Preparativos



Foi com grande surpresa que todos receberam a noticia de que os espiões de Lince eram Luna Lovegood, Narcisa e Draco Malfoy, muitos não acreditavam na história que lhes foi contada o que fazia com que os três ex-espiões fossem constantemente vitima de comentários maldosos além dos olhares desconfiados por onde quer que passassem, na AD era um pouco diferente, apesar de não gostarem de Draco eles confiavam demais em Lince para tratá-lo mal.

Luna e Draco sempre lutavam juntos, pois o nível deles era bastante alto, não tinham nem duas semanas direito de treinamento e já conseguiam superar todos da AD, muitos estranhavam, mas eles não, os outros tiveram que dedicar boa parte do seu treino com feitiços e artes marciais, eles só precisaram aprender apenas esgrima e tiro, Luna aprendera o básico de artes marciais com Lince e ensinara a Draco e na área de feitiços eles como comensais tinham conhecimento de mais feitiços do que todos ali juntos (só perdiam para a AM).

- Eu queria saber como eles fizeram para ficar tão bons. – falou Draco em uma das aulas de esgrima, enquanto observava Harry e Gina treinarem juntos, a velocidade dos ataques era tanta que mal viam as espadas, como a sala era pequena eles revezavam a hora de treinar com todos os membros, no entanto só restavam na sala os quatro, mas Draco e Luna resolveram descansar um pouco.

- Eles lutam há muito tempo contra Voldemort. – comentou Luna. – E a família de Lince está nessa guerra contra bruxos das trevas a mais de um milênio.

- Tenho que confessar uma coisa. – falou Draco sua voz soando irônica, mas o que ele dizia era verdade. – Estou feliz de estar do lado do Potter e não contra ele.

Luna riu, jamais imaginara Draco Malfoy dizendo que estava feliz por ser “amigo” de Harry Potter.

- Harry está se esforçando o máximo possível para ficar mais forte e poder vencer o Voldemort, acho que ele não precisa mais se esforçar muito não, pelo que eu já vi eles já está mais forte que Voldemort. – falou Luna pensativa.

Draco olhou para a namorada e concordou, decididamente ele mal acreditava na vida que estava levando, durante muitos anos ele estivera perdido, com conceitos e preconceitos ridículos que ele finalmente entendera que não o levariam a nada a não ser a morte, descobrira quando menos esperava o que era amar alguém, apesar dos pesares não podia reclamar da vida que estava levando, se arriscara sim, e muito, mas estava ao lado daquela que lhe ganhou o coração que lhe tirou da solidão gelada e angustiante que se encontrava, quem diria que por trás de Luna Lovegood estaria aquela mulher maravilhosa, corajosa e leal? Dizem que o destino gosta de pregar peças, mas ele decididamente adorava a peça que o destino estava lhe pregando.

- Vem vamos logo, já estamos parados a muito tempo! – chamou Luna lhe tirando dos seus pensamentos, ele se levantou e foi lutar com ela.

Harry e Gina já cansados do treino decidiram que já era hora de parar, Gina após muita insistência de Harry treinara com Lince para aumentar sua força e agora conseguia amparar os golpes do namorado com facilidade. Eles se encaminharam até a sala em que estavam reunidos os outros formando estratégias para a defesa de Hogwarts.

Enquanto isso Draco e Luna travavam uma verdadeira batalha com golpes precisos e extremamente difíceis de defender, em um desses golpes Luna acertou um golpe de espada no braço de Draco fazendo um grande corte no braço do garoto, Harry e Gina que estavam quase saindo da sala se voltaram para ajudar eles eram os únicos que estavam na sala precisa, ao contrário do que esperavam viram que os dois estavam perfeitamente calmos, Draco esticou o braço e Luna segurou em alguma coisa no pescoço e fez uma cara de concentração enquanto passava a mão pelo machucado, mas sem tocar nele, aos poucos o corte foi se fechando e em menos de um minuto estava totalmente curado.

- Como fizeram isso? – perguntou Gina surpresa.

- Rowena tinha o poder de curar e eu herdei isso dela. – respondeu Luna com a voz um pouco cansada. – É um dom incrível, mas me tira quase todas as forças, fico muito cansada toda vez que o uso, mas meu dom não é tão puro quanto o de Rowena, ela podia curar com muito mais facilidade.

- Talvez seja só falta de treino. – opinou Harry. – Com o tempo quem sabe você não sente menos os efeitos?

- É pode ser. – respondeu Luna. – Mas por enquanto eu preciso usar a relíquia dela para isso. – falou Luna mostrando o colar bem conhecido a eles.

