"Não existe almoço grátis"

"Não existe almoço grátis"



Harry saiu da sala do diretor com todas as conversas recentes na cabeça, quase gemendo de desespero. Quando achou que as coisas não poderiam piorar, Dumbledore veio e despejou outro problema à sua já alta pilha.


Não que ele estivesse culpando o diretor de nada, mas, às vezes, era bom tentar tirar um pouco da própria responsabilidade com as suas obrigações. Praticamente faltavam-lhe dedos para enumerar quantas pessoas próximas dependiam dele, de agir de forma correta, quando ele mesmo nem sabia ao certo para onde estava indo...


O que o assaltava com frequência era por que isso estava acontecendo. Resguardadas as devidas proporções, ele é um cara comum, que teve a sorte de ter uma família legal, algum talento no quadribol, bons instintos e excelentes amigos. E só. Isso não o qualificava para a tarefa que tem pra desempenhar, e, apesar de estar se esforçando, não se acha verdadeiramente capaz de carregar o fardo a ele imposto.


Mas então ele pensa em Gina e parece que as cores de tudo o que ele sente se tornam mais vivas. Não compreende e não aceita que ela esteja ligada ao seu próprio vaticínio, mas, de certa forma, sente-se um pouco menos perdido, ao perceber que é ele quem deve protegê-la.


“Nenhuma relação com o fato de que ela tem que te amar verdadeiramente para que tudo isso funcione, né?” – falou aquela voz na cabeça dele, que lembra loucamente o tom sarcástico da Hermione, quando aponta as obviedades que ele não percebe.


“Tá, isso ajuda um pouquinho, ok?” – admitiu para si mesmo, meio a contragosto, com um sorriso teimoso e ridículo no rosto.


Hoje, só por hoje, ele resolveu não estragar a vida de ninguém. Só por hoje, ele se comprometeu a guardar este segredo (que nem é tão secreto). Só por hoje, ele resolveu juntar as peças deste quebra-cabeça, que nunca param de aumentar.


Aproveitou também pra tentar, em vão, achar uma maneira de conversar com ela, de lhe dizer do perigo que corre, mas não queria assustá-la. Era óbvio, pra ele, que, por mais que Dumbledore tenha lhe dito que Gina ser a Herdeira da Luz e da Pureza era de conhecimento geral, ela provavelmente não deveria saber de nada disso.


Gina não teria sido tão dura com ele tentar se isolar pelo seu próprio destino, se ela tem uma marca, de certa forma, tão perigosa quanto a dele, pois qualquer um poderia querer se aproveitar dela, mesmo não sendo o guardião...


Afinal, quem pode dizer ao certo que magia é essa, posto que a última Herdeira viveu há quase mil anos, e essa “característica” de Rowena Ravenclaw foi ofuscada por seus próprios feitos?


Súbito, Harry estacou, enquanto descia para as cozinhas, para tentar “pedir” alguma comida e evitar o salão de jantar lotado, nesse horário. Finalmente começou a fazer sentido, pra ele, a tentativa de aproximação do Malfoy com a Gina! Ele sabia! Ele tinha que saber que ela é a Herdeira! Será que essa não seria uma tática para tentar ganhar a confiança da ruiva?


Uma raiva de borbulhar o estômago lhe tomou, mas ele teve que engoli-la, junto com o jantar improvisado. Não havia nada que ele pudesse fazer, a não ser redobrar a vigilância em cima daquele babaca.


Dobby estava exultante por encontrar Harry na cozinha, mas percebeu que algo o perturbava.


– Harry Potter, meu senhor, precisa de mais alguma coisa? A comida não está do seu agrado? Dobby pode se castigar, caso tenha feito alguma –


– Não, Dobby, não há nada de errado com a comida, e não faça isso! – Harry levantou-se de um salto, correndo para impedir que Dobby batesse mais uma vez com a cabeça na parede, penitenciando-se. – Eu só estou com a mente muito cheia de preocupações, mas são assuntos que só eu posso resolver, acho...


– Mas meu senhor, realmente não há nada que Dobby possa fazer para ajudá-lo? O senhor não precisa de mais guelricho?


