PERIGO MORTAL



CAPÍTULO 49:

PERIGO MORTAL


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Seis anos haviam se passado desde a morte da família Potter no vilarejo de Godric’s Hollow e desde então nunca Voldemort estivera tão poderoso como agora. A guerra acontecia por todo o mundo bruxo deixando o destino de todos nas mãos de dois dos mais famosos magos já existentes. Cada um guiado por sua esperança e por suas habilidades distintas, persistindo e lutando bravamente por sua sobrevivência e aos demais do seu lado, a guerra que todos tanto temiam estava a solta e junto com ela um caminho sem volta, a morte ou a vitória.

Em Hogwarts a situação estava caótica, lutas e destruição atingiam um nível tão absurdo que mal se podia saber quem estava vencendo, alguns apenas fugiam dos destroços que despencavam por todos os lados enquanto bruxos e bruxas voavam pelo ar sendo jogados pelos gigantes enquanto os dementadores, quase fora de controle estavam expulsando as almas das pessoas sem nenhuma compaixão.
Gilderoy Lockhart inutilmente lutara, poucos minutos atrás, contra um dementador e após ser salvo por Quim correra para a floresta aonde se escondera e não fora mais visto. A família de Quirell lutava bravamente contra Comensais que pareciam cada vez mais energéticos, alguns desses familiares curiosamente usavam turbantes e quando os tiravam cobras saiam de suas cabeças atacando aos inimigos.
A figura conhecida de Andros Patrono corria pelos quadros irritado por não poder lutar como sempre fizera e Sir Cadogan estava animado e assustado com os ataques que estavam sendo disparados por todos os lados.
Pichitinho, a coruja de Rony infelizmente fora atingida por um feitiço quando tentara ajudar a Sra.Weasley e muito ferida caiu no meio do salão, adormecida.
Dylus Derwent e Dexter Fortescue, velhos diretores de Hogwarts, haviam abandonado seus quadros no gabinete principal e agora ordenavam a diversos bruxos ações que sempre funcionavam efetivamente.
Bletchey e Wakanda, funcionários do Ministério haviam quase sido cegados e graças a um feitiço mandado por Tonks e Moody se salvaram.
Albert Runcorn, também funcionário do Ministério, e agora aliado dos Comensais morrera após ser atingido por uma Azaração Mortal de destino desconhecido.
Pelos campos do castelo, a doninha do Sr.Weasley lutava sem receio enquanto Amico Carrow tentava, de todas as maneiras, não morrer como acontecera com sua irmã.
Gregorovith, o fabricante de varinhas, muito velho, embora habilidoso e pertencente à família de Slughorn, lutava vagarosamente contra dois Comensais embora seus feitços fossem precisos e poderosos.

Na prisão de Nurmengard, criada por Grindelwald para aprisionar suas vítimas, a situação não poderia estar pior, todos os prisioneiros haviam fugido pelo mar e agora rumavam para o Beco Diagonal e Gringotes, aonde tantariam furtar tudo o que podessem.
No vilarejo de Upper Flagloy em Yorkshire enquanto o casal Marry Elizabeth Cattermole e Reginald Cattermole, ex-alunos de Hogwarts, lutavam contra Comensais locais seus filhos estavam sentados em um banco sujo de folhas secas lendo os contos de Beedle o Bardo, a pequena Maisie Cattermole se contorcia de rir com O Bruxo e o Caldeirão Saltitante enquanto Ellie mal piscava lendo A Fonte da Fortuna Justa e o menor dos três, Alfred, estava quieto e parecia triste por estar acabando o contro de Coelhinho Babbity e Seu Toco Tagarelante.
Assim que os filhos acabaram seus contos eles notaram que havia um silêncio absoluto e Maisie deixou o banco para ver o que estava acontecendo, ela virou na esquina aonde tudo estivera frio antes e avistou dois corpos caídos, ela soltou um grito e seus irmãos correram também, eles estavam diante dos pais, mortos.
Enquanto famílias eram desfeitas e a guerra seguia cada vez mais faminta, no Caldeirão Furado, os ladrões assaltavam os barris de cerveja amanteigada e as poucas moedas que haviam sido lucradas no último mês, o dono, Tom, havia partido para a luta em Hogwarts.


