Que a batalha comece



Era a primeira noite de lua cheia do mês, e Rony acreditava que aquela seria a noite em que Voldemort atacaria, todos estavam a postos, preparados para a batalha, o sexteto estava na torre da Grifinória que era a mais alta e de lá era possível ver a entrada da escola, lá em baixo eles podiam ver uma multidão de bruxos prontos para dar a vida pela liberdade do mundo bruxo, sentiam-se responsáveis pela vida de cada uma daquelas três mil pessoas e fariam de tudo para que o número de perdas fossem mínimas.

Não esperaram muito até que pudessem ouvir o ressoar horrível de uivos, milhares de lobisomens adentraram na escola, os rifles tinham lentes de visão noturna, eles atiraram sem parar e sem errar os alvos, sabiam que possuíam pouca munição então era melhor não errarem, o número de lobisomens foi um pouco maior do que esperavam, mas conseguiram contê-los antes que chegassem aos amigos, eles sacaram as espadas e usaram a aparatação elemental aparecendo na frente do exército, surpreendendo a todos, mas não deram importância, logo a frente dementadores e dark-lobos vinham em sua direção, ouviram os membros da AD e da Ordem conjurarem seus patronos junto com eles e uma grande quantidade de patronos se lançou contra os dark-lobos destruindo alguns, mas ainda sobraram muitos, mas por algum motivo eles não atacaram, os dementadores que se mantinham afastados do exército, ia aos poucos sendo destruídos pelo sexteto.

Percebendo que os patronos foram poucos se comparados ao número de pessoas que tinha ali, Harry se virou tirando os olhos dos dark-lobos que se mantinham parados, e percebeu que a maioria das pessoas, não tinha a mínima esperança de ganhar à guerra, mas que resolveram lutar porque era melhor morrer lutando do que viver num mundo dominado por Voldemort.

- Muitos aqui não me conhecem! – exclamou Harry sua voz soou alta e imponente, dispensando o feitiço sonorus, já que o silêncio era total. – A maioria de vocês me conhecem apenas por nome! Já me chamaram de muita coisa, menino que sobreviveu, o escolhido, louco e mais recentemente de membro do sexteto da morte! Pois digo a vocês, agora, que não sou nada disso! Sou um garoto de dezessete anos que desde cedo teve que lutar contra um bruxo das trevas, vivi até hoje sendo atacado de todas as formas por Voldemort, mas sobrevivi, e sabem porque? Porque eu acreditei em mim, nos meus amigos, porque queria viver, e ainda quero! Não estou aqui para morrer levando quantos comensais puder, estou aqui para vencer! Voldemort é um bruxo poderoso, mas mexeu com a pessoa errada! Não vou desistir, e prometo que até que a última gota de sangue me seja tirada eu vou lutar! Durante minha vida inteira sempre quis fazer tudo sozinho, pois sempre que alguém morria, eu me sentia culpado, hoje não me sinto mais assim, as pessoas que se foram, deram a sua vida para que pudéssemos continuar vivos. Por um mundo sem a sombra de morte e destruição de Voldemort! É por esse mundo que eu luto! Por um mundo em que eu não tenha que me preocupar com ataques, com mortes, e peço a vocês que não lutem hoje por que é melhor morrer do que viver num mundo dominado por Voldemort, lutem porque é melhor morrer do que deixar que o mundo seja dominado por Voldemort! Que a batalha comece! E que eles tremam! Pois não encontrarão nada aqui a não ser a morte!

Harry não esperava o que estava vendo, após suas palavras todos começaram a gritar: “Morte! Morte!” Os membros da AD que usavam espadas, colocaram fogo (que não queimava) nas laminas, deixando as espadas com um tom fantasmagórico e medonho.

No mesmo momento em que Voldemort e seu exercito entravam pelos portões, três mil pessoas gritavam a plenos pulmões: “Morte! Morte! Morte!” Pois já não tinham mais medo de morrer, que a morte viesse, mas naquele dia que começava a despontar no horizonte Voldemort e seus asseclas cairiam, todos puderam sentir o quanto os comensais estavam temerosos, até o “Lorde das Trevas” parecia com medo, com toda certeza não esperavam que haveriam tantas pessoas, e muito menos que fossem recebidos por um grito de guerra daqueles. Voldemort treinara seus comensais para se defenderem dos poderes elementais do Sexteto, apesar de não conhecê-los (os poderes) por esse nome, achara que a batalha estava ganha, pois de longe podia sentir o medo que pairava no ar vindo daquelas mesmas pessoas que agora clamavam pela morte e tudo por causa daquele pirralho que discursara como se já tivesse ganhado a batalha, não passava de um insolente e ele provaria que Harry Potter não era nada se comparado a ele! Mostraria que não era ele quem devia temer e sim aqueles que chamavam pela morte, já que a queriam ele iria dá-la a eles.