– Dobby! Fale baixo! Se o Snape desconfiar que você roubou algo do armário dele, mata nós dois! E você está proibido de se fazer mal! – ordenou, quando viu que o elfo já se preparava para uma segunda rodada de batidas de cabeça na parede. – Mas Dobby, muito obrigada pelo jantar, você é um bom amigo... Mas não se preocupe, que acho que vou precisar da sua ajuda muito em breve!


O elfo reforçou que podia contar com ele para qualquer coisa, e começou a chorar alto, dizendo quão grandioso Harry era por considerá-lo um amigo, por se importar com criaturas tão insignificantes quanto ele...


Harry agradeceu, constrangido, e saiu das cozinhas o mais rápido que pôde, rumo à sala comunal, pensando em criaturas como o Dobby, que tinham tido uma vida de tanto sofrimento, que não sabiam reagir quando eram tratados com respeito.


Como ele havia previsto, a sala comunal da Grifinória estava praticamente vazia, a maioria dos alunos ainda estava no jantar. Subiu correndo para o seu quarto, vestiu o pijama, puxou as cortinas e se jogou na cama, corpo exausto e mente ainda frenética.


Repetiu para si mesmo que não estava mentindo por não falar com a Gina sobre o que o diretor havia lhe dito mais cedo, e que só estava omitindo a informação dela para poupá-la, pelo menos até a partida de quadribol, dali a dois dias.


“E você não está com medo de conversar com ela, depois de tudo o que aconteceu no vestiário feminino? SEI!” – mais uma vez, a voz parecida com a da Hermione invadiu a sua já sonolenta mente, e ele não teve forças pra discordar.


Ferrou tão pesado no sono, que não ouviu quando Rony entrou no quarto, preocupado com o seu sumiço.


* * * * * * * * *


Apesar de todas as suas preocupações, teve, talvez, a primeira noite tranquila de sono em muito tempo. Sua cama estava extremamente aconchegante, e, por ele, teria passado a manhã inteira ali, se não fosse pela aula que teria em breve e pelos cochichos que ele entreouvia no quarto.


Esticou-se para pegar os óculos na cabeceira da cama, quando, percebendo o movimento, Rony puxou as suas cortinas, acompanhado de Dino Thomas, André Kirke, Jucas Slopper e Dênis Creevey.


-- O que está acontecendo? – perguntou, um pouco preocupado, ao ver todo o time de quadribol no quarto, exceto Gina.


-- Precisávamos falar com você sobre o jogo amanhã, Harry, sem a Gina presente. – disse o amigo, com a anuência dos demais.


-- É sobre a aposta que vocês fizeram, Harry. Nós queremos te ajudar. – completou Dino, aproveitando para mostrar que esperava que qualquer animosidade entre eles por causa de Gina ficasse no passado.


-- É o seguinte, meu querido quase cunhado... É óbvio que é do nosso maior interesse que massacremos a Sonserina lindamente, amanhã... – falou, com um sorriso sonhador. – Mas essa felicidade seria fugaz, perante o que podemos ter como retorno, caso você ganhe a aposta, Harry! Queremos, de fato, que você segure esse seu gênio nos treinos! Se você ganhar a aposta, teremos condição de nos preparar pra bater a Corvinal na última partida com boa vantagem, e trazer a taça de quadribol para a Grifinória, com louvor! Isso é que seria uma despedida digna nossa, da escola!


-- Tá, entendo toda a lógica do que vocês argumentando, mas qual é o porém? – perguntou, desconfiado.


-- Harry, como você pode desconfiar do nosso oferecimento tão preocupado? – Ron fingiu se ofender.


-- Rony, eu conheço vocês, sei que “não há almoço grátis”, e que vocês vão querer algo em troca... Já sinto um pedaço da minha alma sendo sugada para este acordo!


-- Não é nada que não esteja ao seu alcance de fazer, mas é surpresa...


-- Oi? Vocês acham que eu vou topar algo assim, no escuro?


