O SEGREDO DE GRYFFINDOR



CAPÍTULO 30:

O SEGREDO DE GRYFFINDOR


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_Mas – Hermione murmurou desviando um olhar rápido à Rony, ele parecia pensativo diante da notícia surpresa – Hum – ela disse em voz baixa - Harry, não, não precisamos mais disso.
_Claro que sim! – Harry falou se virando, por um momento, mesmo com todos aqueles castiçais e lareiras, aquela sala pareceu fria.
_Não é mais necessário! – Hermione exclamou – Precisávamos naquele época porque a Umbridge negava nos ensinar feitiços práticos, mas agora temos o Tolkien, Moody e Lupin e eles são os melhores, eles nos ensinam realmente!
_A AD nos salvou no Ministério – Harry se manteve firme, nunca gostava de discutir com Hermione, algo dentro de si lhe dizia que ela sempre estava certa - Se não fosse Luna, Gina não teria conseguido se mover e não trazer o Rony quando ele estava atormentado e Neville me ajudou de todas as formas, conseguimos fugir da sala das profecias quando todos atacaram ao mesmo tempo, treinamos juntos, a AD é importante para nós!
Hermione pareceu triste por um momento, seus olhos pousaram sob uma das janelas, a mesma janela com o parapeito mais coberto de neve.
_Eu entendo – ela disse em voz baixa e cruzou seus braços pensativa – E sei que Rony concorda com você, mas acho que a AD não funcionara mais porque o real motivo dela ter nascido não existe mais, aprendemos e devo admitir, coisas fascinantes com você e me surpreendeu muito como você administrou tudo mesmo com tudo que vinha acontecendo. Mas dessa vez, todas as aulas de Defesa vimos feitiços práticos com o Tolkien, não há mais a razão...
_Você pode não participar – Harry disse sombriamente, nesse momento sua voz saiu fria, cavernosa e impiedosa, como a de Voldemort – Pode ficar de fora se quiser. – Hermione pareceu muito mais do que chocada com o tom usado; Fitando Harry aborrecida ela se virou e partiu – O que foi que eu fiz?! – Harry esbravejou quando ela fechou a porta com cuidado.
_Não precisava falar daquele jeito – Rony disse um pouco incomodado – Sabe, a idéia toda foi da Hermione e acho que se ela discorda dessa vez podemos esquecer isso – e o amigo se aproximou – Eu participarei se realmente existir, mas concordo com o que ela disser – e os olhos de Rony brilharam diante da luz das velas – As vezes admito que Hermione é inteligente de uma forma extraordinária. – e se virou triste. Cabisbaixo e com os pés arrastando sob o piso lustroso deixou a sala triste.

No café da manhã Harry sentiu a falta de Hermione a mesa, mas isso logo passou quando avistou a amiga indo de um lado para o outro conversando com vários alunos e anotando seus nomes. Por diversas vezes ela quase foi atingida pelas corujas que desciam pelas janelas, mas fora esperta ao colocar um gorro que lembrava em muito aos chapéus que Lufa-Lufa costumava usar e o que Luna apresentara há dois anos.
_Pronto! – ela exclamou quando chegou a mesa de Grifinória com grande satisfação, um pergaminho cheio de assinaturas nas mãos – Minerva aprovou a idéia, Tolkien também achou fascinante!
_O quê! – Harry disse quando uma coruja passou tão perto do seu rosto que seus óculos caíram sob a mesa – Você contou para todo mundo foi?
_Não não – Hermione respondeu sem importância guardando o pergaminho na mochila – É segredo, somente eles sabem na parte da direção e os membros que participarão, de modo algum podem falar com outros sobre o assunto.
Harry sentiu-se agradecido por tudo aquilo, Hermione já arrumara tudo para a volta da AD e visivelmente ela demonstrava uma alegria impressionante.
_Mas você não era contra a volta da AD?
_Ah – ela disse passando um cesto com batatas quentes para Nigel logo ao lado – As vezes tenho de dar o braço a torcer e esperar o que tem de acontecer, já que não é uma má idéia, vou mudar minha opinião.
_Você acha que é uma boa idéia porque foi você quem a criou não é? – Rony disse com um gorro todo colorido que ganhara de sua mãe de Natal.
_Exatamente! – Hermione disse ajeitando, dessa vez, o seu gorro depois que uma coruja destrambelhada quase o derrubou – O melhor é que poderemos usar a sala de antes, sabe, a Sala Precisa.
_Isso é ótimo! – Harry exclamou entusiasmado, Neville, logo ao lado, ainda mantinha alguns fios de cabelo colorido na cabeça, ele disse que não se importava – Tudo que precisamos está lá!

