Amores e dissabores.



Ao cumprir dos sonhos | Capítulo 03.


Amores e dissabores.


Na manhã seguinte descera mais cedo do que de costume para tomar o café da manhã no salão principal. Ao atravessá-lo em direção a mesa da Grifinória arrancou alguns suspiros das garotas. Era, sem dúvidas, o garoto mais bonito de Hogwarts.


Serviu-se de pudim e suco de abóbora ao se sentar sozinho. Seu amigo de marotices e travessuras, Marcus, ainda estava dormindo. O chamara inúmeras vezes para descerem juntos, mas ele se recusara.


Sentiu uma mão seus cabelos e puxar sua cabeça para trás. Os lábios dela cobriram os seus em um beijo calmo e possessivo. Queria mostrar para todas que ele era apenas seu. Seu namorado. Ao terminar um beijo, sentou-se ao seu lado com um sorriso maroto.


- Oi gato. 


- Oi, minha princesa. – disse sorrindo, os lábios avolumados pelo beijo recebido.


- Não sei se você percebeu. - Comentou servindo-se de torradas. - Mas as garotas aqui estavam de olho em você.


- Me diga amor, que garotas? – indagou “inocente”, pegando um pãozinho e colocando no prato.


- As que parecem fêmeas no cio e não podem ver um macho que já ficam loucas. - Respondeu dando de ombros ao tomar um gole de seu leite. - Você não viu? - Olhou para o moreno fingindo-se surpresa.


- Não... Essas eu não vi realmente. – ele respondeu rindo. – Emmy, eu não quero outra garota. Só quero você, minha linda. – acrescentou. Seus olhos verdes contidos de sentimentos. Deixou o pãozinho, e acariciou o queixo dela. – Só você... 


- Eu amo você. - Sussurrou antes de beijá-lo levemente nos lábios.


- Resposta exata, Srta. Hard. – James murmurou. – Hm... – passou a língua nos lábios. – O que está usando hoje? É menta?


- Exato. - Murmurou roçando seus lábios aos dele, provocando-o enquanto suas mãos alisavam os cabelos negros. - Especialmente pra você.


- Adoro menta... Sim, eu adoro. – James sorriu antes de reclamar outra vez sentir os lábios dela contra os seus.


- Calma aí, lindo. - Emma esboçou um sorriso malicioso ao afastar seus lábios dos dele. - Pra me beijar vai ter que fazer por merecer. - Desafiou pegando o copo de suco de abóbora de James e bebendo.


- Não mereço um beijo, por ser lindo já pra inicio de conversa? – argumentou maroto.


- James você é muito convencido. - Disse após uma risada. - Mas merece sim. - Virou o rosto dele para si, beijando-o no queixo. - Lindo.


- Me diga o que eu preciso fazer para você subir um pouco mais... – murmurou pidão.


- Três palavrinhas mágicas. - Sua mão acariciou a face de James lentamente. - Aquelas palavrinhas que qualquer garota gosta de ouvir.


Ele fingiu pensar. Enrugou a testa, uniu as sobrancelhas. Fizera um comentário engraçado, sobre onde estaria o irmão quando se precisava dele para ajudá-lo em algo tão difícil. Emma sorriu ansiosa, esperando ele se pronunciar. Então James, suspirou.


- Tem mais brilho labial aí, acho que vamos precisar. – brincou e a garota sorriu, balbuciando um sim. – Eu te amo, Emma... Amo muito.


Emma esboçou um largo sorriso, respirando fundo. Ouvir aquelas palavras de James era o que mais queria. E elas finalmente foram pronunciadas. Aproximou seu rosto ao dele, sentindo-o cobrir os lábios sobre os seus em um beijo lento.


Nem se importavam de estar no salão principal, sendo alvo de muitos olhares, inclusive os dos poucos professores presentes. Tudo que queriam era sentir as maravilhosas sensações que o outro despertava em si. Os dedos de Emma agarraram-se nos cabelos escuros de James, e ele gemeu.


- Acho melhor parar por aqui, senão vou ser expulso... – sussurrou. – Por que não vou conseguir me controlar.


- Tá bem. - Concordou em um sussurro, mordendo o próprio lábio inferior e voltando-se para seu café da manhã.


- Por que não me acordou? - Perguntou um rapaz de compridos cabelos negros sentando-se na frente do amigo.


James revirou os olhos.


- Porque eu não faço milagres. – retrucou sério, mas logo depois rira. – Só se levantaria daquela cama se eu dissesse que Faith Brooks estaria correndo nua pela escola.


- Você também não perderia a Faith Brooks correndo nua pelo castelo. - Comentou com um sorriso cínico. Só então se deu conta de que a namorada do amigo estava presente.


- Sério James? - Emma soltou os talheres em seu prato e fitou o moreno irritada. - Juro que não sabia.


- Obrigado, Marcus! – exclamou, jogando alguma coisa no amigo. – Eu perderia, é claro que perderia!


Emma revirou os olhos ao pegar uma maçã na mesa e se levantar. Marcus coçou a cabeça confuso diante daquela situação. Não fizera de propósito.


