Embaixo d‘Água



Harry e Neville estavam estudando feito loucos. Neville tinha certeza que havia uma planta aquática que podia permitir que se respirasse embaixo d‘água, mas não lembrava o nome. Harry procurava feitiços que o pudessem ajudar, mas até o momento, sexta à noite, não tinha achado nada.


- Eu sabia! Tá aqui, Harry, o nome é guelricho!


- O nome de quê é guelricho? - perguntou, sonolento.


- Da planta, que pode te fazer respirar embaixo d´água!


- Puxa, Neville! Que maravilha! Será que dá tempo de eu plantá-la na banheira até domingo pela manhã? - retrucou, sarcástico, pensando como fazia falta a mente objetiva de Mione nessas horas.


- Não, animal! Tenho certeza que Snape tem um punhado de guelricho no estoque particular dele!


- Então desista! Não há como entrar lá, e eu já estou preocupado demais em sobreviver à tarefa, e pensar que posso morrer antes não está nos meus planos!


- Ah, cara, sinto muito, então! Essa é a maneira mais simples e segura de você ficar na água. Outro recurso seria se transfigurar em algum peixe, mas não vimos transfiguração humana ainda, e é impossível que você aprenda até depois de amanhã.


- Neville, é incrível como você sempre me incentiva, sabe? - bufou, irônico.


- Não disse nada mais que a verdade...


- Tá, tá certo! Não quero discutir, estou cansado demais para isso! Vou dormir! - recolheu seus livros e foi deitar.


* * * * * * * * *


- Gina? - Liam cutucava a ruiva, que havia adormecido no sofá grande, em frente à lareira.


- Ai, droga! - levantou-se, ajeitando as vestes. - O que você faz acordado tão tarde?


- Estou preocupado com Harry. - falou o garoto, sentando no sofá que a ruiva estivera deitada.


- Relaxe, Liam... Vaso ruim não quebra! - deu uma risadinha.


- Gina, eu sei que tem algo muito estranho acontecendo, sabe? Meus pais estão preocupados, pediram que eu não deixasse Harry sozinho, mas ele não se abre... Parece que tá carregando um enorme peso nas costas, e eu queria ajudá-lo.


A ruiva apenas abraçou o pequeno. Não havia pensado nas coisas por esse ângulo. Harry realmente estava estranho; olhando de fora, parecia que tinha se afastado dos amigos de propósito. Por mais arrogante que sempre tivesse sido, amizade era algo que ele sempre prezara. Quando Rony parou de falar com ele antes da primeira prova, ele ficou arrasado... E agora, age dessa maneira...


- Liam, o que você acha que pode estar acontecendo?


- Não sei. - fungou. - Eu sinto falta do meu irmão.


- Eu também sinto falta dele, Liam... - sussurrou, abraçando o garoto novamente, consolando-o.


De repente, ouviram gritos vindo do dormitório masculino, e automaticamente perceberam que vinham do quarto de Harry. Subiram as escadas correndo e entraram de supetão no quarto. Harry se debatia, rindo descontroladamente, e Rony tentava acordá-lo.


Liam apavorou-se; nunca tinha visto o irmão com aquela expressão maníaca, e Rony também parecia em choque. Os demais colegas de quarto nem se mexiam nas camas, e Gina resolveu agir. Empurrou o irmão e deu um tapa no rosto de Harry, que acordou, do susto. O garoto estava completamente suado, arquejava como se tivesse corrido e tentava ver os rostos que agora estavam cravados nele, enquanto procurava os óculos.


- Você está bem? - a ruiva perguntou.


- Foi só um pesadelo. - falou com a voz fraca. Todos no quarto se entreolharam, mas não refutaram. - Desculpa se acordei vocês. - puxou o cortinado.


- Nem se atreva a se esconder, mocinho! Você vai para a ala hospitalar agora! - Gina se enfureceu, abrindo o cortinado da cama dele.


- Não foi nada, ruiva. - retrucou, cansado. - Vá dormir!


- Você quer matar o seu irmão e os seus amigos de preocupação? Isso não é normal, Potter! - Gina brigou, e Rony imediatamente se lembrou de quando a mãe gritava com eles.


- Eu já pedi desculpas! - gritou de volta. - Vá cuidar da sua vida, que da minha cuido eu!


