O ataque da coruja



Capítulo XXVIII – O ataque da coruja

Snape foi acordado por um doce beijo em seu pescoço.
- Eu posso me acostumar com isso sabia? – murmurou abrindo os olhos. Diana sorriu vestindo-se.
- Vamos, - falou – levante-se. Tem que se arrumar ou vai chegar atrasado no café.
- Adoraria ficar mais um pouco… - murmurou levantando-se e esticando o corpo – Há quanto tempo não tenho uma boa noite de sono como essa… Se ela pudesse durar mais algumas horas…
- Eu também adoraria… - disse Diana beijando-lhe mais uma vez – Mas temos muito o quê fazer. Haverá muitas outras noites para pôr seu sono em dia.
Os dois se arrumaram e partiram para o salão principal, cada um por um caminho diferente. Snape chegou primeiro, Diana alguns minutos depois.
- Snape está diferente… - falou Harry olhando o bruxo atravessar o salão com suas vestes negras esvoaçando como sempre.
- Como assim? – perguntou Gina ao seu lado.
- Não sei… Só está diferente… Não notou nada incomum nele?
- Não… - respondeu a menina pensativa olhando para o professor, que se sentava e servia-se de uma xícara de café – Vai ver ele encontrou alguém com quem dividir seus trapinhos negros. – completou sorrindo como se tivesse dito a coisa mais improvável do mundo – De uma forma ou de outra, isso faz bem a qualquer um. Não concorda?
- Plenamente… - respondeu Harry sorrindo e beijando a namorada. Mas o comentário de Gina não saiu de sua mente. Será que Snape tinha conseguido?

A primeira aula da semana, que era a de poções, prosseguiu bem. Isto levando em consideração de que era uma aula de Snape. Menos pontos foram tirados da Grifinória, assim como muitos dos pontos creditados à Sonserina foram justos. A poção de envelhecimento era difícil, mas foi muito melhor explicada. E Hermione até conseguiu a proeza de receber cinco pontos pela sua poção que foi a mais perfeita da sala. O agrado era injusto, uma poção tão bem feita como a dela merecia muito mais, mas qual era o grifinório que poderia se gabar de ter recebido pontos de Snape?
Apesar disso tudo, o professor parecia muito alheio ao que acontecia na sala, o que era muito estranho. O mestre de poções que era sempre tão compenetrado e mantinha os olhos sobre os alunos o tempo todo, foi pego, algumas vezes, com o olhar vago… Pensativo. A mente do bruxo transbordava de idéias e coisas novas que não estavam sendo tão facilmente computadas. O que iria acontecer agora? Até tinha mais ou menos se preparado psicologicamente para tentar ser um companheiro decente. Mas ter um filho? Definitivamente não estava nada preparado para isso…
A sineta tocou e toda a turma foi dispensada. Menos Harry.
- Fala professor. – disse o menino tentando imaginar o que viria agora do mestre de poções.
- Eu… - as palavras pareciam não querer sair da garganta de Snape, ele pigarreou -Só queria dizer… Que… Te devo uma.
Os olhos de Harry se arregalaram levemente.
- Quer dizer então que conseguiu? Você e a Diana…
Snape concordou com a cabeça levemente.
- Mas não ouse contar a ninguém. – falou sério.
- Não… Tudo bem. Então… Meus parabéns. – completou Harry sorrindo e estendendo a mão. O bruxo a sua frente a apertou, mas soltou rapidamente. – Olha… Mas tenho que dizer… Ou Diana é muito doida, ou ela gosta muuuuito do senhor.
- Sai daqui, sai Potter? – falou Snape contrariado – Antes que eu me arrependa e esqueça de tudo que prometi a você.
Harry sorriu mais uma vez, pôs a mochila nas costas e já saindo da sala, completou:
- Pode deixar que eu vou pensar muitíssimo bem no que o professor fará para mim. – E saiu pelo corredor com um sorrisinho de canto de boca muito estranho.

Outubro foi chegando ao fim e levando consigo os enjôos de Diana. Ela agora estava numa nova fase. Desejos. No início Snape achou que era frescura, charme mesmo. Que ela queria comer coisas gotosas e disfarçava isso por traz de “desejos de gravidez”. Não que ele tenha dito isso a ela. Até porque logo depois sua teoria foi por água a baixo. Afinal, quem em sã consciência iria querer comer ovas de sapo cruas? Ou romãs verdes com sal? Definitivamente isto não era normal. Esperava que essa fase também passasse logo, afinal, era ele quem tinha que ficar indo atrás dessas maluquices.