- Como conseguiu esse colar? – perguntou Harry se lembrando que ele um dia já fora uma horcrux, mas também lembrando que aquela fora à única que eles não destruíram.

- Lince me entregou. – respondeu Luna. – Ela falou que era justo que o colar ficasse comigo já que era para seus descendentes que Rowena deixara isso, ele serve como um canalizador aumenta o poder do meu dom de cura, se não fosse ele eu só conseguiria curar arranhões.

Harry e Gina ainda um pouco surpresos com a descoberta saíram da sala precisa e foram para a reunião da Ordem.

- Que bom que chegaram. – falou Lince assim que entraram na sala. – Estávamos tentando decidir onde nós vamos colocar os pacientes e alguns voluntários, quando o ataque começar acho melhor eles não ficarem.

- Pensei que todos os voluntários ficariam para lutar. – disse Harry.

- Sim, todos querem ficar, mas não acho sensato deixar todos eles aqui, será melhor alguns ficarem com os pacientes e a guerra vai trazer muitos feridos, temos que ter alguém para nos atender, como sabem no St. Mungus Voldemort tem muitos espiões. – retrucou Lince.

- Tem razão. – concordou Harry pensativo. – Acho que o melhor lugar é o Largo Grimmald, não tem como mandarmos eles para a sua casa, seria meio difícil os trouxas não perceberem que um bando de pessoas apareceram de frente a sua casa.

- É tem razão. – falou Lince. – O problema vai ser os papéis da Ordem que temos lá não seria nada sensato que tanta gente tivesse acesso a eles.

- Isso é fácil de resolver. – opinou Gina. – Levamos os documentos para a Toca, tenho certeza que mamãe não fará objeção.

- Que seja então. – falou Minerva que até então estava em silêncio. – Temos que decidir quem vai ficar e quem vai ir, deixo isso com você Madame Pomfrey, a senhora também deve ir com eles, é a mais qualificada de todos para cuidar dos pacientes, teremos muitos feridos aqui.

- Eu acho mais sensato eu ficar diretora. – falou Madame Pomfrey decidida. – Como à senhora mesma disse essa guerra vai trazer muitos feridos, temos que ter uma equipe para cuidar dos casos mais graves mesmo durante a batalha, aconselho que fique aqui um grupo de apoio para cuidar e enviar os pacientes para o Largo.

A diretora MacGonagall apesar de um pouco contrariada tinha que concordar com a enfermeira e lhe deu permissão para formar a equipe necessária o mais rápido possível, sendo assim Madame Pomfrey saiu da sala, teria um longo trabalho pela frente, não só tinha que reunir a equipe como também precisava fazer o maior número possível de poções e remédios, o que levaria algum tempo.

- Temos também que ver como faremos à segurança de Hogwarts. – disse Quim. – Não podemos lutar aqui dentro, seria horrível destruir o colégio, mas se ficarmos fora da escola estaremos em campo aberto.

- Mas eles também estarão, eles vão entrar pelos portões que levam a Hogsmeade. – falou Rony pensativo. – Voldemort acredita demais nele e vai nos atacar de frente o problema é que o exercito dele é bem mais numeroso que o nosso.

- Ele tem como aliados alguns poucos gigantes, a maioria desertou depois de tantos companheiros mortos por Lince. – discordou Harry. – Os Dark-lobos não vão ser problema, todos da Ordem e da AD sabem usar o patrono e isso elimina também os dementadores, deles nós seis cuidamos, os comensais são em grande número, mas nós não estamos em tanta desvantagem assim, os lobisomens foram praticamente destruídos ao longo das batalhas e eles atacam tanto aliados quanto inimigos, o que me preocupa realmente são os inferis, não sabemos quantos são, mas pelo que pude ver enquanto destruía as Horcrux são muitos e nós não destruímos quase nenhum.

- O único jeito de manter os inferis longe é usando fogo, eu e você Harry podemos dar um jeito neles. – disse Lince.

- Depende da quantidade. – insistiu Harry.

- Pra isso temos a mim e ao Rony. – falou Gina.

- Graças a Draco, Luna e Narcisa soubemos antecipadamente que Voldemort estava querendo roubar criaturas mágicas e tenho certeza que conseguimos impedi-lo. – disse Quim. – E teremos a ajuda de alguns ministérios estrangeiros nessa luta o que aumenta bastante o nosso número, acho até que estaremos em vantagem numérica quanto aos comensais.

