O aniversário… Que ninguém lem

O aniversário… Que ninguém lem



Capítulo XIX – O aniversário… Que ninguém lembrou?

A hora da despedida foi com certeza o momento mais difícil da semana para Harry. Ele não queria ir para a casa dos tios.
- Anda garoto. – Snape o apressava.
- A gente não pode ficar nem mais um pouquinho?
- A gente também não pode nunca mais voltar pra lá? – ironizou Snape.
- É uma boa idéia – brincou Harry.
- Ora, faça-me o favor moleque.
Harry se despediu de todos e quando foi se despedir de Gina algo inesperado e que ele não pôde controlar saiu de sua boca ao pé do ouvido dela sem que ninguém pudesse ouvir além da menina.
- Vou sentir saudades de você.
Os dois ficaram muito vermelhos e ninguém, além deles, entendeu porquê.
- Tchau Harry! – falou Diana sorrindo – Adeus Sr. Snape. – completou séria.
Ele olhou para ela por um momento, mas depois respondeu.
- Adeus Srta. Castellani. – Girou nos calcanhares e entrou no carro – Vamos logo Potter.
Os dois entraram no carro e partiram para a rua dos Alfeneiros.
- Já de volta? – perguntou o Sr. Dursley quando entraram na casa.
- Lhe falei que seria apenas uma semana Sr. Dursley. – respondeu Snape secamente.
- E como foram os exames? – perguntou a Sra. Dursley vindo da cozinha e repetindo para si mesma o mantra: “que tenham provado que ele é retardado, que tenham provado que ele é retardado”
- Ainda não sabemos os resultados, vamos pegar daqui a cerca de duas semanas.
- Ah…
- Se os senhores me dão licença eu vou subir. Colocar as coisas lá em cima. Tomar um banho.
- Fique à vontade. – falou o Sr. Dursley voltando sua atenção novamente à televisão.
Já lá no quarto de Harry, Snape falou ao menino:
- Você sabia que a sua tia torce para que você seja retardado?
Harry fez que sim com cabeça como se aquilo fosse completamente normal.
- É que aí ela finalmente vai poder me internar e os três vão poder se ver livres de mim. Não é preciso ler a mente de nenhum deles pra saber disso – se sentou em sua cama – O que eu fico me perguntando, é se eles não desconfiam de que não há exame nenhum…
Snape se sentou na cama de armar. O quarto estava do mesmo jeito que deixaram, a não ser por uma fina camada de poeira que cobria tudo.
- Isso também já passou pela minha cabeça. Mas, pode acreditar eles não têm um pingo de desconfiança, eu conferi. Juro pra você garoto, antes eu achava que o menor cérebro do mundo pertencia a você. Mas agora sei que existe uma família cujas massas cinzentas são bem menores que as suas.
Harry revirou s olhos.
- E quanto a esse negócio de pegar resultados daqui a duas semanas? Pra onde vamos?
- Não pode presumir por si mesmo o que seja? – respondeu Snape deitando na cama.
Harry chegou a pensar em… Não, não seria isso.
- É claro que é mais uma reunião da Ordem. – completou Snape.
Definitivamente não era o que Harry estava pensando.