No dia 31 de outubro ao invés do costumeiro banquete de dia das bruxas, Dumbledore ofereceu aos alunos uma festa. Achava que o clima estava muito fúnebre, e segundo ele, “pensamentos ruins só tornam as situações ruins piores ainda”. Então o diretor quis comemorar o dia das bruxas em grande estilo. Pena que só os alunos do quarto ano para cima poderiam participar. Isto provocou a revolta dos mais jovens, que tiveram um banquete só para eles, mas também tiveram que ir mais cedo para cama.
Todos deveriam estar fantasiados, mas não poderiam cobrir seus rostos. Dumbledore recebia a todos, vestido fantasticamente de fênix. Seus longos cabelos e barba, que costumeiramente eram brancos, hoje estavam vermelho flamejante, seus trajes também eram em tons vermelhos e laranjas. Ele tinha até asas. Era divertido ver o velho bruxo caminhar pelo salão como um frango vermelho muito desenvolvido. Mas ele não estava nem aí. Achava sua fantasia muito original.
Harry estava fantasiado de morto-vivo.
- Já tentaram me matar tantas vezes que desconfio que já seja um. – brincou ele rindo com a namorada. Gina estava fantasiada de fantasma. Tinha até um efeito legal de sua roupa que deixava toda a menina levemente transparente. Foi Harry quem pagou o aluguel. Depois de quase meia hora tentando convencê-la de que isto não era problema nenhum. Que era presente.
Rony tinha um orgulho muito maior do que o de Gina. E uma cabeça muito mais dura também. Ele não permitiu que o amigo pagasse o aluguel de uma fantasia legal para ele, então a única coisa que deu para seu dinheiro alugar foi uma fantasia de gnomo que além de ficar bizarra, pois ele era grande demais para ser um gnomo, estava curta na perna.
- Que droga… Isso que dá ser pobre…
- Pára de reclamar Rony. – falou Hermione aumentando o comprimento da fantasia com um feitiço. Ela estava lindamente vestida de Veela, o que foi uma surpresa para todos. Esperava-se que ela viesse, no mínimo, de livro. Mas não. Ela agora tinha lindos e longos cabelos loiros e lisos, olhos verdes, e com estas vestes apropriadas podia-se perceber que tinha um corpo muito bonito. Juntando-se a isso tudo umas poucas gotas de essência de Veela, tinha-se uma Hermione que arrancava suspiros por onde passava. Deixando Rony muito enciumado.
Draco Malfoy estava vestido de vampiro. Com um ar muito sério e presas extremamente reais. Crabbe estava fantasiado de corcunda. Goyle também. Era muito estranho ver os três juntos, pois realçava a figura de que Draco era um mini-lorde e os outros dois seus servos feios e burros. Parvati e Padma estavam vestidas de índias. Agora é que não dava mesmo para definir quem era quem. Sibila Trelawney estava vestida de estrela cadente, com um rabo enorme que causava devastação por onde passava. A professora estava de extremo mau-humor, segundo ela aquele dia não estava com vibrações muito boas e ninguém deveria ficar se fantasiando, mas como era obrigatório aos professores irem… McGonagall muito espertamente estava fantasiada de gato. Não, explicando melhor, ela estava em sua forma de gato. Usando um chapeuzinho muito engraçado e um colete xadrez. Dumbledore havia relutado a deixá-la entrar assim, dizendo que não era uma fantasia decente. Mas, tecnicamente, ela estava fantasiada, então ele teve que ceder. Hagrid era um dragão. Meio mal costurado, e com cores diferentes (foi ele mesmo quem fez sua fantasia), mas ainda assim era um dragão. Havia muitas fantasias diferentes e engraçadas pelo salão. A de Luna Lovegood tinha, entre outras coisas, chifres rosa, asas azuis e um rabo verde, o que ela jurava ser um diabrete escocês que ninguém nuca tinha ouvido falar. Mas a mais estranha e engraçada de todas, talvez fosse a mais previsível. Era a de Colin Creevey. O menino que era loiro, hoje tinha cabelos negros, usava óculos, tinha uma cicatriz na testa e usava as vestes da escola. Estava muito convincentemente fantasiado de Harry Potter.
