A POÇÃO DO MORTO-VIVO



CAPÍTULO 39:

A POÇÃO DO MORTO-VIVO


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Muito distante do lugar aonde todos contemplavam, estagnados e boquiabertos, a volta de um dos bruxos mais hábeis de toda história, Lorde Voldemort minava, em uma casa desconhecida em um vilarejo pouco habitado, a sede em finalmente perceber que os dias eram outros e que se a hora para dominar o Ministério estava próxima, era esta. Ele estava em uma sala escura e fria daonde somente jazia uma luz clara e fraca, aonde seres encapuzados, sentados sob o que parecia ser cadeiras de madeira com cabeças de cobras nas pontas aguardavam todas suas palavras em absoluto silêncio.
Dentre todos, faminta e perigosa, a cobra que se rastejava pelo chão parecia mais ameaçadora do que jamais fora e agora rastejava aos pés de cada Comensal com um desejo de presa insassiável.
_O plano está pronto senhor – uma voz fraca e temerosa suspirou de um canto da sala, em pé, sua mão prateada em meio as trevas – Ele já está sob nosso controle. – e diante de um Voldemort silencioso continuou – E Blade estará em seu escritório quando o senhor quiser.
_ Nós o mataremos na calada da noite - Voldemort disse enquanto, próxima, Nagini rastejava pelo chão perigosamente, como se escolhesse qual presa abocanhar - Não se apresse - ele disse à cobra em meio a uma expressão maníaca - Muita carne alimentara sua boca - e Nagini sibliou venenosamente, sua língua fina estralando para fora.
_E quem ficara encarregado do trabalho senhor? - a voz de Severo Snape perguntou e todos os outros Comensais pareceram muito interessados por esta resposta.
_Você Severo - Voldemort respondeu ríspido - Você assassinara Blade está noite, Nicholas de Hall Hooper será o primeiro nome cotado para substitui-lo no cargo de Ministro.
_E então o senhor terá absoluto poder sobre o Ministério - um bruxo de cabelos negros ralos e dentes amarelos falou em meio a escuridão.
_E consequentemente sobre os Dementadores novamente - um outro Comensal, com grande túnica acizentada e cortes profundos nas mãos disse.
_Exatamente - Voldemort murmurou seco - E o corpo terá de ser destroçado para que não aja dúvidas sobre sua repentina morte, mas tenho certeza de que Nagini ficara honrada em fazer isso por nós - e acariciou a cobra gigantesca com um sorriso curto no rosto. – E o Profeta também ficara grato de nos servir depois que assassinarmos à todos que algum dia foram fieis à Alvo Dumbledore.
_Certamente, certamente – um bruxo cabisbaixo disse rapidamente.
_Simplesmente fantástico – uma voz aguda surgiu de um lado da sala aonde Draco estava sentado, seus cabelos agora não tão louros e seu rosto com vários ferimentos.
_Greyback, Dialeto e Rabastan – Voldemort disse em meio ao silêncio quebrado apenas por Nagini sibilando – Vocês irão encurralar Potter na primeira chance que tivermos, encurralá-lo e a todos aqueles seus amigos de Sangue-Ruim.
_E quando isso será Milorde? – Dialeto, um Comensal de grandes olhos negros e barbicha mal feita perguntou.
_Draco cuidara disso por nós – Voldemort respondeu desviando um olhar a Draco que não o ousou fitar. – Tenho certeza de que sim.
_Certamente – Draco disse sem certeza.
_Não me atrevo senhor – Lúcio Malfoy disse em voz baixa – Mas penso que Draco está morto aos olhos do Ministério.
_Isso não mais interessa! – Voldemort disparou se voltando para Lúcio – Scrimgeour o viu morto e ele não faz mais parte disso, Draco, por seus próprios encantos conseguira.
_S-Sem dúvidas – Draco murmurou trêmulo.
_Com Dumbledore fora do caminho, Potter não tem como fugir, deixaremos ele sem saída, preso em uma armadilha que ele jamais esquecera. – Alguns Comensais riram de prazer – E seus amigos também morrerão...todos, absolutamente todos eles – Voldemort pronunciou com tanta frieza essas últimas palavras que nenhum Comensal ousou nem ao mesmo respirar.
_Poderíamos tomar o controle de Hogwarts – Snape disse rápido, em um tom de voz quase inaudível. – Com o Ministério, o Profeta e Hogwarts sob controle, tudo ficaria mais fácil.
_O Ministério ficara em meu poder Severo – Voldemort disse encarando-o com desprezo – Mas os aurores ainda estão a sua procura, eles possuem a certeza de que você matou Dumbledore, eles o querem em Azkaban.
_Que em breve estará sob seu controle Milorde – a voz de Rabicho enunciou acossado ao lado de uma lareira grande e quente.
_Devo admitir que Hogwarts ainda não me interessa – Voldemort falou sentando-se em uma poltrona de ouro com várias cobras vivas rastejando – Assim que Potter estiver morto ficarei encantado em ver cada Sangue-Ruim queimando nas lareiras que Dumbledore sempre se empenhou tanto para manter limpas – um Comensal apenas riu, mas logo parou ao ver que o que fizera fora extremamente audacioso – Rodolfo – Voldemort falou olhando para o Comensal que rira com grande interesse – Assim que Severo matar o Ministro, vocês dois irão a sede da família Black, revirar todas as paredes até possuírem a certeza de que está tudo inspecionado e ao fim trazer-me aquele elfo doméstico que tenho certeza, será a resposta para muitas perguntas.
_Indiscutivelmente – Rodolfo falou firme, Belatriz Lestrange, ao seu lado, olhando-o com grande receio.
_Bela – Voldemort voltou-se a ela – Você poderá ir com eles se quiser.
_Penso que o senhor tem algo mais digno para mim não? – Belatriz não ousando olhar Voldemort por muito tempo perguntou.
_Muito astuta – Voldemort disse e então se levantou novamente – Você matara Alastor Moody e Tolkien Remo dentro de poucos dias, eles precisam ser exterminados para que possamos agir dentro de Hogwarts definitvamente.
_D-desculpe Mil-lorde – Belatrix gaguejou parecendo desesperada - Mas temo que Tolkien seja um pouco acima do que espero.
_O que quer dizer com isso Bela? – Voldemort perguntou e antes mesmo que alguém pudesse responder continuou – Que não consegue matar Tolkien Remo? – Belatriz tremeu em sua cadeira.
_E o lobisomem Lupin? – Rabicho disse ansioso, sua mão prateada elevada ao alto como Hermione sempre fazia quando queria responder uma das perguntas dos professores – Eu poderia.
_Sim – Voldemort falou sem muita importância – Tenho visto que seu interesse por Lupin é muito grande e penso que com apenas uma palmada esta torre do jogo irá cair.
_Então o senhor vê tudo isso como um jogo? – Rodolfo perguntou em um tom mais alto do que pretendera e Voldemort encarou-o com surpresa, brandindo sua varinha puxou a cadeira com Rodolfo até ele e todas as cobras que estavam em sua poltrona voaram até ele. Produzindo correntes com apenas um movimento seco de sua varinha, Voldemort encarou Rodolfo cercado pelas cobras, seus olhos implorando por socorro aos outros Comensais.
_Isso não é um jogo – Voldemort disse e agitando sua varinha uma das cobras, uma vermelha com listras prestas horizontais lhe picou o pescoço com fúria, Rodolfo gritou de dor – CALE-SE! – Voldemort bradou porém todas as cobras estavam-o ferindo agora, algumas mordendo em vários lugares, os Comensais em volta olhando horrorizados, Narcisa Malfoy supirando ferozmente diante da cena, um lenço de papel tampando parte dos seus olhos – CALE-SE! – Voldemort bradou novamente mas Rodolfo não conteve os gritos diante da dor e então, impiedosamente, Voldemort brandiu sua varinha mais uma vez e Nagini, mais atrás, deu um bote abocanhando a boca de Rodolfo com uma mordida incrivelmente brutal, calando-o dos gritos.
_NÃO, PARE! – Belatriz berrou e Voldemort se virou para ela surpreso – Por favor – ela continuou chorosa, em um tom completamente desesperado – Eu lhe peço Milorde, por tudo, por tudo, liberte-o, não o mate...por favor – e ela caiu de joelhos implorando.
_Levante-se Bela! – Voldemort falou e sacudindo sua varinha Belatriz foi levantada no ar até se sentar novamente em sua cadeira. – Nagini – disse logo em seguida friamente e Nagini rastejou pela cadeira de Rodolfo sibilando poucas palavras ofidioglotas, o rosto, antes cadavérico e pálido de Rodolfo, agora coberto por sangue, as cobras menores se afastando também. Ele havia desmaiado. – Leve-o Bela – ordenou se voltando aos Comensais por toda a sala – HÁ AQUELE QUE OUSAR ME TRAIR OU AO MENOS NÃO COMPLETAR AS MINHAS TAREFAS, SERÁ PUNIDO E DIGO QUE NÃO TEREI PENA DAQUELE QUE EM ALGUM MINUTO NÃO HONRAR A MARCA CRAVADA EM SEU CORPO! – e Voldemort desapareceu em movimento rápido, deixando que Nagini olhasse para cada Comensal com desejo absoluto.
_Uma nova era começa – uma voz disse mais atrás, Rabicho, parecendo entusiasmado com a cena que vira, deixava, agora, a sala, sua mão prateada parecendo pesar muito.

