De volta à Hogwarts e às Treva

De volta à Hogwarts e às Treva



Capítulo XXIII – De volta à Hogwarts e às Trevas

A reunião da Ordem foi tensa e recheada com notícias ruins. Além dos dementadores e dos gigantes, Voldemort já havia conseguido a aliança com os duendes e todos que ainda tinham dinheiro em Gringotes perderam, à força, suas economias para a causa do Lord das Trevas. Os duendes não eram criaturas más, mas também não eram de todo boas. Faziam apenas o que lhes desse mais vantagem. E nesse momento o Ministério não lhes dava vantagem quase nenhuma.
Os lobisomens, segundo Lupin, estavam divididos, muitos se aliaram ao lado negro. Outros, que pensam como o ex-professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, não querem se tornar criaturas “piores do que já são”. Quanto aos ogros e trasgos, não havia dúvida alguma sobre de que lado estão.
As fadas e elfos e tantas outras criaturas puras e místicas como unicórnios, cavalos alados e esfinges estão do lado da luz. Os sereianos também. Os centauros decidiram não intervir, mantendo-se imparciais, segundo eles “não devem interferir no que dizem as estrelas”, mas também insistem em não contar, pelo menos, o quê é que elas dizem. Hagrid aliara-se ao ministério, a pedido de Dumbledore, formando uma comissão para tentar conseguir ajuda de gigantes remanescentes no país e domesticar e trazer criaturas de grande porte para os exércitos, como colônias de dragões, grifos, hipogrifos e testrálios.
A comunidade bruxa também estava muito dividida, as famílias que se consideravam de “sangue-puro” em sua maioria estavam do lado negro. Outras, corajosas, se declaravam abertamente contra Aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Mas a grande maioria da população, apesar de ser contrária a política de vocês-sabe-quem, mantinha sua opinião em anônimo, e não fazia nada muito arriscado, na intenção de se manter segura.
Também já se sabia que Derick Summers, o ex-noivo de Diana, havia conseguido sua marca de Comensal.

Harry foi dormir e a reunião ainda acontecia com fervor, no dia seguinte, quando acordou, percebeu que havia uma enorme saca de ouro ao lado de sua cama. Desceu para tomar café com Rony, e a Sra. Weasley informou que tinha sido Dumbledore que levara o ouro do rapaz para o quarto, mas como já era tarde preferiu não acordá-lo.
- E ele já foi? – perguntou Harry sentando-se à mesa.
- Foi-se ontem à noite. – respondeu Snape que tomava sua costumeira caneca de café. Tinha o rosto cansando. – Todos têm muito o quê fazer agora.
- Alguém ficou? – indagou Rony pegando um bolinho.
- Não, - respondeu a Sra. Weasley – todos os que vieram já se foram, Tonks partiu com Lupin, e até o seu pai já foi trabalhar.
Nesse momento Diana e Gina desciam as escadas conversando baixinho. As duas entraram pela cozinha. Gina deu um selinho em Harry e sentou-se ao lado dele.
- Bom dia rapazes. - falou Diana para Rony e Harry e foi respondida pelos dois – Bom dia Sra. Weasley. Vou tomar meu café lá fora se não se importam.
Os olhos da bruxa estavam inchados e sua voz triste. A alegria e luz que sempre emanava quando chegava em qualquer lugar, havia se apagado. Ela se serviu de café com leite, pôs alguns bolinhos em um guardanapo e saiu pela porta.
- Alguém sabe o que aconteceu com ela? – perguntou a Sra. Weasley preocupada.
- Está muito chateada com alguma coisa. – respondeu Gina – Mas não quis me dizer o que era.
Harry olhou para Snape, o bruxo sustentava um olhar frio e triste para sua caneca de café.
Partiram logo depois de tomarem café. Não viram Diana na hora em que foram embora.
- O que foi que você fez com ela? – perguntou Harry a Snape dentro do carro, já longe da casa dos Weasleys.