- Foi mal. - Disse com um sorriso sem graça.


- Foi péssimo. Você me paga, seu falador cretino. – resmungou, levantando-se desajeitada e rapidamente, para seguir a namorada. – Fica esperto, se eu tenho algo que herdei da minha mãe, foi à destreza em feitiços!


Pegou suas coisas, e saiu correndo atrás de Emma.


...


- Lily e Ben ainda estão dormindo? - Perguntou Harry pela manhã ao entrar na cozinha abotoando a manga de sua camisa.


- Sim, estão. – respondeu alegre.


Harry ergueu a sobrancelha, intrigado. A mulher não estava nem sequer arrumada para o trabalho, e já passavam das sete. Estranhou aquele comportamento, assim como estranhou alguns mais ao longo da semana.


Hermione virou-se para ele, levando uma jarra de suco de laranja à mesa.


- O que foi? – perguntou, ajeitando a cesta de pães. Em seguida colocou no pratinho rosa de Lily, algumas frutas picadas, como ela sempre gostava de comer pela manhã.


- Não vai trabalhar? - Harry franziu o cenho.


- Hoje não vou trabalhar. – respondeu, escondendo o sorriso ao ver o semblante chocado dele. – Porque o espanto?


- Nada. - Respondeu balançando a cabeça ao se servir de suco de laranja. Não questionaria a escolha da esposa por temer que isso levasse em uma nova discussão.


- Decidi tirar a semana de folga. Vou levar Lily a uma feira de livros infantis trouxas hoje, é sensacional! – exclamou entusiasmada. – Depois vamos passear, levarei Ben também.


- Isso é ótimo. - Disse Harry sorrindo diante a revelação. - Eles irão adorar.


Ela assentiu, encostando-se no balcão. Ficou um momento calada.


- Seria melhor se fosse conosco...


- Claro. - Terminou de tomar seu suco e colocou o copo sobre a mesa. - Assim que forem me avise.


Hermione sorriu extasiada, e correu para perto dele, sentando-se em seu colo. Beijou-o nos lábios. Lentamente, apreciando o primeiro beijo do dia... Largou os lábios dele, e mordiscou-lhe a orelha.


- Eu te amo, Harry.


- Também amo você Mione. - Sussurrou beijando o pescoço da esposa, embriagado pelo perfume natural que Hermione exalava.


- Vai ser uma tarde maravilhosa, você pode nos encontrar no parque. A feira será ao ar livre. – ela comentou, enquanto ele disse um sim abafado. A boca estava ocupada em beijar-lhe a pele.


- O que você quiser Mione. - Disse próximo a orelha da morena, dando leves mordidas no lóbulo e sentindo-a estremecer em seus braços.


- O que eu quiser, mesmo? – indagou olhando fixamente para ele. Suas mãos entravam por dentro da camisa de Harry, acariciando o abdômen rijo.


- O que quiser. - Murmurou acariciando a nuca de Hermione entre os cabelos antes de morder o lábio inferior dela. - Qualquer coisa.


- Mas primeiro, vamos sair daqui... – levantou-se bruscamente, fazendo com que ele gemesse em protesto. – Vem... – chamou-o mordendo o lábio.


Harry concordou desesperadamente, faminto pelo desejo incontrolável que Hermione despertava em si logo pela manhã. Pouco lhe importava se chegaria atrasado. Inventaria qualquer desculpa depois, afinal era o vice-ministro. Só não poderia ir para o trabalho daquela forma. Não conseguiria trabalhar.


...


Caminhava pelos corredores lendo o livro em suas mãos. A sede pelo saber o deixava distraído. As pessoas se desviavam ao passar por ele. Não queriam ser derrubados no chão. Porém ele acabou esbarrando em uma garota antes de atingir a escadaria de mármore, derrubando os materiais de ambos no chão.


Abaixou-se constrangido para recolher suas coisas, quando seus olhares se encontraram naquele momento e um sorriso bobo surgiu em seus lábios. A loira estava mais linda do que antes.


- Kira. - Murmurou envergonhado ao se dar conta de que estava sendo ridículo. As amigas dela riam da situação. - Me desculpe. Estava distraído.


- Tudo bem, Jar... Também estava distraída. – sorriu. Os olhos azuis celestes e grandes o hipnotizaram.


- Como... - Desviou seu olhar para os livros que a ajudava a recolher. - Como foram suas férias?


- Divertidas e turbulentas. Imagine só que a casa do meu tio, não cabia mais ninguém. – comentou, vendo as amigas partirem, ainda rindo. – A França é realmente um lugar muito romântico. A torre Eiffel a noite é sem dúvida a coisa mais linda que eu já vi. Só não entendo como os trouxas conseguiram construir aquilo sem magia. Um monte de ferro empilhado... – dizia sem parar. Então sorriu sem jeito. – E as suas?


Jared ainda a observava surpreso e admirado. Kira sabia encantá-lo mesmo falando sem parar. Era uma garota linda e bastante inteligente. As outras garotas não lhe chamavam tanta atenção como aquela loira. Alguns segundos ele notou que tinha que dizer alguma coisa para que ela não percebesse.


