Uma nova chance



Capítulo XXXIII – Uma nova chance

Snape desistiu de ficar andando pela sala e simplesmente sentou a um canto. Suava frio, e a verdade é que temia que ele fosse a causa do possível parto prematuro de Diana. Afinal, nos últimos dois meses poderia-se dizer diversas coisas sobre ela, menos que estava feliz. E a causa da infelicidade dela com certeza era desgosto, decepção, desilusão. Talvez o estado psicológico debilitado pudesse ter influenciado na gravidez.O bruxo se culpava, e nunca se perdoaria se algo de ruim acontecesse a ela ou ao bebê por sua causa. Estava tão apreensivo que se assustou quando Fawkes levantou vôo e saiu pela janela. Minutos depois a ave voltou trazendo uma carta. Deixo-a no colo de Snape e voltou para seu lugar de costume. O bruxo abriu o pergaminho tão rápido que lhe rasgou a ponta, escrito numa letra muito bem desenhada, mas aparentando ter sido escrita com pressa, estava:

”PARABÉNS! Nasceu! Ou melhor, NASCERAM! São gêmeos. Um menino e uma menina. Todos os três estão bem. Fique tranqüilo. Dou-lhe novas noticias assim que puder.”

- Gêmeos?… - sussurrou Snape pasmo – GÊMEOS?! – arregalou os olhos. ”Como assim?” pensou. Não se considerava preparado para ser pai nem de uma criança, quanto mais de duas!!! E um casal?? O pensamento que lhe veio à mente foi infeliz, mas involuntário: era que ou era muito sortudo ou muito azarado. Com apenas um deslize havia conseguido ter não só um filho, mas dois! Não sabia o que sentir, não sabia o que pensar, não sabia o que fazer. Então, de repente, quando o pensamento realmente se concretizou em sua mente, uma felicidade instantânea como nunca havia sentido antes surgiu em seu peito. Acabara de se tornar pai. É… pai! Não sabia ao certo o porquê, mas de repente sentiu como se fosse o homem mais feliz do mundo. Sentia uma vontade besta e incontrolável de gritar aos quatro cantos do mundo que tinha se tornado pai, que tinha agora um casal de filhos, e a mãe era a mulher mais importante no mundo pra ele. Sentia-se um pleno idiota. Mas um idiota feliz.
Então a maldita razão veio assolar-lhe a mente. A mulher que ele julgava ser a mais importante no mundo o havia abandonado por causa de uma burrada que ele havia feito… E quanto a esta grande novidade… Precisava contar para alguém… Mas quem? Não tinha amigos… Não tinha família… Não podia confiar em ninguém... Pela primeira na vez em sua vida, sentiu-se chateado por ser tão solitário.
Levantou-se do assoalho e caminhou um pouco pelo escritório. A vontade de contar a novidade para alguém continuava martelando em sua cabeça.
- Olá Fawkes… – sussurrou aproximando-se da ave que ficou mirando-o com seus grandes olhos cor de âmbar – Eu acabei de me tornar pai sabia? De um casal gêmeo… E não tenho com quem compartilhar essa boa nova, não posso ir visitá-los, nem à mãe deles, aliás… não posso nem agir como se eles fossem meus filhos…
A ave estalou o bicou e virou levemente a cabeça pro lado como se tentasse entendê-lo.
- E ainda por cima – continuou ele – Devo ter me tornado o mais completo imbecil que compartilha as suas mágoas com uma ave que não deve fazer a menor noção do que eu estou dizendo…
Snape deu as costas para a fênix e, enfiando a carta de Dumbledore no bolso, saiu do escritório. Os corredores estavam vazios, era final de semana e ainda muito cedo, todos os alunos e funcionários estavam dormindo.O bruxo parou em frente a uma enorme janela e ficou olhando dali o grande lago. A lula gigante nadava tranqüilamente pela superfície das águas. O amanhecer estava lindo. Mas o bruxo não estava muito a fim de ficar apreciando a paisagem. Então um pensamento ainda pior tomou-lhe a mente. Era, na verdade, uma lembrança, a voz estridente e histérica de Sibila Trelawney ecoou em sua cabeça:

Aquele que carrega o mal dentro do peito,
E inúmeras mortes nas costas,
Irá se equivocar uma vez mais,
E uma vez mais, pela pureza de crianças, terá seus planos interrompidos.