E quanto a Snape? Ah, ele era a pessoa mais mal-humorada do castelo. Mais até do que Trelawney.
- Idéia idiota. – falou contrariado, se olhando no espelho, usava longas vestes negras que lhe cobriam até os pés, um capuz sobre a cabeça que lhe fazia sombra no rosto. Era um dementador – Tinha que ser idéia de Dumbledore. Se ao menos eu não fosse obrigado a ir…
- Ah, pare de reclamar Severus… - falou Diana sorrindo e entrando no aposento.
- Ora, olá minha sílfide… - disse ele em tom suave.
Diana desta vez era mesmo uma sílfide. E estava linda. As vestes leves e coloridas, a maquiagem apropriada, asas delicadas. Era uma fada legítima. A roupa solta não permitia perceber, mas Snape sabia que sua barriga já começara a ficar redonda, e a crescer. O assunto do bebê não tinha mais sido tocado desde a conversa no escritório de Dumbledore.
- Anda logo reclamão. A festa já começou. E… Não tinha nada um pouco menos mau ou amedrontador não Severus? – disse ela analisando-o.
- Não, nada que combinasse comigo. – disse ele despreocupadamente dando-lhe um beijo curto – Queria que eu me vestisse de fada para lhe fazer par? – ironizou.
- Ora, - respondeu Diana sorrindo – seria bonitinho…
Ele então a beijou, e passado o pequeno momento de carinhos, foram para o salão, o mais separados possível.
A festa corria muito bem e todos se divertiam. As esquisitonas tocavam, e por algumas horas foi até possível esquecer o pavor que assombrava o mundo bruxo.
Snape e Diana tiveram de ficar separados, mas ele lhe lançava olhares furtivos a toda hora. E ela sorria para o nada, mas o bruxo sabia que era para ele.
A certa altura do baile Diana veio andando com leveza até o lugar onde ele estava.
- Olá Sr. Snape! – falou de forma muito falsa, sorrindo – Está gostando da festa?
O bruxo limitou-se a levantar uma sobrancelha.
- Sabe, - continuou ela baixinho – tive um repentino desejo…
- De novo? – murmurou ele levantando ainda mais a sobrancelha – Os ovos de coruja com brotos de abóbora de hoje de manhã não foram suficientes?
Diana sorriu.
- Desta vez é diferente… - falou mordendo o lábio inferior – Abaixa aqui.
O bruxo abaixou-se e ela murmurou algo em seu ouvido.
- Ora, mas esse eu realizo com imenso prazer… - disse com um sorriso cínico.
Depois disso os dois não foram mais vistos no salão. Passado algum tempo de festa, Harry chamou Gina para ir para o lado de fora do castelo, para pegarem um ar…
Os dois chegaram de mãos dadas a um lugar escondido que conheciam na parte de trás das paredes do castelo. Mas já havia alguém lá. Gina arregalou os olhos. Snape e Diana beijavam-se avidamente, a bruxa encostada na parede. O bruxo, que percebeu que alguém chegava, separou-se dela.
- POTTER! – exclamou. Diana ficou muito vermelha. – O que você faz aqui? Trinta pontos serão…
Mas foi interrompido por Harry que foi mais esperto.
- Vai mesmo tirar pontos da minha casa por eu ter vindo namorar fora do castelo professor? – ironizou.
- Eu… - falou Snape contrariado – Eu… Ah deixa pra lá…
- Severus… - disse Diana receosa – O Harry sabe que…?
- Sabe. – respondeu o bruxo irritado – Ele sabe de praticamente tudo… Maldita hora que você passou a conviver mais comigo moleque…
Harry sorriu cinicamente.
- Dá pra alguém me explicar o que… - falou Gina que não estava entendendo nada.
- Depois eu explico Gi, depois eu explico. – interrompeu-a Harry – Podem voltar a namorar… - implicou – A gente acha outro lugar…
Mas uma sucessão de gritos vindos do salão o assustou.
- Vocês ouviram isso?
