosa. – É melhor nem começar porque hoje não estou com paciência. Eu sou tão cabeça dura como você então sabe que não adianta insistir. – terminou ela sorrindo, Harry fungou, mas ficou calado.

- Harry tem razão Lince. – disse Lupin que não tinha superado ainda o fato de a única amiga dos tempos de colégio quase morrera. – Você ainda não está tão bem para ficar andando por ai.

- Eu não estou andando por ai, só que se eu continuar a ficar deitada meus músculos vão esquecer como é andar e ai sim eu terei problemas. – retrucou Lince calmamente. – E como vai o Alvo?

- Vai bem. – respondeu Lupin percebendo que a intenção de Lince era mudar de assunto, Alvo era o filho dele e de Tonks que tinha nascido poucas semanas antes do ataque ao ministério trouxa. – Nunca pensei que Tonks poderia ser uma mãe tão coruja.

- Todas as mães o são Aluado. – falou Lince sorrindo. – Por falar na Tonks e no Alvo onde eles estão?

- Tonks foi levar o Alvo para que Andrômeda o conheça. Com tudo que vem acontecendo Tonks não teve tempo de ir lá e Andrômeda não se sentiu segura o suficiente para nos visitar.

- Entendo, já desconfiava que houvesse alguma coisa errada com a Andrômeda. – disse Lince séria e pensativa. – Bellatrix continua a persegui-la não é?

- Sim, Tonks está muito preocupada. – concordou Lupin.

- Ela poderia vir pra cá junto com o marido Teddy. – sugeriu Harry.

- Eu já havia pensado nisso, mas eles não querem dizem que se sentiriam inúteis aqui, não podendo fazer nada para ajudar. – falou Lupin triste.

- Aff! Não acredito que estou cansada. – murmurou Lince que sentia como se tivesse corrido uma maratona. – Aluado será que pode me levar até o quarto acho que não consigo andar.

Lupin concordou e imediatamente pegou a amiga no colo levando-a para o quarto chegando lá ele percebeu que Lince podia estar confinada ali, mas que não andava quieta, haviam papéis espalhados por toda parte e na cama eram visíveis vários mapas do que parecia um castelo e mais alguns pergaminhos com uma língua estranha que parecia ser latim.

- Você não achou mesmo que eu ficaria aqui sem fazer nada não é? – perguntou Lince percebendo o olhar do amigo. – Enquanto eu estiver confinada aqui vou colocar minhas pesquisas em dia com a ajuda da Mione, o Harry quase me matou quando soube ele é super-protetor demais. “Agora sei como a Gina se sente”. – acrescentou Lince em pensamento.

- Harry se sente culpado pelo que aconteceu, apesar de que acho que a culpa cabe a mim…

- Como é que é? – sussurrou Lince num tom levemente perigoso.

- Hora Lince! – exasperou-se Lupin. – Vamos ser sinceros você só entrou na frente da Tonks porque eu e ela estamos juntos.

- Então você acha que eu não posso gostar da Tonks o suficiente para evitar que ela morra? – sussurrou Lince, para quem não a conhecesse isso poderia significar que ela estava calma, mas Remo sabia que ela estava perigosamente irritada.

- Você entendeu muito bem o que eu quis dizer! – exasperou-se Lupin.

- Entendi. – disse Lince com os olhos semicerrados. – Então vamos deixar uma coisa bem clara Remo John Lupin, sim eu salvei a Tonks porque ela estava com você, porque eu sei o quanto você sofreu e o quanto ela te faz feliz, mas eu também a salvei porque ela é uma mulher incrível, que acabou de ter um filho, eu sofri muito quando meus pais morreram, fiquei sozinha quando tinha apenas dezessete anos Aluado e sofri muito com isso, mas sei que o Harry sofreu muito mais do que eu, pois ele nem conheceu os pais e sei que o Alvo também ia sofrer muito por não ter uma mãe, Tonks é uma das mulheres mais incríveis que eu conheci Aluado, tem qualidades que eu preso bastante e mesmo que você não estivesse com ela eu entraria na frente dela e a protegeria.

Lupin ficou sem fala e um pouco envergonhado, pois percebeu que estava sendo egoísta, o mundo não girava em torno dele, Tonks era uma pessoa maravilhosa e tinha qualidades suficientes para fazer qualquer um entrar na frente de um Avada Kedrava lançado contra ela, mas era difícil saber que a única amiga de infância que lhe restou quase morreu…

- Eu sei que fiz vocês sofrerem. – murmurou Lince. – Mas eu tinha que fazer alguma coisa, não podia ficar parada enquanto eu via alguém como a Tonks morrer.

