Revelações



Dois dementadores entraram no bar todos ficaram amedrontados, o trio já estava de pé e com as varinhas em punho, mas os dementadores foram diretamente para onde Lince e Anny estavam, Lince ficou sentada como se nada estivesse acontecendo já Anny se levantou e gritou:

- EXPECTRO PATRONUM! - da varinha dela saiu o que parecia um tigre os dementadores se afastaram um pouco, mas continuaram tentando chegar até Lince que bebia tranquilamente sua bebida.

- Porque ela não faz nada? - perguntou Hermione. Harry e Rony não responderam, pois estavam se perguntando à mesma coisa.

Finalmente Lince se levantou após ter terminado seu copo de hidromel apontou a varinha para um dementador e sem dizer uma palavra lançou o feitiço, no inicio pareceu um patronum era muito branco e brilhante, mas era um raio não tinha forma alguma e ao acertar o dementador uma luz avermelhada se desprendeu dele, um vento forte o rodeou e depois tudo que sobrou foi simplesmente o manto que o dementador usava, o dementador havia sido destruído reduzido a nada. O outro dementador fugiu, mas Lince não fez menção de ir atrás dele.

Todos ficaram boquiabertos, pois não sabiam que dementadores podiam ser destruídos. Lince se sentou novamente junto com Anny, que não parecia impressionada, provavelmente já vira Lince usando o feitiço antes.

- Que eu saiba não tem mais dementadores aqui. - disse Lince, todos ali presentes tinham parado de falar novamente e a encaravam mais uma vez. Ao dizer isso todos se viraram e começaram a cochichar sem parar ainda lançando olhares pelo canto de olho a ela.

- Porque você não foi atrás do outro dementador? - perguntou Anny bebendo sua cerveja amanteigada.

- E quem ia contar pro Voldemort que eu destruí um de seus seguidores? - houve um arrepio momentâneo ao som do nome de Voldemort. Lince não se importou.

- Como vão suas pesquisas? - perguntou Anny mudando de assunto, ela não se arrepiou quando Lince disse Voldemort.

- Na mesma, não tenho tido tempo de me dedicar a elas. E o Ministério não ajuda em nada. - Lince respondeu.

- É uma pena. - falou Anny.

- Bem, isso não importa agora. O que você tem feito no último mês?

- Nada de mais, eu participei de algumas missões pro ministério, mas nada muito interessante. - disse Anny um pouco entediada.

- Eu consegui o presente que eu queria dar pro meu afilhado.

- Sério?

- Sim.

- E quando você vai dar a ele? Aliás, como você vai encontrá-lo já que ele desapareceu desde ontem e ninguém sabe onde ele anda?

- Não se preocupe eu dou um jeito. Agora vamos!

Lince deixou um galeão em cima da mesa, e as duas saíram.

- Nossa essa Lince é um pouco… séria demais. Vocês não acham? - perguntou Hermione se virando para Harry e Rony.

- E irônica também. - completou Harry.

- Eu queria saber por que ela foi banida do país anos atrás. - disse Mione. - Você sabe Rony?

- Não. A maioria das pessoas não sabe. Mas meu pai disse que ela foi banida porque tentou defender uma pessoa que foi presa acusada de ser comensal. Acharam que ela era cúmplice.

- Provavelmente essa pessoa devia ser inocente. Já que ela agora é auror, o Ministério não a deixaria se tornar uma se a pessoa fosse culpada. - falou Mione pensativa. - E porque ela não foi pra Azkaban?

- Os dementadores não quiseram ela lá. Acho que acabamos de ver por que. O Ministério insistiu, mas eles foram irredutíveis. E as outras prisões que existem não a deixariam presa por muito tempo. Então eles a baniram.

- Como você sabe tanta coisa sobre ela? - perguntou Hermione com visível ciúme de Rony.

- Uma vez, a noite uns dois dias antes do casamento do Gui, eu acordei com sede e desci as escadas, meu pai e minha mãe estavam acordados e eu achei estranho, pois era muito tarde e resolvi escutar e…



- Arthur você tem certeza que é ela mesma? - perguntava uma senhora Weasley um pouco amedrontada.

- É claro que tenho Molly, eu a vi, ela estava lá, ela voltou ao país e se juntou ao Ministério.

- Mas Arthur ela foi banida do país acusada de ser comensal ao tentar defender…

- Eu sei Molly, é estranho, mas como eu já disse tenho certeza que era ela, ela quase não mudou nada, e pelos comentários que ouvi por lá ela se tornou auror.

