Novo Ministro da Magia.



Ao cumprir dos sonhos | Capítulo 37
Novo Ministro da Magia


- Eu já expliquei tudo não sei mais quantas vezes. - Harry reclamou, revirando os olhos. - Usei um feitiço de proteção pra não ser partido em pedaços quando caísse na água e o feitiço da bolha para que pudesse respirar, mas o de proteção não funcionou muito bem e eu fiquei desacordado por algumas horas. Quando acordei, me dei conta que estava longe demais de Londres para poder aparatar. Então tive que caminhar até o mais perto possível para isso. E quando aparatei evitei aparecer em local movimentado para que ninguém me visse, já que todos pensavam que eu estava morto. Se reaparecesse em casa ou no ministério poderia ser perigoso.


Smallder, o ministro da magia, fitou Harry. Assim como o auror ao seu lado, estava impressionado com a façanha do Potter para sobreviver. Um pouco mais afastada dali, Hermione observava a conversa ao lado de James. 


- Então fiquei sabendo do ataque... - Harry prosseguiu. - E eu tinha que fazer alguma coisa pra impedi-lo. O resto já sabe o que aconteceu. Só espero que Herbert Smallder já esteja em Azkaban.


- Não tenha dúvida disso, Harry. Estou envergonhado com a atitude de meu sobrinho. – o ministro afirmou um tanto melancólico. – Mas ele teve o destino que merecera, e que o mesmo escolhera. Passará o resto dos seus dias na prisão...


- Assim espero que seja, Smallder. Porque seria injusto ele ficar livre depois de tudo que eu e minha família passamos. - ele disse, deixando o ministro envergonhado. - Eu só quero deixar tudo isso pra trás e começar de novo. E acho que depois de tudo que eu fiz e passei, mereço umas férias. - sorriu, tentando amenizar a tensão do ministro.


- Sim, as merece. – o homem dissera num meio sorriso. – E quando voltar assumirá o meu cargo. – anunciou sem rodeios, fazendo com que os três ali o olhassem com curiosidade.


- O que... - Harry gaguejou, após uma risada em um misto de surpresa e euforia. - O que disse?


- Exatamente o que você ouviu. Estou renunciando ao cargo de ministro. E não vejo pessoa mais adequada do que você para ocupá-lo. – Smallder disse, e Hermione, assim como James esboçou um sorriso largo. – Já estou velho, e depois de tudo isso, percebo que meu lugar não é mais aqui. – sorriu nostálgico. – Espero que aceite.


- Eu fui pego de surpresa. Não esperava por isso. - o moreno comentou, contendo a felicidade ao coçar a própria nuca. Olhou de relance para a esposa e o filho mais velho, que sorriam para ele, incitando-o. - Não estava nos meus planos ser ministro da magia, mas é claro que vou aceitar o cargo.


- Ótimo, então nos vemos daqui a um mês. – falou e levantou-se, sendo seguido por Harry. Estendeu a mão e o moreno a apertou. – Será um bom ministro, não tenho dúvidas. Agora, aproveite suas férias. 


- Obrigado por tudo, Smallder. - o agradeceu antes de fechar a porta, assim que o ministro e o auror deixaram a casa.


Harry permaneceu alguns segundos, imóvel. Era difícil de acreditar que finalmente conseguira alcançar um cargo tão importante como o de ministro da magia após anos de trabalho e dedicação no ministério. Não podia negar que sempre cobiçara aquele cargo, mas não imaginava que o conseguiria tão cedo. 


- Ministro da magia. - ele murmurou, voltando-se para Hermione, sorridente. - Dá pra acreditar?


- É claro que sim, meu amor.  – a morena falou, beijando-o levemente nos lábios. – Isso é tudo mais que você sonhou, é a compensação por vários anos de dedicação. – ele sorriu. – Ninguém merece isso mais do que você. 


- Só espero que as pessoas não comecem a falar demais. – James se manifestou sentando-se no sofá. Ou melhor, jogando-se no sofá. Os pais o olharam, ambos intrigados. – Quando sair na mídia que eu vou ser um recruta do quartel general de aurores. 


- Deixem que falem. Nós sabemos que eu não irei te dar moleza por ser meu filho. - Harry sorriu, abraçando Hermione de lado. - Então você realmente pretende ser auror? Sua mãe tinha esperanças de que seguisse o quadribol, por ser menos perigoso.


- O quadribol pode ser mais perigoso se pensar direito. – o rapaz argumentou, e a mãe fizera uma leve expressão de preocupação. – Mas sim, quero ser auror. – disse um tanto tímido. O que surpreendera ainda mais aos dois. – Cresci ouvindo suas histórias, o vi nesse caminho, e não quero seguir outro... Sei que já sou um pouco grandinho, mas quero ser como você pai. 


Harry o olhou orgulhoso. James demonstrara desde pequeno sua vontade em ser auror, parecer-se com o pai, mas pensou que ele tivesse mudado de idéia com o passar dos tempos. E por mais que sentisse orgulho pelo filho desejar tal, tinha que ser realista e assumir seu papel de pai. Assim como Hermione, também se preocupava e sabia os riscos da profissão.


- James, não sabe o quanto eu fico contente em ouvir isso. - Harry disse, se aproximando. - Mas tem certeza de que é isso que quer? Você sabe que ser auror é algo perigoso. E o que eu passei algumas vezes, principalmente nesses últimos dias, prova isso. Não quero fazê-lo mudar de idéia, afinal quem escolhe isso é você. Mas eu não posso fingir que não vou me preocupar, assim como sua mãe.


Hermione o olhou, podia-se dizer um tanto apreensiva. Sabia o quanto o filho era decidido, e sabia que ele não mudaria de idéia. Então noites mal dormidas já eram fato consumado. 


- Sei me cuidar, e tenho ciência dos riscos. É isso mesmo que quero. Não me imagino fazendo outra coisa. Iria me entediar do quadribol muito rápido... – ele explanou convincente.


- Era o que imaginei. – a morena comentou forçando um sorriso. 


- Mamãe, não se preocupe, irei aprender com os melhores, antes de sair a campo. Vou me esforçar para ser o primeiro da turma no meu treinamento. – James falou, seguindo até a mãe, onde repousou sua cabeça em seu ombro.  – Vai ser excitante, não acham?


- Ah, com toda a certeza...


- Eu acho que não devemos nos preocupar tanto assim, Mione. - Harry argumentou e a morena o olhou, erguendo uma sobrancelha. - Eu tenho certeza de que James será um ótimo auror. Está no sangue.


- Na genética eu sei que confia, Sra. Potter. – James brincou rindo, ao passo que a séria Hermione também.


- Isso é incontestável. - comentou Harry, voltando-se para James e colocando uma mão sobre o seu ombro. - Sua mãe me contou tudo o que você fez durante a minha ausência. Eu tenho orgulho de você, James. Principalmente do homem que se tornou. E eu sei que não digo isso com frequência, mas sempre pensei assim ao seu respeito.


- Obrigado, pai... – ele respondeu encabulado. – Só tive um bom exemplo. 


- Ah, a genética... – Hermione murmurou fazendo os dois rirem. Abraçou James de um lado e Harry do outro. – Eu amo vocês, meninos... Muito.


- Meu ego agradece pelo "menino". - Harry brincou, beijando-a na testa.