- Não é da sua conta moleque. – resmungou o bruxo que tinha a cara fechada e dirigia a alta velocidade.
- Você a magoou! Como pôde? – Harry estava inconformado. Gostava muito de Diana, e ficara triste em vê-la triste. – Ela gostava de você!
- Não se mete no que não é chamado garoto. – respondeu Snape gélido, continuava a dar velocidade ao carro.
- Você se acha inteligente, o maioral e tudo mais. Mas você não passa mesmo de um egocêntrico, prepotente e arrogante! Em pensar que eu estava mudando a minha opinião sobre você!
- Olha aqui, você não entende! – Falou o bruxo com raiva.
- É claro que eu entendo! Você a usou! Obteve a diversão que queria e depois se achou no direito de jogá-la fora, como se fosse uma coisa! – brigou Harry.
- Não foi assim! – gritou Snape em reposta, dirigia muito, muito rápido.
- Ah é? Foi como então? Foi pior? Deixe-me ver, você fez juras de amor a ela que na verdade eram mentira? Prometeu-lhe o que sabia que não iria dar? E agora está pretendendo o que? Nos jogar contra um poste? Por que é o que parece, está dirigindo como um louco! Está tentando fazer o que? Provocar piedade?
- CALA A BOCA, SEU MOLEQUE IDIOTA! CALA A BOCA! – berrou o bruxo parando o carro bruscamente no acostamento. – Você não sabe de absolutamente nada! – ele tinha o rosto agressivo, uma grossa veia latejava em sua têmpora, mas Harry podia ver dor em seus olhos.
Snape levou as mãos ao rosto tampando-o e respirando fundo. Harry ficou em silêncio, esperou que o bruxo começasse a falar.
- Que direito eu tenho de querê-la para mim garoto? – falou em tom amargo, baixando as mãos do rosto – Eu não tenho nem vida… Estou sempre rodeado por reuniões malignas, confabulações, magia negra, pessoas que são mais peçonhentas do que as piores cobras. Que futuro ela poderia ter ao meu lado? Eu só a faria infeliz e a poria em perigo. Eu não sei acarinhar ninguém, nem dizer palavra bonitas, muito menos demonstrar sentimentos. Eu não sei nem se eu tenho sentimentos… Que espécie de companheiro eu seria? Já basta um vivendo uma vida amaldiçoada como a minha. Não quero carregar mais alguém para esse buraco sem fundo.
Harry observou seu professor de poções por alguns instantes, Snape olhava para além do pára-brisa vagamente. O menino via tristeza nas feições de seu rosto. Mas não pôde deixar de comentar.
- Deixe-me tentar compreender, você não queria vê-la sofrer, então, para não magoá-la depois, você preferiu magoá-la logo agora, e da pior maneira possível… Ah, entendi o seu plano. Você é muito esperto sabia? – zombou – Acorda professor, essa desculpa não cola! Ela te conheceu do jeito que você é e, surpreendentemente, ainda assim te quis! E você não respeitou a única pessoa que teve a insanidade de ver algo bom em você!
Snape olhou para Harry com extremo rancor.
- Não enche moleque. Você não sabe o que se passa dentro de mim! Não conhece nem metade do que verdadeiramente sou. Se você e seus coleguinhas acham o “professor Snape” assustador e insuportável, iriam ter uma síncope se conhecessem o meu lado comensal. Acredite, definitivamente não sou uma boa pessoa para viver ao lado de alguém.
Harry olhou para os olhos negros do bruxo que pareciam ter escurecido ainda mais (se é que isso era possível) e neles pôde ver dor e ódio. O menino sentiu um arrepio frio na espinha com olhar gélido que o bruxo lhe lançou. Ao ver o garoto se calar, Snape voltou à direção do carro e à estrada.

Os últimos dez dias das férias foram os mais longos de todos. Snape parecia mais amargo do que nunca e os Dursley só faziam piorar a situação. A chegada do dia do embarque para Hogwarts foi um alívio para Harry. Tonks viria buscá-lo, Snape não podia arriscar ser visto ao lado do garoto-que-sobreviveu na plataforma 9 ¾.