Concebidas, não por planos dos pais, e sim pela conspiração do universo, da união da luz e das trevas, sob a benção das estrelas, ao raiar do dia que só se repete a cada quatro anos.


Tudo então se encaixou. Dumbledore estava, como sempre, absolutamente certo. “ao raiar do dia que só se repete a cada quatro anos” Hoje é dia 29 de fevereiro, e o nascimento tinha se dado ao amanhecer. ”Concebidas, não por planos dos pais, e sim pela conspiração do universo, da união da luz e das trevas, sob a benção das estrelas” O encontro de dele e Diana ocorreu completamente de surpresa, por uma coincidência do destino, a união da luz e das trevas era a parte mais óbvia, e foi à noite, logo, sob o momento em que as estrelas se encontram mais evidentes. E: concebidas, ou seja, mais de uma criança. Por fim: Aquele que carrega o mal dentro do peito, e inúmeras mortes nas costas, irá se equivocar uma vez mais, E uma vez mais, pela pureza de crianças, terá seus planos interrompidos. era claro: o Lorde das Trevas. Voldemort estava com diversos planos, aos quais muitos Snape não tinha nem acesso. Faltava saber o que os gêmeos tinham a ver com eles, e como eles seriam interrompidos por bebês. Mas o bruxo não estava nada disposto a pagar para ver o quer aconteceria.
Snape então voltou para o escritório de Dumbledore o mais rápido que pôde. No verso do pergaminho que o diretor havia lhe enviado, escreveu: “NÃO QUERO NOTICIAS. QUERO IR PARA AÍ ASSIM QUE POSSÍVEL. NÃO ME IMPORTA COMO”.
- Fawkes, - falou dirigindo-se à fênix – Quero que entregue isto para Dumbledore, e não volte sem que ele te dê uma resposta.
O pássaro pegou o pergaminho no bico e levantou vôo pela janela. E Snape voltou a se sentar no degrau do assoalho.
Um bom tempo depois, quando a Fênix voltou, não tinha trago uma resposta. Tinha trago o próprio Dumbledore.
- Alvo, - disse Snape levanto-se rapidamente – como eles estão? O que aconteceu? Me diz!
- Calma meu rapaz. - respondeu o velho bruxo sorrindo e pousando no chão do escritório – Tenha calma.
- Calma Alvo? CALMA!?
Dumbledore sorriu ainda mais.
- Eles estão bem Severus… Estão muitíssimo bem. – o bruxo se aproximou dele – Seus filhos são absolutamente perfeitos, saudáveis… São lindos.
Snape olhou bem no fundo daqueles olhinhos azuis, e então sorriu. Não era um sorriso irônico. Não era um sorriso zombador. Nem um sorriso falso. Era um sorriso alegre… Quase feliz. Como nunca havia sorrido antes. Dumbledore abriu um sorriso enorme e abraçou o bruxo a sua frente. Snape se deixou abraçar.
- Parabéns meu filho. Parabéns.
Ficaram por alguns segundos assim. E então Snape se soltou rapidamente do velho bruxo.
- Espera… Você os deixou lá… Sozinhos??
- Estão com um medibruxo de minha confiança. Fique tranqüilo. Vim te buscar para vê-los.
- Eu… Posso ir? – perguntou o bruxo desconfiado – Como?
- Não pretendo deixar Diana sozinha por outras vezes. – falou Dumbledore sério – Até que ela volte para Hogwarts, não podemos dar sorte ao azar. Pedirei que, até que receba alta, alguém fique com ela a cada dia. Direi ao médico que o único professor disponível que encontrei na casa hoje foi você. Finja-se de contrariado como só você sabe ser. Não podemos levantar suspeitas. Acha que consegue?
- Consigo. – concordou Snape quase que imediatamente – Claro que consigo.
