Explicações



- Então você é minha madrinha? - perguntou Harry depois que Lince havia contado toda a sua história dos tempos de Hogwarts a ele.

- Sim. - disse Lince olhando Harry com a expressão séria. - E agora que você sabe como eu me tornei amiga da sua mãe, namorada do Sirius e amiga dos marotos, eu vou te explicar porque você nunca soube da minha existência e porque o Sirius nunca falou nada sobre mim.

Rony e Mione não acreditavam no que estavam ouvindo, Lince era madrinha de Harry era tudo tão estranho, Anny assim como Rony e Mione não falara nada durante todo esse tempo, ficara calada apenas ouvindo.

- Quando tudo aconteceu e Sirius foi acusado e preso em Azkaban eu tentei defende-lo eu sabia que ele não era culpado que o fiel segredo era o Rabicho, eu falei isso, mas teve um problema eu achei que o Sirius tinha matado mesmo aquele rato por vingança, e não sabia o que ele tinha gritado antes de “explodir”, acharam que eu era cúmplice do Sirius que havia inventado uma história mirabolante para acusar uma pessoa morta que não podia se defender e salvar o homem com quem eu morava, me acusaram de ser comensal da morte assim como Sirius, os dementadores não me quiseram em Azkaban e eu fui banida do país, só que se esqueceram de dizer pro Sirius que já estava em Azkaban que eu havia sido banida e não poderia visitá-lo e que as visitas a ele haviam sido proibidas, ele pensou que o haviam abandonado e que eu não tinha feito nada para defendê-lo ele ficou muito magoado durante muito tempo.

Harry olhou Lince e ficou surpreso ela tinha uma fina lágrima escorrendo pelo seu rosto, Harry nunca soube por que, mas confiou nela acreditou em sua história.

- Você não tentou falar com ele? - perguntou Harry.

- Sim, desde que ele saiu de Azkaban eu tentei falar, mas ele quando coloca alguma coisa na cabeça é impossível tirar, ele não aceitava conversar comigo e… bem ele e eu não nos encontramos.

- Eu sinto muito. Teria sido muito bom se Sirius tivesse você ao lado dele.

- É, voltar à casa da família dele não deve ter sido nada fácil, ele deve ter ficado muito triste. Eu queria ter podido falar com ele e me explicar, pelo que o Remo me falou o Sirius não aceitava que se tocasse no meu nome na frente dele e sendo assim ele acabou não deixando que explicassem pra ele porque eu nunca o havia visitado. E acho que você agora sabe por que você nunca soube da minha existência porque o Sirius não queria que você soubesse Harry. No inicio você não soube pelo mesmo motivo que não soube que o Sirius existia.

- Você soube como ele morreu?

- Sim. - Harry a olhou, apesar de não se sentir culpado muitos poderiam achar que ele era. - E não se preocupe eu não culpo você, eu conheço o Sirius bem demais e sei que nada no mundo o faria ficar no Largo Grimmald enquanto você corresse perigo.

Lince estava se segurando para não chorar, ela estava abalada, olhar Harry era como olhar para o Thiago, e quando ela olhava pros olhos de Harry era como se estivesse olhando nos olhos de Lilly, Lince quase não chorava era muito difícil alguma coisa a atingir, mas lembrar de toda a sua história era muito doloroso, lembrar dos tempos de escola, dos marotos e de Lilly fazia-a lembrar que eles não estavam mais ali que do antigo grupo apenas ela e Remo sobraram. Ela olhou para Harry e viu que ele também tentava se segurar para não chorar, Lince não segurou mais as lágrimas, as deixou cair pelo seu rosto e abraçou Harry como sabia que Lilly o abraçaria, e prometeu a si mesma que faria de tudo para ajudar Harry nessa difícil jornada, faria de tudo para que ele sobrevivesse e que não fosse tão doloroso o caminho pelo qual ele tinha que passar.

