Contradições.



Ao cumprir dos sonhos | Capítulo 17.
Contradições.


 


Encostou-se a sua cadeira, respirando fundo ao terminar de ler mais um dos vários pergaminhos sobre sua mesa. Era incrível que mesmo as poucas horas que estava ali trabalhando já foram o suficiente para deixá-lo cansado. Já que o próprio ministro viajara por alguns dias, o peso de todo o ministério caíra sobre o vice-ministro. O que já o deixa demasiado cansado.


Passou a mão pela face, se convencendo de que precisava voltar ao trabalho se quisesse ao menos tirar alguns míseros minutos do dia para almoçar. Pegou outro pergaminho sobre sua mesa e começou a lê-lo. Porém, as batidas na porta fizeram com que ele levantasse seu olhar e autorizasse a entrada. Foi inevitável o sorriso surgir em seus lábios ao ver Hermione entrar no local, fechando a porta atrás de si ao passar.


- Posso ajudá-la? - Perguntou enquanto ela se aproximava.


- Acho que pode senhor vice-ministro. – ela respondeu, sorrindo também. – Eu preciso do meu marido, quem sabe você possa me ajudar a encontrá-lo.


- Creio que posso. - Abandonou o pergaminho sobre a mesa, esquecendo-se do trabalho. - Se puder me dizer como ele é, ficará mais fácil.


- Está bem. Eu vou descrevê-lo. – Hermione riu, e sentou-se à beirada da mesa. – Ele é alto, tem olhos verdes, e uma boca maravilhosa... – agora fora a vez de ele rir. – E os cabelos são negros como a noite... Acha que consegue com sua influencia achá-lo?


- Talvez. - Harry sorriu maroto, se inclinando em direção de Hermione. - E se eu não encontrá-lo, o que eu posso fazer por você?


Ela mordeu o lábio e sorriu pensativa. Inclinou-se também ficando bem rente ao moreno. Então encostou sua boca na dele.


- Acho que nada. Nada do que meu marido iria gostar. – falou provocante.


- Tenho certeza que ele abrirá uma exceção pra mim. - Sussurrou se levantando e aproximando seu corpo ao da esposa.


- Possivelmente. – ela respondeu no mesmo tom, afagando os cabelos de Harry.


- Que bom que concorda comigo. - Sorriu desviando seus lábios para o pescoço de Hermione, beijando lentamente o local. - Por que precisa do seu marido?


- Queria almoçar com ele, num restaurante trouxa bem aconchegante que me recomendaram. – Hermione fechou os olhos, sentindo os lábios de Harry a brincar com sua pele.


- Acha que ele vai aceitar? - Perguntou com a voz rouca, mordiscando de leve a orelha da morena.


- O que você acha? Seja sincero. – ela retrucou, se arrepiando.


- Que ele não consegue dizer não para você. - Disse sorrindo, se afastando um pouco para olhá-la. - E que faz qualquer coisa que você queira.


- Exatamente. Eu sabia que ia concordar com isso. – falou. – E então, quer almoçar comigo?


- Claro. - Concordou consultando o relógio. - Me dá cinco minutos?


- Até dez, se precisar. – disse risonha. – Vou te esperar aqui. – emendou e sentou-se no sofá.


- Muito gentil de sua parte. - Comentou sorrindo.


Harry seguiu até a porta, chamou sua secretária e levou alguns minutos lhe dando instruções sobre o olhar atento de Hermione. Levou mais alguns minutos organizando alguns pergaminhos e pastas, até ter certeza de que estaria tudo pronto para ir, deixando tudo organizado para que pudesse facilitar seu trabalho quando voltasse.


- Vamos? - Perguntou enquanto vestia seu paletó.


- Vamos, claro. – levantou-se, e ajeitou o vestido que amarrotara. Balançou os cabelos despropositalmente, atraindo o olhar dele.


- Se chamar minha atenção de novo dessa forma vamos ter que ignorar o almoço. - Comentou sorrindo admirado.