- Boas. - Respondeu sorrindo. - Meu pai nos levou para a Bulgária. Lá é bem legal.


- Imagino que sim. O que fez por lá? – perguntou interessada.


O garoto sentiu-se tremer, ela estava puxando assunto, e não o encerrando como pensou que faria.


- Vimos uma partida de quadribol. - Respondeu ao se levantar e entregar os livros para ela. - Depois visitamos pontos turísticos bruxos e trouxas. Mas tivemos que voltar cedo pra casa. Ben assustou a mamãe ao confundir uma taturana com uma lesma. Ela passou mal e quase infartou. Odeia insetos.


- Pobre tia Hermione. – comentou rindo. – Eu também odeio, você conhece a mania do Caleb de colecionar coisas estranhas. Tive experiências como essa várias vezes.


- É, mamãe o colocou de castigo por uma semana. - Disse Jared também rindo. - Papai também ficou furioso. - Completou observando James passar correndo pelo corredor, deixando-o confuso.


Kira também ficou curiosa, fitou o caminho que o mais velho dos Potter fizera e em seguida olhou para Jared.


- O que será que houve? – perguntou.


- Não faço idéia. - Respondeu coçando a cabeça e bagunçando seus cabelos. Olhou então para a garota. - Qual é sua aula agora?


- Historia da Magia. – respondeu numa careta.


- A minha é de Poções. - Jared sorriu. - Posso acompanhá-la até a metade do caminho se preferir.


- Eu adoraria Jar. – ela disse ansiosa. – Ainda bem que não tenho que encarar o Snape hoje. – falou enquanto caminhavam lado a lado.


- É difícil pra mim que sou Potter. - Comentou revirando os olhos ao seguirem pelo corredor. - Ele não implica com nós tanto quanto implicava com o papai, mas às vezes ele é irritante.


- Posso dizer que tenho um pouco mais de sorte. Ele sempre implica com Caleb, e com meus primos ruivos. – ela comentou sorrindo, e Jared perdera-se ali um instante.


- Seria uma injustiça ele implicar com uma garota linda que nem você... - Calou-se arregalando os olhos ao se dar conta do que acabara de falar, sentindo seu rosto arder em vergonha.


- Acha mesmo? – indagou contente. Ele assentiu tímido, e não esperava que ela lhe desse um beijo casto nos lábios.


Jared sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo quando os lábios dela tocaram os seus. Por um momento ficaram imóveis, sentindo o hálito um do outro naquele roçar suave. O moreno reuniu a coragem dentro de si e a beijou.


Sua língua invadiu a boca doce e quente dela, e ambos suspiraram quando o carinho fora mais intenso. Ambos eram inexperientes, mas sentiam-se seguros um com o outro.


Sua mão lhe acariciou a face lentamente enquanto a outra alisava com cautela suas costas. A sentiu puxar de leve seus cabelos e ele ofegou. Essas sensações eram novas para ele e estava adorando. Kira era a responsável por tudo isso.


Afastaram-se sem ar, corados e acanhados.


- Agora posso encarar a aula... Sem dormir. – disse Kira, sorrindo com o canto dos lábios.


- E eu enfrentar mais uma bronca do Snape. - Disse arrancando uma risada da loira. Jared a beijou levemente. - Te vejo mais tarde?


- Sim, nos vemos mais tarde no almoço. Pode sentar do meu lado.


- Estarei lá. - Disse dando um último beijo na garota.


Jared a olhou se afastar, soltando um longo suspiro. Passou a mão entre os cabelos bagunçando-os mais. Aquele ano em Hogwarts não poderia ter começado melhor.



Estava sentado sobre a mesa com os amigos em volta. A história que narrava era engraçada já que todos riam. Caleb tinha esse dom que herdara de seus tios gêmeos, sabia provocar gargalhadas.


A porta sendo aberta e a morena entrar chamou sua atenção. Pediu silêncio para o grupo e observou a garota caminhar pela fileira de carteiras em direção ao seu lugar.


- Precisa de um mapa pra achar seu lugar Malfoyzinha? - Questionou irônico fazendo-a parar no meio do caminho.


- Não – Pandora esboçou um sorriso cínico. – Você precisa, Weasley?


- Já achei o meu, querida. - Caleb sorriu. - Mas se todos estiverem ocupados pode se sentar em meu colo. - Completou dando leves tapas em suas coxas, fazendo todos rirem.


- Ficaria em pé o dia todo ao ter que sentar em seu colo, idiota! – exclamou de costas para ele. Ouvia as risadas e isso a enfurecia mais e mais.


- Qual é Pan. - O loiro desceu de sua carteira e se aproximou. - Pode sentar tranquila. Garotas frias e sonserinas como você não me atraem.


- Para você, meu nome é Pandora. – virou-se para ele, a varinha em punhos, mas não em posição de duelo. – Bem... Eu duvido muito que alguma garota o atraia. Ou melhor, duvido que alguma se atraia por você, loiro azedo de olhos esbugalhados. Não a levaria para sua casa no subúrbio, levaria?