_O que o senhor pensa em fazer? – Monstro perguntou há Harry triste, enquanto a chuva caia cada vez mais fortes sobre suas cabeças.
_A profecia dizia – Harry falou se abaixando até Monstro e o olhando profundamente, a visão do corpo de Hermione atrás o entristecendo cada segundo mais – Que um de nós terá de partir no final, e o final é agora, é morrer ou vencer. – e se levantou, Monstro ficou quieto por um instante e então olhou para o corpo de Hermione ajeitando o gorro em sua cabeça com carinho.
_Eu nunca me senti tão feliz como agora menino Potter, eu nunca me senti tão vivo todos esses anos, eu estou livre e poderei combater o que sempre fizeram comigo, eu poderei lutar...
_Dobby lutou contra as trevas após ter sido liberto – Harry falou e sua voz soou alta e forte – Ele servia a uma família aliada há Voldemort, ele servia aos Malfoys, mas então eu o libertei e ele sempre ajudou como pode, ele lutou e defendeu quem ele prezava e no fim morreu, morreu por Rony, para salvá-lo...
_Eu também servi a uma família aliada a Você-Sabe-Quem – Monstro falou com a voz fraca – Monstro não se arrepende, mas agora que eu estou livre, pela primeira vez, eu sinto que é o momento de ser um bom elfo.
_E será – Harry disse e raios começaram a percorrer o céu, estava trovejando muito e distante, passando acima de todas as montanhas, duas fênix voavam em sua direção. Lado-a-lado, velozes e feridas, imaginou que aconteceria.
Houve mais alguns minutos de silêncio aonde somente o barulho da chuva podia ser ouvido e a figura de Dumbledore com Fawkes em seu ombro caiu a sua frente.
_Uma grande perda! – ele exclamou indo até o corpo de Hermione, Fawkes piando tristemente. – Nada que possamos fazer...
_Sim. Possamos sim! – Harry disse fortemente e Dumbledore o olhou.
_Você não conseguiu matar a criatura dentro do véu não foi? – ele perguntou em voz baixa parecendo frustrado.
_Eu somente a estuporei – Harry respondeu.
_Imaginei – Dumbledore caminhando de um lado para o outro disse – Desculpe Harry, mas não há como matar a Horcruxe em sua cabeça, a única chance foi perdida...
_Eu penso que há – Harry discordou e Dumbledore o encarou surpreso, seu rosto ferido.
_Não penso como.
_Eu não tenho certeza professor. Mas se essa for a maneira, penso que Voldemort me dira, esse é um dos defeitos dele.
_Sim, sim – Dumbledore falou e assim se aproximou de Harry lentamente, Monstro os olhando com interesse – Mas ele o levara para outro lugar, um lugar distante, ele não poderá lutar mais aqui, os Heliopatas estão fora de controle, é questão de tempo para que tudo isso seja destruído, Monstro o trouxe para um lugar muito distante, mas logo tudo isso não existira mais.
_Ele me levara? – Harry repetiu encarando os olhos claros de Dumbledore temeroso com o que poderia acontecer dali para frente.
_Existe um lugar guardado por um grande oceano negro aonde existem duas plataformas de pedra na forma de cobras, esse lugar é uma espécie de santuário que Voldemort criou assim que começou a matar quem o tentava impedir. Nesse oceano há corpos de bruxos que ele matou, é um lugar aonde as varinhas gêmeas não poderão ficar frente a frente a ponto de Priori Incantatem ser feito novamente. Voldemort sabe que o Priori Incantatem é um chamado as almas e caso isso acontecesse, todo o oceano se voltaria contra ele, o que seria definitvamente perigoso, embora ele ainda seja imortal devido à Horcruxe em sua testa.
_Você quer que eu tente produzir o Priori Incantatem para que ele seja atacado?
_Não, não há como fazer isso lá. Mas precisaremos das almas no oceano para lutar contra ele dessa vez, nesse lugar ele é mais poderoso que qualquer coisa que já teremos visto em nossas vidas – Harry deus às costas à Dumbledore e encarou as montanhas distantes aonde a destruição parecia estar se aproximando juntamente com os Heliopatas de Fogo.
_Ele estara professor – disse seguido de um momento de silêncio.
_Eu tentarei estar por perto durante todo o processo – Dumbledore disse – Mas não poderei interferir diretamente no começo, somente a ligação entre vocês poderá quebrar a proteção que há naquele lugar. Eu estarei ajudando da minha forma.
_Eu confio no senhor – Harry disse.
_Confiança é algo que nos trará a possível vitória, mas agora é hora de partir. Tenho certeza que Monstro saberá o que fazer com os corpos de Hermione e Dobby. Penso que devo levá-lo até Voldemort, tudo dependera de como acontecer, eu partirei rumo a vocês assim que sumirem esteja preparado para seu plano. – Harry balançou sua cabeça positivamente – Eu posso aparatar aqui e sei aonde Voldemort se encontra, você deve soltar meu braço assim que eu ordenar, vocês estarão frente-a-frente e fique tranqüilo, ele não o atacara até que estejam aonde ele quer estar.
_E porque ele não fará isso? – Harry perguntou ainda de costas.
_Você é a única forma de imortalização dele, se ele te matar aqui, estará se tornando mortal e então não duraria muito tempo nesse lugar.
_Tudo bem então – Harry disse e enquanto Monstro aparatava com o corpo de Hermione na busca a chave de portal que os levaria de volta à Hogwarts se segurou no braço de Dumbledore e Fawkes piou enquanto pousava no seu ombro.
Houve um grande estrondo e então os Heliopatas começaram a cair pelo céu quando tudo rodopiou velozmente e a figura de Dumbledore distorcida começou a surgir por todos os lados, Fawkes piava muito agora e de repente uma voz alta gritou:
_Me solte! – Harry soltou o braço e caiu em um lugar aonde a chuva estava gritantemente pior e os trovões dominavam o céu de água.