No mesmo momento que Rodolfo Lestrange era levado por sua esposa lutando entre a vida e a morte, muito distante da velha casa aonde se encontrava Voldemort, Harry sentiu uma forte pontada em sua cicatriz como não sentia há dias e seus olhos arderam intensamente.
“Ele está furioso.” – disse a si mesmo e então tentando abrir seus olhos viu a figura do Prof.Slughorn correndo para dentro do castelo no mesmo instante que o casulo e todos os raios e camadas de fumaça já haviam desaparecido, os alunos e professores estavam se levantando, pasmos demais para comentar o que estavam vendo.
_É o Dumbledore – Harry ouviu uma voz fina murmurar ao seu lado e sentindo a dor na cicatriz ainda muito forte tentou se levantar. Em meio a multidão o Prof.Slughorn já voltava com um frasco nas mãos.
_É poção revigorante – Hermione disse fitando o frasco nas mãos de Slughorn com interesse.
_Obrigado professor – a voz de Dumbledore disse e isso pareceu quebrar toda a camada invisível que todos pareciam estar presos, mesmo assim o silêncio se manteve por completo. Harry levantando-se enfim sentiu a cicatriz queimar ainda mais forte.
_Harry, o que foi? – Hermione perguntou olhando-o assustada – Sua cicatriz está doendo? – Harry apenas assentiu com a cabeça – Vamos voltar ao castelo, você precisa se deitar.
_Não – Harry respondeu calmo – Dumbledore voltou – e conseguindo abrir seus olhos por completo viu Dumbledore brandir sua varinha em um movimento rápido e todas as suas roupas, antes bastante amarrotadas agora estavam limpas e brilhantes.
_Mas...mas como? – a Prof.McGonagall suspirou com os olhos úmidos.
_Imbatível hein Prof.Dumbledore – a Profa.Sprout disse alegre e muitos risos correram pelos alunos.
_Isso é simplesmente incrível – Flitwick murmurou enquanto Dumbledore tomava a poção trazida por Slughorn.
_Adorável – ele disse devolvendo o frasco com sua mão negra, ela não parecia nem um pouco melhor. – Voltem ao castelo – ele disse disposto como Harry não o vira há mais de um ano – E se acomodem no Salão Principal por favor – como sempre, Dumbledore não precisou dizer duas vezes para que, de forma imediata, todos voltassem ao castelo e em meio a conversas rápidas se acomodassem em suas mesas, os alunos de Beauxbatons, Durmstrang, Bounstouns e Agatston parecendo surpresos demais para acharem seus lugares.
Harry sentando-se entre Dino Thomas e Neville lançou um olhar ansioso a porta e quando a figura de Dumbledore surgiu acompanhada dos quatro diretores das casas a Prof.Sprout apanhou sua varinha e agitando-a fez com que uma grande estátua de fênix dourada com velas no topo de castiçais surgisse diante da mesa dos professores, o Prof.Flitwick ascendendo os candelabros e as lareiras apagadas.
_Obrigado professores – Dumbledore disse antes de caminhar até a estátua de fênix e olhar para todas as mesas com um pequeno sorriso no rosto. - É muito bom estar de volta – falou e seus olhos caíram sob alguns alunos de Bounstouns – Pelo pouco que a Prof.McGonagall me disse temos célebres hóspedes e digo que sejam muito bem vindos – todos os alunos convidados se levantaram e em um reverência curta que lembrou as que os elfos faziam as vezes eles se sentaram – E infelizmente que nosso Ministro Scrimgeour não está mais conosco – e ele parece lamentar – Mas fico feliz de ver que Lorde Blade assumiu o cargo e ainda mais feliz de ver que Hogwarts caminha tão bem – ele desviou um olhar à Lupin, Tolkien e Moody sentados na mesa dos professores – Nossa equipe docente nunca foi tão bem trabalhada e devo agradecer a Prof.McGonagall por sua direção precisa e de grande sucesso – uma salva de palmas correu pelo salão, Minerva não conteve as lágrimas dessa vez – Agradeço à todos os professores que se mantiveram em Hogwarts mesmo durante todas as dificuldades – e ele olhou para Slughorn com gratidão – E penso que se permitirem, Lorde Blade não hesitaria ao me deixar voltar ao cargo de Diretor de nossa escola – alguns alunos sorriram, Hermione também com os olhos úmidos – Certamente se a Prof.McGonagall permitir que eu volte ao posto que hoje lhe pertence...
_É um cavalheiro, ah sim, é – Harry ouviu Hermione murmurar para si. Minerva não hesitou em nenhum segundo ao balançar sua cabeça positivamente e então seu chapéu cônico quase caiu nesse movimento.
_Então me felicito ao anunciar que há partir de hoje retomo a direção de Hogwarts – outra salva de palmas preencheu o salão com entusiasmo – E que certamente é muito claro o quanto muitos de vocês estão se perguntando como tudo isso aconteceu – e Dumbledore desviou um rápido olhar a mesa de Sonserina – Ousadia – para a de Lufa-Lufa – Lealdade – para a de Grifinória – Coragem – e Corvinal – Astúcia, todos esses elementos podem salvar um homem de sua real morte, mas posso lhes dizer apenas de que quando cai da torre aquela noite eu estava sob efeito de uma poção Morto-Vivo que certamente os alunos do sexto-ano já devem conhecer e que me trouxe um longo e necessário sono, e que, naturalmente, perdeu seu efeito hoje e devo admitir que não pensei que seria tão forte, pois meses se passaram antes que isso acontecesse Dumbledore pausou por um segundo – Peço desculpas por não poder revelar mais do que isso, mas penso que é o sulficiente para entenderem o motivo de minha volta, obrigado. – Houve uma nova surra de palmas e quando todos os alunos já haviam deixado o salão, Harry, Hermione e Rony, que haviam esperado essa deixa se aproximaram de Dumbledore com pressa.
_Fico imensamente feliz em vê-los – Dumbledore disse sorridente – O Prof.Tolkien subira ao meu escritório, em poucos minutos, com alguns dos membros da Ordem, venham também, poderei explicar com detalhes o que aconteceu.
_Ótimo – Harry disse e então viu a figura de Dumbledore se afastar, Fawkes voando ao seu lado – PROFESSOR! – chamou abruptamente e então ele se virou para Harry, ele jamais pensara nisso e então o abraçou como se abraçasse seu pai pela primeira vez, um abraço curto, muito curto, mas incrível. - Só preciso perguntar uma coisa – falou tão entusiasmado que até mesmo a dor em sua cicatriz parecia não incomodar como antes.
_Diga – Dumbledore disse sereno.
_Snape tentou matá-lo ou não?
_O Professor Snape não tentou me matar Harry, na realidade ele não usou a Maldição Imperdoável como tudo pareceu, bem, vocês entenderão em poucos minutos.
_Certo – Harry disse um pouco confuso, saber que Snape não traira Dumbledore parecia um choque, mas um choque amaciado pela estupenda volta do diretor.