- Antes eu preciso lhe contar uma coisa. – disse pausadamente – Considero você uma pessoa perfeitamente racional, e acho que… Tem o direito de saber. Bem, Diana teve que sofrer uma cirurgia para a retirada dos bebês.
- Cirurgia? – assustou-se o bruxo. – Como assim? Você disse que estava tudo bem!
- Já pedi que se acalme Severus… - Dumbledore parecia divertir-se com a impaciência do bruxo – Está tudo bem sim. Mas seria sacrifício demais tanto para ela e ainda mais para as crianças um parto natural de gêmeos prematuros. Talvez os bebês nem resistissem. A cirurgia foi um pouco demorada por causa de todos os cuidados que devem ser tomados, mas correu perfeitamente bem. Aliás, e era nesse ponto que eu queria chegar, correu magicamente bem…
Snape levantou uma sobrancelha sem entender o que o diretor queria dizer.
- Severus, - Dumbledore pôs uma mão sobre seu ombro – o medibruxo que fez a cirurgia em Diana me disse que este é o parto mais inusitado, e bonito, que ele já presenciou e teve o prazer de fazer.
- Como assim?
- Meu rapaz, você sabe exatamente como bebês são feitos em sua forma biológica não é?
Snape revirou os olhos.
- Vou tomar isto como um sim. – disse o bruxo mais velho ainda sorrindo – Acontece, que a constituição dos gêmeos não foi apenas biológica. Foi mágica.
- Ãhn? Pára de florear a situação Alvo… - disse Snape impaciente – Vai direto ao ponto.
- Não havia cordão umbilical Severus… - disse Dumbledore arregalando os olhos levemente – Seria biologicamente impossível, mas não havia cordão umbilical. Era como se os bebês estivessem ligados magicamente à Diana. É a única conclusão a que se pode chegar. Era como se eles tivessem nascido porque tinha de ser assim… Eu… Não sei nem encontrar uma explicação… Só sei que há tanta magia naquelas crianças de poucas horas, quanto em você e em Diana juntos. É muito poder… Eu estive perto delas, posso dizer, dá até para sentir… Aqueles gêmeos podem vir a ser qualquer coisa no futuro, menos trouxas.
- Mas… Por quê? – Snape estava muito confuso.
- Eu não sei Severus… - Até Dumbledore parecia confuso – Estive conversando com o medibruxo, ele disse que na época da faculdade estudou casos assim. Segundo ele, não é a primeira vez que isso acontece, é como se de tempos em tempos a magia por si só, se encarregasse de equilibrar as forças do universo. Não é que os seus filhos virão a fazer algo de muito extraordinário, talvez sim… Mas o ponto não é esse, é como se eles fossem catalisadores do equilíbrio. Não precisam fazer nada, apenas existir. Ele me disse ainda que em todos os casos analisados, isso sempre ocorria da união de duas pessoas que não tinham mais família, e que eram totalmente opostos, não se sabe o porquê. Talvez como se fossem a união dos dois lados de tudo. E por isso a união deles seria “completa”. Como diriam os trouxas, yin e yang.
- Então quer dizer que nós somos como fantoches? – revoltou-se Snape, que nunca fora lá muito fã dessas coisas de destino, tudo escrito e tudo o mais – A minha união com Diana não foi uma opção nossa? E as crianças… Elas não têm escolha?
- Na verdade, - disse Dumbledore explicando – não é bem assim. Segundo o que me disse o medibruxo, não é porque as crianças tinham de nascer que vocês se uniram. É porque vocês se uniram que elas vieram ao mundo. A conclusão a que a pesquisa que ele estudou na época da faculdade chegou, é que a cada vez que uma união como essa se concretiza, como se fosse o encaixe perfeito, bebês assim nascem. Só tem mais uma coisinha…
- Mais? – ironizou o bruxo.
- É a primeira vez, pelo menos que ele saiba, que nascem gêmeos. Por isso ele ficou tão encantado pelo acontecimento. Pois, por ser um casal, é como se fosse o equilíbrio do equilíbrio.