- Seu bobo. – ela disse, virando-se para o marido, capturando seus lábios brevemente. 


- Acho que agora eu devo bater em retirada. – James disse a esmo, levantando-se do sofá. – Bom namoro para vocês. – brincou antes de sair. 


O moreno sorriu contra os lábios de Hermione, mordiscando-os de leve após constatar de que estavam finalmente sozinhos. Então tomara a boca feminina em um beijo carinhoso, firmando sua mão na nuca da esposa para conduzir a carícia lentamente. Sua outra mão tratava de afagar a face, sutilmente. Ficariam ali sozinhos até que suas atenções fossem requeridas, então desempenhariam o papel de pais, no entanto, enquanto isso não acontecia, era apenas um casal apaixonado. 


***


Seguiu para a varanda após deixarem os pais a sós naquele momento. Tudo o que eles precisavam era disso e com a ausência de Jared e os irmãos mais novos brincando no jardim dos fundos eles aproveitariam aquele tempo por um longo período. E também os ajudaria ao ficar ali fora um pouco.


Sentou-se no chão ao lado da porta, encostando suas costas e a cabeça na parede atrás, fechando os olhos. O retorno do pai trouxera de novo a segurança e a felicidade para casa. Agora não precisava dedicar todo o seu tempo em cuidados com a família. Algo que tinha que fazer, mas estava deixando-o desorientado aos poucos por tamanha responsabilidade lhe cedida tão cedo.


O som dos passos e o doce aroma do perfume que ele tanto conhecia o fizeram abrir os olhos. Ele sorriu, relembrando-se de seus sentimentos pela namorada. Com os últimos acontecimentos não tivera tempo e nem cabeça para tal, mas agora que se sentia bem seu coração tratara de lembrá-lo rapidamente. Emma se aproximou, abaixando e beijando-o carinhosamente na face.


- É tão bom te ver sorrindo outra vez. - ela disse, sentando entre as pernas dele e permitindo que ele a abraçasse. - Como seu pai está?


- Muito bem eu diria, está na sala com a minha mãe. – respondeu e erguera a sobrancelha. Emma rira. – E você, como está? Não me contou sobre sua entrevista de estágio no profeta diário. 


- Não me lembre disso. - Emma revirou os olhos. - A mulher que me entrevistou não me deu trégua. Kátia Skeeter. Só pelo sobrenome já dá para perceber de quem ela herdara tamanha frescura. - comentou e o namorado fizera uma careta. - Pesquisou toda a minha vida, como se procurasse algo de ruim para já me descartar. Mas não conseguiu encontrar nada.


- Igual ao cara do ministério quando entreguei minha ficha a ele. Como se o fato de eu ser filho de Harry Potter, me elevasse a regalias. – comentou um pouco irritado, mas depois sorriu. – Eu contei a eles sobre isso agora a pouco. Meu pai ficou muito orgulhoso, e embora minha mãe também, não deixou de ficar preocupada. 


- É, muito menos eu. - a garota murmurou, vendo-o a olhar intrigado. - Quero dizer, eu fico bastante feliz por você querer ser auror. Mas é uma carreira perigosa. No entanto, se é isso que você realmente quer e vai te fazer feliz eu irei te apoiar.


- Sua carreira também será perigosa, meu amor... – o moreno brincou, sorrindo. – Mexer com penas de repetição rápida não é algo seguro. 


- Ah, como você é engraçadinho. - ela o cutucou de leve, rindo. Aproximou-se, beijando-o levemente e passando os dedos por entre os cabelos negros. - Mas eu adoro esse seu senso de humor. Embora seja irritante às vezes.


James murmurou alguma coisa, antes de cobrir os lábios de Emma com os seus, num movimento surpreendente, e carinhoso. Ela gemera, ao sentir aquele beijo delicado, e apaixonado. Apesar disto tudo, era lento, e mexia deveras com ela. Logo aquela calma se fora, dando espaço a uma avidez moderada. 


Seus dedos abandonaram os finos cabelos negros para acariciá-lo na face. O moreno suspirou com aquele gesto, intensificando o beijo. Emma o correspondia com a mesma intensidade e, assim como ele, refreava seus sentidos naquele momento. Cessaram aquela carícia apaixonada minutos depois, ambos ofegantes.


- Uau. - Emma sussurrou, respirando fundo. - Eu... Preciso me acostumar com isso.


- Pensei que já estivesse acostumada. – James disse em tom divertido. 


- Eu também. - corou, mordendo o lábio. - Mas você sempre me surpreende.


- Isso é o que faz do relacionamento um pouco mais interessante, não é? Imagine toda sua existência presa a um cara previsível? – ele indagou sorrindo maroto, enquanto contornava os lábios de Emma com os dedos. – Seria terrível, não concorda?


- Ah meu Merlin. Eu não sei de mais nada. - sussurrou ante a carícia, suspirando. - Não consigo sequer pensar quando você faz isso.


James riu e continuou com sua carícia, enquanto mais um suspirou escapava dos lábios que ele acarinhava. A morena fechou os olhos, e ele sorriu. Parou de perscrutar a boca feminina, e a beijou novamente. Outra vez, Emma fora pega de surpresa, acompanhando o ritmo tão logo. 


Eram indescritíveis as sensações que James lhe despertava. E mais uma vez entregara-se naquele momento, deixando-o controlar o carinho. Sentia que ele aprofundara o beijo aos poucos e tinha certeza de que não demoraria muito para ultrapassarem os limites. E sua salvação fora a porta sendo aberta, fazendo com que cessassem os beijos.


Emma logo tratara de se repor, tentando agir como se nada tivesse acontecido. O que não iria convencer nenhum adulto. Mas para sua sorte Lily se aproximou, sorrindo para ela e o irmão. 


- Oi linda. - Emma disse ao vê-la se sentar em sua frente. 


- Oi, bonita. – a menina respondeu, e os dois jovens sorriram. – O Ben, tá arrumando a mochila, vai ficar na Brenda. E não vou ter com quem brincar. – reclamou, se ajeitando perto do irmão.


- Não seja por isso, a bonita aqui, adora as suas bonecas. – James respondeu, rindo. 


- Ah, claro. - Emma concordou, sorrindo marota para o namorado. - Podemos brincar de casinha e colocar o bonitão aqui como o papai. Tenho certeza de que ele adoraria uma xícara de chá.


- Odeio chá. – James tentou escapar.


- Odeia nada, Jimmy, você vai ter que tomar tudinho. – Lily falou. Ficou um segundo os fitando, pensativa. – Vocês “vai” casar. E tem que tomar chá todo dia.


Emma olhou para o namorado que, assim como ela, se surpreendeu com a pergunta direta de Lily. A morena mordeu o lábio, pensativa. E então se voltou para Lily, procurando as palavras certas para dizer.


- Ainda está um pouco cedo para isso, Lily. Acabamos de deixar Hogwarts. Temos que passar por todo aquele processo de gente grande pra chegar nessa fase. - explicou.


- Mas vocês dois são grandões, que nem a mamãe e o papai. – refletiu. – E eles vão ter mais nenê. Vocês também? Aí o que ele vai ser? – perguntou referindo-se ao parentesco.