- Não me provoque Malfoy. - Sibilou o loiro furioso, aproximando-se cada vez mais. - Não me culpe por você ser amargurada e mal amada pela sua família. Isso não agrada ninguém.


- Tenho tudo que preciso da minha família. Pelo menos eu tenho espaço para respirar em casa... – riu outra vez, provocando-o. – E não fico topando com as coisas esquisitas que minha mãe leva pra casa, nem fico extasiada com os lixos de trouxas que meu avô coleciona.


- É melhor você calar essa boca garota. - Rispidou Caleb ficando vermelho de raiva. Algo que adquirira de seu pai quando ficava furioso.


- Hei Caleb. - Um dos amigos do loiro o segurou pelo braço. - Vai com calma cara.


- O que foi Weasleyzinho, vai chorar? – zombou, fazendo um biquinho.


- Não sou mal amado como você. Muito menos tenho um pai que trabalha sujo. - Aproximou-se mais da garota, ficando poucos centímetros de distância. - Não recorro ao dinheiro quando estou com problemas. Sua família fede, Malfoy. Você fede.


Ela gargalhou.


- Você é quem deve feder, com esse uniforme de segunda mão. Possivelmente não possuem água em casa para o banho. E pare de dizer que sou mal amada. Não sabe nada sobre mim!


Caleb puxou a varinha de suas vestes e ficara em posição para atacá-la. Queria azará-la, amaldiçoá-la pelo resto de sua vida. Seu sangue fervia de raiva e o ódio o dominava. Odiava aquela garota com todas as suas forças.


Antes que dissesse o primeiro feitiço, a porta da sala fora aberta e uma professora assustada e surpresa entrou para impedir o duelo.


- Mas o que está acontecendo aqui? - Perguntou McGonagall severa.


- Nada professora... – Pandora sorriu antes de sentar-se em seu lugar, os olhos azuis compenetrados no garoto furioso. Adorava zombar dele.


- Você me paga. - Sussurrou Caleb pra si mesmo antes de sentar em seu lugar, deixando que McGonagall começasse mais uma aula.


- Isso é o que vamos ver, Weasley... – sussurrou.


...


Andava de um lado para o outro, impaciente para que a aula naquela sala terminasse logo. Precisava resolver aquele assunto com a namorada e não podia esperar. Passou a mão entre os cabelos e respiro fundo. Estava ansioso.


A porta então se abriu e os alunos começaram a sair. Ele notou Marcus se aproximar e parar ao seu lado. O moreno fulminou o amigo com o olhar. Era por culpa dele que estava ali. Emma saia da sala ao lado de uma amiga e, ao vê-lo, fingiu que ele não estava ali e seguiu seu caminho.


- Emma eu juro que o James não quer ver a Faith Brooks correndo nua pelo castelo. - Gritou Marcus para a morena chamando a atenção de todos no corredor e provocando risadas.


- Vai estar com um furúnculo no meio do... – James calou-se, vendo que muitos olhavam para ele. – No meio do nariz se não parar de falar besteira! – então fora até a namorada que conversava com a amiga. – Emmy, fala comigo...


- Kristen diz pra ele que eu não sou a Faith Brooks. - Disse Emma para a amiga sem olhá-lo. - E eu não quero falar com ele.


- Mas ele está aqui do seu lado. - Protestou a ruiva confusa, recebendo um olhar de fúria da amiga que a fez revirar os olhos e olhar para James. - Ela disse que não é a Faith Brooks e que não quer falar com você.


James bufou, controlou a língua para dar uma resposta rude, e sorriu para Kristen. Então resolveu entrar no joguinho de Emma.


- Certo. Diga para ela, que eu sei exatamente que ela não é Faith Brooks, por isso estou aqui implorando, sendo julgado culpado por meu amigo idiota ter comentado algo ainda mais idiota. – disse olhando para a namorada. – E diga a ela, que o que eu disse agora pouco é a mais pura verdade...


- O que você disse? - Perguntou diretamente para James ao virar-se para olhá-lo.


- Talvez não valha a pena repetir... Já que não confia em mim. Até logo, Emma. – falou ríspido, e irritado, então deu as costas a ela e saiu a passos rápidos.


Emma o olhou surpresa, sentindo-se culpada por tudo aquilo. Admitira a si mesmo que tinha errado em julgá-lo daquela forma. Não poderia levar as palavras de Marcus a sério. Entregou seus pertences para a amiga e correu atrás do namorado.


- James, espera. - Segurou o braço do moreno ao alcançá-lo.


- O que quer agora Emma? – indagou irritado.


- Ta bem. Eu errei. Fui uma tola e ciumenta. - Disse soltando um longo suspiro em seguida. - Talvez um pouco idiota. - Ele ergueu uma sobrancelha. - Ta. Completa idiota. Desculpe-me.


- Tem que aprender a confiar em mim Emma. Não levar a sério as coisas que fiz antes de começarmos a namorar. Eu posso ter sido o cara mais mulherengo desse colégio, mas não sou mais assim. Eu mudei... Mudei por você. – James comentou sério. O olhar vidrado na garota envergonhada.