_Finalmente Potter – Voldemort disse e tudo desapareceu, Harry viu vultos negros passarem a sua frente e estava sendo afogado em um mar negro e escuro, mãos tentanto agarrar seus pés e coisas afiadas quase mordendo sua perna. Quando seu pulmão finalmente implorava por ar caiu em um lugar seco e sentiu um grande choque quando o frio chegou ao seu corpo.
Abrindo seus olhos, respirou fundo ofegante e olhou ao redor, estava no topo de uma plataforma pequena e circular, sob a cabeça de uma cobra de pedra gigante que saia do oceano negro abaixo, tudo além disso era escuro, desde o céu até a paisagem distante.
Olhando para a frente viu algo pousar levemente sobre outra plataforma longe e houve um silêncio. Estava frente-a-frente com Voldemort, ambos em plataformas no topo da cabeça de cobras e com grande distância.
Os olhos vermelhos o fitaram e Harry se pôs de pé, aprendera a controlar sua mente e juntamente com isso a dor em sua cicatriz não era tão atordoante como antes.
_CRUCIO! – Voldemort berrou e Harry sentiu um choque no peito e caindo no chão se contorceu com a dor que parecia rachar os ossos do seu corpo, quase caindo para fora da plataforma quando Voldemort parou. – ESSE É O SEU FIM POTTER! – e ele brandiu a varinha mais uma vez enquanto Harry se contorcia e aos poucos caiu para fora da plataforma. Estava despencando para o oceano abaixo quando um vulto saltou da escuridão das águas e o levou de volta para a plataforma.
Harry surpreso com o acontecimento olhou ao redor e não viu nada além de um pequeno vestígio vermelho em meio a escuridão. Dumbledore e Fawkes estavam ali, embora não podessem se aproximar e estivessem invisíveis, eles ajudariam da forma que pudessem.
_Então não está sozinho não é Potter – Voldemort falou friamente, as pupílas verticais em seus olhos se estreitaram quando as ondas do mar começaram a se agitar e houve uma explosão quando paredes de água dispararam para o alto e cercaram Harry na plataforma. A figura de Voldemort distante aparecendo difusa. Harry sentiu que as paredes estavam se aproximando e então um jato atravessou a parede a sua frente e o atingiu no peito. Despencando da plataforma coberta de água, algo agarrou a gola das suas vestes e voou pelo ar velozmente. Montou no que o apanhara mesmo sendo invisível e mergulharam no mar. Harry viu milhares e milhares de vultos por todos os lados e muito ao fundo criaturas vermelhas com dentes afiados, os guardiões do mar.
Harry avistou a figura de bruxos conhecidos se aproximarem e notou que o que o apanhara fora o dragão negro que salvara uma vez. Dentro da água o invisível se tornava visível, ali dentro às trevas perdiam a força. Voldemort não podia atacar, nem ao menos entrar ali, era o seu ponto fraco, a sua perda de força.
Sentindo um novo puxão pela gola da sua camisa Harry foi tragado bruscamente para o alto e jogado na plataforma de pedra novamente.
_LÓCUS CAVERES! – Voldemort gritou e o dragão negro disparou da sua varinha. Harry elevou a sua e gritou, a imagem de Hermione caindo morta passando pela sua mente agora.
_EXPELLIARMUS! – o jato de fogo disparou da sua varinha e o dragão de Voldemort foi desviado para o mar aonde colidiu causando uma grande explosão.
Voldemort encarava Harry com fúria e surpresa agora.
_Você sabe... – disse em um tom de voz frio e ríspido.
_Existem coisas que somente entendemos quando perdemos pessoas que amamos – Harry falou encarando os olhos vermelhos do outro lado com segurança – E Hermione não precisava disso, era a mim quem você queria! – Harry sacudiu sua varinha e um jato quase transparente saiu dela, Voldemort projetou uma barreira de água que congelou quando tocou o raio e ele encarou a cena por um instante.
_Você não pode me matar, sou...
_Imortal? – Harry completou – Existe uma forma para que não seja mais, uma forma que colocaria todo seu jogo a perder.
_Você não faria isso Potter - Voldemort falou friamente – Você não teve coragem de matar a Horcruxe quando pode, jamais teria coragem para tal coisa.
_Eu não farei – Harry disse e Voldemort pareceu um pouco surpreso, embora tentasse, de todas as formas, não demonstrar isso – Eu não farei isso, mas alguém poderia por mim, alguém pelas mãos na qual vale a pena acontecer.
_Quem Potter? – Voldemort disse e Harry o encarou. Houve um instante de silêncio e Voldemort disparou um jato verde que cruzou o ar gélido. Harry saltou para o lado e despencando metros e metros mergulhou no mar.
A figura de Cedrico, sua mãe, seu pai e Sirius surgiram a sua frente, ali era o oceano aonde as almas mortas pelas trevas habitavam quando estas também haviam chegado ao véu.
_Vocês podem matá-lo? – Harry perguntou olhando um por um por com pressa.
_Sim – sua mãe falou – Nós todos juntos podemos.
_E estão todos dispostos? – Harry falou e percebeu que ali não sentia falta de ar, ali a bondade possuía forças desconhecidas, forças extremas.
_Sim – e dessa vez a figura de Dumbledore, a única que não era um vulto semi-transparente respondeu, ele estivera no mar esse tempo todo.
_Você está pronto para isso? – Tiago perguntou encarando Harry com receio.
_É a única forma – Harry respondeu olhando para sua mãe e para seu pai uma última vez – Me levem novamente, esse é o momento! – Harry sentiu as águas se agitarem naquele instante e vários vultos o carregaram para fora o colocando de volta na plataforma de pedra.
_ISSO JÁ BASTA! – Voldemort gritou e brandiu a varinha em movimentos que Harry jamais havia visto. Houve um estrondo distante e uma cobra de fogo surgiu no ar disparando em sua direção.
Houve um estardalhaço naquele momento e paredes de água dispararam do mar e protegendo Harry fizeram a cobra explodir em faíscas menores.
Enquanto a água caia de volta no mar, no lugar delas vultos estavam formando escudos de proteção, voando por todos os lados e cobrindo a plataforma de Harry.