 - Justo hoje que iria abandonar minha dieta, até que não é uma má idéia. – Hermione comentou marota.


- Hermione. - Harry a olhou, surpreso e malicioso ao mesmo tempo.


- Já faz muito tempo, não é? – disse sugestivamente, olhando para o escritório.


- Um mês. - Respondeu cruzando os braços, sorrindo maroto. - Aqui.


- Muito tempo mesmo, não acha?


Harry revirou os olhos, impaciente pela demora de Hermione em tomar uma iniciativa. Em passos largos se aproximou da esposa e a puxou pela cintura, passando a mão sobre a mesa e derrubando tudo que estava sobre o local, sentando-a na mesa e se encaixando sobre as pernas da morena. Hermione sorriu marota, surpresa com a atitude repentina do moreno. Ele deu uma leve mordida no lábio inferior dela, antes de beijá-la intensamente.


- Harry... – ela ofegou. – Sua secretária... – tentou dizer, mas ele não permitiu, calando-a com beijos outra vez.


Hermione deixou-se levar. As mãos firmes de Harry agarravam em suas coxas, fazendo-a gemer contra a boca dele. 


O moreno pressionou seu corpo no pequeno de Hermione com força, fazendo-a arfar contra sua boca. A secretária não era de importância já que fora avisada que quando a esposa estivesse presente ninguém tinha permissão de entrar em sua sala. Hermione cessou o beijo, ofegante ao deslizar suas mãos pelo peitoral de Harry e retirar o paletó. O olhou nos olhos e sorriu, notando o desejo contido naquela imensidão verde. O puxou pela gravata, desviando os beijos para a curva do pescoço do moreno, que se arrepiou ao sentir os lábios dela sobre sua pele.


- Acho que o restaurante vai ficar pra outro dia... – ela sussurrou ao ouvido do marido, ajudando-o com as mãos trêmulas, a desabotoar os botões de seu vestido.


- Ótima idéia. - Harry ofegou.


Seu olhar se perdeu ao vislumbrar o corpo parcialmente nu da morena, admirando-se com as curvas que ela matinha. Sentiu-se sufocado naquele instante, afrouxando o nó de sua gravata antes de beijá-la nos lábios novamente. As mãos dela tiraram sua gravata e abriram os primeiros botões da camisa que ele ainda vestia e que na qual ainda a incomodava. As mãos firmes de Harry deslizaram por sua barriga, subindo prazerosa e lentamente até seus seios, acariciando-os com calma.


Hermione gemeu, lançando a cabeça para trás, enquanto se agarrava nele. Embriagada com as ondas de prazer que recebia com o toque de Harry. Ele então desceu a boca pelo pescoço dela, trilhando um caminho audacioso, então ajudou as mãos na tarefa de enlouquecê-la.


Os lábios dele desceram com cautela, audaciosos ao alcançarem os seios de Hermione e beijou-os lentamente, sugando-os de leve. A morena respirou por um breve momento aliviada ao conseguir arrancar a camisa do moreno, cravando suas unhas nos ombros largos. Harry a puxou para mais perto, enlaçando as pernas da mulher em sua cintura e fazendo ousados movimentos. Hermione gemeu alto, Harry estava deixando-a louca.


- Pode andar depressa com isso? Você está me deixando louca, Harry! – ela disse urgentemente, ofegando.


- Desculpa. - Harry a olhou, sorrindo malicioso. - Não era a minha intenção.


Hermione ergueu uma sobrancelha, arranhando o abdômen do moreno com força fazendo-o gemer. Harry viu-se obrigado a concordar com a esposa. Se não andasse logo também ficaria louco. A morena pode sentir a boca dele sobre a sua novamente. A língua explorando tortuosamente e em um misto de excitação sua boca. Estava perdida, entorpecida naquelas sensações, que gemeu surpresa quando ele a penetrou, movendo-se lentamente.