- Eu sei James. - Emma abaixou a cabeça. - Mas eu sou diferente das outras garotas que você saía. Você é demais pra mim e até hoje eu não entendo o que você viu em mim.


Ele sorriu, dera um passo a frente, então tocou o rosto afogueado dela. Os olhos castanhos brilhavam um tanto tristes.


- Hei... – sussurrou forçando-a olhá-lo. – É mesmo diferente delas, e é por isso que eu te amo, Emmy. Você é muito mais que um rótulo bonito, você tem essência... Uma doce, meiga, e divertida. Só às vezes possessiva, mas isso acontece. Você viu a minha mãe... – emendou jocoso.


- Me desculpa se meu ciúme é incontrolável. - Disse abraçando-o e encostando sua cabeça no peitoral do namorado. - Eu acho que tenho medo de te perder. Vou fazer de tudo pra mudar isso.


- Está bem, eu posso aturar você… - brincou, sendo beliscado por ela. – Ai...


- Eu to falando sério. - Disse tentando ser firme, mas falhando e rindo. - Posso te pedir uma coisa?


- Acho que pode, sim. Peça...


- Me deixe azarar o Marcus. - Suplicou levemente irritada.


- Ele é todo seu, querida. – James riu, roçando seu nariz ao dela, antes de beijá-la nos lábios.


Emma sorriu entre o beijo, alisando os cabelos do moreno. Algumas garotas suspiraram decepcionadas ao verem que James e Emma superaram mais uma briga. Não era dessa vez que ele voltaria a ser o solteiro mais cobiçado de Hogwarts.


O casal caminhou de mãos dadas em direção ao salão principal. Estavam no horário de almoço e o estômago de ambos suplicava por uma boa refeição.


Ao atravessá-lo algo no início da mesa da Grifinória chamou a atenção de ambos. Jared e Kira conversavam animadamente e trocavam alguns beijos e carícias.


- Aquele não é seu irmão? - Perguntou Emma sorrindo admirada com o lindo casal que os dois formavam.


- É... É o meu garoto. – disse com um sorriso maroto. Virou-se para a namorada. – Está aprendendo direitinho, o moleque!


- Céus eu não quero nem imaginar o que você anda ensinando pra ele. - Comentou Emma rindo e olhando para o novo casal. - Mas eles são lindos juntos. Parece que ele gosta dela.


- Sim, ele gosta muito… - falou, passando o braço pelo ombro de Emma. – Vou escrever pro papai, dizendo que em breve outra garota vai passar por uma sabatina. Embora, mamãe conheça Kira... Mas antes ela não era eventualmente a namorada do Jared.


- Espero que ela tenha sorte. - Emma sorriu ao beijar a face de James. - Vamos almoçar? Estou com muita fome.


- Vamos sim, eu também estou morto de fome… E vamos sentar perto deles. Eu adoro ver meu irmão com vergonha.


Então sorriu e puxou Emma pela mão, abrindo passagem entre os alunos que ainda se dirigiam para as mesas.


...


Tomou a cautela de aparatar em um local onde não era muito frequentado por trouxas para que não o visse. O resto do caminho perseguira à pé. Não era muito longe dali, apenas duas quadras.


Ao chegar ao local deparou-se com uma pequena aglomeração de pessoas. Releu novamente o pergaminho em suas mãos onde ela avisaria que o esperaria. Então caminhou entre as pessoas para procurá-la.


Encontrou-a sentada em uma das mesas, sozinha. Respirou fundo ao admirá-la de longe por um momento. Os cabelos estavam soltos e desciam perfeitamente pelas costas, deixando a expressão em seu rosto serena enquanto lia um livro qualquer atentamente. Até mesmo durante a leitura sua esposa era linda.


Aproximou-se com calma para não assustá-la. Ela então levantou o olhar e sorriu ao vê-lo sentar ao seu lado e beijá-la levemente nos lábios.


- Por que está sozinha? - Perguntou Harry olhando em sua volta à procura de Lily e Ben.


- Ah, acredita que Ben se interessou pelas oficinas de leitura. – apontou para uma tenda colorida mais a esquerda. – Estão contando estórias de aventura. E Lily está bem ali. – virou o rosto, e contemplou a menina concentrada ao lado de várias outras crianças dispostas em mesas pequenas, todas elas desenhavam sobre a história que acabaram de ouvir.


De onde a morena estava, dava para vigiar muito bem os filhos. Era um ponto estratégico.


- E o que está lendo? - Direcionou seu olhar para o livro sobre a mesa que Hermione lia minutos atrás.


- Ah, nada demais. É um dos livros que comprei para Lily - sorriu mostrando a capa. – Um conto de fadas. O melhor ao estilo trouxa.


- Se algum trouxa ver vai pensar que você acredita em fadas. - Comentou Harry rindo.


- Eles não precisam saber que algumas são reais. – ela riu, fitando os volumes na cadeira. – Eu costumava lê-los quando criança. Lily vai gostar.


- Então você acreditava em fadas antes de descobrir que era bruxa? - Perguntou em um misto de curiosidade e graça.