- É muito estranho Arthur porque ela não é muito de perdoar ninguém. E falando nela porque em vez de ser presa ela foi banida?

- Os dementadores não queriam ela lá, você sabe que eles morrem de medo dela. O Ministério tentou argumentar, mas eles não quiseram nem papo.

- É e as outras prisões não são nada seguras. E Lince é uma bruxa boa demais pra ficar presa muito tempo. Eu soube que ela é uma caça monstros agora.

- Sim e uma das melhores nenhum monstro nunca conseguiu fugir dela pelo que eu soube. O Ministério teve muito trabalho pra não deixar nenhum livro que falasse dela entrasse aqui.



- …e foi isso que aconteceu. - Terminou de contar Rony.

- Bem pelo que você contou seus pais não gostam muito dela não é?

- É… mas eu acho que é mais aversão da minha mãe meu pai pareceu que a admira.

- Isso agora não importa. - falou Harry depois de muito tempo calado. - Eu quero ir ao tumulo dos meus pais ainda hoje.

Eles se levantaram e seguiram pra onde era o cemitério. Ele era facilmente avistado do quarto de Harry, por isso sabiam o caminho. O vento estava forte e gelado. Arrepiando ainda mais os cabelos de Harry.

Harry entrou no cemitério sozinho, Rony e Mione ficaram na entrada. O cemitério era um desses que mais parecia um jardim, havia grama por toda a sua extensão e as lápides até onde ele podia ver eram escuras se destacando na grama muito verde, aqui e ali poderia se ver algumas árvores grandes e imponentes. Apesar do clima frio a paisagem era extremamente verde. Ele procurou as lápides de seus pais durante alguns minutos não as encontrando, o cemitério era grande demais.

- Você não vai encontrá-las deste lado. - disse uma voz atrás de Harry o assustando, ele se virou rapidamente e ficou surpreso, pois quem falara era Lince. - As lápides da Lilly e do Thiago ficam do outro lado. Se quiser eu te mostro onde.

Harry fez que sim com a cabeça e a acompanhou. Achando tudo muito estranho, como ela sabia o que ele estava procurando? E principalmente como ela sabia onde estavam as lápides de seus pais? Lince parou de andar, eles estavam embaixo de uma grande árvore uma das maiores do cemitério.

- Aqui estão. - falou Lince apontando para duas lápides muito brancas onde estava escrito: “Thiago Potter, esposo amado e pai amoroso” . E “Lilly Potter, esposa amada e mãe corajosa”.

- Vou deixar você sozinho. - disse Lince. - Mas eu preciso falar com você. Eu vou te esperar lá fora no portão com seus amigos, tudo bem?

Harry mais uma vez balançou a cabeça. A sua garganta estava seca e não conseguia produzir nenhum som. Lince se afastou sem dizer mais nada.

Harry ficou olhando as lápides dos pais durante muito tempo sem ter um pensamento coerente na cabeça, sentindo o vento gelado no rosto, ele estava mais abalado do que pensou que ficaria. Ali estava o tumulo dos seus pais, de seu pai que sacrificou a vida tentando salvar a esposa e o filho e de sua mãe que tentou protegê-lo… e de certa forma conseguiu. Ele olhava pra baixo e apenas chorava, chorava por não ter conhecido os pais, por não ter vivido com eles, por eles terem se sacrificado, chorava por todos esses anos sem eles. Ele caiu no chão e ficou ali de joelhos chorando. Depois de vários minutos ele se levantou prometendo que iria encontrar as Horcruxes e destruir Voldemort.

Ele saiu do cemitério com os olhos vermelhos e a roupa um pouco suja. Viu seus amigos parados ali no portão um pouco tensos ao lado de Lince e Anny. Lince o olhou e apontou pra estalagem, todos se encaminharam pra lá, estava começando a chover e o frio se intensificara um pouco, quando eles entraram novo silêncio, Harry não agüentando isso apontou as escadas e todos subiram para o quarto em que ele estava instalado, quando todos entraram lançara um feitiço de imperturbabilidade.

- Harry tenho muitas coisas pra te contar e explicar. - falou Lince. - Em primeiro lugar Harry você tem que saber que eu era muito amiga de sua mãe.

- Você… e minha mãe… amigas? - perguntou Harry espantado.