Os movimentos começaram lentos, em uma dança frenética e sensual. Os ofegos e gemidos eram impossíveis de serem controlados. O calor parecia ser demasiado naquela sala, fazendo o suor percorrer em seus corpos. Alguns minutos foram precisos para que estivessem próximos ao clímax.


Hermione arqueou o quadril ao cravar as unhas no tórax de Harry quando ele aumentou o ritmo de suas estocadas e fazendo com que ambos chegassem ao limite daquele ato. A respiração estava completamente irregular, ofegantes e suados. Os corpos exalavam aquele aroma de prazer saciado naquele momento de loucura e paixão. Seus olhares se encontraram, revelando sentimentos conhecidos por ambos. As bocas se tocaram, em um beijo lento, apaixonado e voraz.


- Ah... – Hermione ofegou. – Isso foi incrível... – emendou num sussurro.


- Se um dia eu for demitido a culpa será sua. - Acusou Harry respirando fundo.


- Você é o vice-ministro, o mais cotado para o cargo principal, duvido muito... – comentou rindo.


- Não duvide. - Harry sorriu maroto. - É um tanto difícil já que eu não posso controlar seus gemidos.


A morena corou, mordendo o lábio. Desviou os olhos, e começou a rir.


- Seria bem feito alguém comentar, não é? – ela disse, abotoando outra vez o vestido.


- Posso saber o por quê? - Perguntou franzindo o cenho ao olhá-la enquanto vestia sua camisa.


- Gosto de vê-lo sem jeito. Como quando Lily comentou... – respondeu, soltando uma gargalhada. Desceu da mesa, procurando por peças de roupas.


- Não me lembre disso. - Harry desviou seu olhar, constrangido ao ajeitar sua gravata. - Se isso sair aqui no ministério estou perdido. Serei motivo de chacotas por semanas.


Hermione terminou de se ajeitar e virou-se para ele, sorrindo.


- Quem nunca fez isso que atire a primeira pedra.


- De fato concordo com você. - Harry sorriu, abotoando as mangas de sua camisa. Voltou seu olhar para as pastas e pergaminhos espalhados pelo chão, suspirando. - Isso vai dar trabalho.


- Eu o ajudo com isso. – Hermione disse, sacando a varinha. – Tenho mais experiência.


- Ótima sugestão. - Harry a olhou sorrindo malicioso. - Talvez eu precise de uma nova secretária. Está disponível?


- E vai demitir a pobre Renée? – indagou fingindo pena. Enquanto com um simples feitiço, as coisas do marido voltaram a ser “organizadas”. Voltou-se para ele com um sorriso nos lábios. – Vai?


- Posso transferi-la para outro departamento. - Harry cruzou os braços. - Creio que você possa ser mais empenhada no que faz.


- Seu desempenho iria cair senhor vice-ministro. Portanto, vou dispensar seu convite e continuar com minha livraria. – ela disse, retirando da bolsa um pequeno espelho.


- Ah, que ótimo. Levei um fora da minha própria esposa. - Comentou com ironia, fazendo-a rir.


- Pobrezinho. – ela murmurou se aproximando dele.


- Eu me viro com a Renée. Pode deixar. - Comentou indiferente. Hermione o olhou erguendo uma sobrancelha. - Não nesse sentido. Eca. - Ele fez uma careta ao se referir na mulher de mais idade.


- Acho bom mesmo que você só tenha olhos para mim. – Hermione comentou marota.


- Não só olhos. Sou todo seu. - Harry a puxou para perto pela cintura, beijando-a levemente nos lábios.


Hermione suspirou em meio ao beijo, sentindo-se completamente nas nuvens. O almoço que planejara fora muito melhor do que sua imaginação permitira sonhar.


...


Por mais que tentasse evitar Marcus pelo resto do dia era praticamente impossível. Algumas aulas ambos faziam juntos e Emma podia sentir o olhar de fúria que ele lhe lançava várias vezes durante o dia. Como efeito, evitava também ao máximo se aproximar de James, já que Marcus estava em sua cola agora mais do que nunca.