- Eu tenho um presente para você. - Disse Lince enxugando as lágrimas com as mãos. - Eu procurei ele durante um mês foi difícil de encontrá-lo, mas eu consegui.

Lince pegou a varinha e conjurou um pote de vidro com um rato dentro, Harry observou o pote não entendendo o que de tão especial ele tinha, Harry observou bem o rato e percebeu porque era especial…

- Sim Harry, é o Rabicho. - disse Lince lançando um olhar que assustaria qualquer um ao rato que se encolheu. - Eu pensei que depois de tantos anos sem te ver eu tinha que trazer alguma coisa especial, faça o que quiser com ele, sinceramente eu aconselho que use a Cruciatus antes de matá-lo.

- O Harry não pode fazer isso! - disse Mione que até então se manteve calada. - A Cruciatus é ilegal. Ele se meteria em encrencas se fizesse isso.

- É claro que não se meteria! - disse Lince com um que de alegria na voz. - Que tipo de madrinha você acha que eu sou? Não precisa se preocupar Harry seja lá o que for que você fazer com ele eu digo que fui eu. E ninguém do Ministério é tão idiota de se meter comigo, em todo o caso é só eu falar que fui atacada por ele.

Harry odiava Rabicho pelo que ele fez, mas é claro que ele não usaria a Cruciatus nele apesar de ser uma boa idéia.

- Acho melhor entregar esse… isso aqui pro ministério. - disse Harry.

- Tudo bem. - disse Lince que parecia já esperar essa atitude de Harry. - Anny você pode entregar essa coisa pro Ministério? Se eu ficar muito tempo perto do Rabicho é capaz de eu não resistir e matá-lo.

Anny pegou Rabicho e sem dizer nada aparatou. Rony e Hermione inventaram uma desculpa qualquer e saíram também para que Lince e Harry pudessem conversar melhor.

- Você já sabe por onde começar a procurar os Horcruxes? - perguntou Lince, ela olhava atentamente para Harry que estava muito surpreso.

- Eu ainda não sei. - disse Harry.

- Acho que você deveria procurar na casa do Riddle, na casa do pai do Voldemort.

- Você acha que pode haver alguma Horcruxe lá?

- Sim, Voldemort gosta de esconder suas Horcruxes em lugares marcantes, sendo assim ele pode ter escondido alguma no lugar onde ele uma vez matou o pai.

- É você tem razão eu vou procurar por lá, mas eu não sei onde é essa casa. - disse Harry olhando para Lince.

- Não se preocupe eu me informei a antiga casa dos Riddle fica perto do cemitério onde o Voldemort retomou os poderes.

- Ótimo! Eu quero destruir as Horcruxes o mais rápido possível.

- Eu entendo Harry, mas antes você tem que receber um certo treinamento, pois sei que não teve nenhum, acho que o principal é eu te ensinar Oclumência.

- Oclumência? - Falou Harry em um tom meio desesperado, ele se lembrava claramente das sessões de tortura que teve em seu quinto ano.

- Sim. - disse Lince sorrindo, era a primeira vez que Harry a via sorrindo era um sorriso muito bonito. - Só que eu não sou o Snape Harry, graças a Merlin, eu vou ensiná-lo e não torturá-lo como aquele idiota fazia.

Harry se sentiu bastante aliviado depois desse comentário e também sorriu.

- Só que Harry onde você pretende ficar?

Harry a olhou como se não estivesse entendendo.

- Sabe, você não vai ficar o tempo todo viajando a procura de uma horcrux e outra, por exemplo, quando você achar uma você terá que parar um tempo para pesquisar onde achar a outra.

- É você tem razão, eu ainda não tinha pensado nisso.

- Eu tenho uma idéia, mas acho que você não vai gostar muito. - falou Lince olhando atentamente a reação de Harry. - Bem, esse lugar é o último que alguém esperaria te encontrar, sem falar que é muito seguro, estou falando do Largo Grimmald Harry.