O dia seguinte chegou com os campos ainda muito esbranquiçados, embora esses dias estivessem chegando ao fim, o Profeta Diário, pelo segundo dia consecutivo trouxe uma péssima notícia a todos.

_Estava demorando! – Hermione resmungou fechando seu cachecol em volta do pescoço. Virando o jornal com pressa o mostrou a Harry e Rony, havia ali uma foto de Azkaban gigante e um texto realmente destacado.

AZKABAN PODE QUEBRAR A QUALQUER MOMENTO, LORDE BLADE, NOVO MINISTRO DA MAGIA, ANÚNCIA MEDIDAS DRÁSTICAS!

A prisão mágica de Azkaban, o local mais seguro do mundo, não está tão mais seguro assim. Fontes afirmam que a prisão pode romper a qualquer momento, um momento no qual os prisioneiros planejam fugir para voltarem as ordens de Você-Sabe-Quem; As mesmas fontes indicam que o local do primeiro ataque já foi escolhido e que ali será o ponto de largada para a guerra que tanto nos ameaça.
Lorde Blade, novo Ministro da Magia, diante da notícia revelou que será enviado, imediatamente, seguranças ingleses ao local, os Dementadores, já não mais guardiões da prisão estão instintos e desde então escassos guardas protegem a prisão.
Blade afirma que não haverá fuga em massa ou algo parecido, pede que a população se mantenha mais atenta a outros assuntos e que sempre tenha cuidado com seus contatos.


_Realmente a AD tem que voltar! – Hermione disse – Mais que nunca!
_Espere – Harry falou e Rony o olhou enquanto abria um sapo de chocolate aonde a figura de Lorde Blade surgia sorrindo e depois mostrava um medalhão de novo Ministro nas vestes – Tem alguma coisa aqui – e apanhando o jornal leu uma linha com certo destaque.

Epidemia da Varíola de Dragão pode atingir o lado sul do país na próxima semana! – página 2

_Como?! – uma menina de Beauxbatons logo ao lado exclamou diante da notícia.
_Leia Harry, leia – Hermione pediu não escondendo estar apreensiva.
Harry olhou ao redor, muitos o encaravam naquele momento.

VARÍOLA DE DRAGÃO DEVASTA NORTE DA GRÃ-BRETANHA E DEVE CHEGAR AO SUL NA PRÓXIMA SEMANA!

É com grande pesar e receio que o Profeta anuncia que a cruel doença que afetou toda a Grã-Bretanha do norte rapidamente está se espalhando e de acordo com estudos no Ministério deve chegar ao lado sul na próxima semana.
Poções com o antídoto da doença estão sendo entregues nos hospital de todas as cidades, e poucos afirmam que alguns conseguiram se curar enquanto o número de mortes já atravessa cento e doze bruxos registrados apenas na semana passada.
– houve um murmúrio que correu por todos ao redor, Minerva parecia atenta e surpresa com a reação, não sabia o que estava acontecendo - O número total ainda não foi revelado mas deve ser realmente pavoroso. O dragão Garibon, responsável pela doença foi levado, ontem a noite, a mando do Ministro Lorde Blade. O Ministério não acredita que a doença possa ser rapidamente dissipada, mas acredita sim, que ao atingir o lado sul, a situação atingira um patamar jamais visto na história bruxa, registrando um número de casos e mortes assustador.
O maior medo do Ministério é que ao atingir o lado sul, a doença alcance além da sede o Ministério a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, aonde estão abrigadas as escolas mágicas de Beauxbatons, Durmstrang, Bounstouns e Agatston totalizando em número superior a mil e seiscentos alunos, o que poderia causar um verdadeiro caos mortal na próxima semana.
Não há nenhuma poção que possa impedir a doença de atingir qualquer um de nós, apenas uma, realmente difícil de ser feita e praticamente rara devido aos seus ingredientes, que pode, em muitos poucos casos, exterminar a doença do sangue.
Infelizmente não podemos fazer nada, qualquer um de nós pode ser contaminado, o país todo está apavorado, o Ministério diz que isso não ajudara e reforça que devemos nos concentrar em uma possível saída.