Antes mesmo que Harry se visse perdido em meio a teorias absurdas do que Snape realmente fizera naquela noite tão confusa, estava conversando com Tolkien na porta da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas.
_Vocês podem ir antes – ele disse ansioso – Andrômeda Black ainda está por vir e terei de esperá-la.
_Tudo bem – Harry falou e se voltando a Rony e Hermione rumaram a concentração de escadas aonde apanhariam uma que os levaria ao sétimo andar.
_Andrômeda Black – Rony repetiu no meio do caminho – Ela tem alguma coisa a ver com o Sirius?
_Sim – Harry respondeu realmente ansioso, em seu estômago algo como uma pequena criatura parecia fazer cócegas e agora sentia isso estar por todo seu corpo – Acho que era a prima favorita do Sirius, é a mãe da Tonks e se não me engano é casada com um trouxa.
_Se ela é prima do Sirius então é irmã da Belatriz e da Narcisa Malfoy? – Hermione um pouco surpresa perguntou.
_Imagino que sim – respondeu – Vamos – disse logo em seguida quando a escada alcançou o patamar do sétimo andar, a Prof.McGonagall, mais ao fundo, ainda com os olhos úmidos parada a porta para dizer a senha aos que chegassem.

Quando Harry alcançou a porta de carvalho que dava entrada ao gabinete circular, pode avistar dentro da sala desde os Weasley até alguns poucos bruxos que jamais vira.
_Eu os ofereceria uma cadeira é claro – Dumbledore disse surgindo ao fundo de seu gabinete – Mas não caberemos todos – alguns sorriram.
Assim que Tolkien chegou a sala com uma mulher que lembrava em muito à Belatriz Lestrange, parecendo realmente mais racional do que a Comensal, ele encostou a porta e apanhou sua varinha vigiando-a.
_Antes de tudo devo-lhes uma explicação para tudo isso – e Dumbledore apontou para si mesmo com um ligeiro movimento – Penso que todos já sabem das Horcruxes de Lorde Voldemort – muitos dos bruxos presentes trocaram olhares incomodados – E isso me assusta pois pensei que este segredo estivesse guardado – e ele desviou um olhar significante à Harry.
Por dentro Harry sentiu-se tentado a dizer que não sabia como todos tinham conhecimento sobre as Horcruxes, que não se lembrava do que havia realmente acontecido depois do enterro no final do ano letivo, mas sua voz falhou nesse momento.
_Mas isso, por uma grande parte, facilita a minha explicação. Tudo se inicia quando eu e o Sr.Potter viajamos na busca a uma das Horcruxes, supostamente um Medalhão que pertencia à Salazar Slytherin e que estava preso em uma caverna deserta. – a Sra.Weasley ao lado do Sr.Weasley parecia ouvir Dumbledore com extremo interesse, ela parecia e demonstrava não saber nada daquilo – Nessa caverna havia apenas uma ilhota, um barco e muitos Inferis – um bruxo que Harry desconhecia chispou de medo – E bem ao centro da ilhota, como imaginava ser uma grande bacia com um líquido transparente...
_Poção do Morto-Vivo – Harry ouviu Hermione murmurar ao seu lado.
_Exatamente Srta.Granger – Slughorn assentiu do outro lado do gabinete – Ano passado mostrei a meus alunos essa poção e gratifiquei o Sr.Potter com uma dose de Félix Félicis por ter tido o melhor desempenho final. – Harry se lembrou de imediato que a aula que havia ganhado a Félix Félicis era exatamente essa, a que ele tivera de preparar uma poção do Morto-Vivo e então se lembrou que a cor dela ao final era uma quase transparente a mesma que havia na bacia na caverna.
_Tom – Dumbledore continuou - Protegeu sua Horcruxe com uma poderosa e quase letal dose de Poção do Morto-Vivo que obrigava ao bruxo que quiser apanhar o Medalhão no fundo da bacia bebê-la por inteiro – a Sra.Weasley levou sua mão direita a boca acenando negativamente com a cabeça horrorizada com o que ouvia – Essa poção torturava o bruxo mas não a ponto de matá-lo – Dumbledore seguiu casualmente – Ela faria o bruxo que a bebesse adormecer para depois ser interrogado por Voldemort, ele certamente iria querer saber como um bruxo havia conseguido chegar a sua tão mística e protegida ilha, passar pelos Inferis e saber sobre suas Horcruxes, ele iria querer tomar conhecimento de todas essas questões e certamente matar o bruxo em seguida. Mas a poção não mataria quem a bebesse e embora desse uma sede assustadora, isso passaria dentro de alguns minutos, minutos pelo qual retornei à Hogwarts e tive a certeza de que Draco Malfoy havia sido designado a me matar – todos os bruxos presentes suspiraram em desaprovo, Phineus Nigelus em seu quadro murmurou uma palavrão que Harry não conseguiu