-- Claro que sim! O prêmio, para ambos os lados, é vantajoso! E, caso você não aceite, podemos mudar de lado e ajudar a Gina, assim, você vai ter que lidar com o que quer que ela venha a te pedir... – completou, fazendo cara de inocente.


Harry não pôde deixar de rir da argumentação do amigo. Realmente, perdia o senso sempre que se envolvia em algo com a Gina, então já sabia que, mesmo ganhando, deveria “perder” alguma coisa.


* * * * * * * * *


Depois de um dia exaustivo de aulas, somada à animosidade crescente que precedia ao jogo na manhã seguinte, voltaram à sala comunal após o jantar corrido,  Harry, Ron e Neville reclamaram do assombroso número de tarefas que tinham que entregar. Hermione e Gina se aproximaram dos garotos e se juntaram ao "muro das lamentações".


Apesar de ninguém perceber, Harry e Gina estavam constrangidíssimos, com a proximidade um do outro. Rapidamente o assunto migrou para quadribol e a partida do dia seguinte e, aproveitando a deixa, Harry se despediu, dizendo que ia descansar.


Mais uma vez ele se recriminou por não ter a conversa séria com a Gina, mas o jogo era no dia seguinte e “afinal, que diferença faria esperar até passar o jogo?”, perguntou-se, tentando se enganar (e, por ora, conseguindo).


Um sábado ensolarado e de céu limpo os brindou, e o time seguiu, confiante, até o vestiário, após o café. O único que mantinha uma tez meio esverdeada era o Rony, mas até isso era normal nas partidas da Grifinória.


Sabiam que tinham dado o seu melhor nos treinos, estavam entrosados, e, a essa altura, toda a Grifinória não só já sabia da aposta, como estava torcendo para que Harry conseguisse manter a sua parte, para que ganhassem com a diferença de 300 pontos. Assim, teriam praticamente certeza de que a lanterna do campeonato de quadribol já seria quase certa de ir pra Sonserina, e estavam loucos com a possibilidade.


Harry pediu que o time fizesse no ar o que ele sabia que eram capazes e os guiou até o campo, para apertar a mão do Malfoy pelo que ele esperava ser a última vez na vida.


A animosidade entre os dois times era algo quase palpável. Os jogadores da Sonserina eram enormes, quase trasgos, a única exceção era Malfoy, seu apanhador. Nas arquibancadas, o amarelo da lufa-lufa e o azul da Corvinal foram trocados pelo vermelho da Grifinória. Com tanta coisa em jogo, essa partida estava com status de final.


Madame Hooch apitou e a partida começou. Harry sabia que tinha muitas coisas a que ficar atento, além do placar: precisava proteger Gina, a única garota em campo, do que prometia ser a partida mais suja de todos os tempos, além de vigiar e atrapalhar o Malfoy.


Em 10 minutos, Grifinória já estava com 100 pontos de vantagem e muitas faltas já tinham ocorrido, grande maioria feita pela Sonserina. Harry teve que pedir tempo, pois Rony havia sido atingido por um balaço e batera a testa numa das traves, e o sangue não estancava.


-- Episkey! – disse Hermione, que invadiu o campo e executou o feitiço para parar o sangramento imediatamente. – Por favor, Ron, tome cuidado! A Sonserina pode até ficar em último, mas eles, no momento, estão mais preocupados em machucar vocês!


-- Harry, você vai precisar parar de me seguir! Eu posso me defender! Faça o seu serviço, que a gente garante os gols que faltam pra essa partida terminar! – Gina cochichou no ouvido dele, enquanto estavam ao redor do Ron.


-- Foguinho, eles vão acabar contigo! Eu não posso fazer isso...


-- Harry, você já levou dois balaços! A nossa sorte, até o momento, é que o Malfoy é realmente um jogador medíocre! E agora ele está lá em cima, aproveitando esse tempo para esquadrinhar o céu, em busca do pomo! Suba lá agora e deixe o resto com a gente!


-- Isso tudo é uma tentativa de me fazer perder a aposta? – falou, desconfiado.