- Sim. Eu e Lilly éramos amigas desde o primeiro ano de Hogwarts. Éramos inseparáveis. - Lince falou. - Nós éramos mais do que como irmãs, pois irmãs brigam e nós, acredite se quiser nunca brigávamos. Eu me lembro do dia em que a encontrei na plataforma nove e meia, eu estava sozinha meus pais tinham coisas pra resolver e não puderam esperar que eu entrasse no trem, Lilly sabia como passar, mas estava com medo e os pais dela já tinham se despedido dela…


- Você esta com medo de passar? - perguntou Lince para uma garota ruiva de olhos verdes muito bonitos, da sua idade.
- Sim. - disse a garota sem tirar os olhos da parede.
- Então segura minha mão e nós passamos juntas. - a garota de olhos verdes se virou pra ela com um lindo sorriso, e pegou em sua mão e juntas atravessaram a barreira.
- Obrigada. - falou a ruiva. - Meu nome é Lilly Evans.
- Prazer. - disse Lince. - o meu é Verônica Cresswel. Vamos pegar uma cabine?
- Sim. - disse Lilly animada. Elas andaram pelo trem e entraram em uma cabine nos fundos. - Você é de família bruxa?
- Sou. - falou Verônica sem se importar muito. - Você deve ser de família trouxa já que estava com medo de atravessar a barreira.
- Sim eu sou. Você acha que eu terei problemas por não saber nada sobre magia? Eu já li os livros que mandaram a gente comprar mais…
- Que nada. A maioria dos alunos mesmo os que são de famílias bruxas não sabem muita coisa. Você vai se dar bem lá. - falou Verônica sorrindo, parecia feliz.
- Olá Verônica. - disse um garoto loiro com ar de arrogante que acabara de abrir a porta da cabine.
- Olá Lucio. - disse Verônica parando de sorrir, e parecendo entediada.
- Você é puro sangue não devia se sentar com sangues ruins.
- E você não devia chamar ninguém desse jeito. - falou Verônica sem se alterar. - E caso você não saiba Malfoy, você não tem nada a ver com a minha vida, então cai fora e me deixa em paz.
Lucio saiu da cabine espumando, enquanto Verônica sorria vitoriosa estava na cara que ela não gostava daquele garoto.
- O que ele quis dizer quando me chamou de sangue ruim? - perguntou Lilly.
- Que você não é digna de entrar pro nosso mundo porque não tem sangue bruxo. - falou Verônica, com visível nojo do que estava falando. - Claro que isso apenas idiotas sem cérebro como o Lucio Malfoy podem achar que é verdade.
- Concordo plenamente. - disse uma voz que pertencia a um outro garoto de cabelos negros que estava entrando na cabine. Dessa vez Verônica parecia um pouco feliz de ver o garoto apesar de não sorrir, mas seu ar entediado havia ido embora.
- E ai como vai Sirius? Já pensou em um apelido pra mim?
- Calma nem bem cheguei e você já vem cobrando um apelido? Assim eu posso pensar que você não gosta de mim.
- E quem disse que gosto de você? - falou Verônica ironicamente.
- Au! Essa doeu. - falou Sirius esfregando a cara como se tivesse sido esbofeteado pela garota. - Mas tudo bem eu mereci. Eu pensei sim em um apelido pra você. Vai ser Lince que tal?
- Lince? Gostei. - falou Verônica, sorrindo. - Mas porque Lince?
- Porque você tem a língua tão afiada quanto às garras de um Lince.
Verônica apenas sorriu. Sirius saiu da cabine deixando mais uma vez Verônica e Lilly sozinhas.
- Bem Lilly você agora vai me chamar apenas de Lince. Quero que meu apelido pegue rápido.
- Tudo bem.



- Como você deve ter percebido sua mãe estava bastante nervosa. Ela normalmente falava até de mais, mas durante a viagem ela ficou um pouco calada.

- Como você conhecia meu padrinho e o Malfoy?

- Eu sou de família puro sangue e todas as famílias puros sangues se conhecem. - respondeu Lince. - Mas tem muitas outras coisas que você precisa saber Harry. Eu vou te contar minha história desde que entrei em Hogwarts e aos poucos você vai entender porque estou aqui…

Bem ai está o quarto capítulo! E comentem, por favor! Se não fosse o número de leitores eu acharia que ninguém está lendo, está tão ruim assim pra não merecer alguns comentários?

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.