O verdadeiro ataque finalmente começou, Voldemort vinha liderando um enorme grupo de comensais que se igualava em quantidade ao exército que tinham, mas também tinham muitos inferis uma quantidade impressionante, era um verdadeiro exército de zumbis, puderam ver também que a quantidade de dark-lobos e dementadores eram maiores do que puderam imaginar já que ainda tinha um número considerável ali e eles tinham destruído outros tantos há poucos minutos, sem falar que os Dark-lobos restantes da primeira investida se uniram aos que chegaram naquele momento, numericamente já tinham perdido a guerra, mas números não diziam nada, o exercito de aliados tinha o sexteto da morte ao seu lado.

O ataque começa e Harry tenta avançar diretamente para Voldemort, no entanto, o exército de inferis começa a avançar e os comensais ficam para trás, Harry usa o fogo assim como Lince, mas a barreira não é tão grande assim e alguns inferis começam a desviá-la para voltar ao ataque, é neste momento que Rony e Gina usam o vento fazendo o fogo se alastrar e os inferis pegarem fogo, agora era só terminar com o restante de dark-lobos, agora, quase três mil patronos foram conjurados, destruindo a maioria daquelas criaturas grotescas, os poucos dementadores que restaram foram encurralados pelos patronos dos membros da AD, estavam agora imobilizados.

Apesar de ter ensinado aos seus comensais a se defender dos poderes daqueles garotos, Voldemort percebia que não fora suficiente, a maioria dos comensais parecia não lembrar de nada do que ele ensinou, furioso mandou que o exército avançasse, todos juntos, os dementadores e os muitos comensais avançaram.

Harry e os outros agora mostravam do que eram capazes, lutavam ao mesmo tempo com todas as criaturas de Voldemort sem problemas, com piruetas, socos, feitiços, poderes elementais iam destruindo um por um de seus inimigos, mais tarde se lembrariam que não havia gigantes na batalha e descobririam que todos desertaram, pois já tinham perdido gigantes demais.

Harry continuou avançando até Voldemort com a espada em punho, já não era necessário fingir que precisava de uma varinha, alguns comensais se interpunham tentando detê-lo, mas nada o faria parar, fez com que um raio caísse em cima dos comensais e uma aura de fogo se formasse ao seu redor, ele havia colocado em suas roupas um feitiço que impedia que o fogo as queimasse, o mesmo não acontecia com os adversários que se aproximavam demais dele, a espada em punho já fazia mais vitimas, e ele uma vez mais se viu obrigado a usar a maldição da morte, Voldemort estava agora a poucos metros dele, Harry podia ver o medo e o ódio estampados no rosto do Lorde, e a batalha do século estava prestes a acontecer.

Lince viu o afilhado avançar até Voldemort e soube que naquele momento já não podia fazer nada por ele além de torcer para que ele vencesse, ela matou alguns comensais com a espada, usou sua força descomunal para matar mais alguns e avistou Bellatrix, ela tinha fulgido de Azkaban dois dias antes, um dos aurores que trabalhavam lá era um espião de Voldemort, no entanto, Bellatrix agora era apenas um inferi, um dos poucos que sobraram, Lince lançou uma bola de fogo e Bellatrix sumiu definitivamente, mas isso fez com que Lince visse uma coisa que não gostaria, Hermione estava lutando contra vários comensais ao mesmo tempo, mas um deles chegava por trás pronto para matá-la, Lince identificou o comensal, era Snape, alguém que ela queria encontrar a algum tempo, ela se aproximou dele matando mais alguns comensais pelo caminho e usou o sectumsempra, Snape pego de surpresa se virou e Lince pôde ver no rosto dele medo e ódio, ela continuou avançando matando alguns comensais no caminho com a espada, socos, e feitiços lançados com a mão e mandando seu patrono destruir os dark-lobos que se aproximavam, eles haviam destruído todos, mas parecia que os comensais estavam conjurando mais dark-lobos.

- Eu estava a mando de Dumbledore. – falou Snape que com um feitiço parou o sangramento no seu corpo. – Dumbledore estava condenado à morte pela maldição do anel, ele me pediu, me implorou para matá-lo, assim ninguém descobriria que o Potter estava lá em cima com ele…

- Eu sei. – murmurou Lince e por um segundo Snape achou que estava salvo, leigo engano. – Dumbledore me mandou uma carta, dizendo do plano dele, você o mataria e ganharia de uma vez por todas a confiança de Voldemort e ai poderia continuar como espião da Ordem, mas você não continuou, assim que Dumbledore morreu você o traiu, sim Snape eu conheço você, ou melhor, lixos como você, você é daqueles que só pensa em si mesmo, que não mede esforços para se dar bem, sei muito bem que você assim que viu Voldemort se tornando cada dia mais forte e Dumbledore morto você se tornou o puxa saco de sempre do “Lorde das Trevas” não é?