Harry a olhou assustado, ele nunca se imaginou voltando aquela casa, a lembrança do Sirius estaria muito presente, ele havia superado a morte dele, mas… com certeza seria muito doloroso voltar, mas Lince tinha razão ninguém nunca esperaria encontrá-lo lá seria um lugar perfeito para ficar no intervalo das buscas.

- Mas e a Ordem não está funcionando lá? - perguntou meio incerto.

- Não, a Ordem está desativada por enquanto, o Dumbledore era o líder da Ordem e agora eles não sabem a quem nomear, estão na mesma situação que Hogwarts. Quer dizer não sabem se vão reabrir a escola ou não assim como não sabem se a Ordem deve continuar ou não, mas acho que continuarão, no entanto Hogwarts dificilmente será aberta enquanto a guerra continuar. Sendo assim o mais provável é que quando a Ordem voltar à ativa sua sede será em Hogwarts que é mais seguro.

- Entendo espero que quando tudo isso acabar a escola volte a funcionar seria muito estranho se Hogwarts fechasse para sempre.

- Hogwarts não fechará para sempre pode ter certeza Harry. E quanto ao Largo eu vou colocar alguns feitiços lá para tornar a casa mais segura, e eu acho que é melhor você ir ao Largo Grimmald Harry. Você já fez tudo que tinha que fazer aqui, e não é bom você ficar muito tempo em um lugar só. Durante as suas viagens você tem que ficar o mínimo possível nos lugares.

- Sim, você tem razão, vamos chamar o Rony e a Mione.

Eles saíram do quarto e chamaram Rony e Hermione que… digamos assim tinham arranjado o que fazer para se distrair, quando Lince e Harry entraram no quarto de Rony, ele e Mione estavam se beijando apaixonadamente e estavam meio… próximos demais da cama, eles ficaram muito vermelhos, Harry contou fazendo muita força pra não rir da cara muito mais muito vermelha dos amigos, que eles iriam até a casa de Harry (Largo Grimmald).

Quando estavam saindo da estalagem, prontos para aparatarem, Anny apareceu dizendo que já havia entregado Pedro (Rabicho) ao Ministério. Mas…

- Quietos! - exclamou Lince repentinamente.

O trio a olhou sem entender, Lince estava séria e olhava para os lados como se procurando alguém, Anny conhecendo muito bem Lince sacou a varinha imediatamente e se aproximou de Harry, Rony e Hermione.

O clima estava pesado fazendo com que parecesse que tinha se passado vários minutos, mas na verdade havia se passado apenas alguns segundos quando vários vultos encapuzados apareceram cercando-os completamente lançando vários feitiços, todos desviados por Lince e Anny, as duas se olharam e fizeram um pequeno aceno de concordância com a cabeça, e se puseram de costas uma para outra e entre elas estava o trio espantado com a rapidez com que as duas desviaram os feitiços.

- Olha quem nós encontramos. - falou um comensal olhando diretamente para Lince, e logo depois para o resto do grupo se demorando em Harry. Para logo depois falar em um tom bastante irônico. - Viemos aqui para pegar Lince e achamos o Potter isso é muito bom My Lorde ficará muito feliz quando souber que além de matar a Auror também matamos o Escolhido.

- Pra isso primeiramente você teria que ser um bruxo muito melhor. - falou Lince irônica. - E também você achou mesmo que conseguiria me vencer com apenas seis comensais? Acho que estou sendo subestimada e tudo isso só porque de vez em quando deixo um de vocês vivos.

- COM QUEM VOCÊ PENSA QUE ESTÁ LIDANDO? - gritou o comensal que estava muito nervoso, e ficou ainda mais quando Lince soltou uma gargalhada por vê-lo gritar.

- Com um idiota que ainda não sabe nem segurar a varinha direito e se acha um bruxo competente. - Lince dessa vez estava séria. - AGORA!