- Não pense nem por um minuto que eu me importo com você, seu estúpido! Eu só estou falando isso pelo Liam, que não está mais nem conseguindo dormir preocupado com você! E se o "Campeão" esqueceu, eu sou monitora dessa birosca, e você vai para a ala hospitalar, sim! - explodiu a garota.


Harry abriu a boca várias vezes, mas não saiu nenhum som. Olhou ao redor e viu a ansiedade e a preocupação estampadas no rosto de todos no quarto, até do Dino. Liam ainda estava meio apavorado, e Gina correu para abraçá-lo, murmurando que ia dar tudo certo. Seu coração se apertou. Era tudo o que ele precisava; Gina dizendo-lhe que não se preocupasse, que tudo ia dar certo.


- Harry, eu vou com você à ala hospitalar. - Rony falou, segurando seu braço.


- Obrigado. - respondeu baixinho, e saiu do quarto, com o ruivo.


* * * * * * * * *


Harry olhava os vitrais da janela ao lado da sua cama na enfermaria, insone. Estava com medo de dormir e ter outro sonho estranho desses. Não lembrava o que tinha sido, mas no íntimo, sabia que Voldemort estava muito feliz. E isso não era bom.


Virou-se e tirou os óculos. Não adiantava ficar a noite acordado, ainda tinha que se preocupar com a tarefa de domingo, já que ainda não achara nada que pudesse ajudar efetivamente.


- Harry Potter, meu senhor! - Dobby ganiu baixinho, ao lado de Harry, que quase caiu da cama de susto.


- Dobby! Quer me matar?


- Não, meu senhor! Dobby nunca mataria Harry Potter! Dobby quer ajudar Harry Potter... - explicou, preocupado.


- Eu sei... Me desculpe, certo? É que me assustei.


- Desculpe Dobby! Não foi intencional! - ganiu.


- Está tudo bem! Calma... - Harry o tranqüilizou. - O que faz aqui, tão tarde?


- Dobby soube que Harry Potter não estava bem e veio aqui, saber se pode fazer alguma coisa para ajudar... - mirou os grandes olhos verdes para o garoto, em expectativa.


- Acho que ninguém pode me ajudar... - murmurou, e as orelhas do elfo murcharam. - A não ser que... - parou, pensativo. - Dobby, você conhece uma planta chamada guelricho?


- Dobby conhece sim! - bateu palmas, feliz. - Parece um bolo de arroz, tem um gosto muito estranho...


- Você tem como conseguir um pouco pra mim?


- Harry Potter, meu senhor... - fechou os olhos, triste. - Guelricho é muito raro. É uma planta que nasce no mediterrâneo, no auge do verão. Achá-lo aqui vai ser quase impossível. - o elfo quase chorou. - Mas Dobby vai procurar!


- Obrigado, Dobby. E obrigado pela visita. - sorriu. - Você é um bom amigo.


O elfo começou a chorar alto, e Harry teve que ordená-lo a sair de lá, senão seria pego por Madame Pomfrey, e podia até arriscar seu emprego.


* * * * * * * * *


Rony apenas remexia a comida, de um lado para o outro no prato, preocupado. Harry não voltara da ala hospitalar, e as visitas não eram permitidas (ele não sabia que fora Harry quem pedira para não ter visitas). Suspirou mais uma vez, resignou-se e se levantou, sentando-se em seguida ao lado de Hermione.


- Mione, posso falar com você? - a garota fez que não escutou. Estavam estremecidos desde o baile. - Por favor, é importante! É sobre o Harry! - disse a última frase em voz baixa.


- O que tem ele? - perguntou, no mesmo tom.


- Você sabe que ele passou mal ontem, de novo? - continuou falando baixo, para não chamar a atenção dos colegas na mesa. Quem olhasse de longe os veria de cabeça baixa, teoricamente concentrados em seus pratos.


- Gina me disse...


- Ele está escondendo alguma coisa muito séria da gente, Mione! Harry não é assim!


- Você sabe como o Harry é teimoso; se ele não quiser nos dizer o que está havendo, então teremos que achar outro jeito de descobrir...


- Exatamente o que eu pensei! - Rony sorriu. - Eu sabia que você ia concordar!