Lupin sorriu e abraçou a amiga nesse momento alguém entrou pela porta eles se viraram e viram Paulo o admirador de Lince que parecia em choque com a cena.

- Oi Paulo tudo bem? – perguntou Lupin, mas se arrependeu imediatamente de ter chamado a atenção do homem que estava olhando atentamente para Lince, Paulo lhe lançou um olhar assassino e parecia prestes a pular em seu pescoço.

- Algum problema? – perguntou Lince levemente irritada, ela não gostava de Paulo, algo lhe dizia que devia manter distância dele.

- Só vim ver como você está. – respondeu Paulo com uma careta desgostosa. – Desculpe se interrompi algo.

- Não você não interrompeu nada demais, apesar de que se você demorasse mais um pouco iria realmente interromper algo importante. – falou Lince com a voz carregada de ironia. – Estava prestes a propor pro Aluado que a gente relembrasse as nossas noites em Hogwarts. Lembra Aluado? – enquanto dizia isso Lince passava a mão no tórax do amigo que estava paralisado e assustado.

Uma risada alta vinda de trás de Paulo ecoou pelo quarto e ao se virarem viram que Tonks estava na porta segurando um bebê que mudava constantemente a cor dos cabelos.

- Lince assim você deixa o Remo sem jeito, ele adora relembrar essas noites comigo, e sabe você tinha muito trabalho. – murmurou Tonks chegando perto de Lupin e dando-lhe um selinho, Lupin decididamente agora estava prestes a desmaiar e Lince e Tonks se seguravam para não rirem.

Lupin olhou para Paulo e viu que ele parecia estar acreditando no que ouvia e lançava olhares assassinos para ele, o homem se retirou do quarto bufando, Tonks e Lince não conseguiram mais segurar a risada e o quarto se encheu das gargalhadas das duas.

- Vocês são loucas? – perguntou Lupin extremamente vermelho.

- Ah! Remo foi muito divertida a cara que aquele idiota fez. – Falou Tonks tentando parar de rir. – E também eu não gosto dele, ele é um chato.

- Não é porque ele é chato que não podemos confiar nele. – sentenciou Lupin.

- E o fato de que eu também não confio nem um pouco nele conta? – falou Lince se recuperando do ataque de riso. – Eu sinto que ele não é confiável.

- Hora Lince! Você não gosta dele porque ele dá em cima de você. – disse Lupin sorrindo, no fundo ele tinha esperanças de que a amiga reconstruísse a sua vida.

- Aluado aquele idiota não foi o único que se interessou por mim todos esses anos sabia? – retorquiu Lince impaciente. – E eu nunca senti tanta aversão e falta de confiança por nenhum dos outros.

- Quem sabe não é porque você no fundo sabe que pode se apaixonar por ele e tenta afasta-lo de qualquer maneira. – soltou Lupin e novamente se arrependeu do que disse o olhar que Lince lhe lançou faria o mais corajoso dos homens tremer.

- Então acho que o Rabicho era um candidato em potencial para me fazer trair o Sirius. – disparou Lince surpreendendo Lupin pelo seu tom frio. – O que eu sinto é o mesmo tipo de aversão que eu sentia pelo Rabicho e que vocês achavam que era apenas implicância.

Lupin ficou envergonhado, sabia que Lince inúmeras vezes havia lhes alertado de que Pedro não era alguém em que se poderia confiar, isso gerou várias discussões entre ela e os outros marotos, muitas vezes ela e Sirius brigavam porque ela insistia para que eles deixassem Rabicho de lado.

- Bem, vou mandar alguém ficar de olho nele. – disse Lupin. – Não quero cometer o mesmo erro.

- Fico feliz. – falou Lince que realmente estava preocupada com o fato. – Mas agora eu preciso de um favor Aluado você pode dizer ao Harry que preciso falar com ele?

Lupin saiu e foi dar o recado a Harry enquanto Lince ficava em companhia de Tonks e Alvo, não demorou muito e Harry entrou no quarto logo depois Tonks saiu deixando-os sozinhos.

- Algum problema Lince? – perguntou Harry preocupado.

- Sim. – respondeu Lince suspirando cansada. – Meus espiões me mandaram uma mensagem para avisar que haverá um novo ataque ao Beco Diagonal, mas dessa vez nós já estaremos lá para impedir, o ataque estará sendo liderado pela Bellatrix.

Harry ao ouvir aquele nome sentiu a fúria tomar conta de si, mas se controlou não podia perder a cabeça e nem deixar que aquela mulher fizesse ele se descontrolar.

- O que faremos? – perguntou Harry.