- Olá Harry! – disse a bruxa de cabelos rosa choque, parada à porta do número quatro da rua dos Alfeneiros. Usava uma calça jeans desbotada e uma camisa preta curta onde estava escrito em letras prateadas: “Eu sou o que sou”.
- Olá Tonks! – respondeu Harry alegre carregando Edwiges em sua gaiola e saindo da casa.
- Está atrasada. – resmungou Snape trazendo o malão do rapaz.
- Bom dia pra você também Snape. Vejo que comeu seu costumeiro cereal de maribondos com fel. – implicou ela sorrindo – Acontece que o Ministério está um caos. Sair de lá está bem difícil sabia?
O rosto do bruxo se contorceu numa pequena careta zombando de Tonks.
- Precisam de mim para mais alguma coisa? – perguntou ele seco.
Tonks balançou a cabeça negativamente.
- Então vou indo. Vê se não faz nenhuma besteira pelo menos até chegar em Hogwarts garoto.
Harry forçou um pequeno sorriso. Snape entrou no carro e foi embora.
- Você já aparatou antes Harry? – perguntou Tonks sorrindo ao ver o Mercedes preto sumir pela esquina.
- Não…
- Bom, para tudo há uma primeira vez. Só não comente com ninguém. Deveríamos ir de ônibus, mas eu estou bem atrasada. Tudo o que tem que fazer é segurar bem as suas coisas e depois me dar a mão. Harry obedeceu.
- Aqui vamos nós. –brincou Tonks.
A sensação era parecida com a de ser transportado por uma chave de portal. A diferença é que era muito mais incomodo. Harry sentiu como se cada pedacinho de seu corpo tivesse se descolado e depois se juntado. Num estalar de dedos estavam num beco escuro ao lado da estação King’s Cross.
- Está tudo bem? – perguntou Tonks conferindo Harry – Não falta nenhuma parte de você não né? Cílios, sobrancelhas, dedos do pé?
- Não. – riu o garoto – Pelo menos, aparentemente não.
- Então vamos. – A bruxa pegou a gaiola de Edwiges da mão de Harry para que ele pudesse carregar o malão melhor, passou um braço pelo ombro do rapaz e os dois caminharam para fora da ruela sem saída. Muitos ficaram olhando para a mulher de cabelo rosa choque abraçada a um adolescente saindo de uma ruazinha escura. Um taxista barrigudo ficou olhando por mais tempo para os dois, e, após ler a blusa de Tonks, fez: “tsc, tsc, tsc…” baixinho.
- O que foi? – falou ela para o homem despreocupadamente – Nunca ouviu falar que amor não tem idade? – deu um beijo na bochecha de Harry.
- Você não existe Tonks… - murmurou o garoto rindo enquanto entravam na estação.
Os dois andaram rapidamente e logo estavam atravessando a passagem entre as plataformas nove e dez. Ao chegar do outro lado, encontraram os Weasleys de forma fácil, foi só procurar pela pequena multidão de cabelos ruivos. Gina recebeu Harry com um selinho.
- Olá Harry.
- Oi Sra. Weasley, Sr. Weasley.
- Ah, olá Harry. – o Sr. Weasley parecia um pouco alheio a todos, com o pensamento meio longe – Desculpe minha desatenção. É que eu ainda não me acostumei muito bem com esse negócio da minha filhinha receber o melhor amigo do irmão com beijos. – falou sorrindo e Harry ficou vermelho.
- Não liga pra ele, Harry. – disse Gina sorrindo – Só está brincando. Não é pai?
- É… Claro que sim.
Todos riram baixinho.
- E aí como está Harry? – perguntou Diana sorrindo. Parecia bem melhor do que da última vez que o rapaz a vira. Sua aura voltou a ser iluminada e alegre como sempre, mais ainda havia algo de triste em seus olhos.
- Estou bem. E você?
- Ótima. – respondeu de imediato.