-- Mas você é mesmo patético, garoto! A maioria dos gols feitos foram meus, você acha mesmo que eu também não quero que ganhemos de lavada? Só não quero que mais gente se machuque no processo! Agora vá!


Não adiantava mais retrucar. Madame Hooch estava vendo se Ron poderia mesmo voltar a campo, e Malfoy realmente estava usando toda essa confusão em favor dele próprio.


Harry emparelhou com o loiro e começou a procurar o pomo. Madame Hooch apitou pro jogo retornar, e Harry teve que fazer um esforço sobre-humano para não voltar a sua atenção para a carnificina que estava acontecendo abaixo deles.


Grifinória fez mais 3 gols, elevando o placar para 180 a 50. Harry já estava impaciente, esperando que o placar atingisse a diferença desejada. Já havia visto o pomo duas vezes, mas teve que se manter impassível, ao lado do outro apanhador, para não dar bandeira.


Gina fez mais um gol, e acabou sofrendo uma falta. Harry fez menção de se virar para onde ela estava, quando Malfoy disparou. O placar estava 190 a 50 e, se ele pegasse o pomo, ganhariam por 10 pontos.


Harry guinou a vassoura na direção de onde Malfoy tinha ido, viu que ele, de fato, havia avistado o pomo. Ficaram emparelhados, mas a vassoura de Harry era muito melhor do que a do loiro.


Harry não ia mais deixar a oportunidade de encerrar aquela partida passar. Podiam não ganhar por 300 pontos de diferença, mas 290 era um número praticamente tão bom! Antes de fechar a mão sobre o pomo, ouviu a comemoração pelo gol da Grifinória.


-- CONSEGUIMOS! AAAAAAAAAAAAHHHHHHHH! – Rony gritava, lá das balizas, depois de Madame Hooch apitar o final da partida.


-- 350 A 50, EIS O PLACAR FINAL! – gritava Jo-Jo do palanque de onde narrava a partida! – HAHAHA, CHUUUUUUUPA, SONSERINA!


-- Jordan! Tenha modos! – Professora McGonagall o repreendeu, apesar de não conseguir tirar o sorriso do rosto.


Harry foi praticamente soterrado pelos colegas da Grifinória, que invadiram o campo enlouquecidos. Ele não conseguia atravessar o mar de gente para chegar ao time, e Ron fez um sinal para que ele seguisse para a sala comunal com os demais, que se encontrariam lá. Ele procurou Gina com o olhar, e a viu sendo também arrastada pela turba, aparentemente bem.


A sala comunal da Grifinória parecia um carnaval. Havia uma profusão de Fogos Espontâneos Weasley estourando ao lado da torre e dentro da sala. A bagunça estava tão organizada, que Harry desconfiava que a festa já havia sido encomendada com antecedência.


As pessoas não paravam de oferecer bebidas a Harry, davam-lhe tapinhas nas costas e o aplaudiam, pelo resultado. Gina também recebia ovações, por ter marcado 12 dos 20 gols da Grifinória, ultrapassando o recorde de 10 gols em uma partida, que pertencia à Corvinal.


Harry estava tão feliz que os problemas todos, como que por mágica, sumiram de sua mente. Tudo o que ele queria era atravessar aquela multidão e comemorar com a sua artilheira o feito de hoje, mas era fisicamente impossível.


Harry subiu em um dos janelões da torre, de modo que todos pudessem vê-lo, amplificou a própria voz, e pediu um momento da atenção dos presentes.


-- Eu gostaria de agradecer a todos os que estavam torcendo por nós mais cedo, vocês foram incríveis! Foi como se tivéssemos um jogador a mais, distraindo a Sonserina, especialmente com a ajuda das torcidas da Lufa-Lufa e da Corvinal!


A sala prorrompeu em aplausos, mas Harry pediu mais uma vez a atenção para si.


-- Mas nada disso seria possível sem que tivéssemos um time espetacular! Mesmo com o time mais renovado de Hogwarts, conseguimos um entrosamento incrível, e gostaria de chamar aqui os que fizeram essa história possível: uma salva de palmas para os nossos batedores André Kirke e Jucas Slopper!