Decidira passar o resto do dia em seu dormitório. Assim poderia evitar a sensação de Marcus estrangulando-a por pensamento sempre que a via. Para passar o tempo adiantou alguns trabalhos e leu alguns livros que estavam atrasados. Talvez tudo o que acontecera lhe fizera bem para voltar a se dedicar novamente aos estudos.


O barulho da porta sendo aberta chamou sua atenção já que estava sozinha no dormitório. Viu Kristen entrar cabisbaixa, jogando a mochila sobre sua cama e suspirando.


- Que bicho te mordeu? - Perguntou Emma fechando seu livro e se levantando.


- Nenhum, por quê? – indagou, não podendo disfarçar sua tristeza.


- Então porque essa cara de quem acabou de receber uma Cruciatus? - Indagou sentando ao lado da amiga.


- Vai me deixar em paz se eu omitir o motivo?


- Não mesmo. - Emma riu, confusa.


Kristen sorriu sem jeito, e mordeu o lábio. Sentou-se na cama, e apertou as mãos em seu colo. Emma intrigou-se ainda mais, sentindo a raiva dominá-la outra vez, pois já pressentia o tal motivo.


- Marcus me ignorou agora a pouco. Eu acenei para ele, e então, ele fingiu que não me viu. – contou em tom baixo. – Quando fui falar com ele, simplesmente me deu as costas.


- Eu devia ter coberto o corpo dele todo com pelos iguais os de um lobisomem. - Emma revirou os olhos, furiosa. Olhou para a amiga, visivelmente triste por isso. - Kristen não fica assim vai. Ele não merece.


- Eu sei, mas é inevitável, Emmy. – ela disse refreando o choro. – Juro que vou parar de gostar dele tanto assim... É muito doloroso.


- Olha vamos ter aquele torneio daqui algumas semanas. Quem sabe você não conhece algum gatinho e se apaixona? - Sorriu maroto ao cutucar a amiga. - Assim você esquece aquele idiota.


- Seria fácil, não é? Mas eu desisto desse negócio de amor, se nenhum garoto de Hogwarts se interessou por mim, quem dirão os das outras escolas. – disse e Emma suspirou fundo. – Está tudo bem... Algumas pessoas não foram feitas para terem sorte.


- Kristen não fale besteiras. A culpa não é sua se o Marcus é um idiota. Não é por culpa dele que você tem que se sentir pra baixo dessa forma.


- Emma, olha para mim. – Kristen disse. – Eu não tenho nenhum atrativo. Sou magra demais, cheia de sardas e o pior de tudo, sou tão desastrada que até mesmo o azar foge de mim.


- Eu estou olhando e estou vendo uma garota meiga, carinhosa, engraçada, um pouquinho atrapalhada às vezes... - Disse fazendo-a forçar um sorriso. - E uma grande amiga. Você é linda, Kristen. Não só por fora, mas principalmente por dentro.


- Exatamente, e os garotos não enxergam isso. Tudo que vêem são o rótulo. – comentou um tanto desanimada. – E eu não sou loira e farta. – disse fazendo um gesto na altura do busto.


- Isso não quer dizer que alguém não vai enxergar um dia. - Emma disse rindo do gesto da amiga. - E você sabe que quem enxerga os rótulos são apenas os idiotas.


- E você sabe que agente só escolhe a esses. – retrucou, suspirando.


- Eu posso ser um pouco rude em te perguntar isso... - Emma se levantou, andando de um lado para o outro, pensativa. - Mas o que você viu no Marcus?


- Ah, eu não sei. Foi tão de repente. Ele é tão bonito, e forte. – comentou envergonhada. – Eu não sei...


- Então você o escolheu pelo rótulo? - Perguntou colocando as mãos na cintura.


- Talvez... – respondeu cabisbaixa.


- Como assim, talvez? - Emma a olhou confusa. - O que mais poderia ter sido?