As duas semanas seguiram bem, mas deve-se levar em conta que os Dursley já não estavam mais tão “satisfeitos” em ter um bruxo adulto em sua casa. E o estoque de mentiras deles estava acabando. Mas Snape e Harry não estavam nem ligando. Harry estava progredindo muito bem em suas aulas de magia, mas é importante ressaltar que não foi tão fácil aprender a levitar coisas.
- Se concentre garoto! – ralhava Snape já na décima tentativa – É só um prato. Um prato de 200g. Se fosse alguém que você tivesse que salvar esse alguém já estaria morto!
- É difícil…
- Não, não é difícil. Difícil é ter que fingir pra uma cambada de trouxas idiotas que eu sou um cara bonzinho. Levantar um prato é extremamente fácil, você é que é preguiçoso e desmotivado. Regra número um: se concentre ao máximo. Vamos lá, pense em alguém que você gosta. Alguém que você gosta muito, mais que tudo.
Gina veio imediatamente na mente de Harry.
- Pensou?
Harry fez que sim com a cabeça.
- Agora imagine que ela é esse prato, e você precisa salvá-la, ela está em perigo, você precisa tirá-la das minhas mãos. Vamos, tente.
Snape estendeu os braços com o prato de porcelana em suas mãos. Harry se concentrou e concentrou. Imaginou Gina nos braços de Snape, e ele a fazia mal, precisava tirá-la dali. O prato então começou a levitar, meio de lado, mas levitou. Subiu cerca de meio metro e parou no ar.
- É… Levando-se em conta que é um começo, e que é você… Mas precisa melhorar muito ainda. – Falou Snape olhando para o prato que flutuava no ar – regra número dois, - ele pegou o prato e o jogou pra cima – saiba agir sob pressão.
Harry se concentrou mais e conseguiu evitar que o prato chegasse ao chão.
- Deveria ter o parado antes, mas para alguém como você até que está razoável. – disse Snape se aproximando de Harry enquanto o menino fazia o prato flutuar até a altura de seus olhos. – E a regra mais importante de todas. – continuou Snape já ao lado do garoto. Ele deu um tapa na nuca de Harry fazendo com que o menino se inclinasse para frente e fechasse os olhos por um momento – Nunca, em hipótese alguma, perca o contato visual. – o prato caiu no chão e se partiu em milhares de pedaços – Viu o que aconteceu? A vítima morreu.
- Droga. Não vale! Foi culpa sua.
- E olha como eu estou com pena da pessoa morta. – zombou Snape fazendo uma cara cínica.
Fora coisas desse tipo tudo ia muito bem. Foi numa tarde de domingo que aconteceu algo que chateou muito Harry.
O garoto estava sentado no jardim, triste. E alguém muito inconveniente veio acentuar sua tristeza.
- Olá magricela, - falou Duda sentando-se ao lado dele – eu sei que dia é hoje. E eles esqueceram de você, não esqueceram?
- Não enche Duda. – resmungou Harry. Mas ele tinha razão. Da última vez que Duda tinha dito isso Harry estava em seu segundo ano. Mas tinha sido Dobby que tinha roubado suas cartas, e agora não havia Dobby. O elfo estava bem longe, em Hogwarts.
- Você sabe que é verdade… Eles se encheram de você, até os esquisitos como você se encheram da sua esquisitice. Você é estranho demais até para eles. E eles se cansaram, têm coisas mais importantes para fazer do que lhe escrever uma simples carta para lhe desejar parabéns.
- Cala a boca Duda! – Harry se levantou – Isso não é verdade! Eu tenho amigos, e eles gostam de mim!
- É? Pois eu não vejo nenhum presente… - Duda se levantou também, era bem maior do que Harry – Talvez eles gostem tanto de você que tenham esquecido do seu aniversário.
- Eles não esqueceram… Eles devem ter… Deve ter acontecido alguma coisa…
- Eles… Eles… - zombou Duda – Caia na real chatonildo.
- Não me tira do sério Duda!
- Ou o quê? Você puxa esse pedacinho de madeira contra mim? E faz o que? Eu sei que você não pode fazer magia fora da escola, ainda mais com esse esquisitão aí em casa. – sussurrou.
- O que está acontecendo aqui? – falou Snape entrando no jardim.
- Nada Sr. Snape, - falou Duda numa voz quase infantil – eu estava aqui sentado sozinho, na minha, sem incomodar ninguém. Aí o Harry veio e começou a me perturbar, sem motivo nenhum.
- Sei. – falou Snape secamente – É bom que eu não veja vocês dois brigando mais uma vez, ouviram bem?
Os dois concordaram com a cabeça e Snape deu meia volta para entrar na casa mais uma vez.
- Ah, vê se volta pro hospício de onde você veio, seu bizarro. – murmurou Duda baixinho.
Snape parou. Girou nos calcanhares e avançou contra o garoto.
- Olha aqui sua grande bola de gordura com cérebro de titica, - falou apontando o dedo para o rosto dele – eu tenho sido muito paciente, mas se você voltar a perturbar a mim ou ao Potter eu prometo que deformo o seu rosto de tal forma que até a sua mãe vai ter medo de olhar pra sua cara.
A cor de Duda sumiu e ele arregalou os olhos.
- Você… Você não pode fazer isso…