- Alvo… E quanto às crianças? Como ficam? Como viver com uma carga como essas nas costas?
- Simples – respondeu Dumbledore sorrindo – Eles não saberão. Não precisam, e nem devem saber. Se não o acontecimento perderia todo o seu nexo de existir. Antes que você me pergunte, eu só soube porque sou um grande amigo do medibruxo. Pois há um pacto de silêncio entre eles. Fatos como esses não são divulgados. Por pura questão de ética. Nem os pais sabem. Para evitar histeria ou extremismos. Seus filhos são absolutamente normais. Não há nada de extraordinário nos dois. Ponto.
- Quer dizer que Diana também…
- Não sabe. E não sei nem se devemos contar. Pra quê? É algo da existência deles. Também não devemos criar expectativas sobre os gêmeos. Eles podem perfeitamente crescer e tirar notas baixas na escola, ou não serem exímios em esportes, ou não serem as crianças mais perfeitas do mundo. Não é uma obrigação de nenhum dos dois ser o melhor em nada. Eles têm que crescer como todas as outras crianças. E nós não devemos influenciar, mesmo que involuntariamente, só por uma simples informação que temos. E que, por sinal, é uma teoria de cientistas bruxos. Como eu disse, só te contei porque considero você uma pessoa perfeitamente racional, e acho que tem o direito de saber.
Snape ficou pensativo por um momento.
- Bem, - disse Dumbledore – vamos? Não quero que Diana fique sozinha por muito tempo.
Snape concordou com a cabeça e dois partiram. Os bruxos caminharam em silêncio até o lado de fora dos terrenos da escola, depois desaparataram. Aparataram no saguão do hospital. Dumbledore encaminhou-se imediatamente à ala da maternidade e Snape o seguiu.
A ala era grande e de cores claras, como o restante do hospital.
- Ela já está em um quarto. – disse Dumbledore indicando varias portas num corredor ao lado. Os dois foram até lá. O bruxo mais velho bateu levemente na segunda porta e um jovem bruxo muito simpático todo vestido de branco veio atender.
- Oh, Alvo. – sussurrou fechando devagar a porta atrás de si – Pensei que demoraria mais. Fiquei junto a ela o tempo todo, assim como me pediu.
- Obrigado Thomas, obrigado. – falou Dumbledore em tom baixo, sorrindo. – Como ela está? E os bebês?
- Os bebês estão ótimos, estão na encubadora por serem prematuros, mas têm uma ótima saúde. Ficarão aqui por pouco tempo. E quanto à mãe, também teve uma recuperação muito boa, receberá alta antes deles. – ele abriu uma fresta da porta e olhou para Diana por um momento – Dorme tranqüilamente… Sabe, parece a personificação dos anjos de quem eu ouvia falar quando era criança…
- Thomas é de uma família trouxa. – sussurrou Dumbledore para Snape. O medibruxo voltou a fechar a porta e olhou para os dois.
- Não consigo compreender como um homem em sã consciência poderia ter abandonado uma mulher como essa como você me contou Alvo… Quer dizer, além de tudo ela estava grávida… E de gêmeos… Só sendo muito mau caráter mesmo…
Snape cerrou os olhos e cruzou os braços sobre o peito. O medibruxo continuou:
- E você… - disse olhando para Snape – Eu conheço você…
- É mesmo é? – respondeu o bruxo irônico lançando-lhe um olhar gelado.
- Sim, sim. – respondeu Thomas sorrindo – Você é mestre de poções não é? Já li alguns artigos sobre algumas descobertas suas. É… Snape não é?
O bruxo crispou os lábios e torceu o rosto numa pequena careta em resposta.
- Severus foi o único professor de Hogwarts que encontrei com tempo disponível para vir. – falou Dumbledore.
- Isto segundo você mesmo… - rosnou o bruxo azedo.
- Eu havia lhe dito que gostaria que ela estivesse sempre com um acompanhante não é Thomas? – continuou o diretor. – Não há problema, há?
- Não. É até melhor. Apenas me avise quem são as pessoas que ficarão com ela.
- Tudo bem.