- Não vai ser nada, porque não vai ter nenê nenhum, Lily. Não ainda... – James explicou um tanto pálido. 


- Não somos tão grandes assim. - Emma disse para a pequena, reprimindo uma risada diante o susto de James. - Mas se algum dia nós tivermos um nenê ele irá ser seu sobrinho. Terá que ter paciência, porque vai demorar isso acontecer.


- Vou poder cuidar do meu sobrinho também? – perguntou entusiasmada. – Porque eu vou ajudar a cuidar e dar banho na minha irmã Izabel. A mamãe vai escolher esse nome sabia Jimmy?


- Não, Lily, eu não sabia... – ele murmurou ainda tenso.


- Achei lindo o nome. - a morena comentou, trocando um sorriso com Lily. - Nós não pensamos sobre isso ainda, linda. Como eu disse ainda é cedo para pensar em casamento, bebês e tudo o mais. Mas prometo que assim que tivermos um você nos ajudará a cuidar dele.


- Tá bem, você plomete? – indagou e Emma assentiu sorrindo. – Então vou pegar minhas bonecas, tá?


- Está bem. Vai lá.


Lily se levantou sorridente antes de entrar em casa. James respirou fundo, sentindo-se aliviado por se livrar das perguntas da irmã. Emma o olhou não conseguindo mais reprimir a risada.


- Você precisava ter visto sua cara. - disse entre risos. - Nunca te vi tão assustado assim.


- Isso não é engraçado, Emmy. Não mesmo... – ele comentou, rindo sem jeito. – Nunca pensei nisso, sabia? Não a curto prazo. 


A verdade era que ultimamente sempre pensava em ter uma família como a sua. Um casamento duradouro e cheio de amor, e os filhos viriam com o tempo, mas agora era impensável. Tinha ainda muito a percorrer, seu treinamento ainda nem havia começado e Emma precisava começar sua carreira no jornal. Concluindo, esta vida era reservada ao futuro... No entanto, a morena ainda precisava aceitar vivê-lo ao seu lado. 


- Não se preocupa com isso agora. - acariciou a face do namorado, tentando acalmá-lo. - Tudo tem seu tempo.


- E enquanto isso, vamos treinando com as bonecas da Lily...


***


O grupo de pessoas logo à frente vestia preto, simbolizando o luto pela perda de Draco Malfoy na batalha do dia anterior. Próximo ao caixão, onde algumas pessoas davam seu último adeus antes do corpo ser enterrado, encontrava-se a família. A esposa chorava inconsolável e sendo amparada por algumas pessoas. Ao seu lado a mãe também chorava, tocando dolorosamente o caixão. E ao lado a garota morena derramava lágrimas silenciosas. Seu sofrimento era único, reservado.


Caleb acompanhava tudo, afastado do grupo. Seus olhos fixos em Pandora Malfoy, reprimindo o impulso de ir até ela e abraçá-la, consolar a garota naquele momento difícil. E apenas não o fizera por medo. Tinha receio de provocar um tumulto e prejudicar aquele momento de sofrimento da família. Portanto optara em se esconder na sombra de uma árvore. Queria apenas que Pandora sentisse sua presença, que estava ali ao seu lado naquele momento difícil. Tinha certeza de que já seria algum conforto.


Viu o caixão sendo enterrado minutos depois. E Pandora foi abraçada pela mãe, compartilhando da mesma dor da perda naquele momento. Permanecera ali até o último momento, enquanto algumas pessoas começavam a ir embora. 


Quando notara que ela se afastava do grupo, voltando ao local onde o pai fora enterrado, Caleb seguira até ela. Não refreando agora a vontade que tinha de abraçá-la.  Os olhos tristes e avermelhados de Pandora adquiriram certo brilho quando o avistara.  Não esperou até que o namorado chegasse mais perto, e correu para junto dele. O garoto a apertou em seus braços. Fortalecendo-a com aquele gesto amoroso.


Ele a manteve ali em seus braços enquanto Pandora chorava silenciosamente. Compartilhava do mesmo sofrimento da namorada. Há pouco tempo vivera a experiência triste em imaginar que havia perdido seu padrinho. E agora podia de alguma forma entender a dor que Pandora sentia naquele momento. O que Caleb tinha vontade de fazer era remover aquela dor que ela sentia, mas sabia que seria impossível. Apenas o tempo poderia cicatrizar aquela ferida que a morte do pai tinha deixado.


Afagou os cabelos da morena, esperando pacientemente que ela se acalmasse. Antigamente não perdia uma oportunidade de ofender a família de Pandora, principalmente o pai. Agora se pudesse voltar no tempo faria tudo diferente. Pois diferente de seu pai, não compartilhava mais do mesmo ódio pelos Malfoy. Algo que aprendera com o tempo, ao lado de Pandora.


Lentamente o choro foi tendo fim. Então ela erguera seus olhos tristes para o namorado, notando o quão triste ele também estava com aquela situação. Principalmente ao vê-la daquela forma. A tocou carinhosamente na face, secando as lágrimas que por ali rolaram.


- Eu sinto muito, Pandora. - murmurou, embora quisesse dizer algo que pudesse fazê-la sentir-se melhor.


- Se eu soubesse o que iria acontecer, não teria dito as coisas horríveis que disse. Nem pude me despedir... – ela chorou ainda mais.  


- Mas você não sabia que isso iria acontecer. Ninguém sabia. - Caleb disse, amparando o rosto dela entre suas mãos. - Ele sabe o quanto você o amava. Não se culpe dessa forma.


Pandora fungou e atou-se mais a ele, sentindo a leve fragrância que desprendia de Caleb, lhe acalmar. Sabia que a dor que sentia nunca iria de fato acabar, mas compreendia que com ele do seu lado, ela seria levemente amenizada. Seria mais fácil suportaria as agruras da vida. 


- Eu não vou te deixar nunca. Muito menos agora. - sussurrou próximo ao ouvido de Pandora, fazendo-a suspirar. - Vou ficar do seu lado sempre. Aconteça o que acontecer.


***


Voltou pra casa ao final do dia, após passar a tarde toda ao lado de Pandora. Conversaram durante horas e quando ele a deixara tivera a impressão de que ela estava um pouco melhor. Entrou em casa silenciosamente, assim como vinha sendo sua presença desde que voltou de Hogwarts. Surpreendeu-se quando sua mãe tinha lhe dito que voltaria para casa ao invés de seguir para a casa do avô. Por um momento ficou feliz, imaginando que o pai aceitou os fatos e que a convivência seria como antes. Mera ilusão.


Rony não lhe dirigiu a palavra uma vez sequer durante todo esse tempo. Luna dizia que era questão de tempo até que ele o fizesse e que o fato de aceitá-lo de volta já era um passo dado. Entretanto Caleb sentia falta do pai. Por mais que ele fosse diferente de si e odiasse a idéia de que estava com Pandora Malfoy, ele era seu pai e o amava. Mas infelizmente teria que adaptar-se em uma nova vida, sem ele por perto.


Seguiu para a cozinha, imaginando que a mãe estaria preparando o jantar. Queria avisar que tinha voltado e que esperaria por seu jantar no quarto, como vinha fazendo. No entanto ela não estava sozinha no local. E evitou olhar para o pai enquanto se aproximava, beijando Luna na face. Ela sorriu, olhando-o carinhosamente.