- Ronald Weasley, você é um presunçoso! Quem disse que eu concordei com alguma coisa? - ela ralhou, com um sorriso nos lábios, e ele riu, o mais discreto possível. Fazia muito tempo que não tinham suas habituais "discussões". - Eu acho que -


Foi interrompida por uma coruja parda, com a edição do Profeta Diário que assinava. Dizia que se manter informada era o primeiro passo para conseguir um bom emprego. Colocou a moeda na bolsinha presa à pata do bicho e abriu o jornal, engasgando-se em seguida com o suco de abóbora. Ela passou o jornal para o ruivo, enquanto tossia.


- Mione! - gemeu. - Eu não acredito! - olhava desolado para a manchete do jornal: "Fuga em massa de Azkaban". - Doze comensais fugiram, assim, da noite para o dia... Onde está o ministério quando se precisa dele? - resmungava.


- Olhe a mesa dos professores! - apontou, onde os mesmos estavam aglomerados, com os rostos tensos, e conversando preocupadamente.


- Em compensação, poucos alunos sabem do que se passa. Nem todos têm assinatura diária do Profeta como você! - Rony olhou ao redor, e só viu mais pessoas conversando baixinho na mesa da Sonserina, onde alguns alunos eram sabidamente parentes dos Comensais fugitivos.


- Rony... Aqui diz que eles fugiram na madrugada de hoje, cerca de duas da manhã.


- E o que tem isso?


- A que horas o Harry passou mal? - perguntou, daquele seu jeito de quem já sabe a resposta.


- Você está insinuando que Harry... - não sabia como continuar.


- Eu não estou insinuando que Harry tenha feito nada! Só estou atentando que é muito estranha essa coincidência, você não acha?


- Eu acho que você anda lendo livros trouxas de mistério demais!


- Você não muda, não é, Rony?


- Nem você, Mione! - retrucou a "acusação", sorrindo. - Tava com saudades das nossas discussões... - falou baixo, olhando nos olhos dela.


- Eu... er - balbuciou, vermelha.


- Não quero ficar brigado com você, Mione... - pediu. - Sinto a sua falta!


- Ronald Weasley! O senhor esqueceu que tinha marcado comigo no Salão Comunal hoje há meia hora? - Lilá chegou gritando, e Rony percebeu que era porque ele estava ao lado de Mione, que se levantou e saiu do Salão.


* * * * * * * * *


Harry foi liberado por Madame Pomfrey depois do almoço, e saiu correndo para a biblioteca. Pegou todos os volumes de transfiguração e feitiços que podia carregar, cobriu-se com a capa e foi à procura de uma sala vazia para estudar. Depois do "incidente" da noite anterior, preferia manter-se à distância a ter que dar explicações a quem quer que fosse.


Leu uns três livros de transfiguração até se convencer que seria humanamente impossível aprender a matéria em questão de horas, além de ser extremamente perigoso. Passou para os livros de feitiços, mas não achava muita serventia.


- "Como secar lagoas"... Não, ia demorar muito. E acho que eu perderia todos os pontos possíveis, por matar seus habitantes. E a lula gigante nunca ia me perdoar... - sorriu, imaginando a cena.


Já era madrugada, e Harry olhava freneticamente os livros, passando de um para o outro desesperado. O cansaço do dia de estudos pesava, e seus olhos formigavam. Ele tentava se manter desperto, mas seu corpo já tinha desligado.


Sonhava que os sereianos tinham roubado o seu relicário, e riam ao ler cada carta. Rasgaram algumas fotos, e se divertiam com a de Gina, riscando-lhe o rosto com uma planta preta. Harry tentava tomar-lhes as posses, mas sempre que se aproximava, os seres lhe lembravam de que ele não podia respirar dentro d‘água, e ele começava a se engasgar, afogando-se.


Estava quase sufocando, quando um dos sereianos pegou a planta que havia riscado a foto de Gina, e começou a cutucar-lhe os braços. Harry tentava se afastar, mas não conseguia, sufocando. O sereiano repetia seu nome estridentemente, quase perfurando seu braço esquerdo.


- Harry Potter! Harry Potter, meu senhor!


- O quê? - gemeu, acordando.


- Meu senhor, levaram a sua Wheezy! Harry Potter está atrasado! Dobby procurou meu senhor por todo o castelo e -


- Calma! Que horas são?


- Quase dez horas, meu senhor! E levaram a sua Wheezy!


- Merlin! Está na hora da tarefa, e eu não sei o que fazer! - levantou-se desesperado.