- Sim. – disse reprimindo o riso. – Qualquer garotinha trouxa acredita em fadas. Só que eles fazem uma alusão às bruxas. Imagine se eu tivesse descoberto mais cedo, ficaria horrorizada.


- Por ser uma bruxa com uma verruga no enorme nariz, toda enrugada e viver em cima de uma vassoura? - Indagou não conseguindo reprimir o riso.


- Exatamente, engraçadinho. – respondeu rindo também. – Mas descobrir a magia que existia dentro de mim foi à melhor coisa da minha vida. Se eu não fosse bruxa nunca teria conhecido você.


- Graças a Merlin você é bruxa. - Sussurrou Harry sorrindo acariciando-lhe a face e beijando-a levemente nos lábios.


- E graças ao Trevo, não se esqueça, dele. – comentou rindo, quando se separaram um pouco. – Foi o nosso primeiro encontro...


- Me lembre de agradecer ao Neville depois por isso. - Harry sorriu virando-se ao sentir alguém o cutucando para chamar sua atenção. - Oi princesa. - Beijou-a na face e sentou Lily em seu colo. - Por que saiu de lá?


- Porque o Rufus não quer mais desenhar. – disse ela naturalmente.


- Você não quer mais, por quê? – Hermione perguntou. Sempre tentava desvincular a mania da filha.


- O Rufus disse que o papai tava aqui. – respondeu simplesmente, acariciando o queixo de Harry com suas pequenas mãos.


- Seu amigo imaginário não gosta de mim? - Perguntou Harry após dar um beijo na testa da filha e fazendo Hermione rir pelo que ele acabara de dizer.


- É imaginado! E ele gosta do papai sim, mas só às vezes. – a menina respondeu.


- E porque só às vezes? – Hermione perguntou sorrindo.


- Porque ele gosta mais da mamãe. E ele não gosta do Ben, porque o Ben é um chatão.


- Quer dizer que ele gosta mais da sua mãe? - Harry ergueu uma sobrancelha fingindo-se enciumado. - Preciso falar com esse Rufus e lembrá-lo que sua mãe é casada. - Olhou para Lily. - E não fale assim do seu irmão. Ele apenas é uma criança como você.


- Homens invisíveis não me atraem querido. – Hermione comentou baixo a ele. Trocaram um sorriso, avistando o filho vir correndo até eles.


- Mãe! – ele exclamou. – Você tem que me comprar aquele livro, é uma aventura no espaço!


- Viu? Ele não é chatão. - Disse Harry para Lily, fazendo-a revirar os olhos. - Que livro é? - Perguntou ao filho.


- Se chama: Aventuras espaciais de Brian. Ele é um garoto que é transportado para o espaço porque tocou em um meteoro no museu! Então ele vai para um planeta esquisito e tem que sair de lá sozinho... – contou animado. – Então, mãe, posso comprar?


- É claro que sim, meu amor. Seu pai pode ir com você comprar o livro. – Hermione disse.


- Mamãe, eu quero fazer pipi. – Lily disse fazendo uma careta.


Harry concordou ao entregar Lily para Hermione e seguir com Ben de volta à tenda.


- Onde está o livro? - Perguntou ao filho.


- Bem aqui, pai. – então ele o guiou pela mão, até onde os livros estavam expostos empilhados. A capa era vermelha com desenhos de planetas e de um menino em órbita. Seria uma bela distração para manter Ben quieto dentro de casa.


- Isso vai te manter longe de insetos que fazem sua mãe desmaiar? - Perguntou Harry unindo as sobrancelhas ao olhar o filho com o livro em mãos.


- Talvez sim, por um tempo. – o menino disse, sorrindo maroto. – Será que eu posso ir pro espaço também?


- Tem outras formas de você ir para o espaço. - Respondeu Harry rindo da pergunta do filho. - Mas do jeito que esse garoto do livro vai é um tanto difícil.


- É uma pena, seria muito legal explorar o espaço. Será que um dia não inventam uma chave de portal para lá. – comentou eufórico. – Quando eu for grande, eu quero inventar umas coisas. Como isso.


- Você já inventa muita coisa, pequeno do jeito que é. Imagine só quando for grande. - Disse Harry acariciando os cabelos do filho e enchendo-o de orgulho.


Caminharam juntos até o balcão e esperaram alguns segundos na fila até chegar a vez de serem atendidos. Harry encostou-se ao balcão e entregou o livro para a vendedora. Ela o olhou fixamente com um largo sorriso.


Ela parecia ser um tanto jovem, mas nem isso evitou os olhares intensos para ele. Harry observou desconfiado a todos à sua volta, e tudo que viu fora mulheres e seus filhos, então era ele mesmo o alvo da vendedora. Corou levemente, olhando para a moça loira de olhos verdes.


- Boa tarde. – ela saudou com o sorriso nos lábios rosados.


- Boa tarde, moça. Queremos comprar esse livro, que é demais. – Fora Ben quem a respondera.


- Ele adorou o livro. - Comentou Harry sorrindo sem jeito pelos olhares que ela lhe lançava. - Sabe como é. Crianças.