- Emma não vamos mais falar dele, está bem? – pediu constrangida. – Eu quero esquecê-lo e vou fazer isso. Só preciso ter paciência. Não é?


- Está bem. - Concordou voltando a se sentar. - Acha mesmo que vai esquecê-lo?


- É o meu plano. – ela disse e Emma sorriu.


- Ainda bem. Não estou nem um pouco a fim de azará-lo novamente. - Comentou fazendo a amiga rir, rindo também. - A bronca que Minerva me deu essa manhã já foi suficiente. Graças a Merlin não recebi outra detenção.



Terminou de descer o lance das escadas de mármore em passos rápidos, cantarolando qualquer coisa enquanto seguia pelo corredor em direção à cozinha de Hogwarts. Havia marcado com Jared e a irmã para que o encontrasse lá, já que teriam o resto ta tarde livre. Sorriu ao ver uma morena caminhando em sua direção, distraída. Ela levantou seu olhar e um sorriso surgiu em seus lábios ao vê-lo.


- Posso saber aonde você vai? - Perguntou sorrindo, parando em frente de Pandora.


- Só estava dando um tempo. Não estava agüentando Tiffany no salão comunal. – ela disse revirando os olhos cinzentos.


- Ela aparenta ser mesmo insuportável. - Comentou Caleb fazendo uma careta. - O que vai fazer agora?


- Acho que nada, por quê? – perguntou curiosa, mantendo um sorrisinho nos lábios.


- To indo pra cozinha encontrar com a minha irmã e o namorado dela. - Caleb a olhou sorrindo. - Não quer ir comigo, me fazer companhia? Não to nem um pouco a fim de segurar vela para os dois.


Pandora parou de sorrir e ergueu a sobrancelha. Por acaso Caleb estava louco? Uma coisa era estar perto dele, mas outra bem mais difícil era ficar perto da irmã dele, e do namorado, valia ressaltar, um Potter.


- Sabe o que é... Acabei de me lembrar que tenho umas... Umas coisas para fazer. – ela disse, rindo sem graça.


- Já imaginava. - Caleb revirou os olhos, balançando a cabeça. - Deixa pra lá. - Emendou passando pela garota, retomando seu caminho.


- Caleb – ela o chamou, ao passo que o grifinório voltara para fita-la –, não me leve a mal, é que... É sua irmã, e Jared Potter. Entende?


- E qual é o problema? - Perguntou erguendo uma sobrancelha. - Eu sou irmão gêmeo da Kira. Se você a evita ta me evitando também.


- Não é isso, não estou evitando. É que vai ser chato, não concorda? – indagou.


- Por que chato? - Caleb riu diante da preocupação da garota. - Kira é legal e não vai implicar com você. Jared é um nerd, mas ao lado da Kira ele não te enche de explicações filosóficas. O único Potter que você deveria temer seria o James, mas acho que ele não vai aparecer. Não tem com o que se preocupar.


- Eu não sei... – mordeu o lábio, pensativa. Estava com medo, e não queria demonstrar isso, como também não queria desapontar Caleb.


- Vamos fazer o seguinte... - Caleb sugeriu. - Vamos comigo, eu fico ao seu lado e te salvo de alguma coisa banal que eles falarem. Se achar que não consegue mais continuar você pode voltar.


- Está bem, eu vou, mas não me asseguro de nada, está me ouvindo? – avisou em tom pouco amistoso, e ele levou com um sorriso.


- Não reclama e vamos logo. - Caleb riu ao puxá-la pela mão e seguir pelo corredor.


Alguns minutos depois entraram em uma cozinha com poucos elfos trabalhando pelo local. Avistaram Jared e Kira sentados no outro extremo da mesa e se aproximaram. Ambos olharam para os recém-chegados surpresos. Pandora suspirou, apertando de leve a mão de Caleb que segurava.


- Demorou. - Comentou Jared tentando amenizar o clima assim que eles se aproximaram.