A Varíola de dragão é uma doença que causa várias manchas avermelhadas pelo corpo e que causa desnutrição generalizada de forma muito rápida e brutal, matando todo o organismo. Infelizmente nenhuma poção é capaz de agir rápido o suficiente para impedir essa desnutrição generalizada e em poucos casos, a poção consegue impedir que todo o organismo seja atacado podendo assim salvar o bruxo com poções extremamente fortes.

Uma reportagem de Anita Balgshot para o Profeta Diário.


_Isso é horrível! – Mirella Delamangha em sua mesa disse – Todos podemos morrer e não descobriram nenhuma poção rápida o suficiente para isso ainda.
Harry largou o jornal sob a mesa e olhou para a mesa dos Professores, ali, Tolkien e Lupin conversavam realmente sérios.

_O feitiço Inaudível, um dos mais difíceis e mais poderosos de nossas defesas é realmente um dos pontos mais importantes a serem aprendidos este ano – Tolkien disse iniciando mais uma aula de Defesa Contra as Artes das Trevas – Certamente que a Srta.Granger poderia nos dizer o que são feitiços Inaudíveis.
_Sim – Hermione sussurrou – Bom, feitiços Inaudíveis são aqueles feitiços que são realizados sem o uso do pronunciamento, ou seja, produzimos o encantamento normalmente, mas sem precisar enunciá-lo.
_Dez pontos para Grifinória! – Tolkien congratulou - E todos aprenderemos esse tipo de feitiço nesse momento, por favor, Sr.Flint, apanhe uma caixa para mim naquela sala – Tolkien pediu a Richard Flint que deixou sua mesa rumando até uma sala guardada por duas estátuas altas. – Não será fácil, assim como executar as Azarações Mortais com precisão, mas tenho certeza que com prática, alcançaremos excelentes resultados!
Naquele momento Richard voltava com a caixa.
_Levantem todos – Tolkien ordenou e trocando olhares todos deixaram suas mesas. Ele produziu um movimento com a varinha em silêncio e todas as cadeiras e mesas correram até o fundo da sala deixando um espaço gigantesco em meio a elas. – WINGUARDIUM LEVIOSA! – ele enunciou abruptamente e a caixa levitou até o centro da sala. – Agora – disse sombriamente, parecia que ninguém nem ao menos ousava respirar – Vocês tentarão, primeiramente, levitar a caixa sem pronunciar, para isso – e ele apontou sua varinha para caixa – Basta fixar muito bem os olhos no seu alvo e deixar sua mente dizer o encantamento, como se sua cabeça estivesse falando e não sua boca. Tendo consciência disso, façam o movimento do feitiço com suas varinhas e com a mente o enunciem, caso realizem o movimento corretamente, enunciem o feitiço com precisão e não desviem seus olhos do alvo, tudo saira certo. Sr.Ivanova aqui! – ele chamou o Campeão de Lufa-Lufa e Lynch se aproximou com a varinha em mãos – Tente levitar a caixa.
Sob os olhares atentos Lynch elevou sua varinha, fitou os olhos na caixa e parecendo se sentir confuso fez o movimento de gira e sacode com a varinha. A caixa se arrastou poucos centímetros, mas não levitou.
_SRTA.LEBLANC! – Tolkien chamou. Catherine elevou sua varinha e a sacudiu, a caixa apenas se arrastou mais alguns centímetros. – SR.CHASEZ! – o Campeão de Bounstouns girou sua varinha imponente e a caixa levitou tão alto que bateu no teto e despencou no chão se quebrando toda. – AH SIM! SIM! SIM – Tolkien exclamou – REPARO! – a caixa foi restaurada – Dez pontos para Bounstouns, ah sim, totalmente fora de controle, mas muito bom! – os olhos do professor correram pelos alunos – SR.O’DONNELL! – John em um salto sacudiu sua varinha mas nada aconteceu – TENTE NOVAMENTE! – Tolkien disse animado – o Campeão empunhou sua varinha e a caixa se tornou pequena – NÃO! NÃO! – Tolkien disse – É Winguardium Leviosa não Reducto! Esses campeões...SRTA.KARKONICOVA! – a Campeã de Agatston produziu um suave giro com a varinha e a caixa levitou por alguns segundos e assustadoramente disparou na direção de uma das estátuas ao lado da porta que se abaixou, fazendo a caixa se espatifar na parede – REPARO! – Tolkien enunciou – AH SIM, SR.FLINT! – Flint olhou fixamente para a caixa e fazendo meio movimento com a varinha ela irrompeu em chamas – MAS O QUE ESTÃO FAZENDO! – Tolkien gritou – Como conseguem colocar fogo em uma caixa sendo que querem levitá-la! – todos pareceram surpresos com os acontecidos nas tentativas – Tudo bem! – ele disse – Vamos fazer algo diferente, vamos tentar quebrar a caixa, ah sim, agora teremos boas surpresas! SR.WEASLEY A FRENTE! – Rony, sob os olhos de todos avançou até um pouco perto da caixa e produzindo um movimento totalmente diferente com os olhos fechados fez a caixa saltar, ela havia ganhado vida, estava saltando, pulando, voando rumo as gaiolas cheias de criaturas negras – FINITE! – Tolkien gritou – SRTA.GRANGER AVANTE! – Hermione apontou sua varinha para a caixa ainda no ar e ela explodiu em milhares de raios de fogos – REPARO! SR.BOOT! – o membro de Corvinal saltou por detrás de Mirella e produzindo um movimento veloz fez a caixa se estilhaçar ao mesmo tempo que ela voltou a sua normalidade, Tolkien a estava fazendo voar para os alunos a atingirem no ar – SIM! SIM! – Ele dizia – SRTA.BONES! – a garota de Lufa-Lufa mirou sua varinha e disparando um raio vermelho (o primeiro raio até então) errou o alvo por centímetros – SRTA.DELAMANGHA! – Mirella projetou um movimento longe e a caixa somente se tornou vermelha, nada mais – VAMOS! – Tolkien pedia – SRTA.PATIL SUA VEZ! – Parvati elevou sua varinha e fazendo um gesto linear produziu uma linha branca que apenas se enrolou na caixa – QUERO QUE ESSA CAIXA EXPLODA! – Tolkien gritou entusiasmado – SR.LONGBOTTOM! – Neville elevou sua varinha, fechou seus olhos como se estivesse com muito medo e a brandiu em algo que fez os seus cabelos voarem, da ponta de sua varinha, estranhamente um raio dourado cruzou a sala e atingiu a caixa estourando-a – BOUNSTOUNS! SRTA.FINGERS VAMOS! – a garota de Bounstouns sacudiu sua varinha e a caixa apenas rachou em poucas partes – AGORA QUERO VER! SR.POTTER ACABE COM ISTO! – Harry sentiu seu coração acelerar ao mesmo tempo que a imagem de Snape atingindo Dumbledore lhe surgiu a mente e sua mão foi ao ar pronta a atacar, sua mente apenas gritou diante daquela dor: “Lócus Cáveres!” - da ponta da sua varinha um dragão negro com faíscas de fogo atravessou a caixa estourando-a por completo, sem qualquer chance de restauração, somente um pó, naquele momento, caia no chão.
Harry sentiu a dor se aliviar, como se tudo tivesse ido juntamente com o feitiço, jamais conseguira produzir a Azaração Mortal mais poderosa.
_Vejo que conseguimos – Tolkien disse ao mesmo tempo que a sineta tocou. – Podem ir – ele disse – Deixem que arrumarei tudo.
_Podem ir – Harry disse à Rony e Hermione – Encontrarei vocês na estufa, preciso perguntar uma coisa a ele.
Enquanto Hermione e Rony deixavam a sala com suas mochilas realmente excitados pela aula que haviam tido Harry se aproximou de Tolkien.
_Parabéns Harry, você conseguiu não foi?
_Eu conjurei...
_Sim – Tolkien o cortou educadamente – No momento errado diria, mas conseguiu.
_Professor – ele disse – O que você estava fazendo naquela sala no dia do assassinato? – Tolkien imediatamente parou o que fazia, guardando sua varinha em um dos bolsos se virou para encarar Harry.
– A Profa.McGonagall me ordenou que protegesse Rufus aquela noite, mas em uma armadilha colocaram Veritaserum na bebida dele e infelizmente ele acabou revelando que ajudava Voldemort através do Ministério, deixou que Garibon chegasse a Grã-Bretanha, pois como disse Hermione, Voldemort queria fragilizar a população bruxa, ele estava do lado de Você-Sabe-Quem.
_Mas como, como pode, o Ministério desconfiaria!
_Veritaserum é a coisa mais verdadeira do mundo – Tolkien advertiu - Não havia como mentir - o professor guardou uma capa vermelha em uma caixa cheia de Esqueletics desenhados - Agora vá, conversaremos depois, a Profa.Sprout lhe advertira se chegar atrasado.