- Faz tempo que você não vai a um local público então você irá ao Beco para visitar Fred e Jorge é claro que nós iremos com você para mantê-lo em segurança, ficaremos o dia todo no Beco Diagonal passeando a esmo e podemos nos separar um pouco para dar a impressão de que realmente não fazemos idéia do ataque e quando ele acontecer é só aparatar para perto uns dos outros ou lutarmos separados…

- A senhora fala como se fosse estar lá. – interrompeu Harry desconfiado.

- O ataque será daqui um mês será tempo suficiente para que eu me recupere. – retrucou calmamente Lince. – Mas prometo que se não me sentir totalmente curada eu não irei, mas ajudaria o fato de poder ir com vocês, todos sabem que eu odeio ficar trancada e o fato de estar com vocês é mais um motivo para estarmos só passeando.

Os detalhes do plano para a defesa do Beco Diagonal foram minuciosamente preparados e dessa vez eles esperavam que não tivesse mais nenhuma baixa, o ataque ao ministério resultou na perda de Zacarias Smith e Miguel Córner.

De fato após um mês Lince estava completamente recuperada a sua força de vontade e seu desejo de ajudar foram essenciais para sua recuperação.

O mundo mágico estava um caos, o Ministério estava na “corda bamba”, mais cedo ou mais tarde ele cairia, Rufus fazia de tudo para que o Ministério continuasse firme, mas uma semana antes do ataque ao Beco, Voldemort atacou o Ministério dominando-o finalmente. Com a queda do Ministério e a morte de Rufus a única oposição a Voldemort agora era Hogwarts e a Ordem da Fênix, os membros da Ordem eram constantemente atacados e as famílias destes perseguidas, mas ficou claro para o Lorde que eles não eram alvos fáceis, as famílias dos membros estavam totalmente protegidas e quando conseguiam encurralar alguém logo os outros apareciam para ajudar, os comensais apesar de terem descoberto como a Ordem se comunicava (os patronos por poderem ser interceptados foram abandonados e agora eles usavam os galeões criados por Hermione) não sabiam como impedir o envio de mensagens, os galeões foram modificados e agora apenas o legitimo dono dele podia ler e enviar as mensagens, sendo assim mesmo que o Lorde conseguisse por as mãos em algum deles ele não poderia ver o que estava escrito e também os membros da Ordem decidiram se submeter a um feitiço extremamente perigoso e raro, que consistia em não conseguir falar nada sobre algum assunto, no caso sobre a Ordem.

Depois de algum tempo sendo vigiado Paulo se mostrou um espião, um comensal da morte, ele foi preso e mandado a Azkaban que agora possuía guardas humanos e não mais dementadores, a maioria dos guardas era de membros da Ordem e alguns poucos (Parvati, Padma, Terêncio e Antônio) da Armada, não havia ataques a Azkaban, pois para Voldemort quem havia sido preso não era merecedor de ser um comensal.

O dia do ataque estava se aproximando e a cada minuto eles ficavam mais nervosos, os espiões de Lince (que até hoje apenas ela sabe quem são) estavam a cada dia em maior perigo, pois Voldemort começara a desconfiar que estava sendo traído, já que muitos membros da Ordem estavam no Ministério, apesar do ataque ter sido bem sucedido muitas mortes foram evitadas e a maioria dos aurores que não foram para o seu lado se juntaram a Ordem, o pior é que o ataque ao Beco confirmaria essa suspeita do Lorde, mas não podiam deixar de lutar… o cerco estava se fechando e a batalha final seria a qualquer momento.

Os ânimos de todos estavam afetados, Harry e o resto do sexteto eram os que mais conseguiam manter a cabeça fria, mas a eminência de poderem perder alguns dos amigos, tanto da Ordem como da Armada fazia com que mais do que nunca se empenhassem no treinamento entre eles e o sentimento de proteção de Harry quanto a todos aqueles que amava crescia a cada dia, um dia antes do ataque uma perda abateu a todos, Alastor Moody foi atacado covardemente e quando as pessoas chegaram para ajuda-lo já era tarde ele havia morrido, mas não sem antes levar com ele todos os que o atacaram, mas os ferimentos foram demais para ele…

Prika Potter: Oie, bem como prometido e se o computador não resolver dar problema de novo vou postar toda segunda e quinta, a Lince está mais ou menos na ativa nesse capítulo, mas no próximo ela volta com tudo que tem direito, eu já começei a esboçar alguma coisa sobre a fic que vou contar como foi a vida do Harry e da Gina no passado, mas por enquanto ainda está só na minha cabeça, não sei quando vou poder postar porque vou começar a faculdade e realmente meu tempo vai ficar muito corrido, então acho que vou terminar essa pra fazer a outra, beijos e obrigada por continuar a comentar.

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