Os garotos abriram espaço e foram para onde Harry estava, completamente vermelhos, mas com sorrisos imensos no rosto, e se abraçaram.


-- Agora, gostaria de chamar as estrelas que fizeram, juntos, 20 gols históricos: Dênis Creevey, Dino Thomas e Gina Weasley!


Harry nem tentou disfarçar que só tinha olhos pra ela. Quando a abraçou, toda a sala começou a assoviar, mas ela o afastou, rindo, para que chamasse Rony, mas se manteve ao seu lado.


-- Finalmente, chamo aqui o homem que praticamente conseguiu manter intactos os aros, contra os trasgos montanheses da Sonserina! Vem pra cá, Ron Weasley!


A sala foi à loucura, começou a entoar “Weasley é nosso rei”, enquanto Ron meio caminhava, meio regia o coro. Subiu na janela, abraçou Harry e murmurou um “Prepare-se!”, rindo.


* * * * * * * * *


A festa se estendeu por todo o final de semana. Não houve um único momento em que o time da Grifinória conseguisse ficar sem assédio, e Harry resolveu aproveitar a relativa calmaria, antes de ter que voltar ao ritmo frenético em que estava.


Gina tentava um pouco disfarçar a felicidade que estava sentindo, por ter tudo dado certo, e por ter perdido a aposta, mas Hermione não dava trégua.


-- Pra quem perdeu uma aposta, acho que você está bem feliz, Gina! – Insinuou sarcasticamente Hermione, enquanto escovava os cabelos, no quarto delas.


-- Claro que eu estou feliz! Quebrei o recorde dos artilheiros, ganhamos de lavada, a Sonserina se deu mal e –


-- E você vai ao baile do Slug, na semana que vem, com o Harry, do jeitinho que você tinha planejado!


-- Mione, que calúnia, essa sua! – Gina tentou sustentar o tom de ofendida, mas acabou caindo na gargalhada.


-- Eu nunca tinha te visto tão focada em algo, como enquanto você estava nessa partida!


-- Mione, havia muita coisa em jogo... Muita mesmo! E eu não podia deixar uma oportunidade de ouro dessas passar!


-- Ã-hã! Sei! Tá bom que foi por todos esses motivos nobres que você se esforçou tanto...


-- Quer saber, pense o que quiser, não vou ficar querendo te convencer de algo, se você já decidiu intransigentemente no que acreditar! – e saiu, deixando a amiga rindo, no quarto.


* * * * * * * * *


Na manhã da segunda, quando entraram no salão principal para tomar o café, o time da Grifinória foi ovacionado pelas mesas da Lufa-Lufa e da Corvinal, para despeito dos Sonserinos.


Não importava o quanto Draco Malfoy agisse como se nada tivesse ocorrido, totalmente blasé, pois todos sabiam que era mal-disfarçado rancor o que havia por baixo daquela máscara.


Aos poucos, a euforia da partida foi se dissipando, e dando lugar ao tititi nos corredores sobre o baile nas masmorras.


Já era sexta-feira, e Harry ainda não tinha conseguido conversar com Gina, pra confirmar a ida ao Baile. Ele não sabia como, mas parecia que ela estava se escondendo dele, o que não fazia sentido, já que tinha sido a que mais se esforçou para que ele ganhasse a aposta (pelo menos, era nisso que acreditava).


Naquela manhã, o time de quadribol, com exceção de Gina, veio cobrar o seu preço, por tê-lo ajudado para ganhar a aposta. Apesar do receio do que lhe podia ser demandado, ele estava tão feliz com as perspectivas do dia seguinte, que acabou caindo na gargalhada, quando os meninos disseram seus termos.


Mas já não havia mais tempo para dar chances ao acaso. Ele já havia se resignado que não encontraria Gina na sala comunal, e pediu a ajuda de Hermione, para providenciar que se falassem.


Gina desceu do dormitório 10 minutos depois, e foi direta:


-- Mione me disse que você queria falar comigo, e que “não aceitaria um ‘não’ como resposta”...