_AVADA KEDAVRA! – uma voz gritou e Tolkien pulou para o lado quando o raio estourou na porta de entrada do salão principal e então saltou no Comensal encapuzado e com seu sangue vampiro dominando seu corpo o mordeu no pescoço. Apontando sua varinha para dentro do capuz do bruxo disparou uma explosão de luzes verdes e assim ele caiu no chão morto. Tolkien, sujo de sangue e com os dentes a mostra encarou a luta pelo salão com suas pupilas verticais e foi rumo a outro Comensal que estava lutando conntra Xenófilo Lovegood.
_CUIDE DELE! – Xenófilo gritou – EU TENHO DE ENCONTRAR A MINHA FAMÍLIA! – Tolkien disparou jatos fazendo com que o Comensal caísse adormecido no chão. Sob efeito do sangue de vampiro, Tolkien era indiscutivelmente perigoso e mais poderoso.
Enquanto corria para chupar o sangue da nova vitíma, a figura de Gui lobisomem saltou por uma das mesas tombadas e abocanhando o braço de um Comensal que quase atingira Jorge com uma Maldição Imperdoável começou a atingir todo seu corpo e o bruxo caiu gritando enquanto era rasgado.
Do lado de fora do salão os Centauros estavam ficando em minoria contra os gigantes, Firenze já fora pisoteado e morrera quando os Dementadores causaram um verdadeiro caos por estarem sendo privados de suas prezas e os gigantes estavam cada vez mais próximos do castelo, o que causaria mortes e mais perdas, enquanto isso traria ao lado de Voldemort, uma dianteira que poderia o fazer vencer de vez.