- Só queria avisar que cheguei. - Caleb disse, forçando um sorriso. 


- Tudo bem, querido. Como Pandora Malfoy está? - Luna perguntou, preocupada. Pouco lhe importava se o marido não gostava que tocasse no nome da garota. 


- Não muito bem. Está sofrendo bastante. - ele fizera questão de dizer para que o pai entendesse que Pandora era diferente do que ele imaginava. - Fica se lamentando por ele ter partido sem ter uma oportunidade de se despedir. - sua mãe suspirou pesarosa. - Eu vou subir. - disse ao se virar com o intuito de deixar a cozinha. 


Rony suspirou pesadamente, imaginando tudo que a garota Malfoy passava. Pensava no quanto isto poderia ter sido mais direto em sua vida, se a historia se invertesse, e ele tivesse partido. Estaria em mesma condição com Draco Malfoy, o qual por mais que tivesse se sacrificado em prol da filha, em vida, lhe tinha negado a aceitação e o amor.  E ainda, por mais fosse difícil, engoliria seu orgulho e faria as pazes com o filho.


Olhou para Luna, e ela sorria como se lesse seus pensamentos, e com aquele gesto lhe incentivava.


- Er... Caleb será que podemos conversar? – indagou um tanto receoso.


O garoto se virou um tanto surpreso. Da última vez que o pai lhe dirigiu a palavra acabaram discutindo. E ficaram sem se falar por meses. Não queria que uma nova discussão desse início ali. Porém, não poderia negar aquele pedido do pai. Voltou alguns passos, ainda evitando olhá-lo.


- Claro. - murmurou.


Rony suspirou fundo antes de começar a falar. Na verdade, tinha todos os sentimentos dentro do peito, no entanto, não sabia organizá-los nem proferi-los em palavras. Mas tinha que tentar se desculpar de alguma forma.


- Sei que tenho errado muito ultimamente. E com tudo que aconteceu, o sumiço do Harry, a morte do Malfoy. Talvez pudesse ter sido eu, e não teríamos uma chance de nos redimir. Na verdade, não teríamos uma chance de eu me redimir com você. 


Caleb suspirou, encostando-se na mesa. Durante esse tempo também tinha pensado nessa possibilidade. Mas não era ele quem guardava mágoas, era o pai. De sua parte, não tinha nenhuma raiva ou ressentimento por ele. Mesmo após a discussão.


- Eu sei. Também pensei nisso. - confessou.


- É... Tudo isso me fez enxergar que estava errado. – falou fitando ao garoto. – Que não importa as suas escolhas, você vai continuar sendo meu. Meu filho e meu amigo... E não importa nada disso.


- Espera aí. - Caleb finalmente o olhou com um vestígio de sorriso em seus lábios. Luna os observava com lágrimas nos olhos. - Quer dizer que não vai me proibir de continuar com a Pandora ou algo do tipo e nem parar de falar comigo se eu te desobedecer? Porque é isso que eu vou fazer se me proibir. Não posso abandoná-la depois de tudo, muito menos agora que ela precisa de mim.


- Não farei isso, Caleb, não o proibirei de ver a garota. – Rony respondeu, suspirando fundo. Tentava controlar suas emoções. – Já vi que é mesmo parecido comigo, e não vou interferir no que escolher. Posso achar que sei o que é melhor pra você, mas ninguém é melhor para isso do que si mesmo. E tenho convicção de que permitir seu namoro é o melhor que posso fazer como pai.


O garoto esboçou um largo sorriso ante as palavras do pai. Aquilo era o que desejou ouvir desde que Rony descobrira seu relacionamento com Pandora. E agora, depois de tanto tempo, era difícil acreditar que ele havia dito. Caminhou até Rony e o abraçou, sem receio. E ambos recordaram-se do quanto aquele contato entre pai e filho tinha deixado falta.


- Obrigado, pai. De verdade. - agradeceu, olhando-o.


- Me perdoa, por tudo... – Rony murmurou, apertando o filho no abraço.


- Eu não tenho porque te perdoar, pai. Ta tudo bem. - Caleb sorriu e Rony agradeceu pelo filho não ter herdado seu orgulho idiota, sendo que ele próprio ainda não conseguia se perdoar por ter feito tudo o que fez.


- Eu amo vocês dois. - Luna disse chorosa ao abraçar o marido e o filho, beijando na face de cada um. - Os três homens da minha vida. - referiu-se ao terceiro como o filho que esperava.


- Eu ainda sei contar, e aqui só há dois de nós, meu amor. – o ruivo disse curioso, e Caleb rira. 


- Não, são três. Só que o terceiro vai demorar mais algum tempo para que possamos vê-lo. - sorriu quando o olhar do marido recaiu sobre seu ventre, já evidenciando claramente a gravidez. - É um menino. - anunciou sorridente.


- Ah, eu sabia! – Rony exclamou feliz. – Sabia que ia ser um meninão. Isso é tão maravilhoso, Luna. – afagou o rosto dela, de forma afetuosa, e a beijou levemente nos lábios. 


- Um irmãozinho era tudo o que eu precisava. - Caleb comentou, abraçando a mãe. - Já estava ficando louco com os enjôos da Kira. - emendou, fazendo todos rirem.


- Eu ouvi isso, seu bobão. – a voz doce da loira se fizera ouvir, e ela entrou no cômodo, indo também se juntar aos pais e o irmão naquele abraço.




N O T I N H A: Bem pessoal, acho que desapontamos vocês no capítulo passado, já que os comentários caíram bastante. Espero que nesse vocês façam sua parte. Esse é o penultimo capitulo... É triste mas pensem que teremos mais, e mais emoções. Romances, misterios e claro, perigo. Ele não pode faltar na vida do Harry KKKK. Esperamos que comentem muito mais! E nos digam quais são as expectativas de vocês para as próximas temporadas *---* E pra quem perguntou o nome da mais nova Potter, a Lily contou *--* kkkk Gostaram da escolha da Hermione???


Não temos muito o que dizer, só agradecer o carinho de vocês, aos elogios. AMAMOS muito nossos leitores. Beijos das autoras.


 


- Eu já expliquei tudo não sei mais quantas vezes. - Harry reclamou, revirando os olhos. - Usei um feitiço de proteção pra não ser partido em pedaços quando caísse na água e o feitiço da bolha para que pudesse respirar, mas o de proteção não funcionou muito bem e eu fiquei desacordado por algumas horas. Quando acordei, me dei conta que estava longe demais de Londres para poder aparatar. Então tive que caminhar até o mais perto possível para isso. E quando aparatei evitei aparecer em local movimentado para que ninguém me visse, já que todos pensavam que eu estava morto. Se reaparecesse em casa ou no ministério poderia ser perigoso.

Smallder, o ministro da magia, fitou Harry. Assim como o auror ao seu lado, estava impressionado com a façanha do Potter para sobreviver. Um pouco mais afastada dali, Hermione observava a conversa ao lado de James. 

- Então fiquei sabendo do ataque... - Harry prosseguiu. - E eu tinha que fazer alguma coisa pra impedi-lo. O resto já sabe o que aconteceu. Só espero que Herbert Smallder já esteja em Azkaban.