Harry não sabia qual notícia era mais frustrante, a do Ministro, o representante máximo dos bruxos, estar do lado de Voldemort, ou Tolkien ser mais uma vez inocente sendo que o condenara.

Após uma divertida, embora cansativa aula de Herbologia, Harry voltou, apressado pelos corredores de Hogwarts, tinha de apanhar seu livro de Transfiguração, o havia esquecido pela manhã.
_Harry! – Hermione lhe chamou em meio ao corredor do terceiro andar, ela parecia vir da biblioteca e trazia consigo um grande livro – Tenho que te mostrar!
Harry a olhou enquanto se aproximava, observando aos lados viu que o corredor seguinte estava lotado de alunos deixando a sala de Feitiços.
_O que aconteceu? – perguntou.
_Eu achei! – ela exclamou – Eu finalmente tenho certeza!
Harry sobressaltou as sombrancelhas.
_Certeza do quê? – Hermione olhou para os lados com atenção e falou um pouco mais baixo, desviando seus olhos, por alguns segundos, para um quadro com um bruxo de cartola ao lado.
_Você se lembra de quando eu achei o diário do Dumbledore? – Harry assentiu com a cabeça – Então, eu vi uma página que falava sobre um tal segredo de Gryffindor nunca descoberto ou nunca revelado por aqueles que o conheciam. Eu procurei no diário mas não falava nada pois precisaríamos descobrir qual era o segredo e escrever nele. – ela pausou por alguns segundos quando o quadro pareceu soltar um pigarreo incômodo - Eu pesquisei e depois de procurar muito, muito e muito eu achei.
Harry fitou Hermione por alguns segundos percebendo que agora ela parecia nervosa com a possível revelação. Suas mãos estavam tão trêmulas que ela mal conseguia segurar o livro.
_E qual é o segredo? – ela pareceu relutante nesse momento; E então abriu o livro em uma página com letras pequenas e mostrou, havia uma grande foto de Gryffindor no centro e vários trechos com marcas vermelhas abaixo, trechos dispersos que se unidos formavam uma frase.

“Do sangue que em minhas lutas correm, pouco sobrevivera aos anos e talvez somente um ou nada alcançara a última canção de meu Chapéu, de meu Chapéu Seletor.”