- E aí? Cadê o morcegão? – perguntou Fred ao lado de Jorge. Os dois usavam jaquetas de couro de dragão idênticas, só que uma mais escura que a outra. Aparentemente a loja de logros ia bem.
- Não podia ser visto aqui comigo. Então a Tonks me trouxe.
- É muito bom saber que você acha a companhia do seu antigo mestre de poções melhor do que a minha Fred. – falou a bruxa fingindo estar chateada.
Os gêmeos riram.
- Ora, você sabe muito bem que não há companhia melhor do que a dele né Tonks? – disse Jorge defendendo o irmão.
- Experimente tomar um chá com aquele cara, é demais! – falou Fred –Você nem percebe o tempo passar!
Todos riram.
- Cadê a Mione, Rony? – perguntou Harry ao amigo que olhava para todos os lados a procura de alguém.
- Ah, Harry, oi. Nem te vi chegar. Eu estou procurando por ela. Mas até agora não a vi. E faltam menos de dez minutos para o embarque…
Nesse momento a menina surgiu através da parede com os pais. Veio logo em direção a eles.
- Oi gente! – falou animada dando um selinho em Rony que ficou muito vermelho.
- Mas esse negócio de beijinho tá pegando mesmo ein? – reclamou Fred.
- Acho melhor a gente arrumar logo alguém pra ficar dando uns selinhos na frente de todo mundo também, Fred. – concluiu Jorge. Então um olhou para Tonks e outro para Diana, ambos com sorrisos enormes.
- Ih, nem olhem pra mim! – defendeu-se a bruxa de cabelo rosa – Eu já tenho em quem dar os meus beijinhos e todo o resto que vai além disso! – concluiu sorrindo.
- Também não olhem pra mim! – falou Diana também sorrindo – Pretendo ficar sem dar beijinhos e quanto mais todo o resto durante um bom tempo!
- Ah… Que desperdício… - falaram Jorge e Fred juntos.
- Pai, mãe, vocês já conhecem o Rony e os pais dele não é? – apressou-se Mione de mãos dadas com o namorado.
- Quer dizer que você está namorando a minha filha meu rapaz? – indagou o pai da menina sorrindo.
- Eu… Er… - As orelhas de Rony estavam tão vermelhas quanto seus cabelos. Parecia que todo o sangue de seu corpo havia subido para a cabeça. – É… É sim… Se o senhor permitir é claro.
Os pais de Mione sorriram. Todos riam baixinho do quão Rony estava encabulado.
- Ora Ronald, - falou a mãe da bruxinha – nós não temos o que permitir ou não. Hermione é quem decide o quer de sua vida.
- Olha, mas mago ou não, você que não se atreva a fazer mal algum a ela hein? – impôs o pai dela sorrindo, mas ainda assim sério.
O trem apitou, estava na hora de embarcar.
- Venham, nós já guardamos lugar numa cabine. – falou Gina.
Harry, Gina, Rony, Mione e Diana se despediram de todos e partiram para o trem. Pouco depois do trem partir Rony e Mione tiveram que ir para a reunião dos monitores.
- Vou deixar vocês dois a sós, devem ter muito o quê conversar. – falou Diana sorrindo e se levantando.
- Que isso Diana. Pode ficar. – Disse Gina.
- É. – concordou Harry – Fica. Não tem problema nenhum.
- Ah, fofo da parte de vocês. Mas mesmo assim eu prefiro não ficar aqui segurando vela.
A bruxa ficou no corredor mesmo. Passou-se um bom tempo em que ela ficou apenas olhando pela janela e observando o céu. Foi então que Snape veio à sua mente. Iria ter que vê-lo todos os dias. É… Iria vê-lo em poucas horas…
- Tira ele da sua cabeça. – repetiu para si mesma – Tira ele de você. De uma vez por todas.
- Falando sozinha Diana? – alguém murmurou ao seu lado e ela se assustou.
- Ai, Dumbledore. É você. Que susto você me deu! O que faz aqui?