- Não tenha dúvida disso, Harry. Estou envergonhado com a atitude de meu sobrinho. – o ministro afirmou um tanto melancólico. – Mas ele teve o destino que merecera, e que o mesmo escolhera. Passará o resto dos seus dias na prisão...

- Assim espero que seja, Smallder. Porque seria injusto ele ficar livre depois de tudo que eu e minha família passamos. - ele disse, deixando o ministro envergonhado. - Eu só quero deixar tudo isso pra trás e começar de novo. E acho que depois de tudo que eu fiz e passei, mereço umas férias. - sorriu, tentando amenizar a tensão do ministro.

- Sim, as merece. – o homem dissera num meio sorriso. – E quando voltar assumirá o meu cargo. – anunciou sem rodeios, fazendo com que os três ali o olhassem com curiosidade.

- O que... - Harry gaguejou, após uma risada em um misto de surpresa e euforia. - O que disse?

- Exatamente o que você ouviu. Estou renunciando ao cargo de ministro. E não vejo pessoa mais adequada do que você para ocupá-lo. – Smallder disse, e Hermione, assim como James esboçou um sorriso largo. – Já estou velho, e depois de tudo isso, percebo que meu lugar não é mais aqui. – sorriu nostálgico. – Espero que aceite.

- Eu fui pego de surpresa. Não esperava por isso. - o moreno comentou, contendo a felicidade ao coçar a própria nuca. Olhou de relance para a esposa e o filho mais velho, que sorriam para ele, incitando-o. - Não estava nos meus planos ser ministro da magia, mas é claro que vou aceitar o cargo.

- Ótimo, então nos vemos daqui a um mês. – falou e levantou-se, sendo seguido por Harry. Estendeu a mão e o moreno a apertou. – Será um bom ministro, não tenho dúvidas. Agora, aproveite suas férias. 

- Obrigado por tudo, Smallder. - o agradeceu antes de fechar a porta, assim que o ministro e o auror deixaram a casa.

Harry permaneceu alguns segundos, imóvel. Era difícil de acreditar que finalmente conseguira alcançar um cargo tão importante como o de ministro da magia após anos de trabalho e dedicação no ministério. Não podia negar que sempre cobiçara aquele cargo, mas não imaginava que o conseguiria tão cedo. 

- Ministro da magia. - ele murmurou, voltando-se para Hermione, sorridente. - Dá pra acreditar?

- É claro que sim, meu amor.  – a morena falou, beijando-o levemente nos lábios. – Isso é tudo mais que você sonhou, é a compensação por vários anos de dedicação. – ele sorriu. – Ninguém merece isso mais do que você. 

- Só espero que as pessoas não comecem a falar demais. – James se manifestou sentando-se no sofá. Ou melhor, jogando-se no sofá. Os pais o olharam, ambos intrigados. – Quando sair na mídia que eu vou ser um recruta do quartel general de aurores. 

- Deixem que falem. Nós sabemos que eu não irei te dar moleza por ser meu filho. - Harry sorriu, abraçando Hermione de lado. - Então você realmente pretende ser auror? Sua mãe tinha esperanças de que seguisse o quadribol, por ser menos perigoso.

- O quadribol pode ser mais perigoso se pensar direito. – o rapaz argumentou, e a mãe fizera uma leve expressão de preocupação. – Mas sim, quero ser auror. – disse um tanto tímido. O que surpreendera ainda mais aos dois. – Cresci ouvindo suas histórias, o vi nesse caminho, e não quero seguir outro... Sei que já sou um pouco grandinho, mas quero ser como você pai. 

Harry o olhou orgulhoso. James demonstrara desde pequeno sua vontade em ser auror, parecer-se com o pai, mas pensou que ele tivesse mudado de idéia com o passar dos tempos. E por mais que sentisse orgulho pelo filho desejar tal, tinha que ser realista e assumir seu papel de pai. Assim como Hermione, também se preocupava e sabia os riscos da profissão.

- James, não sabe o quanto eu fico contente em ouvir isso. - Harry disse, se aproximando. - Mas tem certeza de que é isso que quer? Você sabe que ser auror é algo perigoso. E o que eu passei algumas vezes, principalmente nesses últimos dias, prova isso. Não quero fazê-lo mudar de idéia, afinal quem escolhe isso é você. Mas eu não posso fingir que não vou me preocupar, assim como sua mãe.

Hermione o olhou, podia-se dizer um tanto apreensiva. Sabia o quanto o filho era decidido, e sabia que ele não mudaria de idéia. Então noites mal dormidas já eram fato consumado. 

- Sei me cuidar, e tenho ciência dos riscos. É isso mesmo que quero. Não me imagino fazendo outra coisa. Iria me entediar do quadribol muito rápido... – ele explanou convincente.

- Era o que imaginei. – a morena comentou forçando um sorriso. 

- Mamãe, não se preocupe, irei aprender com os melhores, antes de sair a campo. Vou me esforçar para ser o primeiro da turma no meu treinamento. – James falou, seguindo até a mãe, onde repousou sua cabeça em seu ombro.  – Vai ser excitante, não acham?

- Ah, com toda a certeza...

- Eu acho que não devemos nos preocupar tanto assim, Mione. - Harry argumentou e a morena o olhou, erguendo uma sobrancelha. - Eu tenho certeza de que James será um ótimo auror. Está no sangue.

- Na genética eu sei que confia, Sra. Potter. – James brincou rindo, ao passo que a séria Hermione também.

- Isso é incontestável. - comentou Harry, voltando-se para James e colocando uma mão sobre o seu ombro. - Sua mãe me contou tudo o que você fez durante a minha ausência. Eu tenho orgulho de você, James. Principalmente do homem que se tornou. E eu sei que não digo isso com frequência, mas sempre pensei assim ao seu respeito.

- Obrigado, pai... – ele respondeu encabulado. – Só tive um bom exemplo. 

- Ah, a genética... – Hermione murmurou fazendo os dois rirem. Abraçou James de um lado e Harry do outro. – Eu amo vocês, meninos... Muito.

- Meu ego agradece pelo "menino". - Harry brincou, beijando-a na testa.

- Seu bobo. – ela disse, virando-se para o marido, capturando seus lábios brevemente. 

- Acho que agora eu devo bater em retirada. – James disse a esmo, levantando-se do sofá. – Bom namoro para vocês. – brincou antes de sair. 

O moreno sorriu contra os lábios de Hermione, mordiscando-os de leve após constatar de que estavam finalmente sozinhos. Então tomara a boca feminina em um beijo carinhoso, firmando sua mão na nuca da esposa para conduzir a carícia lentamente. Sua outra mão tratava de afagar a face, sutilmente. Ficariam ali sozinhos até que suas atenções fossem requeridas, então desempenhariam o papel de pais, no entanto, enquanto isso não acontecia, era apenas um casal apaixonado. 

***

Seguiu para a varanda após deixarem os pais a sós naquele momento. Tudo o que eles precisavam era disso e com a ausência de Jared e os irmãos mais novos brincando no jardim dos fundos eles aproveitariam aquele tempo por um longo período. E também os ajudaria ao ficar ali fora um pouco.

Sentou-se no chão ao lado da porta, encostando suas costas e a cabeça na parede atrás, fechando os olhos. O retorno do pai trouxera de novo a segurança e a felicidade para casa. Agora não precisava dedicar todo o seu tempo em cuidados com a família. Algo que tinha que fazer, mas estava deixando-o desorientado aos poucos por tamanha responsabilidade lhe cedida tão cedo.

