Dúvidas



- Mione o que houve? - perguntou Rony muito preocupado com a namorada, depois que saíram da ala hospitalar enxotados pela madame Pomfrey, Hermione havia sumido, ele a procurara pelo castelo inteiro e agora que a encontrara ficou preocupado, a garota estava encostada no parapeito de uma janela do quinto andar perto da sala precisa chorando descontroladamente.

- Ah! Rony eu estou apavorada. - falou Hermione abraçando o namorado. - Sabe até agora ainda não tinha caído à ficha de que isso era realmente uma guerra, tudo parecia com as nossas aventuras de sempre, mas vendo a Lince daquele jeito eu percebi que não era bem assim.

- É eu sei Mione, por mais que a gente soubesse que estávamos no meio de uma guerra, ainda havia uma parte dentro de nós que insistia em não acreditar né? - falou Rony surpreendentemente compreensivo, abraçando mais fortemente a garota. - Essa parte se foi assim que vimos a Lince naquele estado, e eu também estou com medo, eu não paro de pensar que poderia ser eu, Harry, Gina ou… você naquela situação.

- É tão difícil, mas o que está me fazendo chorar não é o medo de ser presa nem que algum de vocês o seja, o que está me matando por dentro é saber que o Harry é o principal alvo daquele monstro, entende? O Harry é o nosso melhor amigo, eu me acostumei tanto em ter ele por perto que se ele… ele morresse, eu não sei como ficaria ele é o irmão que eu nunca tive, mas apesar de tudo o que eu não consigo nem pensar sem chorar é que por causa dessa maldita guerra eu posso perder você Rony e isso seria insuportável pra mim.

Rony olhou bem nos olhos de Hermione sabendo exatamente o que ela sentia, pois ele se sentia igual em relação a ela.

- Eu sei que a gente pode se separar apesar de querer acreditar que isso não pode realmente acontecer, eu quero que saiba que você é tudo pra mim, a minha existência se resume a poder ter você do meu lado. - falou Rony ainda olhando-a nos olhos. - Me prometa que aconteça o que acontecer comigo, você vai continuar vivendo e…

- Não continue eu posso prometer que vou continuar, mas não que te esquecerei e tentarei arranjar um novo amor, porque isso não vou conseguir. Eu prometo que se eu sobreviver e… e voc… você não, eu vou continuar minha vida, mas me dedicarei a trabalhar e mais nada. Agora prometa você que…

- Eu prometo que tentarei não acabar eu mesmo com a minha vida se você se for. - disse Rony com os olhos marejados. - Mas eu não sou tão forte como você lembra?

Eles se abraçaram e se beijaram apaixonadamente, sabiam mesmo que não quisessem acreditar que nenhum dos dois seria capaz de cumprir a promessa que acabaram de selar, pois como os amigos Harry e Gina eles eram um só, apenas um e nada eram sem o outro. Eles foram até a entrada da sala precisa e quando a porta apareceu e eles perceberam que haviam imaginado a mesma coisa, uma casa, a casa deles, Rony levou Hermione gentilmente até a cama e voltou a beijá-la, e mais uma vez se amaram.




- Lince eu estava tão preocupado com você! Eu vim assim que soube do que aconteceu. - falou um homem entrando na ala hospitalar com grande estardalhaço, era um homem alto, loiro, olhos negros e muito musculoso. - Não é melhor você ser levada pro St. Mungus? Aqui você…

- Eu estou ótima, Paulo. - interrompeu Lince em tom que desaprovava o barulho do homem a sua frente. - Confio muito mais na Papoula do que no St. Mungus e seus curandeiros.

Paulo olhou envergonhado pra ela percebendo que fora muito escandaloso, olhando em volta viu que havia muitas pessoas na enfermaria e ficou mais corado ainda, foi quando seu olhar recaiu em um homem que estava sentado na cabeceira da cama de Lince e estava muito perto dela, mais um pouco e o homem poderia beijá-la.

- Esse é Remus Lupin, meu melhor amigo. - falou Lince friamente, percebendo o ciúme de Paulo, não gostava nem um pouco disso. - Esta é Gina Weasley, Tonks noiva de Lupin e Harry meu afilhado.

Paulo cumprimentou todos com um aceno de cabeça e depois dando uma desculpa qualquer se retirou.

- Lince! - exclamou Lupin. - Você foi muito rude com o pobre homem, ele entrou na Ordem há pouco tempo e não tive tempo de conhecê-lo direito, mas parece ser um bom homem.