- Vejo que me conhece muito bem. – falou Snape sorrindo, mas na verdade estava com muito medo, tudo que Lince falou era verdade, ele realmente mudou de lado, mas como ele iria imaginar que o Potter, aquele garoto tão irritante e sem talento iria conseguir se tornar tão poderoso?

- Você deve estar bastante aborrecido agora não é? – perguntou Lince iniciando com um golpe de espada o duelo que há muito tempo esperava, alguns comensais tentaram por algum tempo interferir na batalha, mas Lince sempre os matava, então os que passavam perto fingiam que não estavam vendo, deixando Snape cuidar de seus assuntos, sozinho.

Gina avançou ao lado de Harry por algum tempo até que ele se aproximou de Voldemort e ela preferiu não interferir aquela era uma luta a que ela não pertencia, viu Lince destruindo Bellatrix e depois lutar contra Snape, viu Hermione olhar agradecida para Lince já que o ranhoso ia atacá-la pelas costas, mas logo ela já não podia prestar atenção nos outros, estava cercada por um grande numero de comensais, conjurou uma barreira de gelo que refletiu como espelho os feitiços lançados contra ela, usou a terra para lançar pedras enormes contra os comensais, ela estava mais no meio da batalha, queria evitar acertar alguém que estava do seu lado, usou várias vezes o vento, lançando seus adversários para longe, mas logo não pode usar os poderes elementais, pois os amigos estavam avançando e se continuasse os acertaria, com a espada em punho começou a usá-la lançando diversos feitiços desconhecidos a todos que viam, ela usava os feitiços que aprendera com Merlin e Atalon, viu de relance Lucius Malfoy duelando contra o filho e ficou furiosa com Voldemort, pois era graças a ele que agora pai e filho duelavam prontos para matar um ao outro. Ela lutava sem descanso, golpeando e lançando feitiços sem parar, mas cada vez mais comensais apareciam, até que ela viu mais atrás um comensal que há muito tempo queria derrotar, Rabicho estava mais afastado da batalha em seu rosto podia-se ver que estava em pânico, ela avançou até ele e começou a duelar, apesar do traste que era até que ele lutava bem, mas ela era muito melhor, com uma pirueta se colocou atrás dele e com a espada decepou sua cabeça, se tivesse tempo teria vomitado ali mesmo, ela não gostava de matar e não era sua intenção decapitá-lo, mas o golpe saíra mais forte do que imaginava, mas como não tinha tempo voltou a lutar.

Rony e Hermione como combinaram antes da batalha seguiram lado a lado um defendendo o outro, mas em certo momento tiveram que se separar e foi nesse momento que Snape quase atacou Hermione pelas costas, Rony que havia visto o ranhoso se aproximar tentou voltar para ajudar à amada, mas comensais e mais comensais apareciam e o impediam, o sexteto havia cortado a ligação mental entre eles, pois poderia atrapalhá-los durante a batalha, mas também sabiam que dificilmente conseguiriam se concentrar o suficiente para conversar mentalmente, Rony lançava feitiços para todos os lados, sua espada já estava vermelha de tanto sangue, mas não conseguia se aproximar, tentou gritar, mas sua voz foi abafada pelos gritos de feitiços e dor que vinham de todos os lados, foi ai que ele viu Lince e se tranqüilizou um pouco, Hermione agora estava a salvo.

Hermione lutava com um número considerável de comensais, parecia que a maioria deles se concentrava principalmente no sexteto, o que apesar dela não saber era verdade, ela sentiu alguém se aproximar por trás, mas não podia se virar, se o fizesse seria morta por algum dos comensais com que lutava, foi ai que sentiu Lince se aproximar e pode olhar de relance para ela fazendo um agradecimento mudo, voltou a prestar atenção na batalha viu Rony ao longe, ele parecia aliviado, provavelmente vira que Snape se aproximava dela, ela foi lutando sempre avançando ao encontro de Rony assim como ele também o fazia, após alguns minutos eles se encontraram lado a lado, e usaram os poderes elementais combinados, e uma barreira de pedras e vento foi erguida ao redor deles, as pedras barravam os feitiços e o vento fazia-as rodarem vertiginosamente em volta dos dois, assim eles puderam vencer os poucos comensais que estavam presos dentro da barreira que os circulava e avançavam aos poucos e sempre que alguém tentava passar pela barreira eram esmagados e lançados longe, mas logo tiveram que parar, alguns aliados estavam se aproximando e eles poderiam mata-los, com espadas em punho retornaram a luta agora juntos.