Voldemort brandiu sua varinha e uma explosão fez com que a maioria dos vultos fossem arremessados longe. Harry quase despencou da plataforma quando a explosão quase atravessou a barreira de proteção a sua frente e o atingiu.
Ficando de pé, viu a figura de Dumbledore na sua forma animaga voar em sua direção e soube que esse era o momento. Abrindo seus braços, os vultos se afastaram quando a fênix passou por elas e sentiu seu peito queimar quando Dumbledore adentrou seu corpo.
Sentiu algo com uma chama queimar sua pele e estava confuso, pouco controlava suas ações e se sentia mais leve e mais veloz, esse era o momento para lutar.
Sem perceber viu que estava sacudindo sua varinha e os vultos retornando para o oceano.
Voldemort encarou a cena como se nada tivesse o surpreendido e houve uma explosão aonde ele desapareceu.
Harry sentiu seus pés deixarem o chão e também estava voando.
_AVADA KEDAVRA! – Voldemort gritou, Harry voou para longe, desviando da Maldição.
_PRIORI INCANTATEM! – Voldemort tirou sua varinha da direção e pela primeira vez desde que Dumbledore adentrara seu corpo sentiu que eles estavam ligados realmente e agora suas habilidades estavam em um corpo só.
_CRUCIO! – Voldemort gritou.
_PROTEGO! – Harry berrou e a Maldição colidindo com o escudo dissipou em um som agudo e rápido.
_VOCÊ VAI MORRER DENTRO DESSE CORPO DUMBLEDORE! – Voldemort gritou e então ele sacudiu a varinha lançando um jato que atravessou o ar e um escudo foi produzido pela varinha de Harry fazendo o mesmo ricochetear. Voldemort voou para o alto e Harry fez o mesmo.
Voando próximos, Harry sacudiu sua varinha e anéis de fogo surgiram dela cruzando o ar e deixando rastros de fogo onde passavam. Entrando na frente de Voldemort ele parou seu vôo explodindo todos os anéis com um jato que iluminou todo o céu e se virou para combater quem o tentara paralizar.
_IMPÉRIO! – ele gritou e então Harry sentiu sua mente ser invadida.