ouvir – Felizmente eu ainda estava consciente do efeito sonolento que a poção me mergulharia brevemente e pude penetrar na mente de Draco para fazê-lo recuar, mudar de idéia. Tendo sucesso nessa parte, dias antes, Severo Snape – Armando Dippet resmungou em um quadro acima de Harry – Havia me confessado que havia sido posto a prova tendo agora estado preso a um Juramento Inquebrável com Narcisa Malfoy, no qual ele deveria assegurar que se Draco não conseguisse me matar ele o faria, ele o faria para Draco não ser punido por Voldemort depois. Severo sabia sobre meus planos de ir na busca a uma Horcruxe está noite e havia me confidenciado que Draco aguardava uma oportuna chance para me matar, então o pedi que se a situação o forçasse que simulasse estar me matando, ou seja, que usasse um feitiço trocadilho.
_Muito esperto, muito esperto – a voz de uma bruxa de cabelos cinzas encaracolados falou em um quadro ao lado do de Dippet.
_Severo, diante de todos os Comensais simulou ter usado a Maldição Mortal enquanto na verdade o encantamento usado não passava de um simples Levicorpus, o mesmo Levicorpus que fez com que eu fosse jogado da Torre com o efeito. Em meio a queda tentei voar mesmo estando muito sonolento e quando cheguei próximo ao chão havia perdido todas as minhas forças, havia adormecido. – Harry piscou os olhos pesadamente, ele se lembrou de ter visto Dumbledore caído nos terrenos como se estivesse simplesmente dormindo, descansando.
_Certamente Você-Sabe-Quem descobriu o furto – Quim Shaklebolt falou.
_Sem dúvidas – Dumbledore disse – Mas por isso me encarreguei de proteger à todos com R.A.B. – Andrômeda Black sobressaltou as sombrancelhas.
_O que Régulo tem a ver com isso? – ela pergutou com uma voz alta e forte.
Harry trocou um olhar com Rony e Hermione e nos minutos seguintes ouviram a explicação de tudo envolvendo a sigla R.A.B o que soou ao Sr.Weasley uma “Saída de mestre!”
_Severo é inocente então? – Moody indagou em um tom desacreditado.
_Completamente – Dumbledore respondeu satisfeito – Ele é nosso aliado em meio aos planos de Voldemort, ele tem feito seu papel com absoluto sucesso, ele será uma arma crucial na nossa busca as Horcruxes restantes.
_Restam três senhor – Harry disse e todos os olhos se voltaram para ele.
_Três e meio – Hermione falou.
_Como assim Srta.Granger? – Dumbledore imediatamente perguntou.
_Além do Diário, do Anel e da Taça de Hufflepuff, destruímos metade da varinha de Ravenclaw que encontramos na loja do Sr.Olivaras, pensamos que os outros Horcruxes são a Profecia de Gryffindor, Nagini, a outra metade da varinha de Ravenclaw e por fim Você-Sabe-Quem.
_Muito bem! – Dumbledore disse agitado – Tenho suspeitas sobre aonde estaria a Horcruxe de Ravenclaw e a Profecia.
_Temos sofrido muito na busca a essa Profecia – Harry disse parecendo cansado.
_Voldemort sabe o risco que está correndo, ele deve ter mudado a Profecia de lugar, colocado aonde penso que muito poucos podem alcançar.
_Nós suspeitamos que a outra metade da varinha de Ravenclaw está no cofre do Gringotes – Hermione falou – Nós chegamos a ir até lá com Monstro, mas não encontramos e logo quase fomos pego pelo guardião de fogo.
_Guardião de fogo?! – a Sra.Weasley repetiu crédula olhando para Rony enquanto se perguntava o que seu filho teria feito longe dos seus olhos.
_Por um bom tempo essa varinha poderia ter estado neste cofre Srta.Granger – Dumbledore disse – Mas depois que Voldemort soube do roubo do seu Medalhão penso que tenha mudado tudo de localização.
_Mas o Medalhão era falso – Harry falou surpreendendo à todos.
_Sim – Dumbledore disse desapontado – Infelizmente o Medalhão era uma falsa Horcruxe, uma isca que levaria a quem busca as verdadeiras Horcruxes até a caverna, até a Poção do Morto-Vivo, até a armadilha na qual Voldemort descobriria tudo.
_Nós chegamos a encontrar uma pedra de Slytherin aprisionada em uma fênix na floresta de Crovotus Cadaverus professor – Hermione continuou – Mas ela era falsa, a destruímos. – Dumbledore pareceu abruptamente surpreso com essa revelação.
_Mais uma falsa Horcruxe – ele disse com a voz baixa – Mas penso ter sido a última dentro as que buscaremos agora.
_Precisamos retirar a proteção contra Snape que colocamos no Largo Grimmauld então – Lupin disse olhando de Tolkien para Moody.

Na volta à Torre de Grifinória, aonde Harry sentiu sua cicatriz formirgar incansavelmente, ao deitar em sua cama tirou seus óculos e adormeceu rendido pelo repentino cansaço.