- Sim, esse livro costuma cativar até os adultos. – ela comentou insinuando-se. O decote se fazia notar pela respiração rápida, e por mais que não quisesse olhar, não teria como não fazê-lo.


- Meu pai não gosta de ler, só a minha mãe. Ela é dona de uma livraria no beco di... – Harry apertou os ombros dele, e riu sem jeito.


- Crianças. - Disse Harry sorrindo. - Falam tanta coisa não é? - Olhou então para o filho. - Ben porque você não vai dar mais uma olhada se tem outro livro que te interessa? - Sugeriu antes que o filho falasse demais e acabasse revelando algo do mundo bruxo para uma trouxa.


- Está bem, pai. – disse e saiu, para olhar mais livros expostos.


A moça sorriu enquanto contabilizava devagar seus afazeres. Sempre olhando para Harry, que não podia esconder o desconforto. Por incrível que pudesse parecer à fila atrás deles se dissipara como num passe de mágica, deixando-o ali a mercê da vendedora.


- É seu filho único? – ela perguntou interessada.


- Er... Não. - Respondeu coçando a nuca. - Tenho mais três. Mas os dois mais velhos estão estudando em um tipo de colégio interno.


- Uau, quatro filhos! – ela disse sorrindo. – Eu não teria tanta coragem. Gosto de ser filha única... – guardou algumas coisas mais a frente num balcão, inclinando-se sugestivamente. Harry engoliu em seco.


- Mas... Ter companhia tem suas vantagens. - Disse desviando seu olhar e respirando fundo.


- Pode até ser, mas sou muito egoísta. – ela disse. – Ainda é casado?


Harry sorriu levantando sua mão esquerda e mostrando a grossa aliança de ouro que usava no dedo anelar.


- Sou.


- Isso é realmente uma pena. Eu o achei muito interessante, e sexy. – ela disse sem travas na língua. – Mas suponho que seja fiel a sua esposa, senão não me mostraria à aliança.


- Muito fiel. - Concordou Harry sorrindo e olhando em sua volta, tentando disfarçar o efeito que as palavras da loira lhe causara.


- Invejo sua esposa. – comentou. – É uma mulher de sorte. Outra lástima é que não existem mais homens assim. Eu adoraria me envolver com um e...


- Pai, eu gostei desse. É de monstros, vou levar também! – Ben apareceu trazendo o livro nas mãos, salvando-o de uma cantada mais explicita.


- Que bom, Ben. - Disse Harry sorrindo aliviado ao pegar o livro das mãos do filho e entregar para a loira.


- É só isso, não quero muitos livros, senão não vou ter tempo para brincar com o Félix. – o garoto comentou, voltou-se para a moça. – Félix é meu tritão.


Ela apenas sorriu amarelo, possivelmente não saberia distinguir o que o menino falava. Disse ao homem quando havia custado os dois livros, então Harry retirou uma nota da carteira. Aliviado por tê-la ali, pois se lembrara antes de passar em Gringotes e trocar um pouco de dinheiro bruxo por trouxa.


- Aproveite o livro, gatinho. – ela disse a Ben, que ruborizou. Entregou o pacote a ele. – Adorei conhecê-lo... Senhor...?


- Potter. - Disse Harry cordialmente. - Harry Potter.


- Sinceramente, não imaginei nome mais sedutor para você. – ela disse, dando a volta no balcão. Harry vislumbrou as pernas torneadas a mostra, e começava a pensar que esse passeio não fora uma boa idéia. A vendedora se aproximou dele, e enfiou um cartãozinho dentro do bolso de seu paletó. – Sou Kim. Aí tem meu telefone, se mudar de idéia. – sussurrou provocante, então saiu, deixando Harry um tanto atordoado.


- Papai...? – chamou Ben, puxando sua calça. – Pai!


O moreno a acompanhou se afastar com o olhar, engolindo em seco ao notar o rebolado que ela fizera intencionalmente para provocá-lo. Quando a perdeu de vista recuperou sua consciência e sentiu o filho puxando sua calça ao chamá-lo.


- Desculpe. - Disse balançando a cabeça. - Falou alguma coisa?


- Falei. A mamãe está vindo para cá. – apontou para Hermione que trazia Lily pela mão.


- Ah. - Harry olhou constrangido, a esposa se aproximar. Ainda estava atordoado pelo que acabara de acontecer.


- O que a moça entregou para você? – Ben perguntou, franzindo a testa.


- Lembra que eu te disse que o Félix seria o nosso segredo? - Perguntou Harry olhando para o filho e vendo-o assentir. - Esse também vai ser o nosso segredo. Não conte pra sua mãe.


O menino aquiesceu, entregando a ele o pacote com os livros. Correu até a mãe, antes que ela alcançasse a tenda. Harry olhou para a moça loira uma última vez e seguiu para junto da esposa e dos filhos. Com eles estaria a salvo de um rompante de atraca física vindos de uma ninfeta.


...