Snape de sobressalto correu o mais que pôde, os outros três vieram logo atrás. Havia muita correria pelos corredores, e muitos gritos. Os quatro chegaram ao salão, havia um aluno desmaiado no chão, um berrador ao seu lado. Mas era um berrador diferente, era negro. Dumbledore, que estava enfurecido, acabara de abater uma coruja marrom e levitava o aluno bem a tempo, pois assim que o jovem saiu do chão a carta que estava ao seu lado explodiu. E das imensas chamas verde esmeraldas que dela brotaram, uma voz sibilante e aterrorizante sentenciou em alto e bom som:
- QUEM DISSE QUE HOGWARTS AINDA É SEGURA????
E com uma gargalhada a carta se desfez de vez, deixando um pequeno monte de cinzas do chão. A gritaria e correria foram ainda maiores.
- SILÊNCIO! – bradou Dumbledore e todos pararam no lugar onde estavam – Não há motivo para pânico. Monitores levem os alunos de suas casas para seus dormitórios. Professores, aqui comigo. Harry, - ele chamou o menino – você fica aqui. O quero sob meus olhos.
O menino obedeceu. Era uma das únicas vezes em que via raiva nos olhos do diretor. Snape adiantou-se e parou do lado do garoto desmaiado. Harry então olhou para o garoto tentando identificar quem era, e viu a si mesmo desacordado. Mas como? Então olhou melhor, não era ele, era Colin Creevey, fantasiado de Harry Potter.
- Está envenenado Alvo. – sentenciou Snape. Os olhos do velho bruxo se escureceram.
- Severus, Papoula e Harry me acompanhem até a enfermaria. Quanto aos demais professores, quero que se revezem entre as entradas do castelo, os principais corredores, e as entradas dos salões comunais.
Ao chegarem à enfermaria Dumbledore repousou Colin sobre uma maca e Snape foi direto à lareira para ir as suas masmorras. Antes recomendou:
- Madame Pomfrey, tente estancar o sangue, mas não feche o corte. Precisamos extrair o veneno.
Harry se sentou em um banco e esperou. Sentia um certo alívio involuntário, mas também se sentia culpado de estar aliviado. Era para ele estar ali no lugar de Colin. Com certeza o ataque não tinha sido aleatório, e o fato do menino atacado estar fantasiado de Harry não era coincidência.
Snape voltou com um frasquinho na mão.
- Já sabe qual é o veneno Sr. Snape? – perguntou madame Pomfrey.
- Não. – respondeu o bruxo encharcando um chumaço de algodão e passando na ferida de Colin – Este é um antídoto neutro. Como a ferida ainda esta aberta e é grande, ele vai repelir o veneno, fazer com que saia do corpo do Sr. Creevey. Depois veremos se é necessário tomar qualquer outra medida. Agora me conte Alvo, o que aconteceu?
Dumbledore suspirou.
- Uma coruja entrou no salão principal pelas aberturas que são destinadas às corujas mesmo. Ela sobrevoou todos por um instante e depois com um rasante atacou o Sr.Creevey. Mordeu-lhe o pescoço, largou o berrador, e ia voltar para onde veio, foi só então que eu consegui abatê-la.
- Como uma coruja desconhecida entrou no castelo a essa hora Alvo?
- Diversas corujas entram e saem de Hogwarts todos os dias Severus… O dia inteiro. - Dumbledore parecia triste e impotente, observando seu aluno desmaiado – Era uma coruja dos correios…
O veneno escorria do pescoço de Colin, manchando os lençóis. Snape então parou de medicá-lo.
- Pode prosseguir sem mim Madame Pomfrey? – perguntou entregando o frasco com antídoto e o chumaço de algodão para a enfermeira – Penso que não será necessário um outro antídoto. O veneno já foi quase todo extraído do corpo do Sr. Creevey, e pela aparência dele não me parece tão nocivo.
A bruxa confirmou com a cabeça e Snape puxou Dumbledore para um canto da enfermaria.
- Tenho que ir Alvo, o Lorde me chama.
Os olhos de Dumbledore escureceram ainda mais.
- Não posso suspender as proteções Severus. É perigoso demais. Alguém pode entrar enquanto você sai.
- Compreendo, mas tenho de ir mesmo assim.
- Vá meu rapaz. Mas tenha cuidado.
- Eu sempre tenho.
E com um farfalhar de capa Snape saiu pela lareira. Teve que caminhar até os portões do castelo, e desaparatou já fora dos terrenos da escola. Aparatou em um quarto amplo, mas mal iluminado. Uma poltrona estava de costas para ele, em frente a lareira acesa.