_NÃO OUSE APONTAR ESSA SUA VARINHA! – a voz forte e grave de Lorde Blade gritou acossado a um canto de seu vasto e belo escritório em um dos mais altos andares do Ministério – EU SOU O MINISTRO, POSSO PRENDÊ-LO POR DESACATO!
_Você não é mais Ministro – Snape sibilou e a porta ao fundo se abriu quando a figura de outros dois Comensais ocultados por seus capuzes surgiu.
_O que está havendo? – Lorde Blade perguntou com um tom tímido agora. – Vocês não podem me matar, serão caçados feito bandidos amanhã.
_Estamos acima das perseguições do Ministério – Snape disse friamente apontando sua varinha tão próxima ao pescoço de Lorde Blade que por um momento pareceu que iria perfurá-lo.
_Você me decepciona Severo, meus aurores tem o buscado todos os dias para pagar pelo que fez com Dumbledore e penso que me matar está noite não melhorara sua situação – em um movimento incrivelmente veloz Lorde Blade puxou sua varinha e a brandindo disparou um jato vermelho que fez com que Snape voasse há vários metros. Os dois Comensais parados a porta imediatamente lançaram jatos verdes mas Lorde Blade saltou para atrás de sua grande mesa de madeira e as Maldições apenas colidiram na mesa marcando-a com grandes manchas negras.
Brandindo sua varinha por debaixo da mesa Lorde Blade atingiu um Comensal com um veloz jato dourado e então a voz de Snape bradou:
_LÓCUS CÁVERES! – um dragão negro saltou da sua varinha e cercando Lorde Blade o cravou em todo seu corpo fazendo-o, em meio a gritos, cair no chão, morto.
_COMENSAIS! COMENSAIS NA SALA DO MINISTRO! – um bruxo gritou do lado de fora e Snape se virou, a figura de Dawlish, um dos aurores principais do Ministério estava chegando por uma lareira, ele havia fechado todas as saídas e partira para chamar reforço.
_VAMOS SAIR LOGO DAQUI! – Snape gritou deixando a sala ao mesmo tempo que o Comensal abatido por Lorde Blade era levitado pelo outro.
As lareiras ao longo do corredor de entrada da sala do Ministro crepitaram em chamas verdes e vários aurores dispararam por todos os lados, alguns lançandos jatos verdes, enquanto outros disparavam dragões pequenos e negros que caminhavam ferozmente rumo ao seu alvo.
_NÃO TEM COMO APARATAR! – o Comensal que não fora abatido gritou com uma voz rouca e no mesmo instante tombou com um raio que o atingira bem no rosto. Snape se virou para encarar a figura de Dawlish e mais dez aurores às suas costas.
_Você não tem saída Severo – ele disse vitorioso.

Harry acordou daquela cena horrível com o coração pulsando e a testa latejando intensamente, passando sua mão por ela se sentou na cama e vendo que todos ainda adormeciam em suas camas voltou a deitar, não avisaria à ninguém, tudo não deveria passar de apenas um sonho sem sentido, Snape não mataria Lorde Blade, Dumbledore acabara de revelar que ele era fiel à Ordem, que ele somente estava fazendo papel ao lado de Voldemort.
Sentindo que a qualquer momento poderia vomitar com a dor em sua testa, adormeceu com a esperança de que o dia amanhecesse logo e que nenhuma notícia ruim povoasse as manchetes dos jornais.

_ISSO É IMPOSSÍVEL! – Harry ouviu um membro de Durmstrang gritar quando chegou ao salão, todos os alunos de Durmstrang, sentados na mesa central da Lufa-Lufa estavam de pé agora, olhando para uma edição recente do Profeta Diário na mão de John O’Donnell.
Dumbledore não havia chegado a sua mesa e naquele instante Tolkien e Flitwick assim como Minerva e Sprout comentavam sobre a matéria no jornal com extrema agitação.
_Olhe só Harry! – Hermione disparou assim que Harry a alcançou na mesa de Grifinória, aonde a agitação também era visível.
Harry olhou para a edição do Profeta Diário que estava sob a mesa e leu, em letras garrafais, a manchete principal:

DOIS MINISTROS EM UM ANO! LORDE BLADE É ENCONTRADO MORTO DENTRO DO MINISTÉRIO DA MAGIA!

_Dizem que Snape o matou – Hermione disse revoltada – Ele tentou levar o corpo de Blade, mas não conseguiu porque estava fugindo e um Comensal morreu com um Azaração Mortal e outro foi levado, deve receber o beijo do Dementador hoje pela manhã.
_E Snape? – Neville perguntou impressionado – Ele escapou?
_Sim – Hermione respondeu desviando um olhar estranho à Harry e Rony – Ele conseguiu fugir dos aurores.
_Ele está mais escorregadio que Sirius Black em sua época de fuga! – uma menina de Beauxbatons disse próxima.
_Sirius Black não era bandido! – Harry exclamou mas sua voz foi abafada com as portas de carvalho sendo abertas enquanto Dumbledore adentrava o salão caminhando rapidamente por entre as mesas de Grifinória e Lufa-Lufa. Todos os alunos que estavam de pé imediatamente se sentaram e quando ele extendeu seus braços em um pedido de silêncio todos abruptamente se calaram.
_Uma inesquecível perda – ele disse abatido, embora sua voz soasse forte – E que com certeza nos confirma que o perigo está crescendo, a morte de um Ministro dentro do próprio Ministério é uma das coisas mais audaciosas que tenho visto em todos esses anos. Os membros de Durmstrang serão dispensados este final de semana para o enterro de Lorde Blade em sua terra natal, a Bulgária. O Ministério está chocado e se concentrando na escolha de um novo Ministro que poderá falar a todos nós quais medidas serão tomadas diante desse terrível acontecimento.

Harry se viu diante de todas as aulas daquele dia perdido em meio as dores da sua cicatriz, tentando disfarçar, a todo momento com grande dificuldade, que nada vinha acontecendo, principalmente para os professores e Hermione.
O que vinha sendo difícil diante de Laverne de Wenlock e Slughorn fora quase um tormento na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas com Lupin, com Tolkien e Moody o encarando à todo momento. Ainda não ousara contar à Rony e Hermione o sonho que tivera, algo dentro de si dizia que poderia ter evitado a morte de Lorde Blade, mas o assunto mais urgente que o incomodava era que se Snape estava verdadeiramente do lado da Ordem e de Dumbledore porque teria matado um Ministro.
Ao fim da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas Harry foi chamado por Tolkien e Lupin que o informaram que Dumbledore visitaria uma velha casa está noite com quase todos os membros da Ordem para possivelmente achar a outra metade da varinha de Ravenclaw.
_Ele, certamente, quer que você vá – Tolkien acrescentou ao final.