- Perdoe-me. – desculpou-se o velho bruxo, usava vestes azul turquesa que realçavam seus olhos – Não foi minha intenção lhe assustar. Estou aqui porque quero garantir que meus alunos chegarão seguros em Hogwarts. Não creio que se esse trem for atacado, os monitores, o maquinista ou a senhora que vende doces, estejam totalmente aptos a defendê-lo.
Diana sorriu.
- E sobre o que refletia, minha menina?
- Sobre a vida Alvo. Sobre a vida. E como ela pode dar voltas muito, muito complicadas.
- É. É verdade. Mas todas elas têm o seu propósito. Acredite, todas elas têm uma razão. Eu sempre fui um grande apreciador dos provérbios trouxas sabe? – Diana olhou para o velho bruxo e apreciou a sabedoria que sua aura emanava, mesmo sem entender o quê provérbios trouxa tinham a ver com a situação – Muitos deles podem resumir em apenas uma frase coisas que a maioria pessoas demoram anos para entender. Ou nunca entendem.
- É, eu sei, conheço alguns.
- Pois então, há um deles, chinês se não me engano, que diz bem assim: “Ame-me quando eu menos merecer. Pois é quando eu mais preciso”. Bonito não? Agora tenho de lhe deixar, preciso falar com os monitores. Até mais.
Dumbledore deu um pequeno a aceno com a mão sorrindo e se foi pelo corredor, deixando Diana ali, ainda mais confusa sobre seus sentimentos.

Rapidamente chegaram à estação e logo estavam nas carruagens guiadas por testrálios. Pouco depois já estavam no salão principal para o banquete de boas-vindas.
- E é aqui que eu me separo de vocês – falou Diana para os quatro adolescentes.
- Quase me esqueci que você vai ser nossa professora! – exclamou Rony.
- É verdade! – falou Gina.
A bruxa foi para a mesa dos professores e sentou-se em sua cadeira. Harry notou que havia duas poltronas vazias. Uma que deveria pertencer ao professor de defesa contra as artes das trevas e outra era de Snape.
- Será que aconteceu alguma coisa com ele? – perguntou o garoto – Parecia bem hoje mais cedo. Quer dizer, bem levando em consideração de quem é.
- Quem se importa com o Snape? – perguntou Rony – Que se exploda.
Harry, porém, não falou nada.
A festa prosseguiu, Dumbledore apresentou Diana como a nova professora de Herbologia, mas não falou nada sobre quem seria o professor de defesa contra as artes das trevas. E durante a cerimônia de seleção o chapéu seletor cantou sobre união e esperança.

Muito longe dali, na mansão Malfoy, ocorria mais uma reunião de comensais.
- Fico satisfeito em vê-lo novamente milorde. E em tão bom estado. – sussurrou Snape ajoelhado à frente de Voldemort com a cabeça abaixada numa reverência. O bruxo maligno estava sentado em uma enorme cadeira de veludo negro. Nagini enroscada ao seu lado.
- Pensei que não voltaria nunca mais Severus. – sibilou o lorde – Me surpreende que ainda conheça o caminho. – ironizou.
- Mas eu atendi prontamente quando o lorde me chamou.
- Eu sei. Mas isso não muda o fato de eu ter passado dois meses sem poder tê-lo às minhas ordens.
- Perdoe-me milorde. Perdoe-me. Mas posso jurar que não fiz nada que pudesse pôr em risco qualquer um de seus planos.
- Isso nós vamos ver. Levante a cabeça e tire sua máscara Severus.
- Como o lorde já sabe, fui enfeitiçado pelo velhaco. Não creio que conseguirá ver muita coisa. Mas, mesmo assim…
Snape ergueu a cabeça, tirou a máscara e arriou seu capuz. Fixou seus olhos negros nos olhos vermelhos de Voldemort. Os dois ficaram assim por um tempo até que o lorde das trevas interrompeu o contato e soltou um muxoxo.
- Humpf. Reuniões estúpidas, livros, cartas idiotas, e… Uma mulher… Quem era Severus? – Voldemort enviesou os lábios que não tem no que seria um sorriso cínico.