- Milorde. – disse ajoelhando-se. A poltrona girou e Voldemort surgiu sentado nela.
- Olá Severus… - sibilou – Levante-se. – Snape obedeceu – Agora me diga, o planinho tolo de Bella funcionou? – disse estreitando os olhos.
Só então Snape percebeu que a bruxa estava em pé num canto escuro do quarto.
- E qual era o plano milorde? Porque eu não fui informado de nada.
- Pergunte a Bella, - falou Voldemort com a voz fria – pois eu também não fui.
- Uma coruja dos correios foi seqüestrada. – murmurou a bruxa de cabeça erguida mirando os olhos de Snape. O bruxo manteve sua postura austera – Ela foi enfeitiçada e incumbida de atacar Harry Potter no banquete de dia das bruxas. Pus veneno em seu bico e enviei um berrador ameaçador junto. Assustaremos o velhaco e as famílias dos alunos. Hogwarts não será mais a mesma e o garotinho mimado a esta altura deve estar envenenado até as entranhas. Quanto a você não saber de nada, foi por isso que não contei ao lorde. Sabia que ele iria lhe informar de tudo. Estou cansada de assistir o grande Severus Snape passar dia após dia dentro daquele castelo e não fazer nada pela causa. Não precisamos de sua ajuda, pelo simples fato de você nunca ajudar em nada. Você tem sido inútil naquela escola idiota. Eu não confio em você! – completou com raiva.
- Menos Bella. – sibilou Voldemort lançando um olhar frio a bruxa – Menos. Sou eu quem deve confiar ou não em Severus.
A mulher fechou a cara.
- Acontece Bella, - falou Snape irônico – que eu discordo de você. Havia uma festa a fantasia em Hogwarts. E um quintanista teve a brilhante idéia de se fantasiar de Harry Potter. A coruja, naturalmente, o atacou. Não a culpo, fez apenas o que a pessoa brilhante que a enfeitiçou mandou. O garoto foi socorrido e a essa altura deve estar dormindo tranqüilamente na enfermaria. Quanto ao verdadeiro Harry Potter, está são e salvo sob as asas de Dumbledore. Agora, se eu tivesse sido informado de seus planos, com certeza cuidaria para que o aluno certo fosse atingido.
Bellatriz fez uma pequena careta de zombaria.
- De qualquer forma, – insistiu ela – parte do plano se concretizou. Furamos a segurança de Hogwarts. Abalamos a reputação de Dumbledore. Destruímos a confiança que os pais tinham na escola. O terror irá reinar naquele castelo.
- Tsc, tsc, tsc… - implicou Snape – Nunca pensei que você fosse tão tola Bella. Hogwarts já passou por coisas muito piores do que este ataquezinho insignificante. Ele será assunto para no máximo uma semana. A única coisa que você fez foi mostrar ao velho diretor que ainda há furos na segurança da escola. O que acontecerá agora é que ele irá redobrá-la, e será muito mais difícil penetrá-la.
- É Bella. – sibilou Voldemort extremamente frio – Parece que Severus está com a razão.
Snape enviesou a boca num sorriso zombeteiro.
- Ele sempre tem a razão não é milorde? – enfureceu-se a bruxa – Ele sempre está certo! Estou cansada de ver esse bruxo medíocre levar todo o crédito e toda a recompensa por não fazer absolutamente nada! Quando é que eu irei convencê-lo de que Snape não merece toda essa confiança que o lorde deposita nele?
- Chega Bellatriz. – falou Voldemort ríspido levantando-se – Eu sei formar a minha própria opinião sobre os meus comensais. Você está liberado Severus. Preciso ter uma conversinha com Bella sobre atitudes precipitadas e respostas mal-criadas. Não é Bellinha? – completou puxando a bruxa pelos cabelos e fazendo-a olhar para ele, Bellatriz continuou impassível.
Snape fez uma reverência e desaparatou. O bruxo entrou no castelo, encontrou com McGonagall em um dos corredores.
- Como estão as coisas por aqui? – perguntou.
- Calmas. – respondeu a bruxa – Vá se deitar. Todos os professores já foram. Estou indo falar com Alvo.
- E quanto ao garoto?
- Está bem. Vá, pode ir.