Com sua varinha e sua capa de Invisibilidade (aconselhado por Hermione em trazê-la) alcançou, aquela noite, o gabinete de Dumbledore rapidamente.
_Severo estava preso às ordens de Voldemort! – Dumbledore disse em um tom bastante alto quando Harry adentrou o gabinete, ele vinha conversando com outros bruxos presentes – Ele ainda não sabia de meu regresso, foram poucas horas depois que retornei, ele precisava cumprir o que Voldemort o havia mandado fazer ou seria punido, colocaria todo o disfarce a perder, não havia saída.
_Eu entendo Dumbledore, mas...
_Desculpe Arthur – Tolkien o interrompeu chegando a sala com uma pequena caixa de madeira com três frascos reluzentes. Hermione imediatamente franzindo sua testa.
_O que é isso? – Rony murmurou ao pé do seu ouvido mas em resposta ela apenas deu-se de ombros.
_Coloque sob minha mesa por favor – Dumbledore pediu à Tolkien – E falei com Severo está manhã e ele me forneceu que Nicholas de Hall Hooper está sendo controlado através da Maldição Imperio, que ele será colocado no lugar de Blade ainda hoje, que dessa forma Voldemort terá absoluto controle sobre o Ministério.
_Então porque ele não veio com você? – o Sr.Weasley perguntou aborrecido.
_Ele tem que ficar ao lado de Voldemort – Dumbledore respondeu rápido – Ele tem de me fornecer os passos, está profundamente envolvido nos planos dos Comensais, será uma grande ajuda depois.
_E o que o senhor pretende fazer sobre Nicholas de Hall Hooper? – Tonks, que até então Harry não havia visto perguntou.
_Quatro aurores foram enviados a casa de Nicholas está manhã – Dumbledore respondeu – Estive no Ministério assim que Severo me revelou a verdade e pedi que imediatamente fossem libertá-lo, a essa altura, enquanto for nomeado, ele estará são de todas as suas ações.
_E Snape será castigado! – Harry falou de supetão – Voldemort saberá que foi ele quem revelou o plano!
_Garanto que não Harry - Dumbledore disse - Tomei todas as medidas necessárias e foi uma ótima idéia tê-la trazido – congratulou olhando para a capa por poucos segundos. Hermione, mais ao lado, sorrindo satisfeita consigo mesmo.
No instante que todos os membros da Ordem que Dumbledore recrutara estavam em seu gabinete ele mostrou um livro surrado e velho sob sua mesa.
_Essa Chave do Portal nos levara próximo ao nosso destino, infelizmente não poderemos chegar bem aonde queríamos, devido a proteção imposta a Chaves do Portal, mas ficaremos muito próximos.
_Aonde estamos indo afinal Alvo? – Andrômeda perguntou ajeitando sua capa negra de viagem.
_A Vila dos Prancing Pony – Dumbledore respondeu – Um pouco mais ao norte da França, visitaremos a irmã de Olivaras, como já fui lamentavelmente informado que Olivaras morreu, a nossa única ligação a ele é através de sua irmã.
_O senhor acha que ele possa ter guardado a outra metade da Varinha de Ravenclaw lá?
_Sim – Dumbledore falou – Eu estudei com Olivaras e Aníron e embora ele fosse de Grifinória, ela pertencia a Corvinal e admirava muito tudo envolvendo sua casa, o que, ao final, pode ser mais uma ligação, Olivaras prezava muito certos detalhes.
_E porque precisamos ir todos? – Rony perguntou e todos lhe lançaram olhares de desaprovo, Hermione principalmente.
_Bom, Sr.Weasley – Dumbledore falou nada desconcertado – Um Ministro foi morto noite passada e penso que Voldemort sabe muito mais do que planejei, receio que ele possa tentar matar Aníron antes que cheguemos lá e então estaremos seguros juntos.
_Sempre modesto, sempre modesto – um bruxo de cabelos negros curtos falou próximo à Tonks e Harry reconheceu que o vira em seu sonho, cara-a-cara com Snape, era o auror Dawlish e parecia maravilhosamente disposto.
_Oh – Dumbledore murmurou após retirar um grande e dourado relógio de um dos bolsos de suas vestes e consultá-lo – Estamos atrasados, Aníron sempre foi muito pontual.
_Aonde estão Lupin e Alastor? – Dawlish perguntou olhando para os lados na busca a eles.
_Eles estarão conosco no momento certo – Dumbledore respondeu misteriosamente e então apontou para o livro com sua mão enegrecida.
Harry indo a frente tocou o livro e sentindo como um gancho o apanhar pelas costas passou por um rápida, embora nada confortável, viagem de luzes e sons e caindo em um local escuro e frio, pode ver apenas grandiosos vultos espalhados por um lado da rua enquanto do outro lado apenas um terreno vazio, com uma grama rala e uma placa em meio a ele, torta. Com a rua se dividindo em mais três caminhos Harry sentiu que o frio ali estava cada vez mais intenso e que as únicas luzes que existiam desde que ele havia chegado estavam se apagando.
Virando-se, viu que Dumbledore, com seu deluminador estava apagando as luzes dos postes.
_Teremos que andar algumas quadras até chegarmos a casa de Aníron – ele disse guardando o deluminador (uma espécie de isqueiro prateado) em um dos bolsos e começando a andar.
No mesmo instante que chegaram ao fim da primeira rua na qual seguiriam o caminho defronte, várias explosões de fumaça negra se formaram por todos os lados e Harry sentiu algo agarrar seus braços, Hermione soltou um gritinho no mesmo instante que Dumbledore brandiu sua varinha e uma explosão prateada ofuscou a visão de todos. Harry imediatamente sentiu-se solto e apanhando sua varinha se virou para ver que diante dele estava um grupo de Comensais encapuzados e liderados por ele, a figura, viperina, demoníaca e assustadora de Lorde Voldemort.
_Professor - Harry sussurrou temeroso, suas pernas trêmulas, o ar congelando enquanto uma tempestade de Dementadores cobria o céu - É ele.
_Está tudo bem - Dumbledore murmurou, Slughorn recuou alguns passos no mesmo instante que Tolkien apanhou sua varinha. Tonks, Andrômeda e Quim se entreolharam enquanto Dawlish e o Sr.Weasley trocaram poucas palavras e também apanharam suas varinhas.
Do outro lado, em meio a escuridão, o vulto caminhava mais a frente, vários Comensais às suas costas, Belatriz Lestrange, Lúcio Malfoy e Severo Snape muito pouco atrás.
_Snape... - Harry ouviu Rony sussurrar e Harry pode ver que Dumbledore parecia fitar Snape com segurança.
_Velho homem - a voz fria de Voldemort quebrou o silêncio e imediatamente Moody, Lupin e Tonks apanharam suas varinhas.
_Está tudo bem - Dumbledore repetiu porém todos mantiveram suas varinhas ao alto, ao mesmo tempo que os Comensais também mantinham as suas.