- Ah posso, e como posso. Sou adulto, livre, e não devo nada a ninguém. Então faço o que bem entender. E se você contar pra alguém, pra qualquer um, que eu te ameacei, vai ser muito, muito pior. E pode acreditar, eu saberei se você contar. Agora some daqui.
Duda entrou em casa correndo.
- Ótimo. – falou Harry emburrado se sentando novamente – Agora ele vai me zoar até a morte por ter que precisar de alguém para me defender.
Snape se sentou ao lado dele.
- É verdade o que ele disse? – perguntou.
- Sobre o que? – desconversou Harry.
- Que hoje é seu aniversário.
- É… É verdade sim. – o menino estava triste, já era de tardinha e nem sinal de nada de nenhum de seus amigos.
- E é verdade que ninguém lhe enviou nem uma carta?
- É…
- Isso é triste. – implicou sorrindo cinicamente – Mas com o tempo você acostuma. Olha o meu caso, ninguém me dá parabéns nos meus aniversários há anos. Mas eu nem ligo mais.
Harry olhou para ele de canto de olho como se dissesse: “vê lá se eu quero me tornar adulto e virar você?”.
- Anda, vamos subir. Temos que ir pegar os resultados dos seus exames.
- Ein?
- Já se passaram duas semanas, tem reunião hoje. Voltamos amanhã de manhã. No caso, é como se fossemos pegar seus exames amanhã de manhã.
- Ah, eu não tô a fim de ver ninguém não.
- E alguém perguntou se você queria ou não? Acorda Potter, você não tem opções.
Os dois se levantaram, foram ao quarto, arrumaram suas coisas, e depois de uma breve explicação aos Dursleys saíram mais uma vez para a casa dos Weasleys.
No carro Harry ia pensando, nem Rony, seu melhor amigo, nem Mione, sua melhor amiga, nem Gina… nem Gina. Ninguém tinha lembrado dele. Queria saber com que cara eles iriam recebê-lo.
- Professor?
- Fala garoto.
- Já sentiu que gostava tanto de alguém, mas tanto, que precisava ter essa pessoa pra você, só pra você?
- Não. – respondeu Snape seco de imediato.
- Você nunca gostou de alguém?
- Não.
- Como assim? Todo mundo gosta ou já gostou de alguém…
- Eu não.
- Então quer dizer que você nunca… Nunca teve…
- Se eu nunca dormi com alguém? Ora, Potter, se eu, com 36 anos, nunca tivesse tido uma mulher eu seria realmente infeliz. Eu tive muitas, muitas mulheres. Mas para se levar alguém para cama não é preciso gostar tanto assim, só a atração, a vontade, já basta. Pelo menos para algumas pessoas.
- Mas… Por quê?
- Por que o quê?
- Porque você nunca gostou de alguém?
- Como vou saber? É algo que não se dá para explicar. E além do mais, eu nunca tive alguém que gostasse realmente de mim, que chegasse e dissesse: “eu gosto muito de você, você é importante pra mim”, nunca, ninguém. Nem a minha mãe nunca me disse nada parecido. Se eu não sei o que é gostar, como posso gostar de alguém?
- Talvez você já tenha sentido e não saiba…
- Provavelmente não.
- Peraí. – falou Harry olhando a paisagem – Esse não é o caminho para a casa do Rony.
- Eu sei. Quero te mostrar uma coisa antes.
Snape prosseguiu com o carro e chegaram a um vilarejo pequeno, subiram um pequeno morro e chegaram a uma casa muito grande no alto do vilarejo.
- Essa Potter, é a minha casa.
- Não se parece com a casa das suas lembranças.
- E não é. Você não esperava, depois de tudo que aconteceu, que eu continuasse naquela casa não é? Eu só a uso para receber os comensais, ou outras pessoas. É como se eu vivesse lá, mas não vivo. Pra todos os efeitos essa casa aqui não é minha, eu nem sei de sua existência.
- Ah… - fez Harry.
Snape estacionou o carro e os dois desceram.
- Quero deixar bem claro, – disse o bruxo enquanto andavam em direção à casa – que eu estou aqui de livre e espontânea coação, não quis participar desde o início, mas não tive opção, não queria nem estar aqui, me forçaram. Mesmo assim só cedi a casa e o trouxe aqui, não fiz mais nada.
- Eu não estou entendo… - falou Harry.
- Mas vai entender.
Chegaram a porta. Snape a abriu, estava tudo escuro.
- Entra.
- Mas tá escuro…
- Entra logo!
Harry pôs o pé na soleira da porta e ia entrando quando um monte de vozes gritou ao mesmo tempo.
- SURPRESA!!!!!

N/A: Gente, em primeiro lugar quero pedir mil desculpas por ter ficado tanto tempo afastada, é que eu estive studanu mt… Dsculpem msmo… Keru pedir dsculpas tb pelo cap. XVIII que ficou maió meiguinho e a cena da Diana com o Sevvie que ficou melosa, mas é que eu não encontrei outro jeito dos dois se beijarem na casa dos Weasley… Desculpem... Ficou mt clichê akela cena… Como pedido de perdão pelo tempo fora to postanu dois cap!!!! Speru q naum tenham desistido da fic e de mim, e que gostem!! Keru avisa ke vou dar meio ke uma acelerada na fic p/ chegar logo em Hogwarts, so vô passar alguns pontos importants ants disso. Mil beijos p/ tds!!!! Adoru vcs!!!!!

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