- Dobby veio avisar Harry Potter que achou o guelricho! - os olhos do elfo brilhavam. - Aqui está! - estendeu a mão para o garoto.


- Dobby! Eu não acredito! - sorria. - Muito obrigado!


- Dobby está honrado em ajudar o grande Harry Potter! - fez uma reverência, quase tocando o nariz no chão, sorrindo. - Mas meu senhor tem que correr, sua Wheezy está no fundo do lago.


- Minha o quê?


- Sua Wheezy! A garota dos cabelos vermelhos!


- Levaram Gina? - gritou e saiu correndo da sala, o mais rápido que conseguiu, rumo ao lago.


Sentia pontadas nas costelas, devido ao esforço. Chegou derrapando onde os demais campeões estavam, e Karkaroff estava discutindo com Ludo Bagman.


- Como sempre, esse garoto quer aparecer! Onde já se viu, esperar pelo "Rei da Escola" para se iniciar uma tarefa de um Torneio internacional!


- Igor, acalme-se, o garoto já chegou! - Ludo tentava por panos quentes. - Harry, eu já expliquei a prova aos demais Campeões; você sabe o que tem que fazer?


- Levaram Gina para o fundo do lago e eu tenho que resgatá-la? - perguntou, a respiração ainda entrecortada pela corrida.


- Você tem uma hora. - confirmou Ludo, e se afastou, rumo ao palanque.


Soou um apito e os outros Campeões caíram na água. Para Harry, tudo estava numa rotação diferente; ele mal viu os companheiros, nem sabia dizer que soluções cada um tinha achado; segurava o guelricho firmemente na mão esquerda, e as duas únicas coisas que sentia era o bater descompassado do coração na garganta e o um pulsar, no mesmo ritmo dos batimentos, nos seus ouvidos.


Entrou no lago até a água ficar na sua cintura, e forçou-se a engolir o guelricho. "Dobby tinha razão, o gosto é mesmo estranho!" - pensou, antes de sentir uma dor aguda nos pulmões. Tentava respirar, mas não conseguia. Deixou-se cair na água e percebeu o ar voltando para o seu corpo. Olhou para as mãos e as viu com membranas entre os dedos, e os pés se alongaram, também com membranas.


Começou sua saga rumo ao fundo do lago, passando por umas plantas estranhas, hinkypunks e outras criaturas marinhas que deram um pouco de trabalho. Harry perdera a noção de tempo, e, não contente, perdera também o senso de direção. Sentiu que nadava em círculos, e começava a se desesperar.


- Por que você não vai por aquela fresta na pedra? - Harry se assustou ao ouvir a voz tão próxima a ele, e viu Murta, nadando o seu lado. Ele tentou falar, mas só saíam bolhas. - Eles estão ali embaixo. - apontou, sorrindo. - Apareça no meu banheiro, depois! - gritou, enquanto Harry se precipitava pela fenda que ela apontara.


Harry nadou pelo que lhe pareceu uns cinco minutos, então escutou a mesma música que ouvira no Ovo de Ouro. Apressou-se e logo se deparou com uma clareira, onde havia quatro estacas e quatro pessoas atadas a elas: Mione, Gina, Dino e Justino Finch-Fletchey.


Os sereianos o observaram se aproximar, e nada fizeram. Ele foi para o tronco onde Gina estava presa, e tentou desamarrá-la, apavorado com a aparência fantasmagórica dela. Sua varinha não fazia nenhum feitiço, e ele imaginou que aquele trecho havia sido de alguma forma isolado de magia.


Virou-se para os sereianos, pedindo-lhes ajuda, mas estes continuaram a fazer ouvidos de mercador. Harry se aproximou e pediu uma lança para cortar as cordas, tudo isso através de mímica, já que não saía um som da sua boca, só bolhas. Ele negou e continuou a entoar a cantiga do Ovo.


Harry estava impaciente, e começou a procurar algo cortante por perto. Então achou uma pedra e foi soltar a ruiva, que caiu molemente nos seus braços depois de liberta. Harry passava a mão pelo seu rosto, preocupado. Neste momento, se aproximou deles quem o garoto presumiu que fosse Krum, meio transfigurado em tubarão. Ele se aproximou de Mione, mas seus dentes eram muito afiados para tentar soltá-la sem feri-la. Harry lhe entregou a pedra, e, em pouco tempo, soltou Mione e a levou, para o lado de onde veio.