_Sangue? – Harry repetiu chegando a uma estátua próxima a sala de Transfiguração – Como assim, o que isso quer dizer?
_A última canção do Chapéu Seletor devera acontecer apenas quando a derradeira e decisiva guerra chegar – Hermione disse temerosa e então falou em um tom quase inaudível – E quando essa canção for apresentada, apenas um ou nenhum bruxo com sangue de Gryffindor estará vivo. Essa frase foi feita a partir de declarações muito confusas, mas tenho certeza que se unirmos como eu fiz, o resultado será esse. – Harry pode reparar que o bruxo de cartola agora apalpava suas vestes para tirar o pouco pó que ali havia. - É algo muito sério – Hermione continuou sem se importar com os ruídos dos alunos – Sabe, envolve exclusivamente você... – Harry fitou a amiga surpreso, alguns alunos agora passavam por aquele corredor rumo a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas.
_Eu – Harry disse com a voz fraca.
_O segredo é que você Harry – Hermione disse fechando o livro – Na verdade é o último descendente, o único vivo, de qualquer fundador de Hogwarts, você é o único bruxo que possui, no seu sangue, semelhanças com Gryffindor, com qualquer fundador de Hogwarts. – Harry parou, seu coração acelerado parecia maior que seu peito, sua boca secou rapidamente e suas mãos ficaram trêmulas.
_E o que isso exatamente quer dizer?
_Que você – Hermione falou – Possui habilidades únicas, habilidades que o tornam maior que os outros, habilidades exclusivas de Godric. E temos ainda outra resposta, uma resposta que conseguimos com isso!
Harry ainda estava chocado.
_Que Você-Sabe-Quem pode ter preferido te matar ao invés do Neville porque ele sabia disso, porque ele sabia que você sendo o último descendente seria mais habilidoso que o restante, e é claro, que ele também pode ter ido te matar porque sendo você descendente de Gryffindor e morador da antiga casa dele, deveria guardar um objeto extremamente raro, um objeto que serviria de Horcruxe, uma Horcruxe de Gryffindor e sabemos que a Profecia estava na sua casa na época do ataque, ou seja, ele estava certo, ele sabia de muito na época.
_Eu não posso ter mais habilidades que ninguém – Harry sibilou.
_Você tem como prova todos os desafios que já passou – Hermione disse com a voz rasa – Certamente ninguém teria sobrevivido a tudo que você sobreviveu, Madame Pomfrey ficou muito feliz quando conseguiu livrar aquele veneno de você, ela disse que jamais havia conseguido fazer isso ou ao menos ouvir falar no caso, você foi o primeiro, você é especial Harry.
_O Lupin sempre me disse que minhas habilidades eram desconhecidas, mas nunca pensei nisso, em algo parecido.
_Pelo que parece nem mesmo Dumbledore sabia, não estava no diário, mas nós escreveremos nele como ele pede. Escreveremos hoje a noite, depois da reunião da AD é claro!
_Certo – Harry disse não sabendo o que sentir e falar, não tinha certeza se ser descendente de Gryffindor era em um aspecto geral bom ou ruim – Espere – disse percebendo algo somente naquele momento - Quê reunião, temos reunião hoje?
_Eu não te avisei? – Hermione murmurou preocupada.
_Não – Harry respondeu surpreso – Acho que você avisou à todos menos a mim!
_Bom – ela disse sem jeito – Me desculpe, estava tão envolvida com isso que me esqueci, mas temos sim reunião hoje, e é às sete.