-- É verdade. Preciso falar com você, sobre amanhã.


-- O que é que tem?


-- Eu quero saber se você vai honrar a sua palavra e vai ao baile comigo.


-- Claro que vou honrar a minha palavra. De onde você tirou essa ideia?


-- Você passou a semana inteira fugindo de mim, Foguinho!


-- Não senhor! Eu passei a semana inteira organizando os meus estudos, não há nenhuma relação com você, não seja prepotente! Agora, com licença! Nos vemos amanhã!


E o deixou na sala comunal, boquiaberto, enquanto refreava a vontade de voltar e de assumir que estava fugindo de verdade, porque não conseguia mais ficar perto dele sem tocá-lo.


* * * * * * * * *


Hermione e Gina passaram a tarde inteira se preparando para o baile. Tonks veio chamá-las, às 20h, pois seus “cavalheiros” já estavam ansiosos, aguardando-lhes, e caiu na gargalhada.


Quando abriram a porta do quarto, ouviram o burburinho e as risadas das pessoas na sala. Do alto da escada, viam Rony rolando de rir, apontando para o outro lado da sala.


As meninas se entreolharam, intrigadas, e desceram as escadas. Quando chegaram à sala, havia uma multidão na rindo, impedindo-as de verem, afinal, o que estava acontecendo. Gina olhou ao redor, e não encontrou seu par. Respirou fundo e falou para o irmão:


-- Ron, não me diga que quem está ali, do outro lado, é o Harry!


Ele assentiu, sem conseguir dizer nada, ainda rindo. Ela abriu caminho entre as pessoas e, quando chegou ao centro do burburinho, viu Harry, de vestes laranja, rindo e fazendo poses idiotas para Colin Creevey fotografar.


* * * * * * * * *


Sei que é inconcebível passar tanto tempo sem escrever, mas decidi resolver algumas coisas em aberto na minha vida, e terminar esta fic é uma delas.


Tive que relê-la algumas vezes, pra poder retomara mais ou menos as coisas do ponto em que tinham parado.


Como imagino que se recordem, esta fic começou a ser escrita antes de o 7º livro ser publicado, então vou manter a linha inicial que tinha pensado.


Ainda não sei quantos capítulos ainda faltam para acabar a FIC, mas tenho roteiro para, pelo menos, os próximos 3, então imagino que teremos mais 2 ou 3.


No mais, muito obrigada pelo apoio de sempre, é muito prazeroso ter o feedback de vocês!


Até o próximo!
:***

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Comentários (5)

  • Lily_Van_Phailaxies

    Oh céus, fiquei mega animada quando vi que você voltoua postarque larguei os estudos do Processo Penal de lado e tive que reler a sua fics inteira.Sério, ela é uma das minhas favoritas e ébom saber que  ela será finalizada após esse longotemo de hiatus. Quando eu lia a muito tempo atrás vc estava ainda concluindo sua faculdade ou pós graduação, não me recordo... Mas espero que esteja nesse meio tempo você tenha se estabelecido na sua carreira. =DEspero que agora o Harry deixe de lado essa teimosia de querer e não quer (por medo)de ficar com a ruiva de vez,afinal ela deu muito duro para ele ganhar a bendita aposta!Adorei o lance das vestes laranjas, estou mega ansiosa para ver como será esse baile.Parabéns pelo retorno, e obrigadopor voltar para finalizar a fics. Aguardoo próximo capítulo. 

    2013-11-21
  • Victórie Weasley Lupin

    Tudo bem mais... Já estamos em 2013 e você não postou mais, desistiu da fic?

    2013-07-14
  • Ally Weasley Potter

    Da o capitulo de presente de ano novo pra gente vai, por favor

    2011-12-25
  • J.J Granger

    Olá Autora, concordo com o comentário acima! Já passou da hora de atualizar, todos estão anciosos pra saber o fim dessa história!  

    2011-04-25
  • Evandro Bernardi

    Autora dia 24 de da janeiro ficou para tras há MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUito tempo então eu acho que é um dever seu atalizar essa fanfic

    2011-03-21
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