O som dos passos e o doce aroma do perfume que ele tanto conhecia o fizeram abrir os olhos. Ele sorriu, relembrando-se de seus sentimentos pela namorada. Com os últimos acontecimentos não tivera tempo e nem cabeça para tal, mas agora que se sentia bem seu coração tratara de lembrá-lo rapidamente. Emma se aproximou, abaixando e beijando-o carinhosamente na face.

- É tão bom te ver sorrindo outra vez. - ela disse, sentando entre as pernas dele e permitindo que ele a abraçasse. - Como seu pai está?

- Muito bem eu diria, está na sala com a minha mãe. – respondeu e erguera a sobrancelha. Emma rira. – E você, como está? Não me contou sobre sua entrevista de estágio no profeta diário. 

- Não me lembre disso. - Emma revirou os olhos. - A mulher que me entrevistou não me deu trégua. Kátia Skeeter. Só pelo sobrenome já dá para perceber de quem ela herdara tamanha frescura. - comentou e o namorado fizera uma careta. - Pesquisou toda a minha vida, como se procurasse algo de ruim para já me descartar. Mas não conseguiu encontrar nada.

- Igual ao cara do ministério quando entreguei minha ficha a ele. Como se o fato de eu ser filho de Harry Potter, me elevasse a regalias. – comentou um pouco irritado, mas depois sorriu. – Eu contei a eles sobre isso agora a pouco. Meu pai ficou muito orgulhoso, e embora minha mãe também, não deixou de ficar preocupada. 

- É, muito menos eu. - a garota murmurou, vendo-o a olhar intrigado. - Quero dizer, eu fico bastante feliz por você querer ser auror. Mas é uma carreira perigosa. No entanto, se é isso que você realmente quer e vai te fazer feliz eu irei te apoiar.

- Sua carreira também será perigosa, meu amor... – o moreno brincou, sorrindo. – Mexer com penas de repetição rápida não é algo seguro. 

- Ah, como você é engraçadinho. - ela o cutucou de leve, rindo. Aproximou-se, beijando-o levemente e passando os dedos por entre os cabelos negros. - Mas eu adoro esse seu senso de humor. Embora seja irritante às vezes.

James murmurou alguma coisa, antes de cobrir os lábios de Emma com os seus, num movimento surpreendente, e carinhoso. Ela gemera, ao sentir aquele beijo delicado, e apaixonado. Apesar disto tudo, era lento, e mexia deveras com ela. Logo aquela calma se fora, dando espaço a uma avidez moderada. 

Seus dedos abandonaram os finos cabelos negros para acariciá-lo na face. O moreno suspirou com aquele gesto, intensificando o beijo. Emma o correspondia com a mesma intensidade e, assim como ele, refreava seus sentidos naquele momento. Cessaram aquela carícia apaixonada minutos depois, ambos ofegantes.

- Uau. - Emma sussurrou, respirando fundo. - Eu... Preciso me acostumar com isso.

- Pensei que já estivesse acostumada. – James disse em tom divertido. 

- Eu também. - corou, mordendo o lábio. - Mas você sempre me surpreende.

- Isso é o que faz do relacionamento um pouco mais interessante, não é? Imagine toda sua existência presa a um cara previsível? – ele indagou sorrindo maroto, enquanto contornava os lábios de Emma com os dedos. – Seria terrível, não concorda?

- Ah meu Merlin. Eu não sei de mais nada. - sussurrou ante a carícia, suspirando. - Não consigo sequer pensar quando você faz isso.

James riu e continuou com sua carícia, enquanto mais um suspirou escapava dos lábios que ele acarinhava. A morena fechou os olhos, e ele sorriu. Parou de perscrutar a boca feminina, e a beijou novamente. Outra vez, Emma fora pega de surpresa, acompanhando o ritmo tão logo. 

Eram indescritíveis as sensações que James lhe despertava. E mais uma vez entregara-se naquele momento, deixando-o controlar o carinho. Sentia que ele aprofundara o beijo aos poucos e tinha certeza de que não demoraria muito para ultrapassarem os limites. E sua salvação fora a porta sendo aberta, fazendo com que cessassem os beijos.

Emma logo tratara de se repor, tentando agir como se nada tivesse acontecido. O que não iria convencer nenhum adulto. Mas para sua sorte Lily se aproximou, sorrindo para ela e o irmão. 

- Oi linda. - Emma disse ao vê-la se sentar em sua frente. 

- Oi, bonita. – a menina respondeu, e os dois jovens sorriram. – O Ben, tá arrumando a mochila, vai ficar na Brenda. E não vou ter com quem brincar. – reclamou, se ajeitando perto do irmão.

- Não seja por isso, a bonita aqui, adora as suas bonecas. – James respondeu, rindo. 

- Ah, claro. - Emma concordou, sorrindo marota para o namorado. - Podemos brincar de casinha e colocar o bonitão aqui como o papai. Tenho certeza de que ele adoraria uma xícara de chá.

- Odeio chá. – James tentou escapar.

- Odeia nada, Jimmy, você vai ter que tomar tudinho. – Lily falou. Ficou um segundo os fitando, pensativa. – Vocês “vai” casar. E tem que tomar chá todo dia.

Emma olhou para o namorado que, assim como ela, se surpreendeu com a pergunta direta de Lily. A morena mordeu o lábio, pensativa. E então se voltou para Lily, procurando as palavras certas para dizer.

- Ainda está um pouco cedo para isso, Lily. Acabamos de deixar Hogwarts. Temos que passar por todo aquele processo de gente grande pra chegar nessa fase. - explicou.

- Mas vocês dois são grandões, que nem a mamãe e o papai. – refletiu. – E eles vão ter mais nenê. Vocês também? Aí o que ele vai ser? – perguntou referindo-se ao parentesco.

- Não vai ser nada, porque não vai ter nenê nenhum, Lily. Não ainda... – James explicou um tanto pálido. 

- Não somos tão grandes assim. - Emma disse para a pequena, reprimindo uma risada diante o susto de James. - Mas se algum dia nós tivermos um nenê ele irá ser seu sobrinho. Terá que ter paciência, porque vai demorar isso acontecer.

- Vou poder cuidar do meu sobrinho também? – perguntou entusiasmada. – Porque eu vou ajudar a cuidar e dar banho na minha irmã Izabel. A mamãe vai escolher esse nome sabia Jimmy?

- Não, Lily, eu não sabia... – ele murmurou ainda tenso.

- Achei lindo o nome. - a morena comentou, trocando um sorriso com Lily. - Nós não pensamos sobre isso ainda, linda. Como eu disse ainda é cedo para pensar em casamento, bebês e tudo o mais. Mas prometo que assim que tivermos um você nos ajudará a cuidar dele.

- Tá bem, você plomete? – indagou e Emma assentiu sorrindo. – Então vou pegar minhas bonecas, tá?

- Está bem. Vai lá.

Lily se levantou sorridente antes de entrar em casa. James respirou fundo, sentindo-se aliviado por se livrar das perguntas da irmã. Emma o olhou não conseguindo mais reprimir a risada.