- E porque eu me importaria se ele é um bom homem ou não? - perguntou Lince mordaz.

Lupin percebendo o humor de Lince tratou de sair dali sendo acompanhado por Tonks e Gina, Harry preferiu ficar e conversar com a madrinha.

- Madrinha eu sei que não sou o mais aconselhado pra esse tipo de conversa, mas porque não dá uma chance pra si mesma, uma chance pra viver um novo amor.

- Harry sei que não vai gostar muito do que vou falar, mas imagine que você esteja no meu lugar, que a Gina tivesse morrido você por acaso se daria uma nova chance pro amor?

- Não. - falou Harry. - Pois não adiantaria nada, eu nunca a esqueceria e não seria capaz de fazer outra pessoa feliz.

- É exatamente assim que eu me sinto. Antes do Paulo houve muitos outros, mas pra mim não importa eu amo e sempre vou amar um único homem, Sirius Black, e não adianta tentar investir em uma nova relação porque eu não seria feliz e não seria capaz de fazer a outra pessoa feliz, por isso eu evito o Paulo e todos os outros, simplesmente não significam nada pra mim.

- Eu entendo. Desculpe por me intrometer.

- Que isso garoto. - falou Lince desarrumando os cabelos de Harry como se ele fosse uma criança. - Eu fico feliz que se preocupe comigo, e sabe você é a primeira pessoa que me entendeu tão rápido, normalmente dizem que eu não superei a morte do Sirius e por isso não sigo em frente.

- Isso não tem muito a ver tem? - perguntou Harry confuso.

- Não tem não, até hoje não entendo porque dizem isso.

- Bem, eu já vou indo vou deixá-la descansar, a senhora já devia estar dormindo assim como a Anny. - falou Harry sorrindo olhando pra cama ao lado da madrinha, onde Anny dormia tranquilamente.

Harry saiu da ala hospitalar e foi procurar Gina a encontrando numa sala de aula vazia do terceiro andar.

- Gina? - chamou Harry.

A garota se virou pra Harry com um sorriso maroto nos lábios, andou até a porta tomando cuidado para que ao passar por Harry encostasse nele o seu corpo deixando Harry arrepiado. Gina trancou a porta com todos os feitiços que conseguiu se lembrar e depois caminhou novamente pra mesa onde estivera encostada e pegou um vidrinho que Harry não havia reparado antes, ele pôde ver que no vidrinho tinha um liquido laranja, observou Gina bebendo-o e depois soltando o frasco de encontro ao chão, este se espatifou, Harry olhou confuso para Gina que voltara a andar agora em sua direção.

- Gina o que houve? - perguntou Harry quando a garota começou a desabotoar sua camisa. Gina se aproximou dele colando os corpos e sussurrou no ouvido dele:

- Aquela era a poção que Lince me deu daquela vez, a que evita gravidez. - Harry arregalou os olhos, ela não estava pensando que eles…?

- Gina… - Harry tentou falar mais foi silenciado pela garota que o beijou avidamente, e ele não se controlando mais correspondeu ao beijo, desde aquela noite em que ficaram juntos pela primeira vez que não conseguiram mais ficar juntos, pois os treinamentos se intensificaram bastante e não tiveram tempo.

A camisa dele já estava no chão quando ele puxou a blusa dela pra cima interrompendo o beijo por alguns segundos, ele jogou a blusa dela pra longe e mesmo sem ter percebido viu que tinham andado pra trás, pois Gina bateu na mesa que estava um pouco distante deles, Harry levantou Gina pela cintura deixando-a sentada, ela o enlaçou pela cintura com as pernas o puxando pra mais perto. Ele já completamente tonto e sem controle de si mesmo (não que ele quisesse), desabotoou o sutiã dela jogando-o para o lado não deixando de baijá-la sofregamente, enquanto ela desafivelava o cinto dele e o livrava da calça jeans. Ele puxou-lhe a saia, assim que ambos estavam nus ela se deitou puxando-o para cima…

- Isso foi uma loucura. - falou Harry que estava se vestindo, estava andando pra pegar a camiseta do outro lado da sala quando acrescentou muito vermelho. - Mas foi uma ótima loucura.

Gina riu alto fazendo Harry se virar pra ela, ela estava apenas de calcinha e sutiã e ria feito uma louca, deixando-o intrigado.

- Porque você está rindo? - perguntou.

- Bem, eu não sou sua madrinha, mas devo admitir que ver você envergonhado é muito engraçado. - respondeu Gina depois de recuperar o fôlego.