- Tive um pequeno contratempo. - Caleb sorriu, sentando-se no outro lado da mesa ao lado de Pandora. - Não tem necessidade de apresentações. Vocês já se conhecem não é?


- Como vai, Malfoy? - Perguntou Jared forçando um sorriso.


- Potter. Eu estou bem, e você? – perguntou educada, e isso soara tão forçado e estranho que tivera vontade de ir embora.


- To ótimo. - Respondeu voltando sua atenção para Caleb. - James disse que precisa falar com você depois. Parece que é algo sobre quadribol.


- Fazer o que. Ele é meu capitão. - O garoto revirou os olhos, roubando alguns biscoitos do prato da irmã.


- Hei, seu mal educado! – ela exclamou, batendo em uma das mãos dele. Pandora sorriu discretamente.


- Viu como é? A gente dividiu o mesmo corpo por nove meses e agora ela se recusa a dividir biscoito. - Comentou Caleb fazendo Jared rir.


- Eu me recuso é presenciar essa mania que você tem, de ser tão mal educado. O que sua amiga aí vai pensar? – apontou para Pandora.


- Já estou me acostumando. – a morena disse, erguendo a sobrancelha.


- Ainda bem que eu te chutei o suficiente enquanto estávamos na barriga da mamãe. - Resmungou contrariado.


- Chuta ela agora então. - Sugeriu Jared para a namorada, recebendo um olhar furioso do outro.


- Cão que ladra não morde, Jar. – Kira riu, vendo a careta do irmão.  – Bem, que legal que vieram...


- Você é muito legal comigo irmãzinha. - Desdenhou o loiro se servindo de suco.


- Caleb depois você reclama sobre a união fraternal de vocês, por favor. - Jared revirou os olhos.


Pandora os observava em silencio, sem sequer se mover. Estava muito nervosa e não queria decepcionar Caleb com alguma coisa que dissesse. Fitou o loiro que bebia e comia, e suspirou fundo. Começava a entender que aquilo não era uma boa idéia.


Kira sorriu para ela estendendo uma travessa de bolinhos de chocolate.


- Quer um? – perguntou gentil.


- Ah, obrigada... – agradeceu, pegando um e colocando no pratinho a sua frente.


Caleb observou Jared começar uma conversa com Kira sobre a última aula, percebendo que seria a hora perfeita para ter uma conversa em particular com Pandora. Virou-se para a garota.


- Algum problema? - Perguntou Caleb baixo para que apenas ela escutasse.


- Porque pergunta? – retrucou beliscando o bolinho.


- Porque você está calada demais. - Respondeu como se fosse óbvio. - Ninguém aqui vai te morder se falar alguma coisa.


- Eu sei Caleb, é que não me sinto a vontade, e nem eles também. – argumentou obvia.


- Está bem. - Caleb suspirou. - Quer ir embora? Eu te levo.


- Posso ficar mais um pouco, tudo bem. – disse e sorriu, levando o bolinho até a boca.


- Tudo bem. - Caleb sorriu, cortando um pedaço de um pão e jogando no rosto de Jared.


- Dá um tempo. - Sibilou o garoto jogando metade de um pão na direção de Caleb, que se abaixou à tempo de não ser acertado.


- Garotos... – as duas murmuraram ao mesmo tempo, e riram juntas.






N/A: Como dissemos em Lições do Amor, as autoras andam ocupadas ultimamente.
Por isso os posts estão demorando mais pra sairem.
Não é pela falta de comentários de vocês ou maldade nossa, pessoal.
É só a falta de tempo mesmo.
Mas mesmo assim comentem, viu?! kkkk
Não é só porque não postamos com frequência que quer dizer que não damos uma olhadinha aqui de vez enquando.
Esse capítulo foi maaaraaa né?! *-*
Agora a fic fica melhor ainda. E alguns momentos emocionantes estão se aproximando...
Sem spoiller. kkk
Então comentem. xD
Beijo das autoras.


 



26/08/2010.

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