- Você precisava ter visto sua cara. - disse entre risos. - Nunca te vi tão assustado assim.

- Isso não é engraçado, Emmy. Não mesmo... – ele comentou, rindo sem jeito. – Nunca pensei nisso, sabia? Não a curto prazo. 

A verdade era que ultimamente sempre pensava em ter uma família como a sua. Um casamento duradouro e cheio de amor, e os filhos viriam com o tempo, mas agora era impensável. Tinha ainda muito a percorrer, seu treinamento ainda nem havia começado e Emma precisava começar sua carreira no jornal. Concluindo, esta vida era reservada ao futuro... No entanto, a morena ainda precisava aceitar vivê-lo ao seu lado. 

- Não se preocupa com isso agora. - acariciou a face do namorado, tentando acalmá-lo. - Tudo tem seu tempo.

- E enquanto isso, vamos treinando com as bonecas da Lily...

***

O grupo de pessoas logo à frente vestia preto, simbolizando o luto pela perda de Draco Malfoy na batalha do dia anterior. Próximo ao caixão, onde algumas pessoas davam seu último adeus antes do corpo ser enterrado, encontrava-se a família. A esposa chorava inconsolável e sendo amparada por algumas pessoas. Ao seu lado a mãe também chorava, tocando dolorosamente o caixão. E ao lado a garota morena derramava lágrimas silenciosas. Seu sofrimento era único, reservado.

Caleb acompanhava tudo, afastado do grupo. Seus olhos fixos em Pandora Malfoy, reprimindo o impulso de ir até ela e abraçá-la, consolar a garota naquele momento difícil. E apenas não o fizera por medo. Tinha receio de provocar um tumulto e prejudicar aquele momento de sofrimento da família. Portanto optara em se esconder na sombra de uma árvore. Queria apenas que Pandora sentisse sua presença, que estava ali ao seu lado naquele momento difícil. Tinha certeza de que já seria algum conforto.

Viu o caixão sendo enterrado minutos depois. E Pandora foi abraçada pela mãe, compartilhando da mesma dor da perda naquele momento. Permanecera ali até o último momento, enquanto algumas pessoas começavam a ir embora. 

Quando notara que ela se afastava do grupo, voltando ao local onde o pai fora enterrado, Caleb seguira até ela. Não refreando agora a vontade que tinha de abraçá-la.  Os olhos tristes e avermelhados de Pandora adquiriram certo brilho quando o avistara.  Não esperou até que o namorado chegasse mais perto, e correu para junto dele. O garoto a apertou em seus braços. Fortalecendo-a com aquele gesto amoroso.

Ele a manteve ali em seus braços enquanto Pandora chorava silenciosamente. Compartilhava do mesmo sofrimento da namorada. Há pouco tempo vivera a experiência triste em imaginar que havia perdido seu padrinho. E agora podia de alguma forma entender a dor que Pandora sentia naquele momento. O que Caleb tinha vontade de fazer era remover aquela dor que ela sentia, mas sabia que seria impossível. Apenas o tempo poderia cicatrizar aquela ferida que a morte do pai tinha deixado.

Afagou os cabelos da morena, esperando pacientemente que ela se acalmasse. Antigamente não perdia uma oportunidade de ofender a família de Pandora, principalmente o pai. Agora se pudesse voltar no tempo faria tudo diferente. Pois diferente de seu pai, não compartilhava mais do mesmo ódio pelos Malfoy. Algo que aprendera com o tempo, ao lado de Pandora.

Lentamente o choro foi tendo fim. Então ela erguera seus olhos tristes para o namorado, notando o quão triste ele também estava com aquela situação. Principalmente ao vê-la daquela forma. A tocou carinhosamente na face, secando as lágrimas que por ali rolaram.

- Eu sinto muito, Pandora. - murmurou, embora quisesse dizer algo que pudesse fazê-la sentir-se melhor.

- Se eu soubesse o que iria acontecer, não teria dito as coisas horríveis que disse. Nem pude me despedir... – ela chorou ainda mais.  

- Mas você não sabia que isso iria acontecer. Ninguém sabia. - Caleb disse, amparando o rosto dela entre suas mãos. - Ele sabe o quanto você o amava. Não se culpe dessa forma.

Pandora fungou e atou-se mais a ele, sentindo a leve fragrância que desprendia de Caleb, lhe acalmar. Sabia que a dor que sentia nunca iria de fato acabar, mas compreendia que com ele do seu lado, ela seria levemente amenizada. Seria mais fácil suportaria as agruras da vida. 

- Eu não vou te deixar nunca. Muito menos agora. - sussurrou próximo ao ouvido de Pandora, fazendo-a suspirar. - Vou ficar do seu lado sempre. Aconteça o que acontecer.

***

Voltou pra casa ao final do dia, após passar a tarde toda ao lado de Pandora. Conversaram durante horas e quando ele a deixara tivera a impressão de que ela estava um pouco melhor. Entrou em casa silenciosamente, assim como vinha sendo sua presença desde que voltou de Hogwarts. Surpreendeu-se quando sua mãe tinha lhe dito que voltaria para casa ao invés de seguir para a casa do avô. Por um momento ficou feliz, imaginando que o pai aceitou os fatos e que a convivência seria como antes. Mera ilusão.

Rony não lhe dirigiu a palavra uma vez sequer durante todo esse tempo. Luna dizia que era questão de tempo até que ele o fizesse e que o fato de aceitá-lo de volta já era um passo dado. Entretanto Caleb sentia falta do pai. Por mais que ele fosse diferente de si e odiasse a idéia de que estava com Pandora Malfoy, ele era seu pai e o amava. Mas infelizmente teria que adaptar-se em uma nova vida, sem ele por perto.

Seguiu para a cozinha, imaginando que a mãe estaria preparando o jantar. Queria avisar que tinha voltado e que esperaria por seu jantar no quarto, como vinha fazendo. No entanto ela não estava sozinha no local. E evitou olhar para o pai enquanto se aproximava, beijando Luna na face. Ela sorriu, olhando-o carinhosamente.

- Só queria avisar que cheguei. - Caleb disse, forçando um sorriso. 

- Tudo bem, querido. Como Pandora Malfoy está? - Luna perguntou, preocupada. Pouco lhe importava se o marido não gostava que tocasse no nome da garota. 

- Não muito bem. Está sofrendo bastante. - ele fizera questão de dizer para que o pai entendesse que Pandora era diferente do que ele imaginava. - Fica se lamentando por ele ter partido sem ter uma oportunidade de se despedir. - sua mãe suspirou pesarosa. - Eu vou subir. - disse ao se virar com o intuito de deixar a cozinha. 

Rony suspirou pesadamente, imaginando tudo que a garota Malfoy passava. Pensava no quanto isto poderia ter sido mais direto em sua vida, se a historia se invertesse, e ele tivesse partido. Estaria em mesma condição com Draco Malfoy, o qual por mais que tivesse se sacrificado em prol da filha, em vida, lhe tinha negado a aceitação e o amor.  E ainda, por mais fosse difícil, engoliria seu orgulho e faria as pazes com o filho.


Olhou para Luna, e ela sorria como se lesse seus pensamentos, e com aquele gesto lhe incentivava.

- Er... Caleb será que podemos conversar? – indagou um tanto receoso.