- Já que vocês já chegaram, eu preciso ir resolver algumas coisas. Se qualquer coisa diferente ocorrer com a moça avisem-me, sim? E procurem deixá-la dormir.
Dumbledore assentiu com a cabeça. O medibruxo reclinou um pouco a cabeça numa pequena reverência e saiu pelo corredor.
- Molequinho petulante… - resmungou Snape.
- Já pode parar de fingir Severus… - brincou Dumbledore sorrindo.
- Sabe que não estou fingindo. – rosnou – Como assim o homem a abandonou, Alvo?
- Oras, eu precisava inventar uma desculpa para o pai não estar aqui.
Snape resmungou mais alguma coisa que o outro bruxo não conseguiu entender, mas que resolveu não dar atenção.
- Não quer entrar? – perguntou Dumbledore sorridente.
- Ainda não sei… - respondeu Snape sincero – Não sei se ela apreciaria a minha visita.
- Deixe de ser tolo… E além do mais, ela está dormindo… Anda, vai lá. – o bruxo mais velho abriu a porta do quarto delicadamente, e Snape entrou receoso. Foi caminhando pelo aposento e notou a porta ser fechada atrás de si.
O quarto não era muito grande, mas parecia confortável. Tinha uma cama bem espaçosa em seu centro, ao lado dela um criado-mudo, nele uma linda jarra de cristal, com um buquê de lírios brancos. Diana dormia lindamente nos lençóis beges. O rosto estava sereno, sorria levemente. Snape ficou ali, parado, apenas a observando, e sentindo-se cada vez mais besta por a ter perdido.
Depois de alguns minutos assim, a mulher piscou os olhos levemente, e então os abriu devagar, revelando aquela imensidão verde e radiante.
- Severus… - murmurou.
- Eu não quis te acordar… - apressou-se em se desculpar – Sinto muito…
- Não… - sussurrava – Eu já estou dormindo há muito tempo… E além do mais… Estava esperando por você… - sorriu levemente – Sabia que viria…
- Você está bem? – perguntou preocupado.
A bruxa assentiu com a cabeça.
- Senta aqui Severus…
Snape avançou devagar e se sentou na ponta da cama. Diana estendeu uma mão para ele e o bruxo entendeu que era para chegar mais perto. Sentou-se ao lado dela, e segurou sua mão. A mulher apertou levemente seus dedos.
- Você está tão… - murmurou ela – Frio…
- Não se preocupe comigo. – disse ele de imediato – E não se esforce… Pode não fazer bem.
Diana voltou a sorrir levemente.
- Você já os viu?
O bruxo fez que não com a cabeça.
- A menina… - disse ela sorrindo, ao mesmo tempo os olhos enchendo-se d’água – Ela tem cabelos negros como os seus… O menino ainda não tem cabelo… Então acredito que será como eu…
Snape deu um sorriso torto. Os dois ficaram em silêncio por um grande espaço de tempo.
- Eu… - murmurou ele triste interrompendo o silêncio – Sinto muito Diana… Realmente sinto… Por não poder estar ao seu lado como deveria numa hora dessas… E… Pelo que fiz… Sinto enormemente por ter sido o responsável por a afastar de mim… O único responsável…
Diana fechou os olhos por um bom tempo e depois voltou a abri-los. Abriu a boca para falar alguma coisa, mas a porta abriu e a interrompeu. Era Dumbledore.
- Severus, será que poderia vir aqui fora um instante?
O bruxo assentiu com a cabeça e Dumbledore voltou a fechar a porta. Snape se levantou. Beijou a mão de Diana. Depois segurou o rosto dela com as mãos como costumava fazer, ela fechou os olhos, e ele beijou sua testa longamente. Ficou por um momento apenas com o rosto a centímetros do dela, sentindo sua respiração quente. A bruxa abriu os olhos, pôs uma mão no rosto dele, e ainda olhando-o diretamente nos olhos, beijou seus lábios levemente. Snape ainda ficou com os lábios entreabertos por alguns segundos, como se ansiasse por mais, mas depois separou-se dela de vez.
- Isto quer dizer… - murmurou ele receoso – Que está tudo bem entre nós?