- A qual delas se refere milorde? – desconversou Snape também sorrindo cinicamente.
- São tantas não é? – falou o lorde em tom safado. – A de cabelos castanhos. Não pude ver seu rosto, mas sei que tinha seios bonitos. E uma marca de nascença entre eles.
- Acho que sei sobre quem fala. – Snape fez cara de quem força a memória – Mas não me lembro ao certo de seu nome… Perdoe-me milorde…
- Não há problema. Provavelmente havia muito mais atributos nela a se prestar atenção do que em um mero nome. Mas realmente acho que você deveria parar com esse vício Severus. – falou o lorde de forma extremamente paternalmente irônica – Vai acabar machucando o coraçãozinho de alguma delas.
Snape sorriu cinicamente.
- Eu já tentei milorde. Juro que sim. Mas fazer o quê? É mais forte do que eu.
- Sei como é. Venha Severus, levante-se. Vamos nos divertir um pouquinho. Você passou muito tempo fora. Mas não ponha sua máscara ainda. Quero que todos vejam que está de volta.
Os dois bruxos se levantaram e saíram da sala onde estavam, entrando num salão muito grande e cheio de pessoas, todas de preto, muitas vestidas com capuzes e máscaras, outras apenas de capa, com o rosto à mostra. A maioria estava bêbada e bebiam ainda mais, alguns se agarravam em cantos escuros, outros em lugares nem tão escuros assim.
- A reunião hoje é pequena. – sibilou Voldemort. À cada passo que dava havia alguém lhe fazendo reverência. – Só para alguns poucos que eu queria ter por perto e aqueles que já são da casa é claro.
Uma das pessoas do salão se desvencilhou de uma mulher que lhe beijava avidamente o pescoço e veio em direção aos dois. Uma cabeleira loira lhe escapava por baixo da máscara.
- Milorde. – falou com a voz arrastada, reverenciando Voldemort.
- Lucius. – falou Snape com um sorriso torto. – Narcisa não gostaria nada, nada de saber dessa sua pequena… “Compulsão por atenção”, digamos assim.
- É por isso que ela nunca sabe e nem vai saber, não é mesmo? É bom vê-lo novamente Severus. Andou sumido. O que estava fazendo?
- Coisas, meu caro amigo. Coisas.
Lucius sorriu e Snape também. Era nítido que os dois se davam muito bem.
- Lucius vá procurar por aquele novato pretensioso. – sibilou Voldemort – Quando o achar mande que esvaziem o meio do salão para um duelo. Vamos dar a ele a iniciação que merece, e ainda não teve.
- Agora mesmo milorde. – Malfoy fez mais uma reverência e saiu pelo meio da multidão.
- Você vai duelar com ele Severus. Vamos ver se estes dois meses não te enferrujaram. – zombou.
- Espero que não, milorde. – respondeu o bruxo despindo sua capa e sobretudo, e arregaçando as mangas da camisa.
- Não pegue leve com ele, esse moleque tem uma boca muito grande. Recebeu sua marca há pouquíssimo tempo e já acha que é alguma coisa. Eu estava esperando a hora e a pessoa certa para iniciá-lo da maneira certa.
- E eu poderia saber o que ele fez para ganhar a marca meu senhor?
Voldemort fez surgir sua poltrona de veludo negro e sentou-se elegantemente. Nagini veio rastejando rapidamente e enroscou-se ao seu lado.
- Ele traiu a noiva e os pais dela, entregando os duendes de bandeja para nós. – sibilou Voldemort, Snape se surpreendeu, mas procurou não deixar transparecer. Um círculo se abriu no meio do salão e Lucius apareceu no meio dele trazendo um comensal que parecia nervoso. – Severus, você irá duelar com Derick Summers.

N/A: Oie gentiiiiii!!!!! Não tenhu muito o q dizer, soh keru pedir q vcs comentem por favor. Vlw. Bjusssss....

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