“...não enfraqueça...” – a voz de Dumbledore dizia em sua mente – “...ele o quer dominar, ele matou à todos que amamos, ele não sabe o que é amar, ele o quer ter sob controle, assim como tem tentado fazer com todos, ele receou matar a sua mãe por ela não ser sangue-puro, ele matou Hermione...” – Harry soube que era tarde demais, estava despencando do alto, o corpo de Dumbledore na forma de fênix voava pelos ares a sua frente e agora ia na luta contra Voldemort.
Harry sentindo-se como se tivessem lhe deixado só a pele sentiu os vultos lhe carregarem até a plataforma e então viu, em meio ao branco-perolado que estava por todos os lados, a figura de Fawkes trazendo um bruxo logo atrás.

“Esse é o momento!” – a voz de Dumbledore anunciou em sua cabeça quando raios estavam sendo disparados por todos os lados no céu e a figura de Rony deixou Fawkes e caiu na mesma plataforma de Harry.
_O que houve? – ele perguntou assustado e estava muito vermelho, havia chorado muito, e estava ferido como nunca havia se visto – Harry, você está pálido e você parece fraco, eu nunca, nunca te vi assim... – Harry olhou para o amigo, seu corpo se enfraquecendo a cada instante, seus olhos ardendo e sua cicatriz queimando como se quisesse ser arrancada da sua testa.

“Estou tentando distraí-lo!” – Dumbledore continou e Harry caiu de joelhos, os vultos por todos os lados o protegendo.

_Rony – disse olhando o amigo e sua voz saiu fraca e quase inaudível. Rony também se ajoelhou e agora o encarava preocupado.
_Vai ficar tudo bem – Rony disse tentando acolher Harry e o fazer ficar de pé.
_Rony escute – Harry disse com a voz ainda mais fraca, nunca se sentira tão mal como agora, sabia que seu momento havia chegado, que dessa vez nada o faria ter forças para continuar novamente.
Com a vista embaçada fitou os olhos azuis do amigo e uma lágrima caiu do seu rosto ao lembrar de Hermione.
_Me mate – e essas palavras saíram da sua boca como facadas no seu coração. Rony o encarou com a expressão assustada e tentou dizer algo mas estava sem palavras, apenas gaguejou, mas nada saiu. – Me mate agora Rony – Harry pediu novamente pensando que não teria forças para dizer aquilo mais uma vez.
_Eu não vou fazer isso – Rony disse e ele estava tremendo muito agora, a varinha em sua mão escorregando. – Eu não posso te matar, você tem que acabar com o Voldemort.
_Eu vou acabar com ele morrendo – Harry disse caindo deitado no chão sem forças – Rony o encarou e os vultos de Lilian e Tiago levantaram o corpo deixando-o em pé. Harry fitou Rony uma última vez e assim disse, sendo essas as suas últimas palavras.
_Eu sei que você nunca fez isso – e seus olhos estavam presos tão profundamente nos do amigo que parecia que estavam se ligando – Mas você sempre confiou em mim e preciso que confie essa última vez.
Rony desviou seu olhar do de Harry e havia lágrimas pelo seu rosto, ele não disse nada, apenas ficou de pé e frente a frente com o corpo pendurado de Harry, olhou do vulto de Lilian para o rosto de Harry e depois para o de Tiago e enunciou, sentindo seu coração pulsar mais que nunca.
_Adeus Harry... – a figura de Voldemort caiu na plataforma de pedra distante e a cena chocou a sua expressão pálida e viperina - AVADA KEDAVRA! – o jato verde atingiu Harry antes que Voldemort pudesse fazer algo e Harry não sentiu nada, apenas caiu na plataforma de pedra, morto.
Voldemort soltou um grito e algo como uma fumaça negra estava saindo da sua boca.
Os vultos dispararam pelo mar em todas as direções possíveis e o atacaram, Lilian e Tiago mais a frente.
Os gritos de Voldemort rasgaram a noite enquanto estava sendo atacado e então houve um silêncio quando o seu corpo, em vestes negras, despencou da plataforma e caindo lentamente pelo ar até o oceano mergulhou e seu corpo branco foi naufragando tristemente, sem vida alguma, morto.