- Não Severus… - respondeu ela baixinho – Quer dizer que, apesar de tudo, ainda há uma chance… Cabe a você saber utilizá-la…
O bruxo levou a mão ao rosto dela mais uma vez, e o acariciou levemente. Depois saiu do quarto.
- O que foi Alvo? – perguntou ele ao bruxo mais velho que estava na porta do quarto. O jovem medibruxo estava de volta.
- Thomas disse que precisa perguntar algumas coisas a Diana. E eu preciso conversar com você. Então a gente aproveita que ele vai ficar com ela para poder conversar.
Snape lançou um olhar gelado ao bruxo mais novo, que sorria simpaticamente.
- Fique à vontade Alvo, - falou ele - fico aqui o tempo que precisar.
- Tudo bem Thomas, - respondeu Dumbledore – não devo me demorar.
O medibruxo sorriu mais uma vez e entrou no quarto.
- Não gosto dele. – falou Snape mal-humorado quando a porta se fechou.
- Ora Severus, - disse o outro bruxo sorrindo – você não gosta de ninguém. Venha, quero te mostrar uma coisa.
Os dois seguiram até o final do corredor. Dumbledore parou em frente ao que parecia ser uma enorme parede de vidro. Olhou para um lado e para o outro. Não havia ninguém.
- Vem, - falou para Snape – chega mais perto.
O bruxo se aproximou curioso. O aposento à frente era grande e tão branco que doía os olhos. Dentro dele havia inúmeros bercinhos brancos idênticos. Havia apenas alguns poucos bebês, que dormiam em alguns deles.
- Aqueles ali, - falou Dumbledore apontando para dois que estavam em uma espécie de cúpula – são seus…
Snape chegou ainda mais perto, ficando a centímetros do vidro. Dali pôde ver, no fundo do aposento, as duas cúpulas que Dumbledore apontava. Os bebês, cada um dentro de uma, estavam nus, e dormiam tranqüilamente. Eram muito brancos, pequeninos, e extremamente parecidos, a não ser pelos cabelos. A menina tinha uma cabeleira negra. O menino era praticamente careca, tinha só uns poucos pêlos russos no topo da cabeça.
- São tão… - murmurou olhando para os dois - Miudinhos… Parecem tão frágeis…
Dumbledore sorriu. Repousou uma mão no ombro do bruxo.
- São prematuros Severus… Nascem pequeninhos mesmo.
- Isso é muito ruim? – Snape ainda olhava para os dois.
- Não. Na verdade o medibruxo me disse que é perfeitamente normal gêmeos nascerem prematuros. Quer dizer, não há muito espaço para que os dois cresçam pela gestação inteira.
Snape continuou olhando para eles. Pasmo. Admirado. Ainda não concebera totalmente que aqueles dois seres de pouco mais de quarenta centímetros eram seus filhos.
- Não se sinta culpado meu rapaz, - falou Dumbledore amistoso – não foi culpa sua o parto prematuro. Foi algo natural.
Mas o bruxo ainda não se convencera totalmente disso. E a verdade é que nunca se convenceria.

N/A: Esse capítulo tah meio xoxo, e eu nom deveria ter parado ele aki.... Era pra ser beeeeeeeeeeeeeemmmmmm maior..... Mas eh ke komo jah fax muito tempu ke eu nom posto, fikei com medo do pessoal axar ke eu abandonei a fic... o ke nom eh verdad.... Eh ke eu ando muito ocupada..... Xeia de idéias... Mas sem tempo... Peço desculpas a vcs...... Dsculpa msmo..... Fix algumas alterações no cap. anterior, se alguém kiser ver...... Dsculpa mais uma veix genti..... E sei ke a fic tah meio mela mela agora e ke ela se desvirtuou bastant de proposta inicial... Mas eh ke fugiu do meu controle.... rsrsrsrsrsrsrs....... Ela jah tah cheganu ao fim..... E agora teremos um pouco mais de ação.... Pelo menos eh ke eu tenhu em mente...... COMENTEM!!!! Por favor...... bjs proces!!!!!

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