- Tem razão Quim. – concordou Rony. – Eles vão atacar primeiro com os lobisomens, como já foi dito um lobisomem transformado não diferencia amigo de inimigo, então o mais lógico é mandarem eles primeiro. Depois virão todos os outros, temos que vencer os lobisomens sem baixas.

- Isso será difícil. – falou Quim.

- Acho que não. – disse Lince sorrindo, o que significava que teve uma idéia. – Vamos usar rifles de longo alcance.

A maioria das pessoas na sala não entenderam a idéia, mas Harry e Hermione sim.

- Muito bom madrinha. – falou Harry feliz e olhando para os outros explicou. – São armas de fogo trouxa diferentes das que usamos normalmente, se estivermos em alguma torre do castelo poderemos acertar os lobisomens que estiverem entrando pelo portão.

- Mas isso é incrível! – exclamou Quim. – Mas quem ficará nas torres? Precisamos de toda a ajuda possível, quem ficar lá em cima vai chegar muito tarde para a batalha.

- Não se preocupe com isso Quim. – falou Lince. – Não precisamos de muita gente, nós seis podemos cuidar disso. – vendo a cara alarmada de alguns ali ela continuou. – E não se preocupem estaremos lá em baixo antes mesmo dos comensais pensarem em entrar na escola.

- Como? – MacGonagall fez a pergunta que todos se faziam, ela viu o sexteto se olhar como se perguntassem se poderiam falar e se antecipou a eles. – Tudo bem, não precisam falar, tenho certeza que descobriremos em breve não é?

Eles concordaram com a cabeça e suspiraram aliviados por não terem que mais uma vez falar que ainda era cedo para revelarem alguma coisa. Depois disso todos saíram e o sexteto pôde ficar sozinho.

- Dessa vez achei que estávamos ferrados. – comentou Harry.

- E estamos Harry. – falou Gina, que estivera pensando nas ultimas semanas sobre tudo que lhes aconteceram, podiam falar abertamente ali, a sala tinha o feitiço imperturbável. – Como você acha que eles vão reagir quando souberem de tudo pelo que passamos? Principalmente pelo que nós dois passamos?

Harry olhou alarmado para Gina, ela tinha toda razão, ele provavelmente seria esfolado vivo pelos irmãos dela quando descobrissem que os dois passaram cinco anos no passado, pois com certeza eles deduziriam que eles não ficaram lá apenas de mãos dadas e beijinhos.

- É cara você está ferrado. – falou Rony sabendo do porque da cara assustada do amigo.

- Rony! – exclamou Gina em tom de aviso. – Harry infelizmente não poderemos mentir quanto ao fato de termos ido para o passado, pois foi lá que nós aprendemos os poderes elementais.

Harry suspirou resignado, já tinha enfrentado muita coisa na vida para agora se acovardar, duelaria com todos os Weasley se fosse necessário para ficar com Gina, mas sabia que não seria necessário, só teria que tomar cuidado com Fred e Jorge, fora eles os outros provavelmente aceitariam tudo numa boa como o Rony, apenas algumas ameaças de vida e nada mais.

Saíram da sala cada um perdido em seus próprios pensamentos, Rony não percebera, mas Hermione o estava seguindo desde que saíra da sala, ele estava desatento com o que lhe acontecia ao redor, tentava colocar a cabeça em ordem para definir se a estratégia que escolhera era a melhor, ele via a guerra como um jogo de xadrez e sabia que um passo em falso e tudo estaria perdido, Rony entrou em seu quarto e se jogou na cama, ele esquecera de transfigurá-la em uma cama de solteiro, faria isso depois não tinha cabeça pra isso, apesar de desconcentrado ele não pôde deixar de ouvir o ranger da porta, levantou-se assustado com a varinha em punho, mas percebeu que não seria necessário o uso dela, ali na sua frente estava Hermione com uma expressão indecifrável no rosto.

- Mione o que faz aqui? – perguntou Rony preocupado, apesar de já estarem namorando há algum tempo eles evitavam encontros a sós no quarto durante o dia, o flagrante de Fred e Jorge estava ainda vivido na mente deles.

- Lembra no nosso quarto ano quando eu perguntei se tudo iria mudar? – perguntou Hermione, sua voz pouco mais de um murmúrio, Rony acenou com a cabeça confirmando que se lembrava. – Eu estava pensando em o quanto tudo mudou, que o meu maior sonho daquela época se realizou.

- E qual era? – perguntou Rony curioso por causa do sorriso maroto no rosto de Hermione.

- Ficar com você. – respondeu Mione.