- Hahahahaha, muito engraçado Weasley. - falou Harry se aproximando dela e a abraçando. - Como se você não ficasse corada também quando a Lince nos pegava.

Gina apenas sorriu e o beijou se desvencilhou dele pouco depois e terminou de se vestir.

- Sabe quando você foi atrás da horcrux e quando você chegou eu estava desesperada? - perguntou Gina.

- Lembro fiquei meio surpreso, você sempre pareceu confiar tanto que tudo ia dar certo. - respondeu Harry agora totalmente vestido.

- Eu sei que vai dar tudo certo Harry, aquele foi um momento de fraqueza, não me pergunte como mais eu sei, tenho certeza que você vai ganhar essa guerra, o que eu realmente temo é que…

- Que?

- Que o Harry Potter, o herói faça o meu Harry desaparecer, nós estamos em uma guerra, vamos mais cedo ou mais tarde ter que matar alguém, tenho medo de que isso nos afete, tenho duvidas de que possamos superar tudo isso, é doloroso demais.

- Eu sei, mas pode ter certeza que nada no mundo poderia me fazer deixar de ser eu mesmo, porque é desse jeito que você gosta de mim, não vou mudar. Sei que daqui pra frente vai ficar pior, que terei que matar mais do que uma vez, não será apenas o Voldemort, e isso me fere por dentro, mas a única coisa que me faz ver uma luz no final de tudo isso é você Gina. Você é o meu motivo pra continuar, pra lutar e pra vencer.

- Para! - falou Gina com a voz meio embargada fazendo biquinho o que ele achou lindo. - Se você continuar falando assim eu vou acabar chorando.

Ele sorriu e a beijou, apesar de tudo que estava acontecendo na sua vida ele estava feliz pelo simples fato de ser capaz de sorrir, pelo fato de poder ter ela em seus braços. Quando saíram da sala perceberam que estava bem tarde, já era hora do jantar, eles encontraram no caminho Rony e Hermione e entraram no salão principal acompanhados dos amigos e se sentaram com os outros pra jantar, não antes é claro de receber um sermão enorme de Molly Weasley que estava apavorada pensando que os quatro haviam sumido novamente, Harry e Gina olharam para Rony e Hermione, então eles também haviam desaparecido a tarde inteira?

- Mãe! - falou Gina exaltada. - Por favor, para! Nós estávamos com saudade de Hogwarts então resolvemos dar uma volta por ai. Nós quatro nos divertimos muito não é? - Gina olhou marota para Rony e Hermione que ficaram vermelhos de vergonha.

- Mas podiam ter nos avisado! Sabe o quanto eu fiquei preocupada? Pensei que tinham sumido novamente, e por falar nisso onde vocês estavam esse tempo todo?

- Mãe se a senhora não parar de perguntar isso nós vamos realmente sumir novamente. - falou Gina. - Não vamos contar o que andamos fazendo isso seria perigoso pra vocês, basta saberem que estamos bem e pronto.

- Eu também espero que pare de fazer perguntas Molly. - disse uma voz atrás deles. Eles olharam para trás e viram Lince.

- Madrinha! O que está fazendo levantada? Devia estar na ala hospitalar!

- Eu me cansei de ficar por lá. E eu estou perfeitamente bem. - Lince falou se sentando e se servindo.

- Ah! Claro! Porque não estaria não é? - retrucou Harry irônico. - Você só foi torturada com a Cruciatus e com o Sectumsempra, porque estaria mal?

- Devo confessar que não foi uma das melhores sensações da minha vida. - disse Lince. E olhou atentamente pro afilhado antes de acrescentar. - Mas você realmente anda passando tempo de mais comigo, até pegou a mania de ser irônico.

- Como assim passou muito tempo com você? - a senhora Weasley quase gritou. - Quer dizer que durante esses seis meses você sabia onde eles estavam e me deixou no estado que eu estava?

- Sim. - respondeu Lince.

A senhora Weasley parecia estar perto de pular no pescoço de Lince nesse momento, mas não o fez, provavelmente por Lince ainda estar meio debilitada.

- Gina passa as batatas? - perguntou Lince como se não percebesse a fúria da mulher a sua frente.

O jantar transcorreu sem mais incidentes, mas foi bastante silencioso à maioria ali estava pensando na guerra eminente, estavam preocupados, com dúvidas demais na cabeça, será que ganhariam? E quantos teriam que morrer pra isso acontecer?

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