Entrou em seu quarto após colocar Ben para dormir. Hermione se encontrava na cama, lendo algo em um pedaço de pergaminho. Ela o enrolou e o colocou sobre o criado mudo ao lado, sorrindo para o marido assim que ele sentou ao seu lado. As expressões de Harry eram de assustado e temeroso ao mesmo tempo. Como se ele quisesse lhe revelar algo.


- Ben finalmente dormiu. Acho que ele se empolgou demais com os livros. - Disse forçando um sorriso.


- Eu realmente fico contente com isso. Não é nada fácil fazer com que ele se entusiasme com alguma coisa que não tenha patas e gosma. – comentou, levantando-se. Seguira até o banheiro onde escolhera um creme para mãos, e voltou ao quarto. Encontrou Harry do mesmo jeito. Sentado na cama e tenso. – Meu amor, o que houve?


Harry ponderou por um momento se iria fazer a coisa certa em contar o que acontecera mais cedo. Não poderia esconder isso de Hermione. Ela era sua esposa e, com certeza, odiaria se ela escondesse de si uma coisa como essa.


Respirou fundo para reunir toda a coragem dentro de si. Sabia das consequências se falasse. Ela poderia azará-lo, iniciar uma nova discussão ou colocá-lo para dormir no quarto de hospedes. Mas estava decidido. Ia contar o que lhe atormentava.


- Bom... - Começou levantando-se e ficando próximo a porta. Uma fuga seria viável se ela o atacasse. - Hoje na feira quando fui comprar o livro do Ben, uma... Uma vendedora me jogou cantadas e deu em cima de mim. Mas eu não fiz nada. Eu juro.


- Uma vendedora te cantou? – Hermione perguntou surpresa. O marido corou, e coçou a nuca, sorrindo sem jeito. – O que ela disse pra você ficar desse jeito?


- Isso não tem importância, tem? - Disse sorrindo sem jeito na esperança de que ela concordasse com ele.


- É claro que sim. – respondeu rindo brevemente. – Me diga, vai! – sentou-se na poltrona perto da janela. Ele soltou um muxoxo. – Harry, eu quero saber o que ela pensa sobre você.


- Ela disse que... - Desviou seu olhar. - Disse que me achou interessante e sexy. E que tem inveja de você por eu ser tão fiel. Também que queria se envolver com um homem como eu. - Fechou os olhos preparado para uma explosão de fúria da esposa.


No entanto, as rajadas de feitiços não voaram em sua direção, e sim o som estridente das risadas de Hermione. Abriu os olhos verdes, arregalados agora, pois ela se contorcia achando tudo muito engraçado.


- Ela... – iniciou sua fala, mas um riso a barrara. – Ela... Tem razão, você é extremamente sexy.


- Eu pensei... - Estava demasiado confuso pela reação da esposa. - Pensei que fosse ficar furiosa e ia me azarar ou coisa do tipo.


- Porque eu faria isso? – indagou confundindo-o ainda mais. Saíra da poltrona, rindo ainda. – A menos que pretenda telefonar pra ela... – emendou se referindo ao cartãozinho.


- Como... - Harry a olhou assustado. - Como soube do cartão?


- Encontrei-o no seu paletó. – respondeu, caminhando até ele. – Mas não vai se animando eu joguei fora. Estava esperando você me contar. – sorriu.


- É claro que eu não ia ligar. - Defendeu-se Harry revirando os olhos. - Você sabe disso.


Parou perto dele, enlaçando seus braços em volta do pescoço dele, enquanto Harry cingia-a pela cintura.


- Eu sei que não ligaria. – falou, apaixonadamente. – Você é muito leal, não duvido, nem nunca vou duvidar de sua fidelidade. Aposto mesmo que ela quase te atacou, e como ficou todo vermelho e encabulado.


- Sou tão previsível assim? - Perguntou franzindo o cenho.


- Para mim, o é. – alisou o rosto dele com uma das mãos. – Terrivelmente previsível... Interessante e sexy. – acrescentou rindo.


- Ta bom. Já entendi. - Harry sorriu segurando o queixo da esposa. - Eu jamais trocaria você por qualquer mulher. Eu amo você, Mione.


A morena sorriu antes de reclamar seus lábios num beijo devorador. Parecera que tudo aquilo servira para aquecê-la ainda mais. Deslizou as mãos untadas com creme perfumado pelas costas de Harry, e juntos ofegaram.


Harry pressionou o corpo de Hermione no seu ao aprofundar o beijo, sentindo-se inebriado pelos lábios dela. A lembrança daquela vendedora logo fora esquecida por ele quando conduziu a esposa até a cama.


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N/A: Terceiro capítulo on. xD
Geeentee as autoras aqui vão ter que pegar no pezinho de quem não comenta de novo.
Não custa nada deixar um comentáriozinho. Não vai cair os dedinhos de vocês.
Nós duas ficamos horas e horas aqui escrevendo os capítulos pra deixar essa fic mara pra vocês.
É só comentários deixando a opinião de vocês, o que estão achando da fic, do capítulo. Aceitamos sugestões também.
Então não se esqueçam de comentar, por favor.
Nós agradecemos muito.
E lembrem-se: Quanto mais comentários mais rápido o próximo capítulo chega. *-*
Beijos.

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