Houve naquele instante um novo estardalhaço e Rony agarrou o corpo de Harry. Dumbledore pousou na plataforma e eles se encararam, no rosto enrugado do diretor as lágrimas caiam e tremendo muito agradeceu aos vultosenquanto tocava o braço de Harry e o de Rony. Em segundos Fawkes voou até seu ombro e por fim desapareceram.
Voltando aos portões de Hogwarts que agora estavam todos destruídos pela chegada dos gigantes, os Comensais começaram a voar por todos os lados e então os que haviam morrido estavam pelos terrenos. Os centauros ficaram quietos e os dementadores se afastaram, partindo da guerra.
Houve um silêncio e os Comensais dentro do castelo estavam saindo e desaparecendo pelos ares. As criaturas estavam fugindo para a floresta daonde voltariam ao seu lugar de origem e os gigantes, rugindo, também partiam, todos sabiam que a volta de Dumbledore com o corpo de Harry em seus braços significava o fim da guerra, significava que não havia mais motivos para luta. O fim chegara.
Dumbledore caminhou lentamente pelos terrenos com Harry em seus braços e Rony ao seu lado enquanto os olhares de todos o encaravam com choque e tristeza. Alguns não conseguiam reconhecer Harry, mas o que reconheciam logo soltavam exclamações. Havia tido muitas mortes durante a luta e os corpos pelo salão eram muitos, poças de sangue e pessoas feridas também estavam por todos os lados. Os que estavam no terreno adentraram o salão logo atrás de Dumbledore e então tudo era completo silêncio.
Os fantasmas das casas estavam boquiabertos com o que o diretor trazia.
Dumbledore caminhou até a mesa dos professores destruídas e a concertando com um aceno rápido da varinha colocou o corpo de Harry sob ela e se voltou para todos no salão, milhares e milhares de bruxos que haviam vindo de todas as nações mágicas para lutar o encarando agora, Monstro e o corpo triste de Hermione e Dobby em um canto. Bruxos que haviam sido testados de todas as formas e haviam resistido a guerra, bruxos que eram símbolo de coragem e fidelidade, de astúcia e sede de vitória, de sobreviência.
_Acabou – Dumbledore falou e sua voz soou grave por todo o salão – Voldemort foi morto – uma grande maré de sorrisos sofridos preencheu o salão – Mas perdemos nosso grande e inegual herói – e todos olharam o corpo de Harry sob a mesa – Harry Potter se sacrificou por nós, ele venceu a Voldemort e deu uma chance a nós para continuar uma história aonde ele bravamente lutou para termos. Tenho grande expectativa que ele sobrevivera em nossos corações por toda a eternidade, mesmo que tenha pago um alto preço por isso. – Dumbledore fechou os olhos verdes-vivos de Harry e então notou que a cicatriz em forma de raio não estava mais lá, ela desaparecera juntamente com a morte da Horcruxe. Como quando o Chapéu Seletor o selecionara para Grifinória em seu primeiro ano, uma surra de palmas preencheu o salão em sua homenagem e então somente se ouvia as longas palmas e os lamentos e choros. Harry Potter era homenageado por ser um dos bruxos mais corajosos, honestos e bravo que a história da magia havia conhecido, as palmas eram para o inesquecível menino-que-sobreviveu.

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