- Interessante. – falou Rony sorrindo e chegando perto da garota. – Esse também era o meu sonho, ter você ao meu lado, mesmo eu não sabendo que era isso que eu queria, naquela época eu já te amava.

- Eu também. – falou Hermione fechando os olhos assim que Rony começou a acariciar seu rosto. – Eu estou com medo.

- Eu também. – falou Rony a abraçando. – Mas não por mim e sim por você.

- Então você deve temer muito se machucar. – falou Hermione fechando os olhos guardando mais uma vez na memória o conforto que sentia nos braços dele. – Pois temer por mim é a mesma coisa que temer por você, pois sem você eu não sou nada.

- Você sempre consegue me deixar sem palavras. – disse Rony sorrindo, Hermione riu também. – Nós fazemos uma bela dupla.

Hermione o olhou interrogativamente, não entendera o que ele quis dizer com a afirmação.

- Vamos ficar juntos na batalha, sempre. – explicou Rony. – Como no ataque ao Beco, um defendendo o outro.

- Ok. – concordou Hermione e com um sorriso maroto ela prosseguiu. – Mas nós não formamos uma boa dupla só em lutas.

Dessa vez foi Rony quem a olhou interrogativamente, Hermione trazia no rosto um sorriso travesso, sorriso este que ele só descobrira existir depois do começo do namoro.

Hermione não falou nada, simplesmente se aproximou de Rony e o beijou, e ele entendeu em que eles faziam uma boa dupla, apesar de discordar dela, eles não formavam uma boa dupla de namorados, eles formavam uma dupla excepcional. Sorriu e trouxe Hermione para mais perto, sabia que estavam cometendo uma loucura, mas com tantas batalhas, eles não tinham muito tempo para se dedicar a si mesmos. Rony carregou Hermione no colo até a cama e com a mão trancou e imperturbabilizou a porta, apesar de loucura, não custava nada tomar algumas preocupações, se voltou para a garota em seus braços e sorriu, Mione sorriu de volta e ambos se beijaram apaixonadamente…

Naquele dia por algum motivo desconhecido pelos outros, Rony e Hermione não foram jantar, o que preocupou a Sra. Weasley, que sabia que o único jeito de Rony perder a fome era se ficasse doente, mas Lince a tranqüilizou dizendo que vira os dois indo em direção a cozinha, o que de certa forma era verdade, já que eles duas horas após o jantar foram realmente até as cozinhas.
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Um mês havia se passado desde que Draco e Luna haviam sido descobertos e nenhum ataque havia acontecido, alguns pareciam aliviados, mas percebiam que o sexteto que havia se instalado definitivamente em Hogwarts estava cada vez mais inquietos e preocupados, pois eles sabiam que aquela era a calmaria que vinha antes da tempestade, o único motivo para Voldemort ter parado de atacar é o de que ele está planejando o ataque a Hogwarts, Rony era um excelente estrategista e estavam apostando tudo nisso, praticamente toda a defesa de Hogwarts havia sido planejada por ele e Lince, Anny estava ajudando Madame Pomfrey na preparação das poções, Harry e Gina na organização dos voluntários de outros países e nas rondas através da escola para manter a segurança de todos. Narcisa preferiu ficar entre os voluntários que cuidariam dos pacientes para mandá-los para o Largo, que mais uma vez teve o feitiço do fiel do segredo quebrado, já que Lince não estaria disponível para falar pros pacientes onde ficava a casa. Harry, Rony, Lince, Anny, Hermione e Gina treinavam agora exaustivamente com os rifles de longa distância na sala precisa, todos os treinamentos dos outros haviam sido transferidos para as outras salas de Hogwarts, já que a sala precisa estava sempre ocupada pelos seis.

Prika: Eu imaginei que ninguém iria pensar no casal, talvez no Draco como espião, mas na Luna nunca, mas essa era a intenção, surpreender, o dom da Ravenclaw foi inventado por uma amiga minha que gosta muito da Luna, a Polyana (mas ela gosta de ser chamada de Luna), ela me deixou usar a idéia dela, modifiquei um pouco claro, mas a idéia central foi dela, espero que goste deste cap também, beijos.
Matt: Que bom que gostou, o cap anterior foi meio complicado de escrever, mas esse foi um pouco mais fácil, obrigada por comentar, beijos.
Luna: Esse cap. é seu, obrigada por me deixar usar sua idéia, beijos te adoro e estou com saudade.
No próximo capítulo a Batalha final espero superar as espectativas.
Não postei ontem como de costume, porque fiquei o dia inteiro sem net, então estou postando hoje, desculpem pela demora.

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