Snape foi embora, mas não foi para suas masmorras. Entrou no quarto de Diana com passos leves. A bruxa dormia a sono solto, sentou-se devagar ao seu lado. A admirou por um momento. Pôs uma mão levemente em sua barriga, ela já tinha crescido um pouco e começara a ficar redonda.
- Olha… - ele murmurou – Eu sei que parece maluquice… E Diana não pode nem imaginar que eu estou fazendo uma coisa dessas… Mas Dumbledore diz que mesmo na barriga dela você pode me ouvir… Então…
Diana, que tinha acordado, fechou os olhos e fingiu estar dormindo para ouvir o que Snape tinha a dizer.
- Eu só queria que soubesse o quanto eu… - continuou – Me preocupo com você… E depois do que aconteceu hoje… Ficou claro o quanto todos estão vulneráveis… Tudo o que eu queria era que você nascesse num mundo de paz… - acariciou a barriga dela levemente – Num mundo feliz… Para que tivesse a infância que eu não tive… Afinal você é meu… Meu… filho. É… Meu filho. – o bruxo deu um pequeno sorriso – Será que um dia você vai me chamar de… de… Pai? Eu não sei muito bem como é isso… Não sei se estou preparado… O exemplo que tive não foi lá dos melhores… Tenho medo de ser como ele era… Eu nem o chamava de pai… Nem o considerava meu pai… Mas olha, a sua mãe tenho certeza que será ótima. Você vai adorá-la… Ela é carinhosa, prestativa e protetora. Apaixonante. Será a melhor mãe do mundo… Você tem muita sorte.
Ele fez uma pequena pausa e ficou apenas admirando a pequena barriga de Diana. Subiu e desceu a mão por ela e depois continuou.
- E se um dia eu me atrever a tomar uma atitude como a do cara que me botou no mundo… Se um dia eu levantar a mão contra você ou a sua mãe… Se fizer um dos dois infeliz… Corra. Corra e conte ao primeiro que puder te ajudar. E a todos que puderem. Porque tudo que eu menos quero é arruinar a vida de vocês como o meu pai fez comigo e minha mãe… Mas tenho medo de perder o controle… E se estiver dentro de mim? E se eu me tornar o cretino que ele era? Pode ser inconsciente… Sei lá… Pode estar no sangue…
Diana então abriu os olhos e virou-se para Snape.
- Você não vai ser como ele. – falou docemente – Sabe que não. Vai ser um ótimo pai. Tem dentro de si tudo que mais desejava ter tido do seu pai, e tudo que ele fazia e que você mais detestava. Então vai saber ser o exato oposto dele…
- Você… - murmurou o bruxo constrangido – Ouviu tudo?
- Bom… Desde a parte em que você disse que achava que era maluquice…
- Ah Merlin… - reclamou o bruxo cobrindo o rosto com uma mão.
- Ora Severus, foi tão bonitinho… Muito fofo. Adorei saber que pra você eu serei a melhor mãe do mundo…
Snape fez uma careta e deitou-se ao lado dela. Passou uma mão por seu rosto afastando uma mecha de cabelo que lhe caía sobre os olhos.
- Está vendo o que você tem feito comigo? Quando, em sã consciência há o quê… uns sei meses atrás, eu diria toda essa baboseira?
Diana sorriu e lhe deu um beijo curto.
- Acho que não sou só eu… - ela acariciou a própria barriga – Um bebê deve mudar a vida de qualquer um…
Snape fechou os olhos e tocou a mão da bruxa sobre a barriga dela.
- O que será dele Diana? Qual é o futuro que temos a oferecer se o nosso presente já está tão comprometido?
- Eu não sei Severus… Não sei… Mas ele tem a nós… E nós temos um ao outro. E enquanto pudermos contar com isso, sei que nada poderá nos fazer mal.

N/A: Capítulo gigaaaaaaaaaaaannnnnnntteeeeeeee!!!!!!!!!!!! Mas eu não podia pará-lo pelo meio, por isso demorei tanto a postar. Espero que gostem. Beijoooooossss!!!!! Comenteeeeeeemmmmm!!!!!! E Felix 2007!!!!!!!!!!
Obs.: Eu tinha que fazr alguma coisa com relaçaum a Bellatriz!!! Dsculpe desde jah kem gosta dela… Eh ke eu a ODEIO!!!!! Rsrsrsrrs........ mal aeh......

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.