Harry sabia que devia fazer o mesmo; ir embora. Mas não podia deixar os dois ali embaixo. Demorou-se mais um tempo e viu Louise se aproximando, com um espécie de bolha na cabeça. Ela se desesperou quando viu que não conseguia fazer magia, e começou a chorar, abraçada a Justino. Harry se aproximou e começou a bater a pedra nas cordas, mas os sereianos se aproximaram, para impedi-lo.


Ele já estava impaciente com essa coisa toda. Não sabia o que fizera, mas os sereianos se afastaram depois que ele gesticulou que não ia deixar os amigos ali. Libertou Justino e depois foi cortar as cordas que seguravam Dino. Não era por que ele tinha sido um idiota completo que ele iria deixá-lo ali embaixo pelo resto da vida.


Os sereianos reclamavam, mas não se aproximavam mais. Harry olhou para a fresta de onde veio, e nem sinal de Cho. Mandou a prudência às favas, segurou Dino com uma das mãos e Gina com a outra, e começou a dar impulso com as pernas, seguido de perto por dez sereianos.


As pernas formigavam, devido ao esforço, e Harry percebeu que o efeito do guelricho estava acabando; seus pés voltaram ao normal, e ele estava engolindo água aos borbotões, mas não parava de bater as pernas; via que faltava pouco para a superfície. Emergiu com estrépito, e aspirou desesperado, com o peito doendo. Gina e Dino acordaram de pronto, e se deram conta da estranheza da situação; os três, no meio do lago.


Não falaram nada. Foram nadando até a margem, seguidos pelos sereianos, que estranhamente sorriam. Harry mal conseguiu sair da água, e foi amparado por Dino e Gina. Cho atravessou correndo de onde estava até abraçar Dino, chorando, pedindo desculpas por ela não ter conseguido.


Mione também se aproximou, e abraçou Harry e Gina. O garoto sentou-se no chão, exausto, observando Dumbledore à beira da água, acompanhado do Sr. Crouch, conversando com os sereianos. Depois foram ter com os demais juízes do Torneio, para saírem as notas. Madame Pomfrey aproximou-se e arrastou os garotos para se agasalharem e tomarem uma poção revigorante.


Gina tinha o olhar parado nas chamas da lareira acesa no cômodo por trás do palanque dos juízes, onde estavam sendo medicados. Louise aproximou-se de Harry junto a Justino, e o agradeceu por tê-la ajudado a soltá-lo. Harry deu um sorriso fraco e tomou um pouco do chocolate quente que Madame Pomfrey havia lhe dado.


- Harry, - Dino se aproximou. - eu queria te agradecer por ter me trazido. - murmurou. - Foi muito nobre da sua parte.


- Tenho certeza que você teria feito o mesmo.


- Eu te devo desculpas com essa história toda com a Gina. Eu estava cego de ciúmes, e não fazia idéia que você era realmente apaixonado por ela. - Harry tentou interrompê-lo para negar, mas não conseguiu. - E devo desculpas a você também, Gina. - virou-se para a ruiva, que estava sentada ao lado de Harry. - Eu fui um cretino, me desculpe.


A ruiva sentiu vontade de dizer que ele tinha sido realmente um cretino, mas viu que o pedido de desculpas era sincero. Harry olhava pra ela, à espera da resposta. Dino estava de cabeça baixa.


- Tudo bem, Dino. Está desculpado. - Ele sorriu e se afastou, deixando Harry e Gina sozinhos.


- Gina, eu -


- Harry, por favor - cortou o garoto, com um tom de impaciência.


- Campeões, as notas vão sair agora! - chamou Ludo Bagman.


* * * * * * * * *


Capítulos imeeeeeeeeeensos!


Não se acostumem com essa vida, tá? E olha que eu tento ser sucinta, mas tem coisas que não dá pra resumir!


Ao inverso de me bloquear, os preparativos para a mudança estão me dando mais idéias! O problema é que fico escrevendo de madrugada, até quase três da manhã... =P


Enfim, o de sempre: obrigada pelos votos e comments, adoro-os! (amei a repercussão do título do capítulo #9, "o boêmio voltou novamente!")
Hauhuahauuahuahuahuah


Bjos a todos! =D


p.s. meio óbvio que Ginevra seria o mais importante, né? Harry é muito previsível nos seus confusos sentimentos... =]

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