_Você sobreviveu então - Voldemort continuou friamente, os seus olhos viperinos não podendo esconder a surpresa.
Harry desviou um olhar para o que havia acabado de surgir às costas de Lúcio Malfoy e a figura de Draco o impressionou, ele fora encontrado morto há vários meses, encontrado morto e levado para o Ministério.
_Você desconhece muitas das formas de se sobreviver Tom - Dumbledore falou apanhando sua varinha e então sua mão engrecida ficou a mostra, os olhos de Voldemort imediatamente se surpreenderam ao vê-la.
_O anel - ele murmurou.
_Está destruído - Dumbledore disse calmo - Junto com minha mão.
_O que o torna mais tolo do que pensávamos - Voldemort sussurrou secamente - Cada vez mais fraco.
_Você tem se enganado muitas vezes Tom – Dumbledore falou seguro – Se enganado com o que as aparências tem mostrado.
_Eu não me engano Dumbledore! – Voldemort o cortou – Não se iluda com os poderes que hoje possuo, eles estão muito acima do que qualquer dia você imaginou.
_Não o subestimo Tom – Dumbledore disse, todos em silêncio, preparados para qualquer momento agirem caso necessário – Os Dementadores não estão aqui por você, Lorde Blade foi muito bem sucedido nessa retomado do controle.
_Dementadores não me interessam mais Dumbledore – Voldemort murmurou friamente – Sangues-Ruins tem tido um valor muito mais precioso do que algum dia eles imaginaram ter. – Hermione pareceu profundamente chocada com essa frase.
_Você tem feito coisas que desaprovo Tom, coisas que venho me perguntando se poderei permitir por muito mais tempo.
_PERMITIR?! – Voldemort disparou seguido de um riso demoníaco – VOCÊ ESTÁ MUITO ABAIXO DO QUE ALGUM DIA ESTEVE, EM NENHUMA CONDIÇÃO DE ME PERMITIR COISAS! – e abaixou seu tom de voz para quase um sussurro – Os tempos de escola já se foram.
_Você não mudou muito desde que nos encontramos no Ministério...
_Você sim – Voldemort falou seco desviando um olhar rápido a mão enegrecida de Dumbledore – E tem errado como nunca.
_Deixar seus Comensais invadirem minha escola foi um erro? – Dumbledore disse tão calmo como se estivesse tomando uma boa dose de conhaque e discutindo quem vencera o Campeonato Inglês de Quadribol com um velho amigo – Assim como foi um erro ter pensado que estava morto.
_A qualquer momento você pode ser morto – Voldemort disse – Me intriga o fato de como pode sobreviver ao meu plano, ao ataque de Severo – e Voldemort desviou um olhar frio à Snape.
_Severo Snape foi um traidor – Dumbledore disse e seu tom foi um pouco mais alto do que vinha mantendo até agora – E todos os traidores de nossa história sempre tiveram destinos trágicos...
_Não ouse ameaçar velho homem! – Voldemort cortou bruscamente elevando sua varinha, todos atentos a qualquer movimento então – Eu o mataria definitivamente!
_Você sabe que está indiscutivelmente acima disso Tom – Dumbledore disse – Sabe que não seria capaz de assassinar quem lhe ensinou muitas das coisas que conhece...
Voldemort brandiu sua varinha violentamente e todos se jogaram no chão quando um jato verde disparou de sua varinha, Dumbledore desapareceu em uma explosão branca e por um momento ninguém o pode ver, até que surgiu do outro lado da rua.
Naquele momento Harry foi surpreendido por outro Dumbledore na outra extremidade da rua e mais um a frente e então pensou estar louco, haviam três Dumbledore naquele momento e não somente como ele todos ali estavam estupefatos com o que viam.
_ABAIXE-SE! – Quim gritou abruptamente e quando Harry se jogou no chão juntamente com os outros, os três Dumbledore agitaram suas varinhas disparando jatos vermelhos que atravessaram a escuridão e explodiram em labaredas quando Voldemort auçoou vôo e desapareceu voando pelos céus; Em meio a um borrão negro, os Comensais aparatando.
O primeiro dos três Dumbledore sacudiu sua varinha e os outros dois foram cobertos por uma nuvem prateada que os fez voltar a sua forma verdadeira, Moody e Lupin agora, parados. Todos boquiabertos.
_Era poção Polisuco – Hermione falou olhando de Lupin para Moody – O que Tolkien carregava naquela caixa e nossa – murmurou surpresa olhando a figura de Voldemort desaparecer pelos negros céus – Ele sabe voar.
_Não se assuste Srta.Granger – Dumbledore disse andando rapidamente de encontro à todos.
_Ele também sabe voar – Harry ouviu Quim cochichar no ouvido de Hermione.
_Dumbledore sabe voar? – Harry o perguntou também em voz baixa, surpreso.
_Sim – o Sr.Weasley respondeu – E muito bem.
_Ele quis o matar professor – Tonks falou guardando sua varinha.
_Realmente – Dumbledore assentiu elevando sua varinha ao ar e com um sacudida desfazendo o que Harry ainda não vira, um grande casulo invisível que cobrira toda a rua.
_Professor – Harry disse – O que era, o que era essa...
_A proteção? – Dumbledore completou.
_Sim.
_Enquanto conversávamos apliquei essa proteção, isso deveria servir para evitar qualquer feitiço que fosse lançado aqui, mas parece que Voldemort conseguiu ultrapassar isso.
_E o que isso significa? – Andrômeda perguntou séria.
_Que pela primeira vez – Dumbledore respondeu – Eu me vi surpreso com as habilidades de Voldemort.
Todos trocaram rápidos olhares.
_Quer dizer que ele, bem, ele está muito poderoso? – Rony indagou receoso.
_Sim – Dumbledore disse – Ele realmente quis me matar hoje e penso que precisaremos agir o quanto antes se quisermos que isso não saia definitivamente do controle.
_E o que isso quer dizer? – Hermione perguntou.
_Voldemort veio de encontro à Harry e garanto que não sabia que eu havia voltado, o que o surpreendeu, ele poderia finalmente ter levado Harry consigo esta noite.
_Ele sabe que estamos atrás das Horcruxes – Harry disse em voz baixa e pareceu que toda a rua o ouvia agora – Sabe que estamos agindo e acho que é por isso que a Profecia está tão difícil, assim como a outra metade da Varinha.
_Estamos muito próximos Harry – Dumbledore disse – Muito próximos do que queremos, mas nada será fácil daqui por diante, Voldemort teve a sua certeza ao ver que o Anel de Servolo está destruído, ele agira com todas as suas habilidades para impedir que consigamos o resto.
_Só não entendo – Rony falou – Porque ele fugiu.
_Ele não esperava um encontro está noite Sr.Weasley, não com alguém que pudesse atrapalhar seus planos – Dumbledore respondeu também guardando sua varinha. – Prossigamos então – e continuou a caminhar, Harry logo atrás.