Harry deixou a torre de Grifinória aquela noite apressado, Hermione disse que todos o estariam aguardando quando chegasse lá.
Avançando pelos corredores soturnos encontrou três monitores, eles o deixaram passar com a ordem que Minerva lhes haviam entregado, entrementes o Monitor-Chefe de Lufa-Lufa o desejou imensa sorte e disse que dera seu nome para as aulas próximas, períodos em que não teria de monitorar.
Alcançando o andar da Sala Precisa, Harry adentrou uma porta escondida por um tapete gigantesco e ao passar por ela, pode perceber que ela imediatamente desapareceu. Todos se calaram quando ele entrou, havia realmente muitos ali, desde os Campeões do Torneio do Olheiro até os antigos e conhecidos membros.
_Bom – Harry disse em meio ao silêncio e seus olhos correram pela sala, estava cheia de estantes e mesas – Preciso de uma sala para estudarmos Feitiços Inaudíveis! – todos se entreolharam ao mesmo tempo que a sala rodopiou velozmente e uma grande surgiu com grandes lareiras, candelabros e caixas, havia também muitas estátuas e diversas passarelas pequenas iguais aos do Clube de Duelos.
Harry impressionado avançou até defronte a sala e em meio ao silêncio apanhou sua varinha, todos fizeram o mesmo. Elevando a sua aos castiçais enunciou:
_INCÊNDIO! – um raio de fogo correu para o primeiro castiçal e o incendiando, uma língua de fogo correu por entre todos os incendiando também. - Hoje tudo volta do momento que partimos – começou com a voz forte e alta - Dessa vez estamos diante de coisas piores, de inimigos cruéis e de forças maiores, não se enganem que tudo será como antes e como nunca devemos insistir no que queremos e penso que todos concordam comigo – todos balançaram suas cabeças positivamente, Anna Abott e Ernesto McMillan pareceram excitados com essa introdução – Formem duplas! – pediu e rapidamente várias duplas surgiram – Podem subir nas plataformas. – todos seguiram ansiosos, cada um ficando em uma ponta – Hoje – disse um pouco mais relaxado – Vamos praticar o feitiço Inaudível, não usaremos caixas ou algo assim, mas iremos além disso, lutaremos.
_Como? – Gina perguntou e Harry sentiu uma pedra de gelo cair em seu estômago quando a viu.
_Quem estiver na direita usara o feitiço Estupefaça ou Impedimenta, o da direita Protego, saberemos quem estiver certo quando virmos os raios sendo atirados e quando eles forem dissipados – Harry olhou para o lado, ali formava-se a dupla L.P Chasez e John O’Donnell – Vocês – disse – Tentem! – sob o olhar de todos John brandiu sua varinha produzindo um jato vermelho que disparou pela plataforma violentamente, L.P, surpreso, foi atingido no peito rodopiando no ar. Ninguém ousou rir, mas Hermione quase não resistiu.
_Assim – Harry disse partindo para a plataforma ao lado – Hermione, vamos! – e entrou no lugar de Rony – Você ataca, eu defendo! – antes mesmo que pudesse terminar de dizer Hermione disparou um jato vermelho – Protego! – a sua mente gritou e o feitiço escorreu pelo seu peito atingindo suas pernas, o que o fez cair de bruços.
_Harry! – Hermione exclamou correndo para ajudá-lo a se levantar – Desculpa, eu sei que fui muito apressada!
Harry se levantando viu que ninguém novamente ousou rir.
_Vamos tentar mais uma vez – falou sem jeito – Você ataca eu defendo. Um...dois...TRÊS! – uma língua vermelha cruzou a sala e a mente de Harry já gritara “Protego” quando o raio se dissipou a um palmo do seu nariz – É claro que ainda não aprendemos a controlar nossos feitiços – Hermione pareceu aturdida com esse comentário – Mas é isso que vamos fazer agora, Rony, pode voltar! Vamos tentando, todos, vamos! – imediatamente a sala se irrompeu de murmúrios e os raios dispararam, Neville voou tão longe quando Dênis Creeve o atingiu que Harry sentiu pena dele. – Você dele brandir sua varinha com mais força, lembre-se, com mais força!

Depois de meia hora aonde todos alcançaram resultados satisfatórios, embora muitos ainda tivessem dificuldade em controlar seus feitiços, Harry pediu que todos parassem, como ao som de sua voz Tolkien adentrou a sala.
_Como vão? – ele perguntou animado.
_Bem professor – Colin Creeve, que agora duelava com seu irmão Dênis, respondeu.
_Ah sim – o professor murmurou olhando as estátuas nas paredes – Estão reforçando o uso do feitiço Inaudível?
_Sim – Harry respondeu.
_Dez pontos para cada um de vocês! – Tolkien concedeu alegremente – Essas estátuas – ele disse – Posso mostrar-lhes algo realmente instigante – Hermione pareceu especialmente interessada – Posso Harry? – Harry apenas assentiu com a cabeça, não podia negar que por um momento se sentiu ansioso – Que tal vocês aprenderem a dar vida a estátuas? – Harry sentiu um frio correr por sua espinha, fora salvo no Ministério, por Dumbledore quando ele dera vida a todas as estátuas da fonte dos Irmãos Mágicos. – Tenho certeza que ficarão fascinados com isso.

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