O garoto se virou um tanto surpreso. Da última vez que o pai lhe dirigiu a palavra acabaram discutindo. E ficaram sem se falar por meses. Não queria que uma nova discussão desse início ali. Porém, não poderia negar aquele pedido do pai. Voltou alguns passos, ainda evitando olhá-lo.

- Claro. - murmurou.

Rony suspirou fundo antes de começar a falar. Na verdade, tinha todos os sentimentos dentro do peito, no entanto, não sabia organizá-los nem proferi-los em palavras. Mas tinha que tentar se desculpar de alguma forma.

- Sei que tenho errado muito ultimamente. E com tudo que aconteceu, o sumiço do Harry, a morte do Malfoy. Talvez pudesse ter sido eu, e não teríamos uma chance de nos redimir. Na verdade, não teríamos uma chance de eu me redimir com você. 

Caleb suspirou, encostando-se na mesa. Durante esse tempo também tinha pensado nessa possibilidade. Mas não era ele quem guardava mágoas, era o pai. De sua parte, não tinha nenhuma raiva ou ressentimento por ele. Mesmo após a discussão.

- Eu sei. Também pensei nisso. - confessou.

- É... Tudo isso me fez enxergar que estava errado. – falou fitando ao garoto. – Que não importa as suas escolhas, você vai continuar sendo meu. Meu filho e meu amigo... E não importa nada disso.

- Espera aí. - Caleb finalmente o olhou com um vestígio de sorriso em seus lábios. Luna os observava com lágrimas nos olhos. - Quer dizer que não vai me proibir de continuar com a Pandora ou algo do tipo e nem parar de falar comigo se eu te desobedecer? Porque é isso que eu vou fazer se me proibir. Não posso abandoná-la depois de tudo, muito menos agora que ela precisa de mim.

- Não farei isso, Caleb, não o proibirei de ver a garota. – Rony respondeu, suspirando fundo. Tentava controlar suas emoções. – Já vi que é mesmo parecido comigo, e não vou interferir no que escolher. Posso achar que sei o que é melhor pra você, mas ninguém é melhor para isso do que si mesmo. E tenho convicção de que permitir seu namoro é o melhor que posso fazer como pai.

O garoto esboçou um largo sorriso ante as palavras do pai. Aquilo era o que desejou ouvir desde que Rony descobrira seu relacionamento com Pandora. E agora, depois de tanto tempo, era difícil acreditar que ele havia dito. Caminhou até Rony e o abraçou, sem receio. E ambos recordaram-se do quanto aquele contato entre pai e filho tinha deixado falta.

- Obrigado, pai. De verdade. - agradeceu, olhando-o.

- Me perdoa, por tudo... – Rony murmurou, apertando o filho no abraço.

- Eu não tenho porque te perdoar, pai. Ta tudo bem. - Caleb sorriu e Rony agradeceu pelo filho não ter herdado seu orgulho idiota, sendo que ele próprio ainda não conseguia se perdoar por ter feito tudo o que fez.

- Eu amo vocês dois. - Luna disse chorosa ao abraçar o marido e o filho, beijando na face de cada um. - Os três homens da minha vida. - referiu-se ao terceiro como o filho que esperava.

- Eu ainda sei contar, e aqui só há dois de nós, meu amor. – o ruivo disse curioso, e Caleb rira. 

- Não, são três. Só que o terceiro vai demorar mais algum tempo para que possamos vê-lo. - sorriu quando o olhar do marido recaiu sobre seu ventre, já evidenciando claramente a gravidez. - É um menino. - anunciou sorridente.

- Ah, eu sabia! – Rony exclamou feliz. – Sabia que ia ser um meninão. Isso é tão maravilhoso, Luna. – afagou o rosto dela, de forma afetuosa, e a beijou levemente nos lábios. 

- Um irmãozinho era tudo o que eu precisava. - Caleb comentou, abraçando a mãe. - Já estava ficando louco com os enjôos da Kira. - emendou, fazendo todos rirem.

- Eu ouvi isso, seu bobão. – a voz doce da loira se fizera ouvir, e ela entrou no cômodo, indo também se juntar aos pais e o irmão naquele abraço.

N O T I N H A: Bem pessoal, acho que desapontamos vocês no capítulo passado, já que os comentários caíram bastante. Espero que nesse vocês façam sua parte. Esse é o penultimo capitulo... É triste mas pensem que teremos mais, e mais emoções. Romances, misterios e claro, perigo. Ele não pode faltar na vida do Harry KKKK. Esperamos que comentem muito mais! E nos digam quais são as expectativas de vocês para as próximas temporadas *---*

Não temos muito o que dizer, só agradecer o carinho de vocês, aos elogios. AMAMOS muito nossos leitores. Beijos das autoras.

 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (7)

  • Carolzinha Gregol

    Estou sem palavra para esse capitulo sério, chorei demais no enterro do Draco, não queria que ele morresse, mas sinto outras coisas atrás da morte dele, que seja. hahaha vou descobrir só na próxima temporada mesmo (: AMEEEEI o capitulo, o Ron aceitando o namoro do Caleb com a Pandora, amei mesmo! Não demorem para atualizaaaar! AH, adorei o desespero do James por conta de ser pai. hhahhah adoooooorei mesmo! capitulo lindo e divo *-* Continuem.

    2011-08-14
  • Karina.

    AAAAAAAH *-*Perfeito! Perfeito! Perfeito!Não consigo comentar outra coisa se não dizer que chorei, os capítulos são tão perfeitos que eu só consigo chorar de emoção, sério. Não demore a postar o próximo, por favor *-*

    2011-08-13
  • Gabriela

    A fic continua muiiiito linda. Meu deus, que lindo tudo aquilo que o Rony falou. Quando ele falou eu nem acreditei que ele deixaria o orgulho de lado, muiiito lindo. Harry como novo ministro ? Ele realmente mereceu, trabalhava feito condenado.. merecia ser promovido ! James seguindo os passos do pai, que lindo. E querendo, ou não.. James e Emma é quase Harry e Mione novamente. Emma parece em muitas coisas com a mione ! Esperando pelo proximo capitulo e pela proxima fase *-*

    2011-08-13
  • Isis Brito

    AMEI TUUDOOOO!! Quero dizer... eu sei que parece frescura... mas que tal se a nova Izabel fosse Isabel?? Com "S"? Fica tão mais bonito...*-*

    2011-08-12
  • matthew malfoy

    Mais um capítulo ótimo e sem dúvidas cheias de cenas que mostram que o amor pode td, é triste ver o q Pandora está passando,mas com Caleb ela vai superar, e o Harry ministro foi um escolha mt bem bolada, agora ele pode promover o Rony para um cargo melhor, será que James vai pedir Emma em casamento?,seria uma boa.E de onde veio o Izabel? aguardando o próximo capítulo, e por favor atualizem tbm Lições do amor(por favor)

    2011-08-12
  • Pacoalina

    adorei o capítulo!continuem postando...

    2011-08-12
  • rosana franco

    Bom por enquanto tudo esta se acertando a cena da familia do Rony foi linda.Novo Ministro o Harry ta podendo.Só tenho uma duvida não me lembro se vc colocou a idade deles e qtos anos o casal H/H tinha qdo o James nasceu.

    2011-08-12
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.