Com todos os membros da Ordem atentos a qualquer movimento que pudesse representar a volta de Voldemort, Dumbledore seguiu até uma casa alta, com uma porta de madeira escura e dando dois toques aguardou. A porta, aos poucos, se abriu revelando agora a face de uma bruxa de cabelos cinzentos e olhos pequenos, muito alta e apressada.
_Ah sim, Dumbledore, entre – ela disse e então abriu a porta por completo para que Dumbledore adentrasse. Harry, Tonks, Hermione, Rony e Tolkien logo atrás, o restante deveria ficar e vigiar todas as rendondezas.
Por um momento, Harry pensou que havia entrado em uma mansão muito fria e sombria, mas a bruxa de cabelos cinzas sacudiu sua varinha, uma realmente fina e longa e imediatamente diversas velas se ascenderam por toda a sala, revelando um cômodo todo lustroso e quente.
_Obrigado por nos receber Aníron – Dumbledore disse gentilmente, somente agora Harry percebera o quanto ela era parecida com Olivaras, desde os olhos até a altura.
_Sem problemas – ela disse apontando para um sofá para que se sentassem, Dumbledore em uma poltrona ao lado.
_Desculpe-nos a pressa Aníron – ele disse – Mas tenho me perguntado se você sabe qual o paradeiro da Varinha de Rowena Ravenclaw – Aníron não pareceu surpresa, ela apenas caminhou lentamente para uma das janelas da sala e observando a escuridão pensou por longos instantes até responder.
_Meu irmão e eu fomos criados para sempre produzirmos as melhores e mais fieis varinhas e por assim tem sido desde respeitáveis gerações da minha família, mas agora tudo tem se tornado impossível, pricipalmente depois da morte de Olivaras – Harry percebeu que ela parecia já ter superado essa perda, suas palavras saim confiantes e fortes – E me lembro que as quatro varinhas dos fundadores de Hogwarts foram as primeiras varinhas que minha família produziu antes, de pelos próximos mil anos vir a manter a tradição e posso dizer que assim que Rowena Ravenclaw faleceu meu irmão conseguiu sua varinha de volta – e ela deixou a janela sob o olhar interrogador de Hermione – E como você sabe Alvo, uma das quatro varinhas que possuíam habilidades para aprisionar corpos em seus interiores era a de Rowena, o que a tornava muito perigosa e fora de controle longe do seu legítimo dono, a própria Ravenclaw. Quando meu irmão resgatou a varinha ele a guardou, mas às vezes punha na janela de nossa loja, ao lado de algumas outras não tão importantes, em homenagem à Rowena, mesmo sabendo os riscos que corria.
Desde que meu irmão desapareceu e foi encontrado morto, eu não sei exatamente aonde está essa varinha e com sinceridade Alvo, eu nunca vi essa varinha inteira – e Hermione pareceu pensativa – Eu sempre vi um pequeno pedaço dela e meu irmão dizia que ela havia se partido como quando Você-Sabe-Quem atingira o menino Potter, que teria sido melhor assim, que também não sabia aonde estava a outra parte.
_Receio que possa estar aonde ele repousa – Dumbledore disse triste se levantando – Penso que é tudo Aníron, agradeço infinitamente tudo – Dumbledore trocou um aperto de mão com a bruxa e abrindo a porta de entrada saltou o único degrau deixando a casa – Podemos partir – e ele apanhou o mesmo pequeno livro que os trouxera até ali de um dos bolsos das suas vestes - Vá primeiro – pediu à Harry e sem remediações, deixando aquele escuro lugar Harry tocou o livro e com o gancho às suas costas caiu no gabinete de Dumbledore.
Fawkes, em seu poleiro, silenciosa.
Houve, por vários momentos, lampejos às suas costas e quando todos chegaram Dumbledore surgiu ainda segurando o seu deluminador, provavelmente colocara as luzes de volta antes de partir.
_Com absoluta certeza tudo o que Aníron nos revelou será de extrema importância e penso que nunca estivemos tão perto de apanhar a varinha de Ravenclaw como agora.
_E o que o senhor pretende fazer? – Tolkien perguntou ansioso.
_Partirei para o Ministério, irei auxiliar os aurores para que fiquem de olho em Nicholas, para que fortifiquem as proteções, que estejam atentos a qualquer suspeita envolvendo algum Comensal da Morte, preciso ter a certeza de que a Maldição foi quebrada, uma vez nas mãos de Voldemort, o processo de reversão seria catastrófico...
_Professor – Harry disse interrompendo-o com educação – O senhor sabe voar?
Dumbledore se virou para encará-lo surpreso.
_Mas que pergunta Harry – Hermione cochichou em seu ouvido.
_Assim como meu Patrono – Dumbledore respondeu sem grande importância – A minha forma animaga é a de uma fênix, quando estou transformado posso voar devido a ela, mas certamente como possuo muito controle sobre a transformação, poderia assumir minha forma homem e voar ao mesmo tempo estando auxiliado pela fênix.
_Entendo – Harry murmurou.
_Partirei para o Ministério – Dumbledore disse deixando o livro que fora Chave doPortal sob sua mesa – Logo em seguida visitarei Molly Weasley – e Rony sentiu-se alegre por isso, não imaginava a reação que sua mãe teria ao vê-lo novamente de pé – Na volta irei na busca a única pista restante que pode nos ligar tanto a outra metade da Varinha de Ravenclaw como a Profecia de Gryffindor, vocês devem retornar aos seus afazeres senhores, estamos sob perigo constante.

A manchete do dia seguinte poderia ter impressionado muitos leitores que ansiavam qual bruxo seria e teria a coragem de assumir um cargo tão importante e perigoso como o de Ministro, mas Harry, Rony e Hermione, apenas obtiveram uma confirmação quando a edição do Profeta pousou às suas frentes.
_Se o plano de Você-Sabe-Quem em controlar o Ministério estava neste homem, garanto que o de Dumbledore em retirar a Maldição foi muito mais bem sucedido.

NICHOLAS DE HALL HOOPER ASSUME MINISTÉRIO DA MAGIA E DECLARA: UMA NOVA ERA COMEÇA!

Harry encarou aquela última linha com uma grande péssima impressão, algo em “Uma Nova Era Começa!” lembrava Comensais, Voldemort e indiscutivelmente, Magia Negra.
_Harry, o que foi? – Hermione lhe perguntou preocupada.
_Não, nada – Harry respondeu fitando a foto do novo Ministro abaixo da manchete, um bruxo alto, de cabelos negros e acizentados, um olhar de falsa alegria nos olhos azuis claros e uma expressão facial que parecia tentar suprimir uma grave dor interior.

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