Dois feitiços saíram das varinhas de Anny e Lince imobilizando os dois comensais que estavam à frente delas, e logo Anny começou a se mover para a direita se desviando dos feitiços dos comensais e imobilizando-os ao mesmo tempo, enquanto Lince se movia à esquerda imobilizando, desviando-se, e não deixando que os feitiços desviados por ela e Anny acertassem o trio que estava de boca aberta. Quando todos os Comensais foram vencidos Lince falou:

- Vamos temos que ir ao Largo agora antes que mais desses idiotas voltem. - disse Lince dirigindo-se a Harry, Rony e Mione. Para logo se virar para Anny e acrescentar. - Anny leve os comensais para o Ministério e conte que nós fomos atacadas… bem inventa alguma coisa, mas não diz que eles estavam aqui. - disse apontando para o trio. - Eu tenho que deixá-los em segurança. E depois você vai pro Largo.

- Tudo bem. - disse Anny.

Anny executou um feitiço de levitação nos comensais e aparatou levando-os juntos. Enquanto Lince e os outros aparatavam para a antiga casa dos Black.

- Eu vou fazer os feitiços de defesa na casa. Vocês escolham um quarto para cada um, quando Anny chegar poderemos conversar.

Eles fizeram um sinal afirmativo para Lince e foram para cima. Alguns minutos depois, eles já haviam se acomodado em três quartos, como a casa era grande e não havia mais ninguém lá não viram motivos para dividirem quartos, Harry ficou com o quarto que ele e Rony dividiram da última vez que estiveram lá, Hermione ficou com um quarto a direita do de Harry, e Rony escolheu o quarto que ficava ao lado do de Hermione.

Quando acabaram de se acomodar Lince os chamou e eles foram para a cozinha, pois já era hora do jantar e todos estavam famintos, principalmente um certo ruivo.

- Eu e a Anny vamos preparar alguma coisa para comermos e vocês coloquem a mesa. - Mandou Lince enquanto se encaminhava para o fogão junto com Anny.

Hermione olhou Lince, pensando enquanto ajudava os meninos a arrumar a mesa “eu não sei por que não gosto dela, não… não é que não gosto… tenho… antipatia… isso… é simplesmente antipatia, só não sei explicar por que, talvez por Lince ser muito autoritária e eu também, é deve ser isso… ou talvez porque eu tenha algumas dúvidas sobre a História dela, é com certeza não está tudo explicado, eu tenho muitas perguntas para fazer e vou fazê-las”.

- Parece que a garota não gosta muito de você Lince. - comentou Anny num murmúrio.

- É eu percebi, o nome dela é Hermione Granger, e pelo que eu soube é uma das alunas mais inteligentes que passaram por Hogwarts, e acho que ela apenas está um pouco desconfiada ao meu respeito. ― Falou Lince.

- Mas por quê? - perguntou Anny.

- Por que deve ter um monte de perguntas a me fazer, afinal ainda a muita coisa a ser explicada.

- A gente salvou a vida deles, ela não devia estar desconfiada. - comentou Anny.

- Na verdade fico feliz que ela esteja. - disse Lince sorrindo da cara de espanto de Anny. - Harry vai passar por muitas provações e muitos vão tentar chegar perto dele se dizendo amigos e é por isso que acho bom ele ter uma amiga como a Granger assim será mais difícil de enganar o Harry.

- Você acha que ele cairia fácil em alguma armadilha dos comensais?

- Não, vai ser difícil ele cair, no entanto penso que se alguém conseguir enganá-lo com certeza não conseguira enganar a garota.

A mesa já estava posta, e cinco minutos depois a comida ficou pronta, parecia deliciosa e todos se sentaram à mesa para começarem a comer.

- Bem agora podemos conversar com mais calma. - falou Lince olhando diretamente para Hermione, que sustentou o seu olhar. - Sei que muitas coisas ainda não foram esclarecidas, mas não era seguro falar tudo que tinha que falar naquele lugar.

Ai está o capítulo seis espero que gostem, sei que a fic está um pouco sem ação, mas é que tem muitas explicações a serem dadas, nos próximos capítulos eu vou melhorar isso.

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