Anny avançou junto com os outros contra a massa de comensais, com o raio derrubava vários inimigos ao mesmo tempo, como controlava em quem o raio acertaria, continuou a usá-lo mesmo quando os amigos se aproximaram, apesar de tudo estava feliz, conseguira convencer Matheus seu namorado a não lutar na guerra, sabia que ele na época da escola era bom em DCAT, mas aquilo era uma guerra e não queria correr o risco de perdê-lo, olhou de relance a espada e viu que ela já estava com a lâmina totalmente vermelha, ela odiava aquilo, mas faria o que fosse necessário para que o mundo vivesse em paz, avistou ao longe um comensal que a muito queria matar, Dolohov, que havia matado seu melhor amigo Martin Shine nos tempos de escola, e o pior é que o havia matado por engano Martin não era o alvo e sim o filho de um auror que vivia ao lado da casa de Martin, os dois garotos eram amigos e quando Dolohov invadiu a casa, Martin estava lá sentado na sala e o amigo na cozinha, quando o amigo retornou encontrou Marin morto e Dolohov fugindo pela porta, Dolohov a encarou com desprezo e ela sorriu finalmente se vingaria, avançou cautelosamente, não iria usar o raio ele merecia morrer a maneira trouxa, afinal tinha que confessar aquela era uma ótima maneira de se vingar de um comensal, não iria usar nenhum feitiço apenas a espada e nada mais.

Draco que estava um pouco atrás do sexteto quando os viu avançarem avançou também foi um dos primeiros, ele como toda a armada empunhava uma espada na mão esquerda e a varinha na direita, a lâmina de sua espada também ardia em fogo, lutou contra alguns comensais os matando rapidamente, parecia que os comensais estavam com raiva dele, pois havia percebido que ele era o alvo mais visado por eles, além do sexteto é claro, sinceramente já não se importava mais, cortou as gargantas de uns, e matou outros com o Avada Kedrava, até que se deparou com o pai… e sorriu… poderia se vingar, apenas três pessoas sabiam de tudo pelo que ele havia passado por causa do pai, e essas pessoas eram: Lince, sua mãe e Luna. Seu pai era um imbecil, um idiota que tudo que sabia fazer era servir a um idiota ainda maior que se auto-intitulava Lorde, durante toda a sua infância seu pai lhe torturava com feitiços, nunca chegou a usar o cruciatus, mas para uma criança era com se fosse e tudo porque ele não queria ser mal com os elfos domésticos e achava toda aquela baboseira de sangues-puros idiotice, mas quando Lucius Malfoy começou a usar a maldição da tortura em sua esposa, acreditando ser ela a culpada por ter um filho traidor do sangue, Draco decidira ser o que o pai queria e durante muito tempo fingiu acreditar que ser um sangue-puro era a melhor coisa que podia acontecer a alguém, implicou com tudo e com todos em Hogwarts, pois sabia que o pai não confiava nele, mas a gota de água foi obrigá-lo a se tornar um comensal, isso ele não perdoaria, não era um verme sem cérebro para servir alguém, não era um escravo para ter seu braço queimado, andou devagar até o pai que o olhava com ódio como se ele tivesse feito algo de muito errado, e o duelo se iniciou.

Luna avançou junto com Draco contra aqueles que há pouco tempo seguiam suas ordens, ainda não sabia como conseguira ficar tanto tempo fingindo ser o que não era, mas quando lembrou de Draco que ficou anos fingindo ser um completo idiota tinha a resposta, foi por amor, por amar o mundo em que vivia, por seu pai que com certeza teria sido assassinado por Voldemort, seu pai escrevera várias vezes no Pasquim o quanto todos tinham que ajudar Harry Potter, Voldemort acreditava que ela matara o pai, colocara na mente do Lorde a imagem dela matando seu pai como vingança por ele ser um traidor do sangue, idiota até hoje se perguntava como Voldemort fora tão burro a ponto de acreditar que ela seria capaz de uma atrocidade dessas, seu pai estava muito bem, seguro em uma casa que Lince possuía no Brasil, ela voltou a prestar atenção nos duelos que travava e ficou surpresa com a quantidade de gente que havia derrotado sem nem ter prestado atenção nas lutas, estralou o pescoço e foi ajudar algumas pessoas que haviam sido cercadas pelos comensais, ela reconheceu como sendo aurores vindos dos Estados Unidos.

Prika e Fl4v1nh4: desculpem não responder a cada uma separadamente, mas é que hoje estou com pressa, obrigada pelos comentários e que vocês gostem desse cap, sei que ele é o mais sombrio da fic, mas guerra é guerra, beijos.

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